quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

DVD

O CRIME DO PADRE AMARO (EL CRIMÉN DEL PADRE AMARO):
Há muito tempo ouço falar deste romance de Eça de Queirós e tenho curiosidade de lê-lo. Ainda não consegui, então resolvi pegar o filme para assistir. O romance se passa em 1800 e o filme em 2002. Não sei se esta é a única diferença entre os dois. De qualquer forma, fiquei mais curiosa ainda para ler, depois que vi o filme.
O recém-ordenado padre Amaro (Gael García Bernal) chega à cidadezinha de Los Reyes, no México, à pedido do bispo (Ernesto Gómez Cruz), que lhe tem muita admiração. A missão principal do padre Amaro é ajudar o antigo padre da cidade, Benito (Sancho Gracia) em suas funções na paróquia.
Assim que chega, o padre Amaro desperta a atenção de Amelia (Ana Claudia Talancón), uma jovem devota. O relacionamento dos dois acaba em paixão real. O casal passa a se encontrar escondido. Mas não é apenas este o escâdalo que a cidade de Los Reyes esconde. O próprio padre Benito tem um caso com a mãe de Amélia, Sanjuanera (Angélica Aragón) há anos. Além disso, ele recebe ajuda de um traficante da região para as obras sociais da igreja. Tudo encoberto pelo bispo. Enquanto isso, este persegue o honesto padre Natálio (Damián Alcázar), que está metido em revolução política além de ministrar os sacramentos.
Falar de religião é sempre algo muito complicado. Muitos ficam melindrados ou até revoltados quando apontamos alguns pontos delicados. Mas não podemos esquecer que, embora o objetivo das religiões seja divino, os homens estão por trás delas e a natureza humana não é assim tão "divina". Por isso, é muito natural que alguns sacerdotes caiam em tentações mundanas, como as mostradas no filme.
A produção é muito delicada. Trata o relacionamento do padre Amaro e de Amélia de forma bonita, sem apelação. Os filmes latinos estão mesmo melhorando. O visual deste é bem cuidado e a história é contada de forma leve. Gostei do filme. E os protagonistas do romance são muito bonitos e combinaram bem como casal! Claro, gostei muito mais de Gael García Bernal que é lindo. ;-) Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Você é mais bonita que a Virgem Maria." (Padre Amaro - Gael García Bernal)
O CRIME DO PADRE AMARO (El crimén del Padre Amaro) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Carlos Carrera // Gael García Bernal, Sancho Gracia, Ana Claudia Talancón, Damián Alcázar, Angélica Aragón, Ernesto Gómez Cruz.
DVD
DEMOLIDOR (DAREDEVIL):

Não estou dando sorte com filmes ultimamente. Peguei Demolidor porque estava curiosa. Eu não tive coragem de ir ao cinema pra assistir. Não sou fã do Ben Affleck (na verdade acho que ele é um canastrão) e nunca li o HQ que deu origem ao filme. Então, resolvi dar uma chance ao DVD.
Detestei o filme! Não sei o que é pior: o filme em si ou o fato de ter que aturar o Ben Affleck naquele uniformezinho ridículo. Será que ando de mau humor? Acho que não... É ruim mesmo.
O filme conta a história do advogado Matt Murdock (Ben Affleck). Quando era criança, ele sofreu um acidente com componentes químicos tóxicos que o cegou. Mas a partir do acidente ele fica com todos os outros sentidos mais aguçados do que o normal, além de não sentir mais medo de nada. Então, resolve que pode fazer justiça com as próprias mãos. Se transforma no herói Demolidor. Agora ele tem que enfrentar Kingpin (Michael Clarke Duncan), o maior bandido de Nova York, e seu comparsa Bullseye (Colin Farrell). Enquanto isso, tenta conquistar o coração de Elektra (Jeniffer Garner).
Achei o filme tão bobo e sem sentido. Eu não sei o que os fãs do quadrinho acharam, mas eu não gostei mesmo. Pode até ser implicância com o Ben Affleck... Mas eu não vi nem história ali pra ser contada... Acho que foi desperdício de filme. Sei lá... Nota: 3.
Melhor diálogo do filme: "Você faz isso isso com todo cara que pergunta o seu nome?" (Matt Murdock - Ben Affleck)

"Espere só até você pedir meu telefone." (Elektra -Jennifer Garner) You should wait till you want my number.
DEMOLIDOR (Daredevil) - 2003 - Gênero: Aventura - Direção: Mark Steven Johnson // Ben Affleck, Jennifer Garner, Colin Farrell, Michael Clarke Duncan, Jon Favreau.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2003


XUXA REQUEBRA:
Ok... Eu sei que eu assisto muita "porcaria". Não vejo só filmes clássicos, ou "cabeça", ou cult. Vejo de tudo mesmo. Tenho orgulho disso. Mas pelo amor de Deus! Até ser sem critério tem seu limite...
Eu não posso negar que quando era criança assistia aos filmes da Xuxa. Mas você vai crescendo e vendo o que é bom e o que não é. E Xuxa Requebra com certeza não é bom!
Eu aproveitei que passou na Globo, pra dar uma olhadinha. Tela quente?! (*rs*)... Então tá...
A história é a seguinte: Xuxa é uma jornalista chamada Nena. Ela foi criada numa academia de dança que hoje está sob ameaça de fechar suas portas por falta de dinheiro. Então resolve ajudar. Pra isso, a academia tem que vencer um concurso... Ah! E o par romântico de Xuxa neste filme é o cantor Daniel, que no princípio é malvado. Só que não consegue convencer ninguém, com sua técnica interpretativa. Aliás... Quem ali consegue? Ainda mais que, do nada, sempre tem os números musicais nada a ver... Roteiro? Hein? Ahn? O quê é isso?
Na boa... Muito ruim!!!!! Tenho medo do que coisas deste tipo podem causar nas mentes das crianças. Já pensou?
Nota: 0 (Tem nota mais baixa que isso?)
Melhor citação do filme: FIM. (Vc dá graças a Deus qdo esta palavra aparece!!!)
XUXA REQUEBRA - 1999 - Gênero: Infantil - Direção: Tizuka Yamasaki // Xuxa Meneghel, Susana Alves, Daniel, Joana Prado, Vinny, Elke Maravilha, Victor Hugo, Paquitas.
TIGERLAND - CAMINHO PARA A GUERRA (TIGERLAND):

Asssiti a Tigerland por curiosidade. Tinha ouvido falar que este foi o filme que abriu as portas para Colin Farrell em Hollywood. Como passou no Cinemax, da TVA, eu resolvi ver. Não me comoveu. Eu não sou muito chegada a filme de guerra. Muito menos sobre a guerra do Vietnã. Não aguento mais este assunto. Milhões de filmes sobre isso já foram feitos. Não tem mais sobre o que falar. Até hoje, dos poucos que vi, gostei de Platoon, Pecados de Guerra e Bom dia, Vietnã. O resto... Bom, não é mesmo um assunto que me interesse.
Em Tigerland não estamos exatamente na guerra em si. Este é o nome de um campo de treinamento americano. Após passar por Tigerland, os soldados são encaminhados direto para a guerra. Estamos em 1971. Chega mais um grupo de soldados para treinamento. Cada um com uma história, com um por quê de estar ali. Jim Paxton (Mathew Davies), por exemplo, se alistou porque queria ver a guerra por dentro e depois escrever um livro. Ele fica amigo de Roland Bozz (Colin Farrell), o soldado-problema. Tudo porque ele é insubordinado e, com sua inteligência, consegue colocar todos os soldados que se arrependem de ter se alistado para fora do campo de treinamento. Bozz é popular entre os soldados, mas não entre seus superiores. Mesmo com todo o seu comportamento reservado e de poucos amigos. Nós acompanhamos o treinamento dos soldados e todo seu drama quanto estar fazendo a coisa certa indo pra guerra.
Como falei antes, não achei nada demais. Não faz meu estilo. Mas vale como curiosidade, se você for fã de Colin Farrell. Depois desse filme, ele fez outro com o diretor Joel Shumacher, Por um fio, que eu acho maravilhoso. Mas esse... Achei lugar comum. Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Não vamos ser amigos, Jim. Você poderia estar morto amanhã e eu iria sentir muito a sua falta." (Bozz - Colin Farrell)
TIGERLANDO - CAMINHO PARA A GUERRA (Tigerland) - 2000 - Gênero: Guerra - Direção: Joel Schumacher // Colin Farrell, Matthew Davis, Clifton Collins Jr., Tom Guiry, Shea Whigham, Russell Richardson.

domingo, 28 de dezembro de 2003


DIA DE TREINAMENTO (TRAINING DAY):
Finalmente consegui assistir este filme, via HBO. Eu estava curiosa. Não quis ir ao cinema para vê-lo, porque achei que devia ser mais um daqueles filmes onde há um novato que tem que aprender tudo com o mais experiente... Esse tipo de coisa que já vimos em milhões de vezes em milhões de filmes diferentes... Mas fiquei surpresa com o que vi. Gostei muito do filme. :-)
Dia de Treinamento é o filme responsável pelo Oscar de melhor ator para Denzel Washington. Eu o acho um ator excelente. Mas uma pequena injustiça foi feita aqui. Ethan Hawke, que também concorreu como melhor coadjuvante, não ganhou em sua categoria.
Para começo de conversa, não acho que o papel de Ethan seja o de coadjuvante neste filme. Ele é o principal. Denzel, sim, poderia ser considerado o coadjuvante. Mas sabe-se lá o que se passa na cabeça desse povo da Academia, né? Ambos atores estão excelentes. Ouvi muitos comentários dizendo que Ethan foi ofuscado por Denzel. Eu acho que Ethan está tão bem quanto ele.
O filme se passa em 24 horas. O policial novato Jake Hoyt (Ethan Hawke), antes de ser aceito no departamento de narcóticos, tem que passar por um teste com o experiente detetive Alonzo Harris (Denzel Washington). Eles ficam rodando pela cidade em busca de flagrantes. Mas os métodos de Alonzo não são lá muito convencionais. Jake e Alonzo entram em choque o tempo inteiro. Jake, por inexperiência e por desejar muito ficar no departamento, acaba aceitando os desmandos de seu superior. Mas será que ele vai aguentar a pressão? Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Você coloca o lobo para proteger o cordeiro. E é preciso um lobo para pegar um lobo." (Alonzo Harris - Denzel Washington)
DIA DE TREINAMENTO (Training day) - 2001 - Gênero: Policial - Direção: Antoine Fuqua // Denzel Washington, Ethan Hawke, Scott Glenn, Tom Berenger, Harris Yulin, Raymond J. Barry, Cliff Curtis, Dr. Dre, Snoop Dogg, Macy Gray, Charlotte Ayanna, Eva Mendes.
CARA, CADÊ MEU CARRO? (DUDE, WHERE'S MY CAR?):

Nossa! Nunca vi tamanha baboseira como este filme!!!! Tudo bem que eu não esperava muita coisa mesmo. Já tinha visto algumas cenas soltas, tinha ouvido alguns comentários... Eu sabia que era uma coisa idiota... Alguns me disseram que morreram de rir... Eu não dei uma risada sequer! É muito ruim! Ou então eu estava de muito mau humor.
A "história" é uma idiotice só: Dois caras muito idiotas, Jesse (Ashton Kutcher) e Chester (Seann William Scott) caíram na farra uma noite e acordaram no dia seguinte sem lembrar o que aconteceu. Eles sequer sabem onde está o carro de Jesse. Resolvem procurar pela cidade. Aí é que devia estar o "engraçado" da história... De um dia pro outro, eles se tornaram uma espécie de lenda na cidade. Todo mundo os conhece! E não é só isso... Durante sua "viagem noturna" eles saíram com mulheres lindas e se envolveram com extra-terrestres e um grupo de nerds pirados.
Não faz sentido algum. Não percam seu tempo com essa idiotice. Eu achei que não deveria ser tão ruim, mas...
Ashton Kutcher parece repetir aqui seu papel em That's 70's show e Seann William Scott... bom... eu nunca achei graça no cara. E continuo não achando... E ainda temos a belíssima Jennifer Garner, de Demolidor e do seriado Alias iniciando na profissão... O que não fazemos quando estamos começando uma carreira, hein?
Meu tempo foi muito mau empregado! Nota: 1.
Melhor citação do filme: Como assim????? >:-O
CARA, CADÊ MEU CARRO? (Dude, where's my car?) - 2000 - Gênero: Comédia - Direção: Danny Leiner // Ashton Kutcher, Seann William Scott, Jennifer Garner, Marla Sokoloff, Kristy Swanson, David Herman, Hal Sparks, Charlie O'Connell, John Toles-Bey, Christian Middelthon, David Bannick.

