segunda-feira, 20 de setembro de 2004

HERÓIS FORA DE ÓRBITA (GALAXY QUEST):
Depois de alguns anos fora do ar, atores de uma cultuada série de ficção científica, a "Galaxy Quest", ainda fazer aparições em feiras e convenções do gênero. Seus fãs são ardorosos! Mesmo para o desprazer de alguns dos atores - Alexander Dane (Alan Rickman) detesta ser reconhecido como o Dr. Lazarus do antigo seriado - eles continuam "cumprindo seu dever". Tudo vai "bem" até que a vida dos atores se torna algo parecido com os episódios da série. Um grupo de extraterrestres, os "Thermians" os levam para a sua nave. Há muito tempo eles vinham assistindo os episódios da série e tomaram os atores como heróis de verdade. Agora, o comandante Taggart e sua equipe são convidados pelos Thermians a derrotar um inimigo impiedoso.

Esse filme é literalmente uma homenagem aos filmes e seriados de ficção científica. Mais especificamente a Star Trek. Os responsáveis por ele com certeza são fãs do gênero. Aliás, alguma coisa levada para o filme também faz parte das histórias de bastidores dos filmes. Como eu sei disso? Ok, me confesso uma "nerd" aprendiz. E daí? O filme é leve e divertido. Mas se você não se interessa por naves espaciais, lutas intergaláticas, armas de raio laser e todo o pacote, nem se aproxime. Primeiro, porque você realmente não vai gostar. Segundo, que você perderá as tiradas mais sutis. Aquelas que somente um verdadeiro "iniciado" conhece. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Nunca desista. Nunca se entregue." (Lema da equipe do "Galaxy Quest")
HERÓIS FORA DE ÓRBITA (Galaxy quest) - 1999 - Gênero: Comédia - Direção: Dean Parisot // Tim Allen, Sigourney Weaver, Allan Rickman, Tony Shalhoub, Sam Rockwell.
MADAME SATÃ (IDEM):
Toda vez que eu assisto um filme nacional fico tão feliz... Não que eu seja ultranacionalista ou coisa parecida. Mas com certeza bate aquele orgulhozinho de ser brasileira e de estar vendo a cultura cinematográfica se desenvolvendo. Isso é muito legal! Claro que nem todos os filmes são maravilhosos. Mas o cinema nacional está aí e tá na hora das pessoas deixarem de bobagem e começarem a dar mais valor.
Madame Satã é um personagem que sempre me despertou muita curiosidade. Desde criança ouvia os mais velhos contando sobre um malandro, que viveu há muito tempo atrás na Lapa. Um cara que não levava desaforo para casa. Não que ele fosse um herói. Mas aqui no Rio de Janeiro ele é uma espécie de lenda.
João Francisco dos Santos, o Madame Satã (Lázaro Ramos), era um malandro daqueles que já ouvimos várias histórias. Era homossexual e sabia lutar como poucos. Apesar disso, tinha um bom coração. Adotou várias crianças. Sonhava em ser uma estrela. Chegou a apresentar show na Lapa. Essa, aliás, é uma das partes mais legais do filme. Mas, Madama Satã teve que enfrentar muito preconceito e viver em condições de miséria.
A melhor coisa do filme, sem querer recorrer aos clichês de sempre, é Lázaro Ramos. Sua atuação é a vida do filme. Ele realmente é um dos melhores atores da atualidade. Mas o filme não é perfeito. Para falar a verdade, me decepcionei um pouco. Não gostei muito da direção. Principalmente de terem usado planos tão fechados na maior parte das cenas. É uma coisa pessoal: não gosto desse tipo de coisa em filmes. Fica muito chato. Parece que você é obrigado a ficar olhando o close do ator o tempo todo. Como se não estivesse acontecendo nada ao redor dele. Eu fico até tonta com esse tipo de cena.
Se não fosse isso, o filme seria muito mais legal para mim. Mesmo assim recomendo. Ah! E tem a famosa cena de sexo entre homens. Tem gente que se choca com essas coisas ainda. Se for assim, não veja. Mas se isso não tiver importância para você, não perca a oportunidade de ver o Lázaro Ramos dando um show. Literalmente. Nota: 6.
Melhor citação do filme: Não tô lembrando agora... :-(
MADAME SATÃ (Idem) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Karim Ainouz // Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo, Flávio Bauraqui, Felippe Marques, Emiliano Queiroz, Renata Sorrah, Ricardo Blat.

