domingo, 29 de junho de 2003

A FESTA NUNCA TERMINA (24 HOUR PARTY PEOPLE):

Final dos anos 70. Manchester. Tony Wilson (Steve Coogan), apresentador de TV, decide, junto com alguns amigos, montar um selo para produção de discos, a Factory Records. Entre alguns de seus contratados estão Joy Division (New Order, mais tarde), Happy Mondays; bandas que marcaram época no cenário musical inglês. A Festa nunca termina conta as dificuldades, alegrias e tristezas desta época de ouro na história da música inglesa. Tony Wilson e seus sócios não só investem na Factory Records, como também abrem a boate Hacienda, uma espécie de vitrine musical do selo.
O filme mostra este período, que foi desde os anos 70 ao começo dos 90. É um bom filme, mas só tem um pequeno problema: só quem é verdadeiramente fã das bandas, só quem conhece as histórias consegue aproveitar bem todo o filme. Eu, embora tenha gostado muito, não sou uma entendida em música. Tenho certeza que perdi muitas tiradas que somente "os iniciados" entenderiam. Mesmo assim, vale a pena assistir, nem que seja por curiosidade.
Achei muito bacana o filme ter sido produzido em formato de documentário. Steve Coogan passa boa parte do tempo conversando com o espectador. Também há aquela edição "estilo MTV" em algumas partes, mas eu não acho que prejudique o filme (embora muita gente não goste). É um filme bem curioso. Nota: 7.
Melhor frase do filme: "Estão vendo? Eles estão aplaudindo o DJ. Não a música, não o músico, não o criador, mas o meio." (Tony Wilson - Steve Coogan)
A FESTA NUNCA TERMINA (24 Hour party people) - 2002 - Gênero: Drama - Direçao: Michael Winterbottom // Steve Coogan, Mark Windows, John Simm.

CASAMENTO GREGO (MY BIG FAT GREEK WEDDING):
Filme despretensioso que chegou ao sucesso graças a um bom roteiro e a uma antiga forma de marketing: a propaganda boca-a-boca. O enredo não é original, mas a realização do filme e todo o resto é. Por isso temos uma comédia leve e divertida, para qualquer pessoa de qualquer idade assistir (e para alguns, até mesmo se identificar!).
Toula Portokalos (Nia Vardalos) é de descendência grega. Sua familia enorme é muito apegada à sua cultura. Toula porém, sempre questionou estes valores, por não concordar com alguns deles. Quando o filme começa, Toula tem 30 anos, trabalha no restaurante de seus pais, o Dancing Zorba´s, é solteira, sonhadora e tem baixa auto-estima. Sua família vive pegando no seu pé para que encontre logo um marido grego. Mas Toula é uma inquieta. Ela não se conforma em ter que ser apenas dona de casa, sem poder estudar, por exemplo.
Toula consegue a ajuda de sua mãe, Maria Portokalos (Lainie Kazan), para convencer seu pai, Gus Portokalos (Michael Constantine), a deixar q ela faça um curso de informática na faculdade. E ele acaba liberando, graças ao jeito todo especial de Maria para convencer o marido: fazer com que ele pense que a decisão final foi dele.
Toula parte então para o seu curso. E as coisas começam a mudar em sua vida. Primeiro ela consegue arrumar mais amigas. Depois, começa a ficar mais vaidosa. Qdo termina o curso, sua tia a deixa trabalhando em sua agência de viagens. É aí que ela revê um antigo cliente do restaurante do pai, por quem ela se apaixonou. Ian Miller (John Corbett), um professor universitário, acaba correspondendo a Toula. E aí começa toda a confusão: Ian não é de descendência grega.
É um filme que fala de tradição, de família, de amor, de aceitação de quem você é e do que você faz para alcançar seus objetivos. É cheio de tiradas engraçadas. Fiquei surpresa, e tenho que concordar com todos que me disseram que era muito legal. É mesmo! Nota: 8.
Melhor frase do filme: "Deixa eu te dizer uma coisa, Toula. O homem pode ser a cabeça na casa, mas a mulher é o pescoço. E ela pode fazer a cabeça ir para o lado que ela quiser. (Maria Portokalos - Lainie Kazan CASAMENTO GREGO (My big fat greek wedding) - 2002 - Gênero: Comédia - Direçao: Joel Zwick // Nia Vardalos, John Corbett, Lainie Kazan, Michael Constantine.