sábado, 27 de dezembro de 2003

DVD

ALI (ALI):
Engraçado... Eu nunca tinha entendido porque este filme não tinha feito sucesso. Ficou pouco tempo nos cinemas dos EUA e por aqui nem isso. Foi direto pro vídeo. E o que poderia ter dado errado? O diretor, Michael Mann, não é um principiante qualquer. É diretor de um dos melhores filmes que eu já vi: O Informante, entre outros. Temos Will Smith como o ator principal. Podem falar o que quiser, mas ele garante a bilheteria de muitos filmes. Eu, por exemplo, adoro ele. E, se não me engano, ele até ganhou uma indicação ao Oscar de melhor ator por este papel. Mais o principal mistério é: este filme é a biografia de um dos heróis americanos das últimas décadas. Um ícone negro! Por que tanto coisa à seu favor teria terminado em fracasso?
Resolvi tirar minhas próprias conclusões. Aluguei o filme num fim de semana desses. E... detestei... Detestei mesmo! É muito ruim, chato, longo... Eu não via a hora de acabar!
A história narra 10 anos da carreira de Cassius Clay/ Muhammad Ali. De 1964 a 1974. Conta sobre seu início de carreira; a fama com os campeonatos; seus 2 casamentos; a amizade com Malcolm X (Mario Van Peebles) e o relação com a religião mussulmana; a recusa de ir pra guerra do Vietnã... Tinha coisas ali que eu nem sabia. Mas acho que tudo foi mal conduzido. Eu ficava irritada com o fato de que em 90% do tempo nós víamos os personagens filmados da cintura pra cima ou em closes. Sei lá... Não gostei mesmo. Sequer quis ver os extras do DVD...
Às vezes muito talento junto dá problema... Nota: 3.
Melhor citação do filme: "Don King fala como negro, vive como branco e só pensa em verde." (Belinda Ali - Nona M. Gaye)
ALI (Idem) - 2001 - Gênero: Drama/Biografia - Direção: Michael Mann // Will Smith, Jamie Foxx, Jon Voight, Mario Van Peebles, Ron Silver, Jeffrey Wright, Mykelti Williamson, Jada Pinkett Smith, Nona M. Gaye.
A LIGA EXTRAORDINÁRIA (THE LEAGUE OF EXTRAORDINARY GENTLEMEN):

Este é outro filme que tive muita curiosidade de assistir desde a primeira vez que vi seu trailer. A idéia de termos um grupo de super-heróis vindos não de planetas distantes, ou com superpoderes herdados de acidentes científicos ou genéticos; mas sim de personagens da literatura mundial é genial. E o homem que está por trás desta idéia é Alan Moore, roteirista da história em quadrinhos com o mesmo nome. Eu não sou muito entendida em HQs. Nunca li A Liga. Mas gostei muito do que vi no cinema. Tanto que até gostaria de dar uma olhada na HQ. :-)
Estamos em 1899, na Era Vitoriana. Claro que aqui, é uma espécie de era alternativa. Um grupo de terroristas, liderados por Fanton (não vou dar o nome do ator, senão perde a graça!) comete vários atentados ao redor do mundo, tentando com isso iniciar a Primeira Guerra Mundial. O mais impressionante são as armas uitlizadas pelo bando: todas de última geração. Coisas que deixariam a Al-Qaeda feliz ao usa-las. Para evitar este confronto mundial, a coroa inglesa entra em contato com um grupo de "pessoas especiais", para investigar quem está por trás destes ataques. No grupo constam o aventureiro Allan Quartermain (Sean Connery), cujas aventuras estão no livro As minas do Rei Salomão, de Henry Haggard; o explorador e cientista Capitão Nemo (Naseeruddin Shah), do livro Vinte mil léguas submarinas, de Júlio Verne; Mina Harker (Peta Wilson), do livro Drácula, de Bram Stoker; o homem invisível Rodney Skinner (Tony Curran), do livro de mesmo nome, de H.G. Wells; o imortal Dorian Gray (Stuart Townsend), de O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; o novato Tom Sawyer (Shane West), do livro de mesmo nome, de Mark Twain; e o "monstro" Dr. Jekyll (Jason Flemyng), de O médico e o monstro, Robe Stevenson. Eles precisam encontrar o líder do grupo terrorista e evitar a guerra.
As críticas sobre A Liga extraordinária não foram lá essas coisas. E durante as gravações Sean Connery e o diretor Stephen Norrington se "estranharam" feio. Mas nada que impedisse o filme de cumprir seu papel. Embora muitos não tenham sentido o mesmo, eu gostei. Achei um filme bem interessante e original. Talvez aqueles que não gostaram sejam fãs da HQ. Obviamente que houve algumas modificações. Os personagens de Dorian Gray e Tom Sawyer, por exemplo, não existem na HQ original. Mas como eu nunca li mesmo, nada disso me incomodou. A única coisa que estragou o filme foi o grande vilão. Personagem forte na maioria dos filmes, neste aqui ele foi tão fraquinho e pouco convincente que nem conta sua presença... Gostei muito da atuação da "femme Nikita" Peta Wilson. Sóbria, porém ativa nos momentos certos, não perde para os "rapazes" sendo a única mulher do grupo.
De qualquer forma eu recomendo para aqueles que gostam de filmes de aventura. :-) Nota: 8.
Melhor citação do filme: "O quarto, Mina, te traz alguma lembrança? Ou idéias?" (Dorian Gray - Stuart Townsend)
A LIGA EXTRAORDINÁRIA (The League of extraordinary gentlemen) - 2003 - Gênero: Aventura - Direção: Stephen Norrington // Sean Connery, Naseeruddin Shah, Peta Wilson, Tony Curran, Stuart Townsend, Shane West, Jason Flemyng, Richard Roxburgh.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2003

DVD

ZOOLANDER (ZOOLANDER):
Peguei este filme na locadora por não ter outra opção. Todos os filmes que eu queria ver estavam alugados, então, não havia muita escolha. Mas já tinha ouvido falar de Zoolander. E achei bem divertido. :-)
Derek Zoolander (Ben Stiller) é um supermodelo masculino cuja carreira já dura 10 anos. Ganhou o prêmio de melhor modelo por 3 vezes seguidas e esperava ganhar de novo. Mas para sua surpresa ele perde para o novo superstar das passarelas, Hansel McDonald (Owen Wilson). No dia seguinte, sai uma reportagem de capa na Time Magazine que o classifica como um grande idiota. Além disso, Derek perde seus melhores amigos num acidente bizarro em um posto de gasolina. Tantos percalços o levam a repensar (ou pelo menos tentar repensar) sua vida e buscar suas raízes. Enquanto isso, um grupo de estilistas se reúne para decidir o que fazer sobre o novo primeiro ministro da Malásia. Este foi eleito com a promessa de elaborar um salário mínimo para todos os trabalhadores de seu país. Isto dificultaria as coisas para estes estilistas, acostumados a explorar a mão-de-obra superbarata dali. Eles decidem que o primeiro ministro deve morrer. Um dos estilistas, Jacobin Mugatu (Will Ferrell), recebe a incumbência de encontrar um modelo decadente que possa executar o primeiro ministro e logo em seguida morrer também. Obviamente, Derek é o escolhido. Mugatu o chama para participar do desfile de sua nova coleção. Mas a verdadeira intenção é fazer uma lavagem cerebral para que Derek execute o primeiro ministro, que é convidado principal do tal desfile.
É uma comédia boba, mas ao mesmo tempo tem um quê de crítica ao mundo da moda, ao comportamento das celebridades e à exploração de mão-de-obra. Claro que nada muito profundo. Afinal não é um filme contestador. Há a participação de muita gente conhecida, como Winona Ryder, Billy Zane e David Bowie.
Eu gosto do trabalho de Ben Stiller. Salvo um ou outro filme, ele me diverte tanto atuando quanto dirigindo. Zoolander é muito bom como um passatempo. Destaco a atuação de Will Ferrel, ex-Saturday Night Live, como o vilão Mugatu. Nota: 6.
Melhores sequências do filme: As cenas da lavagem cerebral de Derek e o "desafio de modelos" entre ele e Hansel.
Melhor citação do filme: "Eu tenho certeza que existe mais coisas na vida do que ser muito, muito lindo. E eu planejo encontrar o que é." (Derek Zoolander - Ben Stiller)
ZOOLANDER (Idem) - 2001 - Gênero: Comédia - Direção: Ben Stiller // Ben Stiller, Owen Wilson, Christine Taylor, Will Ferrell, Milla Jovovich, David Duchovny, Jon Voight.
TRATAMENTO DE CHOQUE (ANGER MANAGEMENT):

Continuando no meu momento "comédias psicológicas", fui assistir Tratamento de Choque no cinema. Vi tantas vezes o trailer que decidi assistir.
Tratamento de Choque tem como personagem principal David Buznik (Adam Sandler), um sujeito pacato que não sabe lidar com suas emoções. Principalmente a raiva. Quando criança passou por um trauma no momento em que ia dar seu primeiro beijo e até hoje não consegue beijar em público. Um dia, em viagem de trabalho, David se mete numa confusão tremenda! A tripulação do avião o acusa de mal comportamento e violência, embora David sequer tenha levantado a voz. Ele é levado a julgamento e como sentença, deve cumprir um período no programa de controle da raiva do Dr. Buddy Rydell (Jack Nicholson, mais "Coringa" do que nunca). Ele se muda para casa de David e se mete em todos os aspectos de sua vida, colocando o pobre em várias confusões. Dr Rydell tem um método de trabalho completamente não-ortodoxo. David vai sofrer nas mãos do médico, enquanto tenta se livrar dele.
O filme tem um monte de participações especiais, como o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani interpretando a si próprio; John McEnroe, o famoso tenista "esquentadinho", também interpretando a si mesmo; Heather Grahan, fazendo uma neurótica com dietas e Woody Harrelson, como uma prostituta/travesti. Este último é o mais engraçado.
É um filme legal, divertido. Mas nada que mude a vida de quem o viu. É até previsível... Curioso é assistir o trabalho de Adam Sandler em conjunto com Jack Nicholson. Embora muitos não gostem de Sandler, acho que aqui ele está bem. Claro que Jack rouba a cena. Mas a diferença entre eles não ficou assim tão acentuada. Nota: 6.
Melhor citação do filme: *Cantando, por ordem do Dr. Rydell* - "I feel pretty, oh so pretty..." (Dave Buznik - Adam Sandler)
TRATAMENTO DE CHOQUE (Anger Management) - 2003 - Gênero: Comédia - Direção: Peter Segal // Jack Nicholson, Adam Sandler, Marisa Tomei, Luis Guzmán, John Turturro, Kurt Fuller, John C. Reilly, Woody Harrelson, Rudolph Giuliani, Heather Grahan, John McEnroe.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2003


EU, EU MESMO & IRENE (ME, MYSELF & IRENE):
Charlie Baileygates (Jim Carrey) era o cara mais feliz em Rhode Island. Conseguiu alcançar o sonho de ser patrulheiro e casou com a mulher que amava. Mas esta felicidade estava com o prazo de validade vencido. Enquanto seus amigos tentavam lhe avisar sobre a traição de sua mulher - já que os filhos do casal nasceram negros - Charlie não os dava ouvidos. Até o dia em que ela o abandona com as crianças e foge com o motorista/anão que os levou até sua nova casa para a lua de mel. Embora sua dor tenha sido muito grande, Charlie tentou passar por cima de seus sentimentos. Acontece que com o tempo, ele foi se tornando uma grande piada na cidade. Com seu temperamento cordial e nunca afim de discussões, as pessoas da cidade acabam abusando de sua bondade, passndo por cima de sua autoridade policial e o desrespeitando. Até quando Charlie poderia aguentar? Acontece que um dia, após uma série de abusos, Charlie acaba explodindo! E o resultado disso é Hank Evans, sua "outra metade" de personalidade. Como forma de colocar tanto sentimento reprimido para fora, Charlie acaba com dupla personalidade, completamente diferentes uma da outra. Enquanto Charlie cotinua a ser um sujeito cordial, Hank é o estressadinho que sempre quer arrumar confusão. Basta alguém aprontar com Charlie que Hank aparece. Nesse meio tempo, enquanto toma remédios para se curar, ele acaba conhecendo Irene (Renée Zellweger), uma moça que está metida numa confusão com seu ex-patrão e ex-namorado. Charlie tem que levá-la de volta a Nova York e acaba se apaixonando. Acontece que Hank tb se apaixona pela moça e ambos "brigam entre si" pelo amor de Irene, enqto fogem de policiais inescrupulosos.
Podem falar o que quiser, mas eu sou fã do Jim Carrey. Adoro seus filmes - tanto os sérios qto os de comédia. E ultimamente eu ando me identificando com alguns de seus personagens. Eu sei que é ridículo, mas o que posso fazer? Antes deste, me identifiquei com Bruce Nolan, de Todo Poderoso. Agora me identifico um pouco com o Charlie, com sua personalidade tão calma e boazinha. As histórias destes dois filmes são absurdas, claro. Afinal são filmes. Mas a essência dos personagens é muito comum. São pessoas que vc pode encontrar na rua. E isso, em minha opinião, é o mais interessante.
Eu, eu mesmo & Irene não é o melhor filme de Jim Carrey, claro. Nem o melhor dos irmãos Farrelly. Eu prefiro Quem vai ficar com Mary. Mas dá pra se divertir. Nota: 6.
Melhor citação do filme: Aos berros, no microfone do supermercado - "Checar preço de Vagiclean, corredor cinco. Eu repito: Checar preço de Vagiclean, corredor cinco. É o Vagiclean. Nós temos uma cliente aqui com um monte de fungos ginecológicos." (Hank Evans - Jim Carrey)
EU, EU MESMO & IRENE (Me, myself & Irene) - 2000 - Gênero: Comédia - Direção: Bobby & Peter Farrelly // Jim Carrey, Renée Zellweger, Anthony Anderson, Mongo Brownlee, Jerod Mixon, Chris Cooper, Michael Bowman, Traylor Howard.
PIRATAS DO CARIBE - A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA (PIRATES OF THE CARIBBEAN - THE CURSE OF THE BLACK PEARL):