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

MALENA (MALÈNA):
Mais um filme que ocorre durante o período das Grandes Guerras. Nesse caso, ela é apenas mencionada, como um pano de fundo para a história. Um dos personagens principais é Renato Amoroso (Giuseppe Sulfaro), um menino de 12 anos, que está começando os seus passos na adolescência. E como de costume na vida dos garotos nesta fase, tanto em filme quanto na vida real, ele tem uma admiração por uma bela moça: Malena (Monica Bellucci). Ela não só atrai a atenção de todos os garotos da região, mas também dos homens, o que deixa as mulheres da cidade extremamente enciúmadas e com inveja.
Malena é casada, mas seu marido foi enviado para a guerra. Renato, seu fã platônico, vive observando-a enquanto vai crescendo. Um dia, Malena recebe a notícia de que seu marido morreu em batalha. É a partir deste momento que o filme se transforma.
O principal ponto, para mim, é a demonstração das fraquezas humanas. Temos os adolescentes, que endeusam a belíssima Malena; os homens, que querem se aproveitar da moça; as mulheres que, incapazes de procurar seu próprio bem, transformam Malena no centro de todos os seus males e maledicências. E a própria Malena. Com a morte do marido, ela vai se perdendo cada vez mais. É a natureza humana, né?
Ponto positivo para a carreira de Mônica Bellucci, cujo pecado recente, na minha opinião, foi ter aceito fazer "figuração" nas seqüências de Matrix. Ela não precisava disso. A não ser que tivesse umas contas atrasadas para pagar. Tudo bem! Eu não assisti a todos os seus filmes, mas só sua atuação em Irreversível já é digna o suficiente para aplausos de pé. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "De agora em diante, eu estarei ao seu lado. Para sempre, eu prometo. Espera só eu crescer." (Renato Amoroso - Giuseppe Sulfaro)
MALENA (Malèna) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: Giuseppe Tornatore // Monica Bellucci, Giuseppe Sulfaro.
A VIDA É BELA (LA VITA È BELLA):
Esse filme é meio controverso aqui no Brasil. Algumas pessoas não gostam, apenas porque ele levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1999. Com isso, o nosso Central do Brasil perdeu sua estatueta. Alguns se irritam com "o circo" que foi montado para a entrega do prêmio ao Roberto Benigni, o comportamento dele na cerimônia, sua comemoração etc. Cada um deve ter suas razões para detestá-lo. Mas eu acho isso tudo uma grande bobagem.
Com estas críticas à parte, eu prefiro me concentrar no filme em si. Afinal, nada do que citei acima tem a ver com o próprio. Fui ver no cinema, na época de sua exibição. E confesso que saí da sala maravilhada e chorando sem parar. Na época, eu era uma contumaz consumidora de filmes norte-americanos. Não dava muita atenção aos de outros países, fora o Brasil. Mas para mim, A Vida é bela é exatamente como o nome diz: belo. Na verdade, belíssimo.
Eu não esperava muito do filme. Afinal de contas, a única coisa que eu sabia da carreira do diretor, roteirista e ator principal do filme, Roberto Benigni, era que ele fazia comédias. Vi uma delas antes. Se chamava O Monstro e é muito engraçada. Na verdade, eu só fui ver A Vida é bela porque tinha simpatizado com o Roberto Benigni neste filme. Claro, um não tem nada a ver com o outro, mas gosto de ambos.
A Vida é bela é uma fábula linda, de um otimismo que assusta. É de se espantar o que o personagem de Benigni faz para que seu filho viva um mundo de imaginação dentro de um dos maiores infernos criados pela insensatez da humanidade. Achei o começo do filme meio monótono, é verdade. Chatinho até. A partir do momento em que Guido (Roberto Benigni) e Dora (Nicoletta Braschi) estão casados, o filme começa de verdade para mim.
A época é o final dos anos 30. Guido é homem simples, que sobrevive como garçom. Se apaixona por Dora, que esbarra nele o tempo inteiro, em situações muito inusitadas. Ela deixa seu noivo por Guido. Anos depois, os dois já casados, tem um filho de uns oito anos chamado Josué (Giorgio Cantarini). O menino tem paixão por tanques de guerra. A família leva uma vida calma e normal até que começa mais uma Grande Guerra. Os judeus da cidade são levados a campos de concentração nazista. Isto inclui Guido e Josué. Dora, que não é judia, desesperada com o futuro do marido e de seu filho, acaba indo voluntariamente para o campo de concentração.
Para amenizar o terror do lugar, Guido diz a Josué que eles estão ali presos por causa de uma competição. Quem ganhar levará um tanque de verdade como prêmio. É aí que o filme fica mais lindo. Tudo o que Guido arma para amenizar a vida do filho, enquanto sofre as agruras do campo, transforma não só a vida do menino, mas a dos espectadores também.
A Vida é bela não é só conto de fadas e piadinhas engraçadas. Sim, elas aparecem. Afinal Benigni é comediante. Mas existe também críticas sutis ao terror imposto pelos alemães aos judeus. Sutis sim, mas perceptíveis a quem prestar atenção. Você fica preso a história e sofre com o que o pai faz por amor ao seu filho. E o final era tudo que eu não podia esperar, o que já merece todo o meu aplauso. Mas o grande mérito do filme é mostrar que até mesmo nas horas mais difíceis, as pessoas precisam se manter otimistas. Não sei se todo mundo consegue. Para mim é muito difícil. Mas mesmo assim, dá uma esperança para nós, que andamos tão desesperançados com tudo. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Você pode perder todos os seus pontos em algumas dessas três razões. Um: Se você chorar. Dois: Se você quiser ver a sua mãe. Três: Se você estiver com fome e pedir um lanche. Esqueça!" (Guido Orefice - Roberto Benigni) .
A VIDA É BELA (La vita è bella) - 1997 - Gênero: Drama - Direção: Roberto Benigni // Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