sexta-feira, 27 de junho de 2003

MISS SIMPATIA (MISS CONGENIALITY):

Muito engraçado! Morri de rir com Miss Simpatia. Eu nem gosto muito da Sandra Bullock e s? aceitei ver este filme no cinema por n?o ter nada melhor para fazer no dia. Quem diria que eu ia rir tanto com um filme da Sandra Bullock!!!
Um serial killer ameaça atacar no concurso de Miss Estados Unidos. O FBI é chamado para deter o tal maluco. Uma equipe, comandada pelo machista Eric Mathews (Benjamim Bratt), é enviada até o local. Mas para investigar melhor precisam de um oficial disfarçado. A ?nica pessoa que poderia se candidatar como miss na equipe é Gracie Hart (Sandra Bullock). O problema é que Gracie n?o tem o m?nimo jeito para estas coisas. Ela n?o sabe se comportar, n?o se arruma, n?o faz o estilo mulherzinha. Os organizadores do concurso n?o concordam com a presença dela. Mas acabam indicando um "especialista" para melhorar, em pouqu?ssimo tempo, o comportamento de Gracie. Esta também n?o fica nada contente com seu disfarce. E sofre para se transformar numa candidata a Miss. Ali?s, estas s?o as melhores partes do filme! Quem ainda n?o viu, corra! ? muito legal mesmo! Nota: 9.
Melhor frase do filme: "Eu estou de vestido, tenho gel no cabelo, n?o dormi a noite toda, estou faminta e estou armada! N?o se meta comigo! (Gracie Hart - Sandra Bullock)
MISS SIMPATIA (Miss Congeniality) - 2000 - Gênero: Comédia - Direç?o: Donald Petrie // Sandra Bullock, Michael Caine, Benjamim Bratt, Candice Bergen. William Shatner, Ernie Hudson.

RISCO DUPLO (DOUBLE JEOPARDY):
Este é um dos roteiros mais conspiratorios que eu ja vi. Achei muito bom! Nunca imaginaria que seria assim! N?o dava nada pelo filme... :-)
Elizabeth Parsons (Ashley Judd) é uma dona de casa que tem uma vida perfeita (é sempre assim!). Tem um marido que ama e um filhinho. Tudo parece maravilhoso em sua vida. Até que um dia, ela aceita o convite de seu marido, Nick Parsons (Bruce Greenwood) para um passeio de barco. Tudo perfeito; uma noite de amor maravilhosa... E no dia seguinte Elizabeth acorda toda suja de sangue. E no barco, as manchas também est?o em todo lugar. Seu marido tinha desaparecido. A guarda-costeira a encontra e leva presa. Elizabeth n?o tem como comprovar sua inocência e acaba condenada.
Desesperada, ela tenta manter a sanidade na cadeia, s? pensando em encontrar seu filho quando sair. Mas acontece que sua melhor amiga, que estava tomando conta do menino, desaparece com ele. Elizabeth consegue encontra-la e descobre o pior: seu marido est? vivo! Ele armou um plano para incrimina-la!
A partir da? o suspense melhora. Qdo consegue condicional, Elizabeth desafia seu agente e foge em busca de vingança. ? muito bom! :-)))
Ps: Sou s? eu ou vcs também confundem a Ashley Judd com Charlize Theron? :-)
Nota: 8.
Melhor "dialogo conspiratorio" do filme: "Ninguém pode ser preso pelo mesmo crime duas vezes. O Estado diz que você j? matou seu marido, n?o é? Ent?o, quando você sair daqui você o procura e pode mata-lo. Você pode esbarrar com ele em Times Square, encostar o cano de uma arma na cabeça dele e puxar o gatilho. N?o h? nada que eles possam fazer sobre isso! Te faz se sentir arrepiada n?o é?" (Amiga da cadeia de Libby)
RISCO DUPLO (Double Jeopardy) - 1999 - Gênero: Drama - Direç?o: Bruce Beresford // Tommy Lee Jones, Ashley Judd, Bruce Greenwood.