Quando fiquei sabendo que estavam planejando fazer um filme baseado em uma atração do parque da Disney, eu não acreditei. Pensei: "Realmente Hollywood está em crise criativa... Como fazer de um brinquedo algo interessante o suficiente para prender uma pessoa numa poltrona de cinema, pagando ingresso e tal?" Pois bem: Piratas do Caribe está aí. E eu fui ver no cinema. Fiquei surpresa com o quanto me diverti. Não é o melhor filme do mundo, claro. Mas é divertido.
O motivo principal que me levou ao cinema para vê-lo foi o Johnny Depp. Além de o achar muito bonito, o acho muito talentoso. Adoro quase todos os seus filmes... E realmente, eu achei o motivo certo para assistir Piratas do Caribe. Johnny Depp é a melhor coisa do filme. Alías, Johny Depp não... O capitão Jack Sparrow é a melhor coisa do filme... ;-)
Elizabeth Swann (Keira Knightley), filha do Governador Weatherby Swann (Jonathan Pryce), é fascinada por piratas desde criança. O que não imaginava é que seria raptada por eles quando mais velha. Elizabeth tem em seu poder um medalhão que o pirata Barbossa (Geoffrey Rush) quer. Em sua defesa, os enamorados pela moça: Norrington (Jack Davenport), militar de alto prestígio e o preferido pelo governador para casar-se com ela; e Will Turner (Orlando Bloom), o assistente de ferreiro da cidade. Will foi achado num barco à deriva quando criança, pelo governador e a filha. Agora, exímio ferreiro e espadachim, pretende salvar seu amor. O problema maior é: como encontrar os piratas do bando de Barbossa? Mesmo contrariado, ele pede a ajuda do Capitão Jack Sparrow (Johny Depp), um pirata que está preso na cidade. Apenas Jack pode encontrar Elizabeth e os piratas, pois conhece todos os segredos e mistérios que envolvem a tripulação do Pérola Negra, seu ex-navio.
Curioso como um bom ator pode conduzir um filme... Até mesmo Geoffrey Rush, que é um grande ator, parece à mercê da atuação de Johnny Depp. Todos foram ofuscados. Eu não chamaria o que Depp fez pelo seu personagem de interpretação. Na verdade, o que ele fez foi uma transformação. Segundo entrevistas que li do ator, a sua inspiração para o personagem foi Keith Richards, dos Rolling Stones. E se vc parar para reparar bem, realmente lembra um pouco. Mas o personagem também me lembrou o vocalista do Aerosmith, Steven Tyler (mais conhecido como "o pai da Liv Tyler").
De qualquer forma, o filme é divertidinho. Mas é bem lugar comum. Aquela coisa de sempre: aventura, amor, honra, salvar a mocinha... Tudo bem que ela não é assim tão indefesa, mas todos estão tentando salvá-la. Tem também um certo mistério... Um segredo. E a parte cômica, que fica à cargo de Jack Sparrow. Já anunciaram uma segunda parte, e Johnny Depp já assinou contrato. Nota: 8.
Melhor diálogo do filme: "Quem foi que fez todas estas espadas?" (Jack Sparrow - Johnny Depp)

"Eu! E pratico com elas três horas por dia." (Will Turner - Orlando Bloom)

"Você precisa achar uma namorada..." (Jack Sparrow)
PIRATAS DO CARIBE - A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA (Pirates of teh Caribbean - The curse of the Black Pearl) - 2003 - Gênero: Aventura - Direção: Gore Verbinski // Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Jonathan Pryce.

terça-feira, 2 de dezembro de 2003


LARA CROFT: TOMB RAIDER 2 - ORIGEM DA VIDA (LARA CROFT: TOM RAIDER 2 - THE CRADLE OF LIFE):
Segunda parte da série de filmes dedicados ao video-game Tomb Raider, com a musa Lara Croft, Tomb Raider 2 - Origem da vida diverte como se estivéssemos mesmo jogando. Embora muita gente discorde disso - já que o filme recebeu muitas críticas negativas - eu acho que, encarando-o como um filme sobre um video-game, ele cumpre bem o que se propõe. Não é melhor do que o primeiro da série, mas é trilhões de vezes melhor do que qualquer filme feito sobre este tipo de jogos.
Desta vez, Lara Croft (Angelina Jolie) inicia o filme tentando encontrar um templo perdido no fundo do mar da Grécia. Neste templo, ela irá encontrar a pista para achar a lendária caixa de Pandora. Quando está com a chave da localização na mão, Lara é atacada por um bando que a rouba para vender a um grande empresário do mundo das armas químicas. Se ele encontrar a caixa de Pandora, criará a arma mais letal e definitiva do mundo. A lenda diz que quando Pandora abriu a caixa, liberou todos os males do mundo. Mas segundo Lara, ali também há o bem. Tudo na vida funciona na dicotomia entre o bem e o mal. E este poder é extremamente perigoso para estar nas mãos erradas.
Os ladrões fazem parte do bando de Chen Lo (Simon Yam) e vivem em montanhas íngremes na China. Desta vez, Lara tem o apoio da coroa britânica para sua empreitada. Para isso, vai precisar da ajuda de um expert. Seu ex-namorado Terry Sheridan (Gerard Butler). Este já trabalhou no exército da rainha, mas como não é lá muito cheio de escrúpulos, está preso por traição. Lara consegue sua libertação para guiá-la até o bando de Chen Lo, pois eles são antigos conhecidos. Além de ajudar Lara a encontrar os bandidos, os dois tem uma química sexual bastante forte. Vivem implicando um com o outro.
Muito mistério, fugas, tiroteios, perseguições, paisagens deslumbrantes - que vão da Grécia à África e o "berço do mundo" - e tudo o mais que um filme de ação exige, nós encontramos aqui. Eu achei bem legal, embora esta não seja a opinião geral. A maioria das pessoas não gostou. Muitos afirmam que é por causa do exagero na ação, com cenas extremamente mentirosas. Estes devem ser os mesmos que não gostam de 007 ou até de Triplo X. Pra mim, é puro preconceito machista, por ter uma mulher fazendo o trabalho dos "machões". Não dá pra levar à sério este tipo de filme, mas não vejo diferença alguma entre a série Tomb Raider e os filmes de James Bond. Só o fato de ter uma mulher como principal. Acho que vou apanhar na rua por esta declaração!
Só a cena da caverna, quase no final, entre Lara e Terry, já vale todo o ingresso. Fiquei surpresa com os rumos tomados. Nota: 8 (principalmente por causa dessa cena do climax final).
Melhor diálogo do filme: "Lara! Você já fez alguma coisa da forma mais fácil?" (Kosa - Djimon Hounsou)


"E me arriscar a desapontá-lo?" (Lara Croft - Angelina Jolie)
LARA CROFT: TOMB RAIDER 2 - ORIGEM DA VIDA (Lara Croft: Tomb Raider 2 - The cradle of life) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: Jan de Bont // Angelina Jolie, Gerard Butler, Ciarán Hinds, Chris Barrie, Noah Taylor, Djimon Hounsou, Til Schweiger, Simon Yam.
DVD

TRAMA MACABRA (FAMILY PLOT):
Madame Blanche (Barbara Harris) é uma médium fajuta que vive de dar golpes em pessoas inocentes. Uma de suas vítimas é a Sra. Julia Rainbird (Cathleen Nesbitt). Preocupada com suas condições de saúde a Sra. Rainbird pede ajuda a Madame Blanche para encontrar um sobrinho perdido há mais de 40 anos. A família Rainbird era muito conservadora e não aceitou a gravidez de uma de suas filhas. Agora, Julia está atrás do sobrinho para deixar toda a herança para ele, já que este é o último remanescente deles. Se Madame Blanche o encontrar, ela receberá uma recompensa. Para isso, ela conta com seu namorado, George Lumley (Bruce Dern), que é taxista-ator-e-detetive-nas-horas-vagas. Na busca pelo sobrinho da Sra. Rainbird, eles se deparam com Arthur Adamson (William Devane), um perigoso vigarista e comerciante de jóias, e tudo se transforma numa grande ironia. Principalmente para o próprio Arthur, que com a colaboração de sua namorada, Fran (Karen Black), vive aplicando golpes milhonários. Se eu contar mais estraga...
Esta é a base do enredo de Trama Macabra, uma comédia de humor negro muito legal. Segundo soube, este foi o último filme de Hitchcock. Pode não ser o melhor filme já feito pelo mestre, mas mesmo assim é bem legal. Eu me diverti muito com a trama irônica. É mesmo um bom filme. E assim eu encerro o meu segundo box de DVDs do mestre. E fico aguardando um terceiro!!! Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Não é tocante como um assassinato perfeito manteve nossa amizade viva por todos estes anos?" (Arthur Adamson - William Devane)
TRAMA MACABRA (Family plot) - 1976 - Gênero: Comédia/ Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // Karen Black, Bruce Dern, Barbara Harris, William Devane, Ed Lauter, Cathleen Nesbitt.

domingo, 30 de novembro de 2003

DVD
FRENEZI (FRENZY):

Londres, início dos anos 70. Mulheres são estupradas e assassinadas por um bandido que deixa como sua marca, a gravata com a qual as mata. Fica conhecido, então, como o "Assassino da gravata". A polícia está atrás dele, porém não há pistas. Acontece que o bandido cruza o caminho de um homem: Richard Blaney (Jon Finch).
Richard tem todo o estilo para ser o tal assassino, segundo a polícia. Além de sua vida pregressa não passar boa impressão, duas das vítimas do assassino tem ligação com Richard. Nada mais óbvio do que achar que ele é o culpado. Portanto, Richard tem que provar sua inocência e ao mesmo tempo se esconder da polícia.
Frenezi lembra um pouco um outro filme de Hitchcock, que falei há algum tempo: Sabotador. Em ambos, uma pessoa inocente é acusada de cometer crime e precisam provar sua inocência de qualquer jeito. E em ambos os casos, os "bandidos" armam situações que levam os dois "mocinhos" a serem alvo de suspeita - se bem que no caso de Richard Blaney, ele não faz muito o estilo de mocinho. Seria um anti-herói.
Frenezi é um filme muito legal que eu ainda não tinha visto. Gostei muito da trama e do mistério. Mesmo que neste o bandido seja descoberto pelo telespectador logo no início. Mas é legal saber quem é o culpado e ver ele agindo, enquanto ninguém no filme tem noção. Nem vou comentar sobre a direção do mestre, porque sou suspeita para falar. De qualquer forma, Hitchcock volta a mostrar uma cena de estupro, como em Marnie. Mas desta vez, a cena é um pouco menos sutil.
Muito bom! Está na lista de melhores do mestre! :-) Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Eu não posso ser o assassino da gravata. Pra começar eu só tenho duas!" (Richard Blaney - Jon Finch)
FRENEZI (Frenzy) - 1972 - Gênero: Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // Jon Finch, Alec McCowen, Barry Foster, Billie Whitelaw, Anna Massey, Barbara Leigh-Hunt, Bernard Cribbins.

