domingo, 30 de novembro de 2003

DVD
FRENEZI (FRENZY):

Londres, início dos anos 70. Mulheres são estupradas e assassinadas por um bandido que deixa como sua marca, a gravata com a qual as mata. Fica conhecido, então, como o "Assassino da gravata". A polícia está atrás dele, porém não há pistas. Acontece que o bandido cruza o caminho de um homem: Richard Blaney (Jon Finch).
Richard tem todo o estilo para ser o tal assassino, segundo a polícia. Além de sua vida pregressa não passar boa impressão, duas das vítimas do assassino tem ligação com Richard. Nada mais óbvio do que achar que ele é o culpado. Portanto, Richard tem que provar sua inocência e ao mesmo tempo se esconder da polícia.
Frenezi lembra um pouco um outro filme de Hitchcock, que falei há algum tempo: Sabotador. Em ambos, uma pessoa inocente é acusada de cometer crime e precisam provar sua inocência de qualquer jeito. E em ambos os casos, os "bandidos" armam situações que levam os dois "mocinhos" a serem alvo de suspeita - se bem que no caso de Richard Blaney, ele não faz muito o estilo de mocinho. Seria um anti-herói.
Frenezi é um filme muito legal que eu ainda não tinha visto. Gostei muito da trama e do mistério. Mesmo que neste o bandido seja descoberto pelo telespectador logo no início. Mas é legal saber quem é o culpado e ver ele agindo, enquanto ninguém no filme tem noção. Nem vou comentar sobre a direção do mestre, porque sou suspeita para falar. De qualquer forma, Hitchcock volta a mostrar uma cena de estupro, como em Marnie. Mas desta vez, a cena é um pouco menos sutil.
Muito bom! Está na lista de melhores do mestre! :-) Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Eu não posso ser o assassino da gravata. Pra começar eu só tenho duas!" (Richard Blaney - Jon Finch)
FRENEZI (Frenzy) - 1972 - Gênero: Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // Jon Finch, Alec McCowen, Barry Foster, Billie Whitelaw, Anna Massey, Barbara Leigh-Hunt, Bernard Cribbins.

O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS (TERMINATOR 3 - RISE OF THE MACHINES):
Fiquei extremamente indignada quando soube que estavam preparando mais um capítulo da série Exterminador do Futuro! Como é que eles iam fazer o terceiro filme se o segundo fechava tão bem a história, sem margem para continuações? E cada vez que lia outras notícias sobre o novo filme, eu ficava de implicância. Quando soube que o Nick Stahl entraria no lugar do Edward Furlong como John Connor, eu não gostei; quando li que Claire Danes ia participar, pensei: O que a "Julieta" vai fazer nesse filme? Nada contra o talento dela, mas mesmo assim, nada a ver... Em resumo, eu impliquei muito com o filme!
Até que foi lançado no circuito. Fui ver, ainda com aquela mesma atitude implicante. E devo dar o braço à torcer. Até que não é tão ruim. E a explicação dada sobre a volta dos exterminadores e a revolução das máquinas fez sentido. Os roteiristas conseguiram me convencer com esta sequência.
John Connor (Nick Stahl) está com mais ou menos 20 anos no novo filme. Vive sozinho, sem identidade ou qualquer outra coisa que o possa identificar. Mesmo tendo explodido a Cyberdyne, empresa que produziria o futuro supercomputador responsável pela guerra entre homens e máquinas, John não se sente seguro. Acha que de qualquer forma, algo ruim pode acontecer e que ele, sua mãe e o robô exterminador não conseguiram acabar com a ameaça. Pior é que ele está certo.
As máquinas enviam para o nosso presente o exterminador T-X (Kristanna Loken): uma versão feminina e muito mais letal de robô. Como não existem dados sobre John, a missão da "Exterminatrix" é aniquilar todos os seus futuros companheiros de revolução. E ela vai exterminando um a um, até chegar em Kate Brewster (Claire Danes). Filha de um oficial do exército, Kate é veterinária e encontra John em sua loja quando este roubava medicamentos para seus ferimentos. Kate prende John numa gaiola. Enquanto chama a polícia, a "Exterminatrix" aparece para assassiná-la. E ainda "ganharia de brinde" o próprio John. Mas neste mesmo momento, o exterminador T-1000 (Arnold Schwarzenegger) chega na loja para salvar a todos.
Depois disso o filme transforma-se em uma grande perseguição e luta entre exterminadores. Claro, que durante toda a ação, nos é explicado o porquê da ação da Cyberdyne anos atrás não ter dado certo. Não vou contar para não estragar a surpresa. Mas faz sentido. Tem alguns absurdos e forçações de barra... E obviamente Exterminador do futuro 3 dá margem a uma quarta parte. Só quero ver como eles vão fazer, pois o "T-1000" agora é governador da Califórnia. Será um plano para as máquinas dominarem nosso mundo? *rs*
É um bom filme, mas continuo fã da segunda parte. É a melhor! :-) Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Você pelo menos lembra de mim?" (pausa) "Sarah Connor, explosão da Cyberdyne, Hasta la vista, baby... Lembra?" (John Connor - Nick Stahl)
O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS (Terminator 3 - Rise of the machines) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: Jonathan Mostow // Arnold Schwarzenegger, Nick Stahl, Claire Danes, Kristanna Loken, David Andrews.