terça-feira, 24 de junho de 2003

TODOS DIZEM EU TE AMO (EVERYONE SAYS I LOVE YOU):

Todos dizem eu te amo é um filme que trata de relacionamentos amorosos. Vários tipos deles. Mas desta vez, Woody Allen resolveu filmar um musical. De todos os filmes que assisti do diretor, considero este o mais fraco até agora. Não gostei. Em alguns momentos acho que o filme até se torna chato. Eu não estou dizendo isso porque não gosto de musicais. Eu gosto sim. Mas este, poderia ter sido melhor. Na verdade, acho que algumas cenas musicais nem se encaixam. Sei lá... Não gostei mesmo.
Mas não posso negar que a escolha do elenco é muito boa (só tem estrela) e que a ambientação, o figurino, a direção etc, estão como sempre num filme do Woody: muito bem feitas. Está tudo lá, incluindo o personagem eterno que o diretor gosta de representar: o neurótico novaiorquino. A diferença é que desta vez, seu personagem se tornou amante da Europa.
Em Todos dizem eu te amo, temos várias histórias de amor paralelas: começa com Holden Spence (Edward Norton) comprando as alianças para o casamento com Skylar (Drew Barrymore), uma moça de família grande e que leva uma vida muito sem graça. Skylar entra em dúvidas sobre seu casamento quando conhece um marginal recém libertado da prisão, Charles Ferry (interpretado por Tim Roth). Este mostra uma vida muito mais "emocionante" do que ela vem levando e a moça fica balançada. Temos também a família de Skylar às voltas com o casamento dela, com os problemas com os filhos adolescentes e com o avô senil, que deve ser vigiado todo o tempo ou acaba fazendo alguma besteira. E por último, temos Joe Berlin (Woody Allen). Ele já foi casado com Steffi Dandridge (Goldie Haw), atual madrasta de Skylar. Ele e Steffi tem uma filha adolescente, D.J. (Natasha Lyonne), que sempre se mete na vida amorosa do pai. Nas férias escolares, D.J. e Joe vão para Paris e lá conhecem novos amores. Von (Julia Roberts) é o objeto de desejo em Paris. Para conquistá-la, conta com a ajuda de D.J. que a conhece do consultório de psicologia da mãe de uma amiga (onde ela ouvia os problemas de Von). Como sabe tudo que esta espera de um homem, D.J. conta a seu pai e este finge ser o que não é.
Bom... O filme é um emaranhado de relacionamentos, como disse acima. Mas não tem nada de especial nisso. Se vc ainda não viu, nem precisa ter pressa. Não fará muita diferença na sua vida mesmo... Nota: 6.
Melhor frase do filme: "Num relacionamento é melhor ser o que deixa do que ser quem é deixado." (Joe Berlin - Woody Allen)
TODOS DIZEM EU TE AMO (Everyone says I love you) - 1996 - Gênero: Musical - Direç?o: Woody Allen // Woody Allen, Edward Norton, Drew Barrymore, Alan Alda, Gabby Hoffman, Natalie Portman, Lucas Hass, Goldie Hawn, Julia Roberts, Tim Roth, Natasha Lyonne.