TODAS AS GAROTAS DO PRESIDENTE (DICK):
Olha, esse aqui é completamente dispensável... Façam um favor a si mesmos e não vejam nunca esse filme. É uma baboseira tão grande... Uma mistura de Forest Gump com As Patricinhas de Beverly Hills. Eu só vi porque acompanho a carreira de Kirsten Dunst desde que a vi pela primeira vez, em Entrevista com o Vampiro. É uma mania sem explicação.
Duas adolescentes, Arlene Lorenzo (Michelle Williams) e Betsy Jobs (Kirsten Dunst), acabam trabalhando para o presidente americano Richard Nixon (DanHedaya). Elas levam o cachorro para passear. As meninas acabam se envolvendo em várias decisões do presidente e aonda tem contato com os segredos que Nixon guarda. Até sobre o escândalo de Watergate.
Na boa, não vou ficar gastando texto com esse filme. É muito ruim. Não merece ser assistido. A única coisa boa é a trilha sonora. Por isso dei uma nota razoável. Nota: 5.
Melhor diálogo do filme: "Como esss pessoas ousam nos tratar como adolescentes estúpidas?" (Arlene Lorenzo - Michelle Williams)
"Nós somos adolescentes estúpidas!" (Betsy Jobs - Kirsten Dunst)
TODAS AS GAROTAS DO PRESIDENTE (Dick) - 1999 - Gênero: Comédia - Direção: Andrew Fleming // Kirsten Dunst, Michelle Williams, Dan Hedaya, Will Ferrell, Bruce McCulloch, Teri Garr.
GLITTER - O BRILHO DE UMA ESTRELA (GLITTER):
Mesmo sabendo o que esperar de um filme desses, resolvi assistir. Claro que a história seria aquela coisa de sempre: moça inocente, com talento para música, consegue crescer na carreira e tem alguns problemas para resolver durante sua luta. Este não é diferente. Mas tem uma coisinha que o diferencia dos filmes normais do gênero. Mas infelizmente eu não poderei contar, porque faz parte do fim do filme. Mas é a coisa mais legal do filme! Foi uma surpresa pra mim... Mariah Carey é a estrela do filme. Ela faz Billie Frank, uma moça criada sem os pais, que tem o dom de cantar. Ela é descoberta por um Dj, Julian Dice (Max Beesley) - extremamente gato, aliás - e tem sua carreira deslanchada. Billie e Julian tem um caso amoroso (Dã!), mas começam a brigar a partir do momento em que a moça vai ficando famosa. Que óbvio!
Correndo o risco de virar chacota entre os admiradores de cinema, confesso que mesmo com todo o óbvio da história, com os personagens caricatos e a interpretação mais do que sofrível da Mariah, não posso dizer que não gostei do filme. Tudo por causa do final. Me surpreendeu de verdade. Ponto positivo pra ele! E acho que para a Mariah Carey também, por ter topado fazer um filme comum, mas diferente.
Mas não posso dizer que recomendo. Eu viveria normalmente sem tê-lo visto. E acho que todo mundo também pode viver sem ele. Glitter é apenas para aqueles que não ligam de assistir porcaria. Nota: 5 (por causa do final).
Melhor diálogo do filme: "Nós nos perguntamos: Ela é negra? Ela é branca? Nós não ligamos. Ela é exótica. Eu quero ver mais dos seus seios." (Diretor do clip)
GLITTER - O BRILHO DE UMA ESTRELA (Glitter) - 2001 - Gênero: Drama - Direção: Vondie Curtis-Hall // Mariah Carey, Max Beesley, Da Brat, Tia Texada, Valarie Pettiford.