quarta-feira, 26 de novembro de 2003

DVD
TOPÁZIO (TOPAZ):

Este é o filme que menos gostei do meu novo box de DVDs do mestre. Achei extremamente confuso, estranho e até um pouco perdido. Com um elenco de atores desconhecidos (pelo menos para mim. O único que eu já ouvi falar é o John Forsythe), Topázio trata outra vez da Guerra Fria.
A história de Topázio acontece em meio à crise dos mísseis russos em Cuba. O agente Nordstrom (John Forsythe), da CIA, contrata o francês Devereaux (Frederick Stafford) para ir até a ilha checar se os rumores sobre a instalação dos tais mísseis são verdadeiros. Devereaux tem um contato no local que pode ajudá-lo nas investigações. O maior problema para o francês é sua família. Ele acaba de retornar com a mulher, a filha e o marido desta, da França. Sua esposa não quer que Devereaux aceite a missão, mas ele parte de qualquer forma. Além da história sobre os mísseis, Devereaux precisa descobrir a identidade de um espião da Otan envolvido na história, cujo codinome é Topázio.
A trama tem muita ação, espionagem e assassinatos. Mas me pareceu muito confuso. Nos extras do DVD ficamos sabendo que o próprio Hitchcock não ficou muito feliz com o resultado deste filme. Tanto que filmou finais diferentes e não sabia qual usar. Eu não gostei muito também. Achei um tanto confuso. Mas mesmo assim temos pontos positivos, claro. Quando a história não prende, eu tenho mania de ficar prestando mais atenção em outros detalhes, como a direção das cenas, o cenário e figurino etc. Hitchcock usou tomadas de câmera bem interessantes neste filme. A que mais gostei foi a que é destaque logo abaixo. Além disso, achei interessante a idéia dele ter escalado um elenco desconhecido para filmar. Dá uma sensação de que a história aconteceu mesmo; que aqueles que estão ali são espiões de verdade. Mesmo assim, o filme é fraco. Só vale a pena pra quem é fã de verdade e quer acompanhar toda a obra do diretor. Nota: 7.
Cena do filme mais bonita visualmente: O assassinato de uma mulher (não vou dizer quem é). A cena foi filmada de cima, como se fosse no teto. Quando a mulher vai caindo morta, a forma com que o vestido se espalha no chão se assemelha a uma poça de sangue crescente, como se este fosse o da própria vítima. Lindo!
Melhor citação do filme: Não lembro... >:-(
TOPÁZIO (Topaz) - 1969 - Gênero: Drama - Direção: Alfred Hitchcock // John Forsythe, Frederick Stafford, Dany Robin, Claude Jade, Michel Subor, Karin Dor, John Vernon.