ALTA FIDELIDADE (HIGH FIDELITY):
Rob Gordon (John Cusack) está vivendo uma crise. Ele e sua namorada Laura (Iben Hjejle) estão se separando. Rob diz a todos que não existe um motivo concreto para a separação (homens... *rs*). Mas Laura afirma que não consegue mais viver com Rob pois ele está estagnado. Não tem ambição, não se modificou durante os anos de convivência etc. Até aí poderíamos dizer que este filme, tirado de um livro homônimo de Nick Hornby, seria apenas sobre relacionamentos. Mas dizer isso é simplificar as coisas. Alta Fidelidade é um filme de amor e de música. E de amor a música!
Rob é dono de uma loja de discos de vinil. Com ele trabalham Dick (Todd Louiso) e Barry (Jack Black, num papel hilariante), ambos também bastante desajustados. A vida de Rob é discutida abertamente o tempo inteiro dentro da loja. Principalmente no momento da crise. Ele não consegue entender porque seus relacionamentos não dão certo, por isso resolve fazer uma lista daqueles que mais mexeram com ele, para procurá-las depois. Rob pretende perguntar às antigas namoradas onde foi que errou.
Até aqui nem mencionei música. A não ser no fato de que Rob tem uma loja no ramo. Mas não é só isso. Rob ama música. Tem uma coleção enorme de vinis; vive em função da música; faz listas (é uma mania dele) de top five... A trilha sonora do filme é perfeita.
Aproveitando a própria mania de Rob de fazer listas, Alta Fidelidade está em segundo lugar no meu Top 3 de filmes sobre música. O primeiro lugar fica para Quase Famosos e o terceiro para Empire Records. Todos muito bons!!! Assistam correndo!!! :-)))
Nota: 9.
Melhores partes do filme: Cenas na loja de Rob, onde Barry (Jack Black) dialoga com vendedores. São muito engraçadas!!! :-)))
Melhor frase do filme: "O que veio primeiro, a m?sica ou a infelicidade? As pessoas se preocupam com jovens brincando com armas, ou assistindo v?deos violentos, ou que um tipo de cultura da violência tome conta deles. Ninguém se preocupa com os jovens ouvindo milhares, literalmente milhares de m?sicas sobre decepç?es amorosas, rejeiç?o, dor, infelicidade e perda. Eu ouço m?sica pop porque sou infeliz ou sou infeliz porque ouço m?sica pop?" (Rob Gordon - John Cusack)
ALTA FIDELIDADE (High fidelity) - 2000 - Gênero: Drama - Direç?o: Stephen Frears // John Cusack, Iben Hjejle, Todd Louiso, Jack Black, Lisa Bonet, Catherine Zeta-Jones, Joan Cusack, Tim Robbins, Lili Taylor.

domingo, 22 de junho de 2003

NOVE RAINHAS (NUEVE REINAS):

Juan (Gastón Pauls) e Marcos (Ricardo Darín) se conhecem por acaso. O primeiro é um iniciante na arte de enganar as pessoas com aqueles pequenos "truques de rua". O segundo já é bem experiente no ramo! Já enganou muita gente, inclusive sua própria família. Como Marcos está sem parceiro e simpatiza com Juan, este o convida para trabalharem juntos aplicando pequenos golpes. Juan não demonstra querer enganar as pessoas, mas como precisa de uma grande quantia de dinheiro para libertar seu pai da prisão, aceita a parceria momentâneamente.
É aí que um grande golpe cai em suas mãos. Algo que irá lhes rendar uma grande quantidade de dinheiro. Eles só precisam vender uns selos conhecidos como "Nove Rainhas" para um interceptador. Mas estes selos são falsificados e não estão com Juan e Marcos. Eles precisam apenas convencer a viúva do falsificador a entregar-lhes os selos para ficarem ricos. Mas não vai ser assim tão fácil, claro...
Tudo bem até aí. Mas este filme não é o que se imagina ser. Eu diria que é um Onze Homens e um segredo em versão latino-americana. E assim como a versão americana, cumpre bem o seu papel. Acontecem tantas confusões e reviravoltas! Se eu contar perde toda a graça para quem não viu. Por isso vou me resumir a aconselhar quem ainda não teve a oportunidade de assistir que o faça correndo! Gostei muito de Nove Rainhas e fiquei um pouco surpresa com o final. Mesmo assim eu já desconfiava de algo...
Acho que jamais tinha visto um filme argentino na vida. Nem é questão de preconceito contra nossos hermanos, mas falta de oportunidade mesmo. Se todos os filmes deles forem bons como este, são bem-vindos! Nota: 8.
Melhor frase do filme: Não lembro de alguma boa... :-(
NOVE RAINHAS (Nueve reinas) - 2000 - Gênero: Drama - Direç?o: Fabi?n Bielinsky // Ricardo Dar?n, Gast?n Pauls, Leticia Brédice, Tom?s Fonzi.