O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS (TERMINATOR 3 - RISE OF THE MACHINES):
Fiquei extremamente indignada quando soube que estavam preparando mais um capítulo da série Exterminador do Futuro! Como é que eles iam fazer o terceiro filme se o segundo fechava tão bem a história, sem margem para continuações? E cada vez que lia outras notícias sobre o novo filme, eu ficava de implicância. Quando soube que o Nick Stahl entraria no lugar do Edward Furlong como John Connor, eu não gostei; quando li que Claire Danes ia participar, pensei: O que a "Julieta" vai fazer nesse filme? Nada contra o talento dela, mas mesmo assim, nada a ver... Em resumo, eu impliquei muito com o filme!
Até que foi lançado no circuito. Fui ver, ainda com aquela mesma atitude implicante. E devo dar o braço à torcer. Até que não é tão ruim. E a explicação dada sobre a volta dos exterminadores e a revolução das máquinas fez sentido. Os roteiristas conseguiram me convencer com esta sequência.
John Connor (Nick Stahl) está com mais ou menos 20 anos no novo filme. Vive sozinho, sem identidade ou qualquer outra coisa que o possa identificar. Mesmo tendo explodido a Cyberdyne, empresa que produziria o futuro supercomputador responsável pela guerra entre homens e máquinas, John não se sente seguro. Acha que de qualquer forma, algo ruim pode acontecer e que ele, sua mãe e o robô exterminador não conseguiram acabar com a ameaça. Pior é que ele está certo.
As máquinas enviam para o nosso presente o exterminador T-X (Kristanna Loken): uma versão feminina e muito mais letal de robô. Como não existem dados sobre John, a missão da "Exterminatrix" é aniquilar todos os seus futuros companheiros de revolução. E ela vai exterminando um a um, até chegar em Kate Brewster (Claire Danes). Filha de um oficial do exército, Kate é veterinária e encontra John em sua loja quando este roubava medicamentos para seus ferimentos. Kate prende John numa gaiola. Enquanto chama a polícia, a "Exterminatrix" aparece para assassiná-la. E ainda "ganharia de brinde" o próprio John. Mas neste mesmo momento, o exterminador T-1000 (Arnold Schwarzenegger) chega na loja para salvar a todos.
Depois disso o filme transforma-se em uma grande perseguição e luta entre exterminadores. Claro, que durante toda a ação, nos é explicado o porquê da ação da Cyberdyne anos atrás não ter dado certo. Não vou contar para não estragar a surpresa. Mas faz sentido. Tem alguns absurdos e forçações de barra... E obviamente Exterminador do futuro 3 dá margem a uma quarta parte. Só quero ver como eles vão fazer, pois o "T-1000" agora é governador da Califórnia. Será um plano para as máquinas dominarem nosso mundo? *rs*
É um bom filme, mas continuo fã da segunda parte. É a melhor! :-) Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Você pelo menos lembra de mim?" (pausa) "Sarah Connor, explosão da Cyberdyne, Hasta la vista, baby... Lembra?" (John Connor - Nick Stahl)
O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS (Terminator 3 - Rise of the machines) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: Jonathan Mostow // Arnold Schwarzenegger, Nick Stahl, Claire Danes, Kristanna Loken, David Andrews.

quarta-feira, 26 de novembro de 2003

DVD
TOPÁZIO (TOPAZ):

Este é o filme que menos gostei do meu novo box de DVDs do mestre. Achei extremamente confuso, estranho e até um pouco perdido. Com um elenco de atores desconhecidos (pelo menos para mim. O único que eu já ouvi falar é o John Forsythe), Topázio trata outra vez da Guerra Fria.
A história de Topázio acontece em meio à crise dos mísseis russos em Cuba. O agente Nordstrom (John Forsythe), da CIA, contrata o francês Devereaux (Frederick Stafford) para ir até a ilha checar se os rumores sobre a instalação dos tais mísseis são verdadeiros. Devereaux tem um contato no local que pode ajudá-lo nas investigações. O maior problema para o francês é sua família. Ele acaba de retornar com a mulher, a filha e o marido desta, da França. Sua esposa não quer que Devereaux aceite a missão, mas ele parte de qualquer forma. Além da história sobre os mísseis, Devereaux precisa descobrir a identidade de um espião da Otan envolvido na história, cujo codinome é Topázio.
A trama tem muita ação, espionagem e assassinatos. Mas me pareceu muito confuso. Nos extras do DVD ficamos sabendo que o próprio Hitchcock não ficou muito feliz com o resultado deste filme. Tanto que filmou finais diferentes e não sabia qual usar. Eu não gostei muito também. Achei um tanto confuso. Mas mesmo assim temos pontos positivos, claro. Quando a história não prende, eu tenho mania de ficar prestando mais atenção em outros detalhes, como a direção das cenas, o cenário e figurino etc. Hitchcock usou tomadas de câmera bem interessantes neste filme. A que mais gostei foi a que é destaque logo abaixo. Além disso, achei interessante a idéia dele ter escalado um elenco desconhecido para filmar. Dá uma sensação de que a história aconteceu mesmo; que aqueles que estão ali são espiões de verdade. Mesmo assim, o filme é fraco. Só vale a pena pra quem é fã de verdade e quer acompanhar toda a obra do diretor. Nota: 7.
Cena do filme mais bonita visualmente: O assassinato de uma mulher (não vou dizer quem é). A cena foi filmada de cima, como se fosse no teto. Quando a mulher vai caindo morta, a forma com que o vestido se espalha no chão se assemelha a uma poça de sangue crescente, como se este fosse o da própria vítima. Lindo!
Melhor citação do filme: Não lembro... >:-(
TOPÁZIO (Topaz) - 1969 - Gênero: Drama - Direção: Alfred Hitchcock // John Forsythe, Frederick Stafford, Dany Robin, Claude Jade, Michel Subor, Karin Dor, John Vernon.

O PRÍNCIPE DO CENTRAL PARK (PRINCE OF CENTRAL PARK):
Sabe quando você tira férias do seu trabalho, está em casa de bobeira e acaba assistindo aos filmes da Sessão da tarde, até memso por falta de opção? Pois bem... Foi exatamente assim que acabei assistindo a Príncipe do Central Park.
É um filme bem bobinho. A Sessão da tarde passa algo melhor de vez em quando. É quase como um filme feito para a TV (eu não tenho a informação se é este o caso). Mas o que me chamou atenção foi o elenco do filme. A história é sobre um garoto, mas os adultos que aparecem no filme são atores que admiro.
Príncipe do Central Park conta a história de JJ (Frank Nasso), um garoto solitário, que perdeu o contato com sua mãe, que sofria de câncer. Ele foi enviado para um lar de adoção, sob os cuidados de Sra. Ardis (Cathy Moriarty). Cuidados foi bondade minha. O garoto é deixado de lado o tempo inteiro. A não ser quando o pessoal da assistência social faz visitas à Sra. Ardis e JJ. Aí tudo muda de figura. Do contrário ela perderia o dinheiro que recebe para cuidar do menino.
Cansado de sofrer nas mãos da Sra. Ardis, JJ foge em busca de sua mãe verdadeira. Vai parar no Central Park. Acaba morando por lá, pois não tem pra onde ir. Daí, ele vai passando por perigos e fazendo amigos que, mesmo com ele tentando se fazer de durão e independente, acabam o ajudando muito. Neste grupo se encontram Rebecca e Noah Cairn (Kathleen Turner e Danny Ayello), um casal que está se divorciando, e o Guardião do Central Park (Harvey Keitel, irreconhecível), um mendigo tomado como "criatura sobrenatural".
Como não poderia deixar de ser, temos muito drama acontecendo não só para JJ quanto para o resto do elenco. Na minha opinião o filme só é bom mesmo para estes momentos onde estamos de férias e só a Sessão da tarde é a melhor opção de divertimento. Por falta de algo melhor pra fazer. Fora isso... Nota: 5.
Melhor frase do filme: Nenhuma... :- /
O PRÍNCIPE DO CENTRAL PARK (Prince of Central Park) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: John Leekley // Frank Nasso, Kathleen Turner, Danny Aiello, Harvey Keitel, Cathy Moriarty.

sexta-feira, 21 de novembro de 2003

DVD
CORTINA RASGADA (TORN CURTAIN):

Continuando minha saga pelo mundo do meu querido mestre Hitchcock, dessa vez peguei Cortina Rasgada para assistir. Sinceramente, não gostei tanto. Achei a história um pouco chata. E não gostei muito do papel de Julie Andrews nesse filme. Dizem que Paul Newman e o "mestre" não se entenderam durante as filmagens. Mas a direção, continua merecendo louvores. Tanto que a nota que estou dando é por causa disso.
Em Cortina Rasgada, temos um drama de espionagem envolvido com uma história de amor. O pano de fundo é a Guerra Fria. O Prof. Michael Armstrong (Paul Newman) é um cientista que está dando palestras na Europa, ao lado de sua assistente e noiva Sarah Sherman (Julie Andrews). Após receber estranhos pacotes e telefonemas, o professor começa a agir de forma misteriosa. Sua noiva - como toda mulher - começa a desconfiar dos seus atos. Passa a seguí-lo e o confronta com perguntas. Michael, então, a manda de volta para os EUA, com a desculpa esfarrapada de que não a ama mais. Sarah, inconformada, descobre que ele viajará para Berlim em breve e consegue pegar o mesmo voo. Mesmo com toda as agressões verbais que sofre de seu noivo, ela insiste em ficar com ele. Quando chegam a seu destino, descobre que Michael pode estar colaborando com os comunistas, traindo assim seu país. Estes últimos, passam a desconfiar de Michael, pois Sarah veio com ele sem que lhes fosse comunicado. A partir daí, o filme torna-se uma grande perseguição ao casal e à busca da verdade sobre a traição de Michael.
Eu não sei... Acho que terei que ver de novo... Mas não é um dos melhores filmes de Hitchcock, em minha humilde e leiga opinião. Nota: 7.
Melhor frase do filme: Nenhuma que eu lembre! Tenho que prestar mais atenção...
CORTINA RASGADA (Torn curtain) - 1966 - Gênero: Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // Paul Newman, Julie Andrews.
DVD

MARNIE, CONFISSÕES DE UMA LADRA (MARNIE):
Sinceramente, jamais tinha ouvido falar deste filme de Hitchcock. Depois que o adquiri, algumas pessoas chegaram a dizer que este não era muito bom. Vi Marnie, Confissões de uma ladra com a espectativa muito em baixa. Mas acabei gostando. Neste filme, Hitchcock volta a tratar de temas psicológicos e apimenta um pouco sua trama com uma sugestiva e sutil cena de estupro. Imaginem o que foi para o público da época! Como me interesso bastante por tramas psicológicas, gostei muito de Marnie.
O filme é sobre uma linda mulher, Marnie Edgar(Tippi Hedren), que vive aplicando golpes nas empresas onde se emprega. Depois do golpe ela foge, adota outra identidade e se emprega em uma nova empresa que será a próxima vítima. A mãe de Marnie, Bernice Edgar (Louise Latham), sempre a tratou friamente, embora a filha faça tudo para agradá-la. Além disso, Marnie vive tendo pesadelos recorrentes e não pode ver a cor vermelha que desmaia. Além disso, Marnie sente uma espécie de "nojo" de todos os homens, e não se aproxima destes sexualmente, mesmo sendo tão bonita. Em um de seus golpes, conhece Mark Rutland (Sean Connery), um viúvo milhonário. Mark desmascara Marnie e acaba se apaixonando por ela, atraído por seu mistério, sua fragilidade e a curiosidade para entender uma mulher tão complexa.
Adorei a complexidade na construção da personalidade de Marnie. Tippi Hedren e Sean Connery estão muito bem. Souberam passar a "guerra de poder" entre seus personagens. Para quem gosta de tramas psicológicas, Marnie, Confissões de uma ladra é uma boa pedida. Nota: 8.
Melhor frase do filme: "Você não me ama. Eu sou apenas alguma coisa que você se apoderou. Uma espécie de animal selvagem que você aprisionou." (Marnie Edgar - Tippi Hedren)
MARNIE, CONFISSÕES DE UMA LADRA (Marnie) - 1964 - Gênero: Drama - Direção: Alfred Hitchcock // Tippi Hedren, Sean Connery, Diane Baker, Louise Latham.

quinta-feira, 20 de novembro de 2003

BICHO DE SETE CABEÇAS (IDEM):

Assisti a Bicho de Sete Cabeças em casa. Não fui ao cinema pois não coloquei muita fé na produção. Mas me enganei no pré-julgamento. Adorei o filme. :-))))
Neto (Rodrigo Santoro) é um adolescente como outro qualquer. Tem seus amigos, anda de skate, gosta de música. Sua família não é rica. Tem uma mãe, Meire (Cássia Kiss), muito amorosa, mas passiva; um pai, Sr. Wilson (Othon Bastos), autoritário e uma irmã (Daniela Nefussi) que gosta de se meter demais em sua vida. E como acontece em muitas famílias, não há diálogo entre eles. Várias cenas do filme demonstram isso. Neto comete muitas besteiras, coisas da idade. Mas seu pai não o perdoa quando encontra em seus bolsos cigarros de maconha. Ele pede conselhos a filha e ambos decidem internar Neto numa instituição para tratamento. Eles acabam o internando num manicômio. A vida de Neto a partir deste momento se torna um inferno.
Embora à primeira vista Bicho de Sete Cabeças pareça ser superficial, a partir do momento em que a vida no manicômio é mostrada, o filme cresce e se torna muito melhor. Realmente surpreendente. E a trilha musical tb é muito boa. Nota: 9.
Destaque do filme: Paraíba (Gero Camilo)
Melhor frase do filme:“Pai, as coisas ficam muito boas quando a gente esquece, mas acontece que eu não esqueci a sua covardia. Você me fez menor que você, estou te mostrando a porta da rua para que saia sem lhe bater.” (Neto - Rodrigo Santoro) - Colaboração do amigo Ed Frances.
BICHO DE SETE CABEÇAS (Idem) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: Laiz Bodansky // Rodrigo Santoro, Cassia Kiss, Othon Bastos, Daniela Nefussi, Jairo Mattos, Altair Lima, Lineu Dias, Caco Ciocler, Gero Camilo, Luis Miranda, Valeria Alencar.