O PRÍNCIPE DO CENTRAL PARK (PRINCE OF CENTRAL PARK):
Sabe quando você tira férias do seu trabalho, está em casa de bobeira e acaba assistindo aos filmes da Sessão da tarde, até memso por falta de opção? Pois bem... Foi exatamente assim que acabei assistindo a Príncipe do Central Park.
É um filme bem bobinho. A Sessão da tarde passa algo melhor de vez em quando. É quase como um filme feito para a TV (eu não tenho a informação se é este o caso). Mas o que me chamou atenção foi o elenco do filme. A história é sobre um garoto, mas os adultos que aparecem no filme são atores que admiro.
Príncipe do Central Park conta a história de JJ (Frank Nasso), um garoto solitário, que perdeu o contato com sua mãe, que sofria de câncer. Ele foi enviado para um lar de adoção, sob os cuidados de Sra. Ardis (Cathy Moriarty). Cuidados foi bondade minha. O garoto é deixado de lado o tempo inteiro. A não ser quando o pessoal da assistência social faz visitas à Sra. Ardis e JJ. Aí tudo muda de figura. Do contrário ela perderia o dinheiro que recebe para cuidar do menino.
Cansado de sofrer nas mãos da Sra. Ardis, JJ foge em busca de sua mãe verdadeira. Vai parar no Central Park. Acaba morando por lá, pois não tem pra onde ir. Daí, ele vai passando por perigos e fazendo amigos que, mesmo com ele tentando se fazer de durão e independente, acabam o ajudando muito. Neste grupo se encontram Rebecca e Noah Cairn (Kathleen Turner e Danny Ayello), um casal que está se divorciando, e o Guardião do Central Park (Harvey Keitel, irreconhecível), um mendigo tomado como "criatura sobrenatural".
Como não poderia deixar de ser, temos muito drama acontecendo não só para JJ quanto para o resto do elenco. Na minha opinião o filme só é bom mesmo para estes momentos onde estamos de férias e só a Sessão da tarde é a melhor opção de divertimento. Por falta de algo melhor pra fazer. Fora isso... Nota: 5.
Melhor frase do filme: Nenhuma... :- /
O PRÍNCIPE DO CENTRAL PARK (Prince of Central Park) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: John Leekley // Frank Nasso, Kathleen Turner, Danny Aiello, Harvey Keitel, Cathy Moriarty.

sexta-feira, 21 de novembro de 2003

DVD
CORTINA RASGADA (TORN CURTAIN):

Continuando minha saga pelo mundo do meu querido mestre Hitchcock, dessa vez peguei Cortina Rasgada para assistir. Sinceramente, não gostei tanto. Achei a história um pouco chata. E não gostei muito do papel de Julie Andrews nesse filme. Dizem que Paul Newman e o "mestre" não se entenderam durante as filmagens. Mas a direção, continua merecendo louvores. Tanto que a nota que estou dando é por causa disso.
Em Cortina Rasgada, temos um drama de espionagem envolvido com uma história de amor. O pano de fundo é a Guerra Fria. O Prof. Michael Armstrong (Paul Newman) é um cientista que está dando palestras na Europa, ao lado de sua assistente e noiva Sarah Sherman (Julie Andrews). Após receber estranhos pacotes e telefonemas, o professor começa a agir de forma misteriosa. Sua noiva - como toda mulher - começa a desconfiar dos seus atos. Passa a seguí-lo e o confronta com perguntas. Michael, então, a manda de volta para os EUA, com a desculpa esfarrapada de que não a ama mais. Sarah, inconformada, descobre que ele viajará para Berlim em breve e consegue pegar o mesmo voo. Mesmo com toda as agressões verbais que sofre de seu noivo, ela insiste em ficar com ele. Quando chegam a seu destino, descobre que Michael pode estar colaborando com os comunistas, traindo assim seu país. Estes últimos, passam a desconfiar de Michael, pois Sarah veio com ele sem que lhes fosse comunicado. A partir daí, o filme torna-se uma grande perseguição ao casal e à busca da verdade sobre a traição de Michael.
Eu não sei... Acho que terei que ver de novo... Mas não é um dos melhores filmes de Hitchcock, em minha humilde e leiga opinião. Nota: 7.
Melhor frase do filme: Nenhuma que eu lembre! Tenho que prestar mais atenção...
CORTINA RASGADA (Torn curtain) - 1966 - Gênero: Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // Paul Newman, Julie Andrews.
DVD