COVA RASA (SHALLOW GRAVE):
Juliet Miller (Kerry Fox), David Stephens (Christopher Eccleston) e Alex Law (Ewan McGregor) são amigos que dividem um apartamento de quatro quartos. Juliet é médica; David, contador; e Alex, jornalista. No princípio do filme, eles estão entrevistando pessoas para uma vaga em aberto no apartamento. Neste momento percebemos o quanto os três são amigos. Eles fecham negócio com Hugo (Keith Allen), um homem muito misterioso. Assim que chega ao seu novo quarto, ele se tranca e não aparece mais. Achando que Hugo deve estar com algum tipo de problema os três amigos resolvem invadir o quarto trancado. Encontram Hugo morto e uma mala cheia de dinheiro. É a partir daí que o filme se torna um dos melhores que eu já vi na vida.
Classifico os filmes em: aqueles em q fiquei indiferente qdo vi o final; aqueles q me causaram algum tipo de emoção no final (uma lágrima, um sorriso etc); e aqueles que me deixaram profundamente chocada/tocada no final! (estes são os melhores!!!). Cova Rasa se encaixa nesta última categoria. O filme é maravilhoso. Mostra uma visão crua e, porque não dizer realista, das relações humanas. Principalemnte quando o dinheiro está envolvido. Sem exagero algum, lembro que quando terminei de assistir a este filme pela primeira vez meu queixo caiu! Eu não conseguia fechar a boca! Este é um dos melhores filmes que eu já vi em toda a minha vida! E olha que eu já vi muitos!!!! :-)))))
Maravilhoso! Não tenho outra palavra para demonstrar minha admiração! Quem ainda não viu tem q correr para ver! Não sabem o que estão perdendo... Nota: 10 (Tb com louvor!).
Melhor frase do filme: "Sim, eu acredito em amigos. Acredito que precisamos deles. Mas se um dia você descobrir que não pode confiar neles, o que fazer?" (David Stephens - Christopher Eccleston)
COVA RASA (Shallow grave) - 1994 - Gênero: Drama - Direç?o: Danny Boyle // Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Kerry Fox, Keith Allen.
DVD
E O VENTO LEVOU... (GONE WITH THE WIND):