A CASA DE VIDRO (THE GLASS HOUSE):
Os pais de Ruby (Leelee Sobieski) e Rhett Baker (Trevor Morgan) morreram num terrível acidente de carro. Seguindo o desejo destes, ambos ficam sob os cuidados de Terrence (Stellan Skarsgård) e Erin Glass (Diane Lane), amigos da família. Os garotos têm de se mudar para Malibu, um bairro nobre, e recomeçar suas vidas. A casa da família Glass é muito luxuosa e toda construída em vidro. Lá eles têm tudo o que desejam. Mas Ruby é uma garota muito curiosa. Começa a perceber algumas coisas que não se encaixam naquele mundo tão perfeito. Uma delas é sobre o seguro que seus pais deixaram para ela e o irmão, de mais de 4 milhões de dólares. Terrence teria de administrar a herança até que eles atinjam a maioridade. Mas vive tentando fazer retiradas com o pretexto de cuidar do bem estar dos meninos. Ela começa a investigar e a verdade vai se revelando.
É um suspense bem divertidinho, mas bastante previsível. Nos 3 primeiros minutos você já descobre a trama. Nota: 6.
Melhor citação do filme: Nenhuma que mereça destaque.
A CASA DE VIDRO (The Glass house) - 2001 - Gênero: Suspense - Direção: Daniel Sackheim // Leelee Sobieski, Diane Lane, Stellan Skarsgård, Trevor Morgan, Rita Wilson, Michael O'Keefe.

segunda-feira, 10 de novembro de 2003

DVD
OS PÁSSAROS (THE BIRDS):

Quando criança assisti a Os Pássaros pela TV, junto com minha irmã mais nova. Ela era bem criancinha na época. Lembro que nós duas passamos a ter medo de pássaros depois que o assistimos. Não podíamos ver um pombo que ficávamos nervosas... Naquela época eu não tinha noção de quem era o responsável pelo filme. Agora mais velha, não só sei quem é como o admiro muito!! *mestre!!!*
Os Pássaros além de ser um filme de terror, também é uma história de amor entre dois protagonistas não convencionais: Melanie Daniels (Tippi Hedren) e Mitch Brenner (Rod Taylor). Ela é uma garota mimada, rica e que sempre ganha notinhas nos jornais, devido a suas "brincadeiras" inconsequentes. Mitch, além de um grande conquistador, é tão brincalhão quanto a moça. Ele a encontra numa pet shop em São Francisco. Mitch quer comprar um casal de canários para sua irmãzinha, Cathy Brenner (Veronica Cartwright), que faz aniversário por estes dias, e finge que não reconhece Melanie. Pede para ela verificar se na loja têm os pássaros. Depois de um flerte entre ambos, Melanie decide encontra-lo novamente. Como na loja não havia os pássaros, ela os compra em outro lugar e leva até o apartamento de Mitch. Mas ele não está. Foi para sua cidadezinha natal, Bodega Bay. Melanie vai até lá para entregar a encomenda. Assim que deixa os pássaros na casa de Mitch - que fica numa espécie de ilha - sem ser notada, pega um barco de volta para a cidade. Mas neste momento algo estranho acontece. Uma gaivota a ataca sem motivo. Mitch a encontra e cuida de seus ferimentos. Mas a partir deste momento, os cidadãos de Bodega Bay não terão sossego, devido ao comportamento estranho e inusitado dos pássaros da região.
Realmente é um filme muito bom. Como falei acima, é também um filme romântico. Mas como é um "Hitchcock", o amor não pode se realizar normalmente. Aqui os pássaros-malucos "dão uma força" ao casal. O que mais chamou minha atenção foi nos extras, onde a filha de Hitchcock comenta que estes ataques de pássaros sem explicação concreta já aconteceram de verdade em alguns lugares. Por isso fiquem atentos! :-O Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Pensei que você soubesse. Eu quero seguir minha vida pulando nua em chafarizes." (Melanie Daniels - Tippi Hedren)
OS PÁSSAROS (The birds) - 1963 - Gênero: Terror - Direção: Alfred Hitchcock // Tippi Hedren, Rod Taylor, Jessica Tandy, Suzanne Pleshette, Veronica Cartwright.

BELEZA AMERICANA (AMERICAN BEAUTY):
Lester Burnham (Kevin Spacey) era um homem que tinha uma vida perfeita. Tinha uma mulher, Carolyn (Annette Bening), e uma filha adolescente, Jane (Thora Birch). Era aquele tipo de "vida modelo americana": vazia. Internamente era só insatisfação e depressão. Após conhecer uma amiga de sua filha, Angela (Mena Suvari), ele sofreu uma espécie de surto. E resolveu fazer de tudo para ser feliz. Mesmo que suas atitudes magoassem a todos.
Sim, estou escrevendo tudo no passado. Mas não é somente porque já vi o filme. Quando este começa, Lester está morto. Ele vai narrando seus últimos dias de vida, como uma espécie de lição de moral para todos que estão levando a vida como ele fazia.
Beleza Americana foi muito comentado na época de seu lançamento. Todos estavam impressionados com tamanha veracidade; com a coragem do diretor e dos roteiristas de mostrar a vida sem graça da classe média americana. Todo o desapego, a falta de afeto, a dissolução de famílias e a violência dentro de casa... Tudo bem, isso foi mesmo demonstrado no filme. Eu concordo. Mas não vi nenhuma novidade nisso. Quem não sabia que isso acontece por lá? É só observar os noticiários internacionais. Por isso, não concordo com todo o hype que o filme teve. Concordo que é um bom filme. Mas por favor, sem todo esse auê. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Meu trabalho consiste basicamente em mascarar meu desprezo aos imbecis que estão no comando. E, pelo menos uma uma vez ao dia, ir ao banheiro masculino para me masturbar enquanto fantasio uma vida que não se pareça tanto com o inferno." (Chefe de Lester lendo a discrição deste sobre suas funções no trabalho)
BELEZA AMERICANA (American Beauty) - 1999 - Gênero: Drama - Direção: Sam Mendes // Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari, Peter Gallagher, Allison Janney, Chris Cooper.

domingo, 2 de novembro de 2003

AS PANTERAS DETONANDO (CHARLIE'S ANGELS: FULL THROTTLE):

Mais uma continuação dentre todas estas que vem surgindo no cinema americano. Parece que todo mundo quer garantir sucesso em cima de um sucesso já garantido. Isto é um jogo muito perigoso... Nem sempre dá certo. As Panteras Detonando é um exemplo disso. Produzido de novo por Drew Barrymore, desta vez o filme não vingou tanto quanto o primeiro. Por quê? Quem sabe! Mesmo assim, quem quiser se divertir sem grandes questionamentos, encontra neste filme sua válvula de escape. Eu me diverti.
Em As Panteras detonando o trio de investigadoras Natalie Cook (Cameron Diaz), Dylan Sanders (Drew Barrymore) e Alex Munday (Lucy Liu) voltam à ação. Elas precisam encontar dois anéis. Calma! Não são aqueles outros, do filme com elfos! Neste, os anéis são a chave para um cadastro de informações de todas as pessoas que participam do programa de proteção à testemunhas. Não há muito o que dizer sobre o filme. Afinal, como qualquer um do gênero ação, a história é bem simples para não complicar demais a cabeça de quem assiste. A única diferença é que este é protagonizado por mulheres. O que eu acho muito legal! Talvez isto seja incômodo para alguns, mas eu não vejo problema. Neste filme, temos também um pouco mais da história pessoal das personagens. O pai de Alex vai visitá-la. Ele pensa que a filha é médica. Atenção para o diálogo dele com o namorado de Alex, Jason (Matt Le Blanc). É o mais engraçado. Natalie está morando junto com Pete (Luke Wilson). Quanto a Dylan, seu passado é revelado. Ela foi uma das pessoas que entraram para o tal programa de proteção. Temos muitas participações, como Bruce Willis, a ex-pantera Jaclyn Smith e nosso Rodrigo Santoro, que realmente entra mudo e sai calado, ao melhor estilo do Thin Man (Crispin Glover). Ah! E tem a volta de Demi Moore! Só não gostei muito da participação de Bernie Mac. Nada contra ele, mas fazer o papel que antes foi de Bill Murray e ainda por cima com aquela explicação mixuruca? Ninguém merece! Nota: 6.
Melhor diálogo do filme:


- Eu não recebo mais ordens de um auto falante. Eu trabalho pra mim mesmo agora. (Madison Lee - Demi Moore)

- Bom, seu chefe é um saco! (Natalie Cook - Cameron Diaz)
AS PANTERAS DETONANDO (Charlie's angels: Full throttle) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: McG // Drew Barrymore, Cameron Diaz, Lucy Liu, Bernie Mac, Demi Moore, Crispin Glover, Justin Theroux, Robert Patrick, Rodrigo Santoro, Matt LeBlanc, Luke Wilson, John Cleese, Jaclyn Smith, Bruce Willis.
DVD

UM CORPO QUE CAI (VERTIGO):
Depois de tanto tempo sem falar no "Mestre", estou eu aqui outra vez, humildemente, para comentar mais um de seus filmes. Um corpo que cai está na segunda parte da coleção de Alfred Hitchcock que adquiri recentemente. E já começo muito bem, pois este é um dos filmes mais queridos por aqueles que gostam de Hitchcock.
Um corpo que cai começa com uma perseguição em cima dos telhados. O detetive John 'Scottie' Ferguson (James Stewart) acaba escorregando e quase cai de uma altura considerável. O outro policial retorna para ajudá-lo, mas é este quem acaba despencando do telhado. Depois do incidente Scottie resolve se aposentar. Ele adquire o medo de alturas. Toda vez que está em um lugar um pouco mais alto sente vertigens (daí o nome do filme).
Durante a aposentadoria, sua amiga Midge Wood (Barbara Bel) lhe faz companhia. Scottie realmente pretendia deixar de ser investigador, mas um antigo amigo pede para que ele resolva um problema pessoal. A milionária Madeleine Elster (Kim Novak), mulher de Gavin Elster (Tom Helmore), anda sumindo de casa sem lembrar por onde andou. Meio à contra-gosto Scottie resolve ajudar seu amigo. E cai numa trama muito, muito estranha, com grande apelo psicológico.
Scottie acaba se apaixonando por Madeleine. Mas esta comete suicídio. Tempos depois, Scottie conhece Judy (Kim Novak), uma moça extremamente parecida com Madeleine. Atormentado pela sua paixão, ele se aproxima de Judy e faz de tudo para transformar sua aparência na de Madeleine, para reviver o seu amor.
Embora não seja o meu preferido dos filmes do mestre, Um corpo que cai tem algo que eu gosto muito de ver: uma boa construção psicológica do personagem. Neste caso, temos Scottie, um homem que sofreu um trauma atrás de outro, e por isso anda "meio confuso". Temos também os ingredientes que fazem um filme de Hitchcock ser reconhecido como tal: muito suspense e tramas conspiratórias.
Não dá para ficar alongando o comentário senão acaba escapulindo alguma coisa a mais e eu não quero estragar a surpresa pra quem não viu. Mas obviamente que eu recomendo. Não somente por ser um clássico, mas também por ser um clássico do "mestre". :-) Nota: 7.
Diálogo mais bizarro do filme: "Se eu deixar você me modificar; se eu fizer o que você quer; Se eu fizer o que vc me disser, vc me amará? (Judy - Kim Novak)