MARNIE, CONFISSÕES DE UMA LADRA (MARNIE):
Sinceramente, jamais tinha ouvido falar deste filme de Hitchcock. Depois que o adquiri, algumas pessoas chegaram a dizer que este não era muito bom. Vi Marnie, Confissões de uma ladra com a espectativa muito em baixa. Mas acabei gostando. Neste filme, Hitchcock volta a tratar de temas psicológicos e apimenta um pouco sua trama com uma sugestiva e sutil cena de estupro. Imaginem o que foi para o público da época! Como me interesso bastante por tramas psicológicas, gostei muito de Marnie.
O filme é sobre uma linda mulher, Marnie Edgar(Tippi Hedren), que vive aplicando golpes nas empresas onde se emprega. Depois do golpe ela foge, adota outra identidade e se emprega em uma nova empresa que será a próxima vítima. A mãe de Marnie, Bernice Edgar (Louise Latham), sempre a tratou friamente, embora a filha faça tudo para agradá-la. Além disso, Marnie vive tendo pesadelos recorrentes e não pode ver a cor vermelha que desmaia. Além disso, Marnie sente uma espécie de "nojo" de todos os homens, e não se aproxima destes sexualmente, mesmo sendo tão bonita. Em um de seus golpes, conhece Mark Rutland (Sean Connery), um viúvo milhonário. Mark desmascara Marnie e acaba se apaixonando por ela, atraído por seu mistério, sua fragilidade e a curiosidade para entender uma mulher tão complexa.
Adorei a complexidade na construção da personalidade de Marnie. Tippi Hedren e Sean Connery estão muito bem. Souberam passar a "guerra de poder" entre seus personagens. Para quem gosta de tramas psicológicas, Marnie, Confissões de uma ladra é uma boa pedida. Nota: 8.
Melhor frase do filme: "Você não me ama. Eu sou apenas alguma coisa que você se apoderou. Uma espécie de animal selvagem que você aprisionou." (Marnie Edgar - Tippi Hedren)
MARNIE, CONFISSÕES DE UMA LADRA (Marnie) - 1964 - Gênero: Drama - Direção: Alfred Hitchcock // Tippi Hedren, Sean Connery, Diane Baker, Louise Latham.

quinta-feira, 20 de novembro de 2003

BICHO DE SETE CABEÇAS (IDEM):

Assisti a Bicho de Sete Cabeças em casa. Não fui ao cinema pois não coloquei muita fé na produção. Mas me enganei no pré-julgamento. Adorei o filme. :-))))
Neto (Rodrigo Santoro) é um adolescente como outro qualquer. Tem seus amigos, anda de skate, gosta de música. Sua família não é rica. Tem uma mãe, Meire (Cássia Kiss), muito amorosa, mas passiva; um pai, Sr. Wilson (Othon Bastos), autoritário e uma irmã (Daniela Nefussi) que gosta de se meter demais em sua vida. E como acontece em muitas famílias, não há diálogo entre eles. Várias cenas do filme demonstram isso. Neto comete muitas besteiras, coisas da idade. Mas seu pai não o perdoa quando encontra em seus bolsos cigarros de maconha. Ele pede conselhos a filha e ambos decidem internar Neto numa instituição para tratamento. Eles acabam o internando num manicômio. A vida de Neto a partir deste momento se torna um inferno.
Embora à primeira vista Bicho de Sete Cabeças pareça ser superficial, a partir do momento em que a vida no manicômio é mostrada, o filme cresce e se torna muito melhor. Realmente surpreendente. E a trilha musical tb é muito boa. Nota: 9.
Destaque do filme: Paraíba (Gero Camilo)
Melhor frase do filme:“Pai, as coisas ficam muito boas quando a gente esquece, mas acontece que eu não esqueci a sua covardia. Você me fez menor que você, estou te mostrando a porta da rua para que saia sem lhe bater.” (Neto - Rodrigo Santoro) - Colaboração do amigo Ed Frances.
BICHO DE SETE CABEÇAS (Idem) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: Laiz Bodansky // Rodrigo Santoro, Cassia Kiss, Othon Bastos, Daniela Nefussi, Jairo Mattos, Altair Lima, Lineu Dias, Caco Ciocler, Gero Camilo, Luis Miranda, Valeria Alencar.