A melhor coisa do mundo é você comprar DVD em promoção por R$19,90! Melhor ainda é se o filme que está em promoção seja o seu clássico preferido! Foi exatamente o que aconteceu comigo... Comprei E o Vento levou... em uma promoção por R$19,90 e a minha pequenina coleção ficou mais feliz com isso! :-))))
Ok, sou uma fã alucinada por E o vento levou.... Eu sempre assistia filmes, desde bem criancinha. Época em que nem entendia muito bem metade do q eu via. Mas qdo vi pela primeira vez a história de Scarlet O'Hara e da guerra do Norte contra o Sul dos EUA caí de amores pelo cinema de vez! E eu nem tinha idade suficente para saber o q era a tal guerra! Lembro até hoje: E o vento levou... passou pela primeira vez na Globo, em uma espécie de seriado no finzinho do horário nobre. Eu nem tinha idade pra ficar acordada até tão tarde... Mas conseguia dar um jeitinho de enrolar meus pais pra assistir, mesmo tendo aula de manhã no dia seguinte! :-)
Scarlet O'hara (Vivien Leigh) vive na fazenda Tara, em Atlanta, com seus pais e irmãs. Começa o filme como uma daquelas mocinhas que não se preocupam com nada além de conquistar um marido. E como é muito bonita tem vários pretendentes. Mas seu coração pertence a Ashley Wilkes (Leslie Howards) que em breve casará com Melanie (Olivia de Havilland), prima deste. Scarlet não se conforma com a situação. E enqto os homens se preocupam com a guerra que está para acontecer, ela só pensa em conquistar Ashley.
Mas todos os homens partem para a guerra. Menos Rhett Butler (Clark Gable), um aventureiro mal visto por todos. Este é o único que enfrenta Sacrlet de igual para igual, e sabe o segredo de seu amor por Ashley.
Eu não posso contar toda a história aqui. É grande demais e perde a graça se todo mundo fica sabendo antes. Eu não sei se existe alguém q ainda não viu E o vento levou..., mas mesmo assim não vou estragar tudo pra todo mundo. Só posso adiantar que Scarlet é uma heroína de verdade. Ela começa sua história de forma fútil e inocente, mas a guerra e todo o sofrimento que esta causa acaba amadurecendo-a numa mulher capaz de qualquer coisa para se manter e manter sua famíla. Até mesmo casar com homens ricos sem amá-los de verdade.
Scarlet é minha heroína desde q a "conheci". Foi a minha primeira visão de feminismo. Não um feminismo do tipo "eu odeio todos os homens!", mas uma coisa mais light do tipo: "se eles podem, pq não eu?". Agora só falta ler o livro. O final do filme tb é perfeito. Aliás, o filme todo é perfeito. Sua produção foi muito avançada para a época. É uma pena que os extras do DVD não sejam tão inovadores qto o filme. Tenho certeza que os segredos de produção seriam um show de como se fazer cinema para todos: espectadores comuns, críticos e gente envolvida com cinema. Nota: 10 (com louvor!!!!).
Melhor frase do filme: "Como Deus é minha testemunha ele não me deixará mentir! Eu vou sobreviver a isso e qdo tudo estiver acabado, eu nunca sentirei fome outra vez! Nem eu nem ninguém da minha família. Se eu tiver que mentir, roubar, trapacear, ou matar! Com Deus como testemuha, eu nunca mais passarei fome de novo!" (Scarlett O'Hara - Vivien Leigh)
E O VENTO LEVOU... (Gone with the wind) - 1939 - Gênero: Romance - Direção: Victor Fleming e George Cukor // Vivien Leigh, Clark Gable, Leslie Howards, Olivia de Havilland.

ANNA E O REI (ANNA AND THE KING):
Em 1860 a professora inglesa Anna Leonowens (Jodie Foster) chega ao Sião para dar aulas aos filhos do rei. O Rei Mongkut (Chow Yun Fat) acredita que para serem bons governantes, seus filhos precisam de uma educação mais aberta e ocidental. Mas o relacionamento entre o rei e a professora não é dos melhores. Anna diz o que pensa sem nenhum pudor. E o rei, mesmo querendo abrir a mente, ainda está muito ligado às tradições de seu país. Mas a amizade que cresce entre os dois acaba involvendo Anna nos problemas enfrentados pelo rei em seu país. A admiração entre os dois acaba deixando de ser apenas por amizade. Enqto isso, inimigos do rei tramam contra ele para tomarem o poder.
Essa história já é conhecida por muitos e recentemente até virou desenho animado (ou se preferirem: Longa de animação). É um bom filme. A recriação do cenário e dos figurinos são bem impressionantes. No resto, é um filme bem normal, sem muitas emoções. Não achei que a química entre Jodie foster e Chow Yun Fat aconteceu. Poderia ter sido melhor nesse sentido. Nota: 6.
Melhor frase do filme: "Quando uma mulher que tem muito a dizer não diz nada, o silêncio dela pode ser ensurdecedor." (King Mongkut - Chow Yun Fat)
ANNA E O REI (Anna and the King) - 1999 - Gênero: Romance - Direç?o: Andy Tennant // Jodie Foster, Chow Yun Fat.

segunda-feira, 16 de junho de 2003

O SENHOR DOS ANÉIS: AS DUAS TORRES (THE LORD OF THE RINGS: THE TWO TOWERS):