"Sim." (John 'Scottie' Ferguson - James Stewart)



"Tudo bem. Tudo bem, então. Eu aceitarei. Eu não ligo mais pra mim. " (Judy)
UM CORPO QUE CAI (Vertigo) - 1958 - Gênero: Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel, Tom Helmore.

sábado, 1 de novembro de 2003

NÁUFRAGO (CAST AWAY):

Chuck Noland (Tom Hanks) tem sua vida dominada pelo relógio. É um típico workaholic. Tabalha como engenheiro de sistemas na FedEx. Tem uma namorada, Kelly Frears (Helen Hunt), mas quase não tem tempo pra ela. Aliás, tempo é algo que ele não tem mesmo.
Um dia, numa viagem à serviço, o avião de Chuck sofre um problema e cai no mar. Chuck é o único sobrevivente. Vai parar numa ilha deserta junto com alguns destroços do avião. E fica lá por anos, tendo por companhia apenas uma bola de volley que ele chama de Wilson.
Náufrago poderia ser muuuuito chato. Dura mais tempo do que um filme costuma ter. E a maior parte do tempo temos Tom Hanks sozinho na ilha, falando com a bola, tentando sobreviver e se virar pra sair da ilha. Tentando manter a sanidade mental. Mas querem saber? Isso não prejudica em nada o filme. Eu, por exemplo, nem percebi as horas passando. Tom Hanks dá show. Não tem como negar isso! De repente com outro ator, o filme seria mesmo chato. Mas não. Náufrago é uma espécie de lição de vida praqueles que não tem tempo pra nada. É um filme sobre adaptação com coisas novas; sobre adaptar-se às realidades que temos. Gostei muito! Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Eu não posso nem me matar do jeito que eu gostaria. Eu não tenho controle sobre nada." (Chuck Noland - Tom Hanks)
NÁUFRAGO (Cast away) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: Robert Zemeckis //Tom Hanks, Helen Hunt.

ANIMAL (THE ANIMAL):
Às vezes eu me pergunto por que diabos eu insisto em assistir qualquer tipo de filme... Eu sei que sou meio maluca em fazer isso. Sei que muitas vezes acabo vendo cada lixo... Mas e daí? Eu adoro cinema e minha meta é assistir de tudo: comédia, ação, drama, romance, suspense, aventura, terror, faroeste... Ah! Só não assisto a filmes do Steven Seagal! Aí também era pedir demais!
Muitas vezes eu até me divirto com algumas bobagens que o cinema nos proporciona. Mas outras vezes... É pura perda de tempo! Animal se encaixa na segunda opção!
Sinceramente, eu até me revolto! Que tremenda bobagem esse filme! Conta a história de um cara meio tapado, Marvin (Rob Schneider), que quer se tornar um policial, mas não consegue. Depois de um acidente, ele é usado de cobaia numa experiência. Um cientista o refaz com partes de animais. E o cara fica andando por aí, muitas vezs se comportando como os animais que fazem parte dele. Pronto. Chega! Já falei demais!
Na boa, é muito ruim! Não vejam. A não ser que vocês tenham essa força de vontade que eu tenho! Nota: 2.
Melhor citação do filme: ?????????????????????
ANIMAL (The Animal) - 2001 - Gênero: Comédia - Direção: Luke Greenfield // Rob Schneider, Colleen Haskell, John C. McGinley, Edward Asner, Michael Caton.

terça-feira, 28 de outubro de 2003

PROCURANDO NEMO (FINDING NEMO):

Antes de qualquer coisa preciso afirmar algo: sou fã dos desenhos e filmes da Disney. Desde criancinha tento assistir tudo que eles produzem.
No fim dos anos 80, os Estúdios Disney andavam um pouco desacreditados. Seus filmes já não faziam o mesmo sucesso de sempre. Mas no começo dos anos 90, eles conseguiram voltar ao topo, com filmes como A Pequena Sereia, Alladin e o campeão dos campeões, O Rei Leão. Depois deste sucesso todo, eles voltaram a andar em baixa. E por várias razões. Outros estúdios começaram a investir em longas de animação, com tanta qualidade quanto a dos estúdios Disney. Além disso, outra ameaça andava rondando Mickey & sua gang: as animações geradas por computador. Filmes como Shrek, por exemplo, começaram a tomar o espaço (e a renda) das produções Disney, que ainda hoje realiza também filmes com desenhos feitos também à mão.
Mas quem está no poder há tanto tempo não é bobo, não é verdade? E o que os produtores da Disney fizeram? Associaram-se a um pequeno estúdio independente, chamado Pixar. Tudo isto para entrar neste novo mercado de desenhos feito por computação gráfica. E aí, não teve jeito! Aliando competência, criatividade e roteiros excelentes, Disney e Pixar arrasaram com Toy Story, Vida de inseto, Monstros S/A entre outros.
Esta foi apenas uma pequena introdução para falar de Procurando Nemo, o resultado mais recente da parceria Disney/Pixar. E como não poderia deixar de ser o filme é muuuuuito legal. E o que é melhor: não tem idade certa para assití-lo. As crianças vão gostar, mas os pais e outros adultos também vão amar. E ainda recebem umas mensagenzinhas de bônus.
Procurando Nemo Conta a história dos peixes-palhaços (isto não é uma profissão e sim uma espécie!!) Marlin (voz de Albert Brooks, no original) e seu filho Nemo (voz de Alexander Gould). Antes do pequeno Nemo nascer, seu pai quase o perdeu. Um peixe maior comeu toda a sua família, incluindo sua mulher. Só restaram os dois. A partir deste acidente Marlin, com medo de perder quem ele ama novamente, cria Nemo com uma superproteção asfixiante. Ele ainda se baseia em um problema de nascença de Nemo - que tem uma de suas nadadeiras menor do que a outra - para justificar tanto cuidado. Um dia, Nemo se cansa disso tudo e foge de perto do pai. Claro, que ele acaba sendo apanhado por uma rede... E deixa Marlin completamente desesperado, tentando encotrar seu filho amado. No meio do caminho ele conhece um bando de peixes malucos: Bruce (voz de Barry Humphries), o tubarão pertencente a um grupo de auto-ajuda para não comer mais os outros peixes e Dori (voz de Ellen DeGeneres), uma "peixa" que tem a memória muito, muito curta. Enquanto isso, Nemo tenta por si só voltar para o mar e fugir de Darla (voz de LuLu Ebeling), a garotinha que vai ganha-lo de presente. Segundo dizem, Darla é uma assassina de peixes!
Procurando Nemo é um filme cheio de mensagens subentendidas. Fala de como não é legal um pai superproteger um filho; de como aqueles que são "especiais" (leia-se aqueles que tem algum tipo de deficiência) sabem se virar sozinhos; de que não adianta ter medo de viver; de que não é porque somos diferentes que não podemos ser amigos... Nossa! É muita lição escondida num filme só! Eu me diverti muito ao assistir, e ainda saí de lá com várias lições de vida!
Amei! Tomara que a parceria Disney/Pixar dure, pelo bem do primeiro. Se bem que eu já ouvi certos rumores... Nota: 9.
Melhor diálogo do filme: "Eu prometi que ia deixar nada acontecer com ele." (Marlin - Albert Brooks)



"Mas se nada acontecer com ele, NADA vai acontecer. Isso não é legal pro Nemo." (Dori - Ellen DeGeneres)
PROCURANDO NEMO (Finding Nemo) - 2003 - Gênero: Infantil - Direção: Andrew Stanton, Lee Unkrich // Albert Brooks, Ellen DeGeneres, Alexander Gould, Willem Dafoe, Barry Humphries, LuLu Ebeling.

MAGNÓLIA (MAGNOLIA):
Magnólia retrata a vida de um grupo de pessoas de San Fernando Valley, na Califórnia, durante um dia inteiro. Embora algumas não se conheçam, suas vidas e sofrimentos estão interligados.
Donnie Smith (William H. Macy), em sua juventude, ganhou muito dinheiro num programa de televisão onde as crianças respondiam questões dificílimas, contra um grupo de adultos. Isto foi a alguns anos atrás e até hoje seu record não foi batido. Donnie ainda é reconhecido nas ruas, mas ele não tem mais dinheiro. Devido a um acidente, ele também não é mais tão inteligente. Perdeu o emprego recentemente e vive sozinho, em busca do afeto de todos. Já Stanley Spector (Jeremy Blackman) segue os mesmos passos de Donnie. Ele é um garoto extremamente inteligente e está participando do programa mencionado, com grandes chances de quebrar o record. Stanley também é muito solitário e vive para estudar. Enquanto busca o carinho de seu ausente pai, Rick Spector (Michael Bowen), este só pensa no dinheiro que pode ganhar com o filho. Rick trata Stanley com frieza, como se o menino fosse uma máquina.
O nome do programa em questão é "What do Kids Know" e é apresentado por Jimmy Gator (Philip Baker Hall). Foi diagnosticado que o apresentador está com câncer e, de vez em quando, ele sofre alguns desmaios. Como sabe que logo irá morrer Jimmy busca resolver questões do passado. Ele tenta pedir perdão a sua filha, mas não consegue. Cláudia (Melora Waters) não esquece o que passou: Seu pai abusava sexualmente dela. Cláudia tem problemas emocionais sérios e vive drogada. Um dia, depois de mais uma "viagem", ela conhece o policial Jim (John C. Reilly). Ele vai a casa de Cláudia para verificar uma reclamação sobre barulho e quase a pega usando drogas. Entre os dois surge uma afeição. Jim é tímido e cumpridor de seu dever. Eles estão completamente inseguros se devem ou não seguir seus sentimentos. O mais irônico é que Cláudia acaba tendo um relacionamento com alguém que tem o mesmo nome de seu famoso pai, o grande causador de seus problemas.
Enquanto isso, outra pessoa envolvida com o programa também está morrendo de câncer. É o produtor Earl Partridge (Jason Robards), que está em estado terminal. Sua esposa, Linda (Juliane Moore), está desesperada e em depressão com a proximidade da morte de seu marido. Ela é mais nova do que ele e quando casaram, não era apaixonada. Foi por puro interesse mesmo. Mas agora, ao vê-lo morrendo, ela descobre-se apaixonada. Earl tem um solitário enfermeiro, Phil Parma (Philip Seymour Hoffman), que vive em sua casa para qualquer emergência. Como último desejo, Earl pede a Phil que encontre seu filho, abandonado anos atrás. O filho de Earl é Frank T.J. Mackey (Tom Cruise), uma espécie de guru dos homens solteiros, com seus ensinamentos machistas e duvidosos.
Magnólia é um filme extremamente complexo de ser assistido e entendido. Os menos atentos podem não captar as mensagens inseridas. São contos de vidas, onde a tristeza e o desespero chegou ao limite dos personagens. Mas é um filme muito positivo também. Magnólia mostra que mesmo com tanto desespero, sempre pode haver uma redenção e um recomeço para todos. Para mim é uma fábula moderna. Maravilhoso! Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Nessa vida, o que importa não é o que você espera; não é o que você merece. O que importa é o que você consegue." (Frank T.J. Mackey - Tom Cruise)
MAGNÓLIA (Magnolia) - 1999 - Gênero: Drama - Direção: Paul Thomas Anderson // Tom Cruise, Juliane Moore, William H. Macy, Philip Seymour Hoffman, Philip Baker Hall, Melinda Dillon, Jason Robards, John C. Reilly, Jeremy Blackman, Melora Walters, Michael Bowen.

domingo, 26 de outubro de 2003

TODO MUNDO EM PÂNICO (SCARY MOVIE):

Há algum tempo falei sobre a seqüência deste filme, Todo mundo em pânico 2, mas ainda não tinha falado da primeira parte.
Todo mundo em pânico foi uma grande surpresa no ano de seu lançamento. Fez um grande sucesso nas bilheterias mundiais, o que inevitavelmente acabou gerando sua(s) seqüência(s). Fui ao cinema assistir ambas as partes. Mas detestei a segunda. Não achei graça alguma. Só vi escatologia. A primeira é bem mais engraçada.
Todo mundo em pânico é uma sátira a filmes de terror adolescente. Junta em um referências de vários deles, como Pânico, Lenda Urbana e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado. Tudo com muito humor, é claro.
A base para esta comédia está na série Pânico. Até o serial killer se veste igual. Claro, que também há referências a cultura pop, sexo e drogas.
Este tipo de sátira não é novidade no cinema. Já foram feitas muitas delas, em diferentes gêneros. Como exemplo, podemos citar Top Secret, que é uma sátira a filmes de espionagem e a série Top Gang, que satirizava filmes de ação. É engraçado? É. Mas não é novidade. Todo mundo em pânico é para aqueles momentos com nada mesmo para fazer. Nota: 7.
Melhor diálogo do filme: "Mamãe disse que quando eu estiver com o distintivo, você deve me tratar como um homem da lei." (Doofy - Dave Sheridan)



"É, e mamãe também disse pra você não colocar mais seu pintinho no aspirador." (Buffy Gilmore - Shannon Elizabeth)
TODO MUNDO EM PÂNICO (Scary movie) - 2000 - Gênero: Comédia - Direção: Keenen Ivory Wayans // Anna Faris, Shawn Wayans, Marlon Wayans, Jon Abrahams, Shannon Elizabeth, Cheri Oteri, Dave Sheridan, Carmen Electra.