A CASA DE VIDRO (THE GLASS HOUSE):
Os pais de Ruby (Leelee Sobieski) e Rhett Baker (Trevor Morgan) morreram num terrível acidente de carro. Seguindo o desejo destes, ambos ficam sob os cuidados de Terrence (Stellan Skarsgård) e Erin Glass (Diane Lane), amigos da família. Os garotos têm de se mudar para Malibu, um bairro nobre, e recomeçar suas vidas. A casa da família Glass é muito luxuosa e toda construída em vidro. Lá eles têm tudo o que desejam. Mas Ruby é uma garota muito curiosa. Começa a perceber algumas coisas que não se encaixam naquele mundo tão perfeito. Uma delas é sobre o seguro que seus pais deixaram para ela e o irmão, de mais de 4 milhões de dólares. Terrence teria de administrar a herança até que eles atinjam a maioridade. Mas vive tentando fazer retiradas com o pretexto de cuidar do bem estar dos meninos. Ela começa a investigar e a verdade vai se revelando.
É um suspense bem divertidinho, mas bastante previsível. Nos 3 primeiros minutos você já descobre a trama. Nota: 6.
Melhor citação do filme: Nenhuma que mereça destaque.
A CASA DE VIDRO (The Glass house) - 2001 - Gênero: Suspense - Direção: Daniel Sackheim // Leelee Sobieski, Diane Lane, Stellan Skarsgård, Trevor Morgan, Rita Wilson, Michael O'Keefe.

segunda-feira, 10 de novembro de 2003

DVD
OS PÁSSAROS (THE BIRDS):

Quando criança assisti a Os Pássaros pela TV, junto com minha irmã mais nova. Ela era bem criancinha na época. Lembro que nós duas passamos a ter medo de pássaros depois que o assistimos. Não podíamos ver um pombo que ficávamos nervosas... Naquela época eu não tinha noção de quem era o responsável pelo filme. Agora mais velha, não só sei quem é como o admiro muito!! *mestre!!!*
Os Pássaros além de ser um filme de terror, também é uma história de amor entre dois protagonistas não convencionais: Melanie Daniels (Tippi Hedren) e Mitch Brenner (Rod Taylor). Ela é uma garota mimada, rica e que sempre ganha notinhas nos jornais, devido a suas "brincadeiras" inconsequentes. Mitch, além de um grande conquistador, é tão brincalhão quanto a moça. Ele a encontra numa pet shop em São Francisco. Mitch quer comprar um casal de canários para sua irmãzinha, Cathy Brenner (Veronica Cartwright), que faz aniversário por estes dias, e finge que não reconhece Melanie. Pede para ela verificar se na loja têm os pássaros. Depois de um flerte entre ambos, Melanie decide encontra-lo novamente. Como na loja não havia os pássaros, ela os compra em outro lugar e leva até o apartamento de Mitch. Mas ele não está. Foi para sua cidadezinha natal, Bodega Bay. Melanie vai até lá para entregar a encomenda. Assim que deixa os pássaros na casa de Mitch - que fica numa espécie de ilha - sem ser notada, pega um barco de volta para a cidade. Mas neste momento algo estranho acontece. Uma gaivota a ataca sem motivo. Mitch a encontra e cuida de seus ferimentos. Mas a partir deste momento, os cidadãos de Bodega Bay não terão sossego, devido ao comportamento estranho e inusitado dos pássaros da região.
Realmente é um filme muito bom. Como falei acima, é também um filme romântico. Mas como é um "Hitchcock", o amor não pode se realizar normalmente. Aqui os pássaros-malucos "dão uma força" ao casal. O que mais chamou minha atenção foi nos extras, onde a filha de Hitchcock comenta que estes ataques de pássaros sem explicação concreta já aconteceram de verdade em alguns lugares. Por isso fiquem atentos! :-O Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Pensei que você soubesse. Eu quero seguir minha vida pulando nua em chafarizes." (Melanie Daniels - Tippi Hedren)
OS PÁSSAROS (The birds) - 1963 - Gênero: Terror - Direção: Alfred Hitchcock // Tippi Hedren, Rod Taylor, Jessica Tandy, Suzanne Pleshette, Veronica Cartwright.