Depois de assistir a O Senhor dos Anéis: As Duas Torres posso resumir em uma palavra tudo o que o filme representa: Uaaauuu!!! Gente! O que era aquilo tudo? Como Peter Jackson conseguiu? O primeiro filme já era bom. Este é melhor. Só fico imaginando o terceiro...
Na segunda parte da trilogia de Tolkien, a "Irmandade do Anel" está separada. Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin) estão seguindo o caminho rumo a Mordor, para destruir o Um Anel. Sam continua com sua esperança em Frodo e na empreitada de ambos. Enquanto isso Frodo vai se tornando cada vez mais sombrio por causa do poder do Um Anel. No caminho, eles encontram Gollum (Andy Serkis), ex-portador do Um Anel dominado completamente pelo seu poder. Gollum tenta matar Frodo para ficar com o anel, mas ele e Sam o capturam para que este os leve até Mordor.
Pippim (Billy Boyd) e Merry (Dominic Monaghan) foram seqüestrados pelo bando dos Uruk-hai de Saruman (Christopher Lee). Conseguem escapar e vão tomar parte da grande batalha com uma ajudinha extra. Só não vou contar para não estragar tudo pra quem não viu o filme e não leu o livro... Aliás, Pippim e Merry estão um pouco mais sérios do que no primeiro filme. Mas isto não quer dizer que não existam momentos engraçados diante de tanta tensão. Desta vez, as brincadeiras ficaram por conta de Gimli, o anão (John Rhys-Davies).
Enquanto isso, Legolas (Orlando Bloom), Aragorn (Viggo Mortensen) e Gimli estão a procura dos hobbits sequestrados. Posso dizer que os três se transformaram no foco do filme desta vez. São eles que encontram Gandalf (Ian McKellen), que após a batalha com o monstro Balrog renasceu como "Gandalf, o Branco" e está mais poderoso. Eles também estão presentes na luta entre o exército dos homens e elfos contra o exército dos Uruk-hai. Esta é a primeira grande batalha pela Terra-Média. Aliás estas cenas são as mais impressionantes. Eu nunca tinha visto coisa parecida na vida.
Eu não quero ficar aqui falando do filme sem parar pq senão vou acabar contando tudo. E eu não quero q aconteça com meus leitores o que aconteceu comigo. Qdo vi A Irmandade do Anel saí do cinema triste pq Gandalf tinha morrido. Daí uma amiga me conta que ele volta na parte dois! Fiquei p. mas tudo bem... Depois, lendo uma crítica sobre As Duas Torres, após ter visto o filme, no meio do texto o jornalista conta o que o Gollum vai aprontar. Poxa vida! Será que ninguém pode respeitar a meia dúzia de pessoas q nunca leram a trilogia e preferem ser surpreendidas pelo filme! Eu sou uma delas! Já comprei os livros, mas eles estão guardados, esperando o fim do ano, qdo eu for ver o último capítulo no cinema. Nota: 9.
Melhor frase do filme: "Pippin, eu acho que nós cometemos um erro ao deixarmos o Condado." (Merry - Dominic Monaghan)
O SENHOR DOS ANEIS: AS DUAS TORRES (The Lord of the Rings: The two towers) - 2002 - Gênero: Aventura - Direcao: Peter Jackson // Elijah Wood, Liv Tyler, Sean Astin, Ian McKellen, Christopher Lee, Viggo Mortensen, Orlando Bloom, Cate Blanchet, Billy Boyd, Dominic Monaghan, John Rhys-Davies, Miranda Otto, Bernard Hill, Andy Serkis, Hugo Weaving, Brad Dourif.