INSÔNIA (INSOMNIA):
Será que o diretor Christopher Nolan está querendo se especializar em males psicológicos? Seu primeiro filme, que o revelou para o mundo, foi o excelente Amnésia. Seguido por este, Insônia. Qual será o próximo título? Depressão? *rs*
Mas vamos ao que interessa... Insônia é um filme policial interessante. Mas não chega a ser tão bom quanto Amnésia. Era inevitável comparar ambos, mesmo que ambos sigam caminhos diferentes.
O detetive Will Dormer (Al Pacino) é enviado para uma cidadezinha no Alaska para investigar a morte de uma adolescente. Na verdade, seus superiores o enviaram para lá, junto com seu parceiro, para afastá-lo de circulação. Sua jurisdição tem suspeitas de que Will está envolvido em corrupção.
Durante as investigações do assassinato, Will passa por problemas que não imaginava. Na tal cidadezinha, na época do ano em que eles se encontram, a luz do sol permanece 24 horas. Will não consegue dormir nunca por causa disso, e seus sentidos ficam meio perdidos. Para piorar a situação, na busca pelo assassino, Will acaba atirando acidentalmente em seu parceiro, que morre devido aos ferimentos. Will esconde de todos o que aconteceu, pois não quer outro processo em suas costas. Mas o delegado da cidade manda a detetive Ellie Burr (Hilary Swank), fã de Will, investigar o caso. Durante este período, Will começa a receber ligações do assassino. Este sabe que ele matou o parceiro por acidente. Aliás, esta interação entre o "mocinho-não-tão-mocinho-assim", Will, e o assassino são as mais legais do filme.
Insônia é interessante. Mas em alguns momentos eu me sentia tão cansada e com sono quanto o personagem de Al Pacino. Não sei se de repente era alguma jogada de câmera ou iluminação, mas tive a impressão de também estar exausta e sem dormir ao assistir o filme. Dá um certo incômodo... Principalmente nas cenas onde Will não consegue dormir. Mesmo sendo um filme mais comercial do diretor Nolan, acho que este não perdeu a mão. O filme é interessante, mas acho que é difícil de agradar a todos. Nota: 7.
Melhor citação do filme: Me deixa dormir... (Will Dormer - Al Pacino, no fim do filme)
INSÔNIA (Insomnia) - 2002 - Gênero: Policial - Direção: Christopher Nolan // Al Pacino, Martin Donovan, Hilary Swank, Robin Williams.

quarta-feira, 22 de outubro de 2003

RONIN (RONIN):

Há algum tempo eu vinha querendo assistir a este filme. Não era aquela vontade enlouquecida que você precisa assistir logo... Era mais uma curiosidade. Principalmente por ter no elenco dois atores que eu admiro muito: Robert De Niro e Jean Reno. Quanto a Mr. De Niro eu nem vou me alongar para cair no óbvio. O cara é muito bom, tem talento de sobra e só sua aparição na tela por 5 segundos já vale o ingresso, não? Já Jean Reno eu aprendi a gostar assim que assisti O Profissional. Agora sempre que ouço falar de algum filme que ele participa, me interesso em ver.
Mas voltando a Ronin, finalmente eu consegui assistir. Achei um filme mediano. Alguns momentos, cansativo. Mas dá para assistir na boa.
Deirdre (Natascha McElhone), uma mulher muito misteriosa, contrata um grupo de mercenários para encontrar uma maleta ultrasecreta. Estes homens nunca trabalharam em conjunto. Na verdade, eles são aquilo que dá origem ao nome do filme: No Japão, Ronin(s) eram os samurais que trabalham sozinhos, sem um mestre. Estes homens são assim: especialistas em diversas áreas, que trabalham sozinhos, mas desta vez foram contratados para juntar suas forças numa mesma missão. Logo durante o planejamento desta, um deles se destaca como líder do grupo: Sam (Robert De Niro). Com seu estilo cool e ao mesmo tempo "sou-super-experiente-seus-principiantes", Sam mostra que não está para brincadeiras. Não quer fazer amizade. Só está lá pelo dinheiro mesmo.
O grupo precisa recuperar a tal maleta misteriosa antes que o homem que está com ela, venda para os russos. Eles conseguem cumprir a missão. Mas a partir desse momento tudo se complica. Um deles trai o grupo, querendo faturar em cima da venda. Daí em diante, o filme vira um jogo de gato e rato, onde todos os integrantes da missão correm atrás da maleta, se metem em perseguições, tiroteios e mais traições.
Sinceramente eu esperava mais do filme. Acho que esse negócio de tiroteio e perseguição anda ficando meio chato... É a mesma coisa sempre! Sei, lá... Não me empolguei mesmo. Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Sempre que existir qualquer dúvida, não existe dúvida. Esta é a primeira coisa que eles ensinam a você." (Sam - Robert De Niro, filosofando...)
RONIN (Ronin) - 1998 - Gênero: Ação - Direção: John Frankenheimer // Robert De Niro, Jean Reno, Natascha McElhone, Sean Bean.

HULK (HULK):
Antes de começar a comentar o Hulk, de Ang Lee, eu preciso fazer uma introdução emocionada aqui... :-)
Quando era bem criancinha a série do "monstrão verde" passava aqui no Brasil. Eu era fanática pelo programa!!!! Adorava ver as cenas onde David Banner, interpretado pelo saudoso Bill Bixby, se tranformava em Hulk! Aquelas lentes de contato de cor estranha mostravam que já-já os vilões iriam receber sua lição!!!! Eu amava mesmo a série... E sempre chorava ao final de cada episódio, quando o Dr. Banner ia embora por uma estrada deserta qualquer, sempre sozinho...
Mas voltando aos tempos atuais, eu esperei para ver este novo filme com o Hulk ansiosamente. Afinal de contas eu era fã, né? Não dos quadrinhos, porque nunca os li, mas da série mesmo. Me preparei, criei espectativas e... me decepcionei... :-(
Hulk é um filme que faz as opiniões divergirem muito. Acho que metade das pessoas que eu conheço gostaram. A outra metade, não. Não sei se existe uma maioria. Eu faço parte daqueles que se decepcionaram com o que viram... Esperava muito mais do filme, e este é o grande problema quando você é um fã que cria espectativas.
Vamos começar os comentários contando a história do filme... Hulk conta como o Dr. Bruce Banner (Eric Bana) se transforma no monstro, basicamente. Claro que não é apenas isto. Temos muito drama e romance também. Bruce foi criado por uma família adotiva e não tem muitas lembranças da época em que vivia com seus pais. Apenas alguns pesadelos o assombram de vez em quando. Como o pai biológico, Bruce se torna cientista. Um acidente no laboratório em que trabalha o transforma em um enorme e furioso monstro verde cada vez que fica nervoso. O que Bruce não sabe é que seu pai David (Nick Nolte) está mais presente do que parecia e é culpado em parte por esta transformação. Militares e cientistas inescrupulosos tentam dominar o monstro e conseguir para si o segredo de sua força e, obviamente, se dão muito mal. A única coisa que deixa Hulk mais "mansinho" é a Dra. Betty Ross (Jennifer Connelly), seu amor. O resto só quer saber de persegui-lo. Até fiquei com um pouco de pena dele neste momento.
Particularmente não sou muito fã de Ang Lee. Não vi todos os seus filmes e dos que vi, o único que achei legal foi O Tigre e o Dragão. Em Razão e sensibilidade, por exemplo, eu dormi. Não gosto muito de seu estilo. Ele fez de Hulk um filme leeeeento demais, a ponto de todo mundo se perguntar se o monstro não ia aparecer nunca. Afinal de contas o filme passa quase meia hora falando do drama pessoal de Bruce Banner. Ok, até acho esse tipo de abordagem interessante para filmes vindos de HQs. Mas teve uma hora que até eu comecei a engrossar o coro dos que perguntavam pelo monstro. E quando este apareceu, não me impressionou muito. Era mais legal na série, com o Lou Ferrigno vestindo aquela peruca ridícula e pintado de verde. Tosco, mas muito legal! A parte das perseguições ao monstro também ficaram longas demais... Eu já estava me cansando de tudo aquilo. E o filme parece ter dois finais. Eu tive essa sensação.
Não achei que Eric Bana estivesse muito inspirado em seu papel de cientista perturbado pelo passado. E a Jennifer Connelly me pareceu estar atuando em piloto automático, o que é uma pena pois ela tem talento. Quem eu achei melhor foi o Nick Nolte, mas também não está nenhuma maravilha. Achei o roteiro muito fraco e deficiente. O filme alongou-se demais e perdeu o fio da meada. Destaco a aparição rápida, logo no começo, de Stan Lee, autor do quadrinho, e Lou Ferrigno, o monstro na série. Nem o Hulk digital ficou tão legal assim. Achei tudo muito "mais ou menos".
Me desculpem quem gostou de Hulk, mas eu esperava muito, muito mais... Nota: 6 (só porque sou fã da série!).
Diálogo "mais amoroso e profundo" do filme: "Eu devia ter te matado." (Bruce Banner - Eric Bana)



"Eu devia ter te matado." (Dr. David Banner - Nick Nolte)



"Eu queria que tivesse me matado." (Bruce Banner)
HULK (Hulk) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: Ang Lee // Eric Bana, Jennifer Connelly, Nick Nolte, Sam Elliott, Josh Lucas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2003

POR UM FIO (PHONE BOOTH):

Talvez eu esteja sendo exagerada, mas Por um fio é o melhor filme que eu assisti este ano! Quem diria que Joel Schumacher acertaria em cheio com esse suspense policial tão eletrizante - perdão pelo clichê, mas o filme é assim mesmo.
A história é bem simples: Stu Shepard (Colin Farrell) é um agente artístico que trabalha nas ruas de Nova York. Para conseguir o que quer, ele não mede esforços e nem liga para questões de ética. É um mentiroso nato. Tem uma esposa, Kelly (Radha Mitchell), e uma amante, Pamela (Katie Holmes). Stu liga para a amante da mesma cabine telefônica, no mesmo horário sempre. Acontece que um dia, após sua ligação diária para Pam, o telefone toca e ele atende. Foi a pior coisa que poderia ter feito na vida! Do outro lado, uma voz misteriosa faz ameaças a Stu, dizendo que se ele sair da cabine morrerá. A princípio Stu não acredita, mas a situação vai se complicando, mostrando que o atirador não está brincando. Ele atira em um cafetão que estava ameaçando Stu para sair da cabine e o cara morre. Daí, começa uma grande confusão na cidade, envolvendo passantes, polícia, redes de TV etc. Todos pensam que Stu é o psicopata maluco que está atirando nas pessoas. A vida dele fica ameaçada de todos os lados: se sai da cabine, o atirador o mata. Se não sair, a polícia pode fazer isso.
Nossa! Fiquei muito nervosa na sala de cinema quando assisiti a Por um fio! Tremia, me mexia sem parar e até cheguei a chorar de nervoso! Eu adooooooro filmes que me causam emoções deste tipo. Assim é que vale a pena sair de casa, comprar a entrada e a pipoca e ficar assistindo um filme numa sala escura. Melhor do que sair do filme indiferente... Achei Por um fio perfeito em tudo! A direção, a edição... As atuações de Colin Farrel e do "atirador" - não vou contar quem é, né? - foram nota 10!
Pior que se pararmos para pensar na história, até que dá para entender o maluco do atirador... *rs*
Comprarei o DVD assim que possível! Nota: 10.
Melhor diálogo do filme:"Então você me encurralou sem nenhuma razão?" (Stu Shepard - Colin Farrell)
"Oh, eu tenho muitas razões. E você continua a me dar mais." (The Caller)
POR UM FIO (Phone booth) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Joel Schumacher // Colin Farrell, Forest Whitaker, Radha Mitchell, Katie Holmes, Dell Yount, Kiefer Sutherland.

O SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA (THE TRUMAN SHOW):
Imagine se sua vida fosse transmitida via satélite, sem interrupção, desde o seu nascimento? Parece uma versão extendida do programa Big Brother, não? Mas na época em que O Show de Truman foi lançado, esse tipo de programa ainda não existia. Pelo menos não no Brasil. A diferença aqui é que em Big Brother as pessoas tem consciência de que estão sendo filmadas. E fazem tudo para aparecer.
Truman Burbank (Jim Carrey) é o personagem central de um programa de grande audiência mundial, sem saber de nada. Ele vive em uma cidade fictícia, construída especialmente para as filmagens. Seus amigos e família são todos fictícios também. Truman vive num mundo de ilusões e não tem noção disso. Ele apenas interage com os atores sem saber que tudo que se passa em sua vida na verdade está acontecendo para entreter a platéia, que há anos faz o sucesso do programa. Este é de responsabilidade de Christof (Ed Harris), o produtor, que não mede esforços para manter tudo funcionando perfeitamente.
Truman é um sujeito extremamente tranqüilo e passivo. Trabalha como corretor de seguros e é casado com Maryl (Laura Linney), sua amiga de colégio. Claro, que tudo isso deveria ser escrito entre aspas, já que a vida de Truman não lhe pertence realmente. Mas para evitar o texto com aspas o tempo inteiro, estou escrevendo agora sob a perspectiva de Truman. Embora tenha se casado com Maryl, ele jamais esqueceu uma outra garota que conheceu no colégio também: Sylvia (Natascha McElhone). Mas este amor era proibido. Sylvia foi contratada para ser do elenco de apoio no seriado. Mas Truman se apaixonou e a produção teve que tirá-la do programa rapidamente. Afinal, os planos eram para que Truman e Maryl se casassem. Mesmo assim ele não esqueceu Sylvia.
Sua vidinha comum vai caminhando sempre igual, até que um dia um holofote cai do nada quase em cima de Truman. Ele não entende nada, obviamente. E uma série de outros pequenos "escorregões" deste tipo vão acontecendo depois disso. Cristof e sua produção vão tentando repará-los. Mas Truman já está desconfiado demais.
À primeira vista O Show de Truman é apenas um filme fantasioso, pois um sujeito que passa 30 anos de sua vida sendo filmado sem saber é impossível de acontecer. Porém as diferentes metáforas que ele possui faz com que o filme abra uma série de questionamentos atuais e o torne tão bom.
Para começo de conversa, temos o próprio programa, líder em audiência mundial. Para ter esta audiência toda, as pessoas devem no mínimo assiti-lo o tempo todo. Como a vida de Truman é mostrada 24 horas, o filme nos dá a idéia de como as pessoas são capazes de ficarem assistindo TV por horas a fio. É o poder viciante da mídia.
Durante o programa, os atores vão mostrando diversos produtos. Muitas vezes da forma mais estranha - como da vez em que Maryl começa a falar dos benefícios de um produto em plena discussão com Truman. Esse tipo de comercial indireto é de praxe na TV brasileira, por exemplo. Sabemos que muitos espectadores consomem estes produtos porque viram na TV. Podemos ver que tanto Truman quanto os espectadores tem vidas similares. Afinal todos estão sob o domínio da TV e dos anunciantes. Todos estão presos igualmente.
Achei interessante o nome do "todo poderoso" por trás do Show de Truman ser Cristof. Faz remeter ao próprio filho de Deus. Afinal, como se fosse o próprio, Cristof faz e acontece no programa: Tira e põe pessoas na vida de Truman; faz chover; etc. Seu grande erro é comandar demais, enquanto que Deus nos dá o livre-arbítrio. Afinal de contas, Cristof não é Deus, e sim o produtor do programa. É bem interessante esta metáfora, se pararmos para pensar.
Gostei muito de O Show de Truman - O show da vida. Tem uma crítica construtiva ao poder da mídia e deixa uma mensagem positiva para todos. Nota: 8.
Melhor frase do filme: "Nós aceitamos a realidade do mundo com o que nos é apresentado." (Christof - Ed Harris)
O SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA (The Truman Show) - 1998 - Gênero: Drama - Direção: Peter Weir // Jim Carrey, Ed Harris, Laura Linney, Noah Emmerich, Natascha McElhone.

quinta-feira, 9 de outubro de 2003

TODO PODEROSO (BRUCE ALMIGHTY):

Sei que perderei muito da minha credibilidade quanto a "crítica" de cinema neste momento, mas não posso escrever sobre Todo Poderoso de forma imparcial. Por vários motivos... O primeiro deles é que sou fã de Jim Carrey! Sei que ele já fez muito filme ruinzinho ( O Pentelho, por exemplo). Mas ele me faz rir. E já me fez chorar também com O Mundo de Andy. Eu gosto do Jim! :-)
Não é apenas por isso que eu gostei deste filme. Eu sei que ele passa a impressão de ser uma comédia engraçadinha com o Jim Carrey e nada mais. Mas não foi assim para mim. Ao vê-lo, bateu uma luz.
Ok! Aposto que todos estão rindo de mim, achando que eu sou louca ou sei lá o quê. Mas eu sempre acreditei que mesmo o filme mais bobo do planeta pode tocar alguém de alguma forma. Pode passar uma lição, ou mostrar um caminho, ou até mesmo ensinar algo. Mas isso depende de cada um; do que cada um está passando na hora. Por isso, não poderia falar mal de Todo Poderoso. O filme me ensinou algo.
Eu entendi o personagem do Jim Carrey e estava vivendo um momento parecido. Me vi no papel dele. Daí fui aprendendo minhas lições e tirando conclusões.
Bruce Nolan (Jim Carrey) é um repórter de TV, em Buffalo. Suas reportagens são ligadas a coisas engraçadas e pitorescas sobre a cidade. Exatamente por isto ele não é tão respeitado em seu ambiente de trabalho. Quando o âncora do jornal mais importante da emissora está para se aposentar, Bruce está incluído na lista de possíveis substitutos. Mas ele acaba perdendo a concorrência para Evan Baxter (Steven Carell), um jornalista metido a besta e que adora humilha-lo. A decepção para Bruce é tão grande que desencadeia uma série de acontecimentos ruins em sua vida.
Para começar perde o emprego depois de "explodir" diante das câmeras. Depois, apanha de uma gang que batia num mendigo. Em casa, briga com sua namorada, Grace (Jennifer Aniston). Ela é muito generosa e se preocupa com a falta de fé do namorado. Bruce chega até mesmo a ofender Deus. E é aí que ELE aparece para Bruce.
Cansado de tanta reclamação, Deus (Morgan Freeman) decide dar a Bruce seus poderes para que ele tome conta de tudo por uma semana. A princípio, Bruce não acredita. Mas quando vê que realmente tem os poderes de Deus, resolve se aproveitar disso. Esta é a parte engraçada do filme. Mas obviamente ele aprende sua lição ao ver que ser Deus não é uma tarefa tão fácil.
Quantas vezes na vida a gente já não se revoltou com algo que não está indo como queremos? Ou com falta de sorte? Este filme trata justamente disso. Acho que para tirar o aspecto "lição de moral", seus roteiristas o conceberam como comédia. Mas no fundo é um filme sobre fé. Sobre acreditar em Deus. Gostei muito. :-)) Nota: 8.
Melhor diálogo do filme: "Dar comida aos famintos e paz a toda a humanidade. Está legal?" (Bruce Nolan - Jim Carrey)



"Sim... Se você for a Miss America." (Deus - Morgan Freeman)
TODO PODEROSO (Bruce almighty) - 2003 - Gênero: Comédia - Direção: Tom Shadyac // Jim Carrey, Jennifer Aniston, Morgan Freeman, Steven Carell.

INSPETOR BUGIGANGA (INSPECTOR GADGET):
John Brown (Mathew Broderick) é um simples segurança de uma empresa de pesquisas tecnológicas. Mas sonha em se tornar um policial de verdade. Além disso, é apaixonado pela sua chefe, Brenda Bradford (Joely Fisher), pesquisadora e filha do dono da empresa. Tudo vai bem até que o local é invadido pelo ladrão de novas tecnologias Sanford Scolex (Rupert Everett). John tenta prender o bandido e sai muito machucado. Scolex tb. Após o acidente com seu braço, passa a se chamar Claw. Enquanto isso, John vira a cobaia perfeita para os novos estudos da Dra. Brenda. Após as operações ele se transforma no Inspetor Bugiganga, um justiceiro robótico, cheio de equipamentos de última geração.
O filme é baseado no desenho/série de mesmo nome. Assisti por pura curiosidade, já que acompanho o trabalho de Mathew Broderick. Mas achei fraquinho demais... Muitas vezes até chato... Os desenhos animados ainda não foram bem adaptados para as telas de cinema, como aconteceu com os quadrinhos. Na verdade, acho que o filme só é legal pro pessoal abaixo dos 10 anos de idade. Os mais velhos e mais saudosistas do personagem nem vão gostar muito. Se você estiver com a "criança que habita seu corpo" aflorada, é provável que goste. A minha já estava dormindo pois vi numa sessão tarde da noite via SBT. Não recomendo. Mas se alguém quiser arriscar... Nota: 4.
Melhor coisa do filme: O carro do Inspetor Bugiganga.
Melhor frase do filme: "Apenas Claw. Uma palavra... Como Madonna." (Scolex - Rupert Everett)
INSPETOR BUGIGANGA (Inspector Gadget) - 1999 - Gênero: Comédia - Direção: David Kellogg // Mathew Broderick, Rupert Everett, Joelly Fisher, Michelle Trachtenberg.

quarta-feira, 8 de outubro de 2003

A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA (AMERICAN HISTORY X):

Todo mundo sempre me falou deste filme, mas nunca tive oportunidade de vê-lo. Até na TV a cabo passou, mas eu perdi. Mas consegui vê-lo finalmente, após todo esse tempo, via SBT. :-)
Sem sombra de dúvida A Outra História Americana é um dos melhores filmes que já vi. A trama é perfeita e tanto Edward Norton quanto Edward Furlong souberam dar o tom certo aos seus personagens. Aliás, todos os atores estavam afiadíssimos, mas o destaque vai mesmo para a dupla acima.
Sempre me interesso em ver filmes sobre preconceito. Infelizmente ainda hoje isto existe. E quando um filme é tão bem construído e bem embasado, melhor ainda! Filmes como este nos mostram até onde a ignorância e a violência podem nos levar. :-)
A Outra História Americana se baseia na vida de dois imãos: Derek (Edward Norton) e Danny (Edward Furlong) Vinyard. Ambos são seduzidos para um grupo de neo-nazistas em momentos diferentes de suas vidas. Derek é o irmão mais velho. Quando seu pai, um bombeiro, foi assassinado, ele encontrou resposta para a perda através do tal grupo. Por estar revoltado, atacava as minorias como forma de aplacar sua dor. Chegou a ser líder e aliciador deste grupo neo-nazista, em sua cidade. Um dia, após assassinar cruelmente dois homeens que tentavam roubar seu carro, Derek vai para a cadeia. Lá, após sofrer nas mãos da polícia e dos internos, ele "vê a luz" sobre suas antigas atitudes.
Ao sair da cadeia encontra seu irmão caçula indo pelo mesmo caminho. Danny idolatra Derek e por isso entra para os neo-nazistas. Mas quando o vemos no começo do filme, ele não parece muito certo do que está fazendo. Seus professores tentam tirá-lo do mau caminho, fazendo pensar nas conseqüências do grupo na vida de seu irmão. Enquanto Danny resiste aos apelos de todos, Derek tenta salvá-lo.
Este é um drama maravilhoso, que deveria ser visto por todos. O melhor é que seu roteiro não poupa o espectador de nada. A violência é mostrada ali na sua frente sem ser sensacionalista. É como se fosse um tapa na cara de quem ainda hoje acredita ser melhor do que os outros só por ter cor branca ou determinada religião. Confesso que fiquei em choque ao assistir A Outra História Americana. Obviamente ele é altamente recomendado por mim!!!! Nota: 10.
Cena mais chocante do filme: Derek assasinando um homem que queria roubar seu carro.
Melhor discurso do filme: "Eu continuo me perguntando o tempo todo como foi que eu caí nessa. Foi porque estava com raiva, e nada do que eu fizesse poderia acabar com esse sentimento. Eu matei dois caras, Danny. Eu os matei. E isto não me fez sentir nem um pouco diferente. Só me deixou mais perdido e eu estou cansado de ter raiva, Danny. Eu estou cansado disso." (Derek Vinyard: Edward Norton)
A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA (American history X) - 1998 - Gênero: Drama - Direção: Tony Kaye // Edward Norton, Edward Furlong, Beverly D'Angelo, Fairuza Balk, Elliot Gould, Avery Brooks, Stacy Keach.