BELEZA AMERICANA (AMERICAN BEAUTY):
Lester Burnham (Kevin Spacey) era um homem que tinha uma vida perfeita. Tinha uma mulher, Carolyn (Annette Bening), e uma filha adolescente, Jane (Thora Birch). Era aquele tipo de "vida modelo americana": vazia. Internamente era só insatisfação e depressão. Após conhecer uma amiga de sua filha, Angela (Mena Suvari), ele sofreu uma espécie de surto. E resolveu fazer de tudo para ser feliz. Mesmo que suas atitudes magoassem a todos.
Sim, estou escrevendo tudo no passado. Mas não é somente porque já vi o filme. Quando este começa, Lester está morto. Ele vai narrando seus últimos dias de vida, como uma espécie de lição de moral para todos que estão levando a vida como ele fazia.
Beleza Americana foi muito comentado na época de seu lançamento. Todos estavam impressionados com tamanha veracidade; com a coragem do diretor e dos roteiristas de mostrar a vida sem graça da classe média americana. Todo o desapego, a falta de afeto, a dissolução de famílias e a violência dentro de casa... Tudo bem, isso foi mesmo demonstrado no filme. Eu concordo. Mas não vi nenhuma novidade nisso. Quem não sabia que isso acontece por lá? É só observar os noticiários internacionais. Por isso, não concordo com todo o hype que o filme teve. Concordo que é um bom filme. Mas por favor, sem todo esse auê. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Meu trabalho consiste basicamente em mascarar meu desprezo aos imbecis que estão no comando. E, pelo menos uma uma vez ao dia, ir ao banheiro masculino para me masturbar enquanto fantasio uma vida que não se pareça tanto com o inferno." (Chefe de Lester lendo a discrição deste sobre suas funções no trabalho)
BELEZA AMERICANA (American Beauty) - 1999 - Gênero: Drama - Direção: Sam Mendes // Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari, Peter Gallagher, Allison Janney, Chris Cooper.

domingo, 2 de novembro de 2003

AS PANTERAS DETONANDO (CHARLIE'S ANGELS: FULL THROTTLE):