EVOLUCAO (EVOLUTION):
A vida e tao ironica, nao? David Duchovny, astro da serie de TV Arquivo X, mesmo com o sucesso de seu personagem, deu um basta em sua participacao. Nao queria mais interpretar o Agente Mulder por n motivos. Um deles era o de que nao queria sua imagem vinculada sempre a de um "cacador de alienigenas". Queria incrementar sua carreira no cinema. Ok, a gente ate compreende... Agora o que nao da para compreender e o porque dele ter escolhido como seu primeiro papel apos todo aquele pitty o de um cientista que estuda e persegue o que? Advinhem? Alienigenas! Credibilidade zero para ele!
Eu fico aqui pensando: Por que sera que ele fez isso? Sera que ele achou que seria melhor como seu primeiro papel estar em contato com alienigenas para que todos (os que assistem e os que nao assistem) Arquivo X de reconhece-lo? Para ligarem o nome a pessoa? Ou sera que ele simplesmente so consegue atrair papeis com alienigenas no meio? Dúvidas, dúvidas, dúvidas... Mas o que conta pelo menos e que Evolucao nao e ruim. E um filme bem divertido.
O Alien em questao cai na Terra junto com um meteoro. Ele se torna um problema pois, em nosso ambiente, o alien acaba evoluindo mais depressa. E como se a evolucao dos animais na Terra, por exemplo, se passasse em 3 dias, ao invés de milhoes de anos. O Dr Ira Kane (David Duchovny) e o Prof Harry Block (Orlando Jones) sao chamados para estudar o fenomeno. Mas apos a criatura "perder o controle" o exército é chamado para "cuidar" do caso. Aliás, esta parte é até irônica, pq todos nos sabemos que o exercito americano so sabe resolver tudo a base de bombas. E no filme isso fica bem aparente. Dr Ira e o Prof Block tentam evitar o pior com a ajuda do aspirante a bombeiro Wayne Grey (Sean William Scott), que encontrou o meteoro, e a Dra Allison Reed, a única pessoa no governo que acredita nas teorias dos professores universitários.
O filme é bem legal. Da pra se divertir. Acho que o destaque comico ficou com Orlando Jones. Sean William Scott sempre faz papeis engraçados, mas eu ja to cansada de ve-lo como o americano bobalhao de sempre... Mas o filme e bem divertido! Nota: 6.
Melhor frase do filme: "Sempre existe tempo para o lubrificante!" (Harry Block - Orlando Jones)
EVOLUCAO (Evolution) - 2001 - Genero: Comedia - Direcao: Ivan Reitman // David Duchovny, Julianne Moore, Orlando Jones, Sean William Scott.

segunda-feira, 2 de junho de 2003

A QUALQUER PRE?O (A CIVIL ACTION):

Comecei a assistir este filme por acaso. Era um fim de semana; eu estava de bobeira em casa. Já era de madrugada e eu não tinha nada melhor para fazer. Confesso que não prestei muita atenção. Acho até que cochilei umas vezes.
A Qualquer Preço é um filme mediano. Tem boas interpretações, como a de William H. Macy e Robert Duvall. O John Travolta tb não está ruim. O problema é que ele tem sempre "a mesma cara" para todos os personagens. Uma coisa meio Stallone, né? Mas dá para encarar sem problemas.
John Travolta é Jan Schlichtmann, um advogado de sucesso e que não parece se importar muito com nada, além de dinheiro. Um dia, um caso importante cai em suas mãos. Uma empresa fabricante de couro é acusada de poluir o ambiente, causando mortes por leucemia. As famílias das vítimas querem processar a empresa, buscando também que eles despoluam a área. Mas acontece que a empresa gera os empregos de muitos cidadãos da localidade e estes ficam indecisos se devem ou não seguir com o processo. Jan acaba se transformando durante o julgamento. De insensível, acaba se tranformando em humanitário. E ele faz de tudo para tentar ganhar o caso, mesmo levando seu escritório de advocacia praticamente à falência.
É um bom filme. Parece uma versão masculina de Erin Brockowich. Nota: 6.
Melhor frase do filme: "A verdade? Eu pensei que estávamos falando sobre um tribunal de justiça. Que isso! Você tem experiência o suficiente para saber que na corte não é um lugar onde encontramos justiça". (Jerome Facher - Robert Duvall)
A QUALQUER PREC?O (A Civil Action) - 1998 - Gênero: Drama - Direç?o: Steven Zaillian // John Travolta, William C. Macy, Robert Duvall.