Mais uma continuação dentre todas estas que vem surgindo no cinema americano. Parece que todo mundo quer garantir sucesso em cima de um sucesso já garantido. Isto é um jogo muito perigoso... Nem sempre dá certo. As Panteras Detonando é um exemplo disso. Produzido de novo por Drew Barrymore, desta vez o filme não vingou tanto quanto o primeiro. Por quê? Quem sabe! Mesmo assim, quem quiser se divertir sem grandes questionamentos, encontra neste filme sua válvula de escape. Eu me diverti.
Em As Panteras detonando o trio de investigadoras Natalie Cook (Cameron Diaz), Dylan Sanders (Drew Barrymore) e Alex Munday (Lucy Liu) voltam à ação. Elas precisam encontar dois anéis. Calma! Não são aqueles outros, do filme com elfos! Neste, os anéis são a chave para um cadastro de informações de todas as pessoas que participam do programa de proteção à testemunhas. Não há muito o que dizer sobre o filme. Afinal, como qualquer um do gênero ação, a história é bem simples para não complicar demais a cabeça de quem assiste. A única diferença é que este é protagonizado por mulheres. O que eu acho muito legal! Talvez isto seja incômodo para alguns, mas eu não vejo problema. Neste filme, temos também um pouco mais da história pessoal das personagens. O pai de Alex vai visitá-la. Ele pensa que a filha é médica. Atenção para o diálogo dele com o namorado de Alex, Jason (Matt Le Blanc). É o mais engraçado. Natalie está morando junto com Pete (Luke Wilson). Quanto a Dylan, seu passado é revelado. Ela foi uma das pessoas que entraram para o tal programa de proteção. Temos muitas participações, como Bruce Willis, a ex-pantera Jaclyn Smith e nosso Rodrigo Santoro, que realmente entra mudo e sai calado, ao melhor estilo do Thin Man (Crispin Glover). Ah! E tem a volta de Demi Moore! Só não gostei muito da participação de Bernie Mac. Nada contra ele, mas fazer o papel que antes foi de Bill Murray e ainda por cima com aquela explicação mixuruca? Ninguém merece! Nota: 6.
Melhor diálogo do filme:


- Eu não recebo mais ordens de um auto falante. Eu trabalho pra mim mesmo agora. (Madison Lee - Demi Moore)

- Bom, seu chefe é um saco! (Natalie Cook - Cameron Diaz)
AS PANTERAS DETONANDO (Charlie's angels: Full throttle) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: McG // Drew Barrymore, Cameron Diaz, Lucy Liu, Bernie Mac, Demi Moore, Crispin Glover, Justin Theroux, Robert Patrick, Rodrigo Santoro, Matt LeBlanc, Luke Wilson, John Cleese, Jaclyn Smith, Bruce Willis.
DVD

UM CORPO QUE CAI (VERTIGO):
Depois de tanto tempo sem falar no "Mestre", estou eu aqui outra vez, humildemente, para comentar mais um de seus filmes. Um corpo que cai está na segunda parte da coleção de Alfred Hitchcock que adquiri recentemente. E já começo muito bem, pois este é um dos filmes mais queridos por aqueles que gostam de Hitchcock.
Um corpo que cai começa com uma perseguição em cima dos telhados. O detetive John 'Scottie' Ferguson (James Stewart) acaba escorregando e quase cai de uma altura considerável. O outro policial retorna para ajudá-lo, mas é este quem acaba despencando do telhado. Depois do incidente Scottie resolve se aposentar. Ele adquire o medo de alturas. Toda vez que está em um lugar um pouco mais alto sente vertigens (daí o nome do filme).
Durante a aposentadoria, sua amiga Midge Wood (Barbara Bel) lhe faz companhia. Scottie realmente pretendia deixar de ser investigador, mas um antigo amigo pede para que ele resolva um problema pessoal. A milionária Madeleine Elster (Kim Novak), mulher de Gavin Elster (Tom Helmore), anda sumindo de casa sem lembrar por onde andou. Meio à contra-gosto Scottie resolve ajudar seu amigo. E cai numa trama muito, muito estranha, com grande apelo psicológico.
Scottie acaba se apaixonando por Madeleine. Mas esta comete suicídio. Tempos depois, Scottie conhece Judy (Kim Novak), uma moça extremamente parecida com Madeleine. Atormentado pela sua paixão, ele se aproxima de Judy e faz de tudo para transformar sua aparência na de Madeleine, para reviver o seu amor.
Embora não seja o meu preferido dos filmes do mestre, Um corpo que cai tem algo que eu gosto muito de ver: uma boa construção psicológica do personagem. Neste caso, temos Scottie, um homem que sofreu um trauma atrás de outro, e por isso anda "meio confuso". Temos também os ingredientes que fazem um filme de Hitchcock ser reconhecido como tal: muito suspense e tramas conspiratórias.
Não dá para ficar alongando o comentário senão acaba escapulindo alguma coisa a mais e eu não quero estragar a surpresa pra quem não viu. Mas obviamente que eu recomendo. Não somente por ser um clássico, mas também por ser um clássico do "mestre". :-) Nota: 7.
Diálogo mais bizarro do filme: "Se eu deixar você me modificar; se eu fizer o que você quer; Se eu fizer o que vc me disser, vc me amará? (Judy - Kim Novak)



"Sim." (John 'Scottie' Ferguson - James Stewart)



"Tudo bem. Tudo bem, então. Eu aceitarei. Eu não ligo mais pra mim. " (Judy)
UM CORPO QUE CAI (Vertigo) - 1958 - Gênero: Suspense - Direção: Alfred Hitchcock // James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel, Tom Helmore.

sábado, 1 de novembro de 2003

NÁUFRAGO (CAST AWAY):

Chuck Noland (Tom Hanks) tem sua vida dominada pelo relógio. É um típico workaholic. Tabalha como engenheiro de sistemas na FedEx. Tem uma namorada, Kelly Frears (Helen Hunt), mas quase não tem tempo pra ela. Aliás, tempo é algo que ele não tem mesmo.
Um dia, numa viagem à serviço, o avião de Chuck sofre um problema e cai no mar. Chuck é o único sobrevivente. Vai parar numa ilha deserta junto com alguns destroços do avião. E fica lá por anos, tendo por companhia apenas uma bola de volley que ele chama de Wilson.
Náufrago poderia ser muuuuito chato. Dura mais tempo do que um filme costuma ter. E a maior parte do tempo temos Tom Hanks sozinho na ilha, falando com a bola, tentando sobreviver e se virar pra sair da ilha. Tentando manter a sanidade mental. Mas querem saber? Isso não prejudica em nada o filme. Eu, por exemplo, nem percebi as horas passando. Tom Hanks dá show. Não tem como negar isso! De repente com outro ator, o filme seria mesmo chato. Mas não. Náufrago é uma espécie de lição de vida praqueles que não tem tempo pra nada. É um filme sobre adaptação com coisas novas; sobre adaptar-se às realidades que temos. Gostei muito! Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Eu não posso nem me matar do jeito que eu gostaria. Eu não tenho controle sobre nada." (Chuck Noland - Tom Hanks)
NÁUFRAGO (Cast away) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: Robert Zemeckis //Tom Hanks, Helen Hunt.

ANIMAL (THE ANIMAL):
Às vezes eu me pergunto por que diabos eu insisto em assistir qualquer tipo de filme... Eu sei que sou meio maluca em fazer isso. Sei que muitas vezes acabo vendo cada lixo... Mas e daí? Eu adoro cinema e minha meta é assistir de tudo: comédia, ação, drama, romance, suspense, aventura, terror, faroeste... Ah! Só não assisto a filmes do Steven Seagal! Aí também era pedir demais!
Muitas vezes eu até me divirto com algumas bobagens que o cinema nos proporciona. Mas outras vezes... É pura perda de tempo! Animal se encaixa na segunda opção!
Sinceramente, eu até me revolto! Que tremenda bobagem esse filme! Conta a história de um cara meio tapado, Marvin (Rob Schneider), que quer se tornar um policial, mas não consegue. Depois de um acidente, ele é usado de cobaia numa experiência. Um cientista o refaz com partes de animais. E o cara fica andando por aí, muitas vezs se comportando como os animais que fazem parte dele. Pronto. Chega! Já falei demais!
Na boa, é muito ruim! Não vejam. A não ser que vocês tenham essa força de vontade que eu tenho! Nota: 2.
Melhor citação do filme: ?????????????????????
ANIMAL (The Animal) - 2001 - Gênero: Comédia - Direção: Luke Greenfield // Rob Schneider, Colleen Haskell, John C. McGinley, Edward Asner, Michael Caton.