segunda-feira, 16 de agosto de 2004

OU TUDO OU NADA (THE FULL MONTY):
Esta foi a segunda vez que assisti a este filme. Da primeira, eu ainda estava fazendo faculdade e meu dia estava sendo um daqueles... Lembro que foi uma vez em que choveu muito aqui no Rio e a cidade, "pra variar", ficou toda inundada... Levei umas 3 horas para chegar na faculdade, o ônibus quebrou, perdi um monte de aulas e nem tinha clima para assistir as outras. Estava muito estressada. Daí, uma amiga e eu decidimos relaxar no cinema.
E vimos Ou tudo ou nada. Este foi mais um daqueles filmes que se tornam gratas supresas. Eu me diverti muito com a história. Ele tem um pouco de tudo: drama, comédia, realidade... E a trilha sonora? Uma das mais legais que eu já ouvi. Claro que comprei o cd, né? ;-)
O filme mostra a história de 6 homens desempregados, que precisam fazer algo para se virar. Eles vivem em uma cidade conhecida como "Cidade do Aço" e trabalhavam na indústria local. Até que esta fábrica fechou, deixando todos na miséria.
Gaz (Robert Carlyle) teme não poder mais ver seu filho Nathan (Wiliiam Snape), por causa da pensão. Daí, tem a idéia de formar um grupo de strippers diferente. O "time" não é formado por garotões sarados. Eles são homens comuns, mas que também precisam de dinheiro para sobreviver. O diferencial do grupo é que em sua apresentação, eles tirarão toda a roupa.
A parte dos ensaios do grupo e como alguns precisam fazer para esconder seu "trabalho" da família, traz as situações mais engraçadas. Gostei muito do que vi. Considero este um filme "alternativo" que deu muito certo, independente de Hollywood.
Posso dizer, por experiência própria, que ele serve para acalmar aqueles dias mais estressantes... :-) Nota: 8.
Melhor diálogo do filme: "O seu pai sempre tira a roupa na sua frente?" (Policial)
"Só quando está ensaiando." (Nathan - William Snape)
OU TUDO OU NADA (The full monty) - 1997 - Gênero: Comédia - Direção: Peter Cattaneo // Robert Carlyle, Mark Addy, William Snape, Steve Huison, Tom Wilkinson, Paul Barber.
O SENHOR DOS ANÉIS - O RETORNO DO REI (THE LORD OF THE RINGS - THE RETURN OF THE KING):
Peço licença para mais uma vez ser parcial... Não tem como falar desse filme de outra maneira. Minha empolgação por ele é imensa. Eu adoooooro a trilogia, e esta parte em especial. Enfrentei uma maratona para assisti-la quando passou no cinema. Cheguei tarde em casa, mas valeu muito a pena. Foi um dia e um momento especial...
Lembro que estava muito nervosa no dia. Eu, como fã, esperava por isso ansiosamente há um ano (na verdade 3!). Mas ao mesmo tempo, saber que no ano que vem não haverá mais esta expectativa, me deixa(va) triste... Entrei na sala do cinema com o coração acelerado. Eu e todos os outros espectadores malucos, que só iriam sair da sessão lá pela meia-noite! Quando o filme começou, senti um frio na barriga! Era o nervosismo...
Mas toda essa tensão, ansiedade e espera valeu a pena. Ao meu ver (e de todos - sem exceção - que saíram da minh sessão) o filme foi tudo e mais um pouco do que eu esperava. Posso dizer com absoluta certeza que este é o meu filme favorito da trilogia. Eu gritei, eu chorei, eu pulei, eu fiquei nervosa, eu aplaudi... Lindo! Lindo! Lindo!!!!! :-)
O filme começa com uma surpresa, que eu não vou revelar porque este não é meu objetivo aqui. Eu detesto que estraguem as surpresas para mim, então também não o farei para os outros. Comentarei só o essencial...
Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin) continuam a caminho da "Montanha da Perdição", em Mordor, para dar um fim no anel. Gollum (Andy Serkis) é o guia deles. Frodo está mais dominado ainda pelo anel. Já Sam vive desconfiando dos planos de Gollum.
Enquanto isso, a outra parte da "irmandade" está metida em mais preparativos para outra guerra. Eles começam o filme encontrando Merry (Dominic Monahan) e Pippin (Billy Boyd) em Isengard, onde, junto com os Ents, causaram um "pequeno estrago" na Torre Branca de Saruman (Christopher Lee, que não aparece no filme).
Pippin encontra o palantír, aquela "bola de cristal" negra, por onde Sauron dava ordens à Saruman. Sempre atrapalhado, ele acaba mexendo onde não deve e fazendo Sauron acreditar que ele tem o anel. Para protegê-lo, Gandalf (Ian McKellen) o leva até Gondor, cidade governada por Denethor (John nNoble), pai de Boromir (Sean Bean).
Merry, Legolas (Orlando Bloom), Gimli (John Rhys-Davies) e Aragorn (Viggo Mortensen) ficam em Rohan. Mas logo terão que partir, pois o inimigo atacará Gondor e os Homens terão de se unir em sua defesa.
Já fiz um resumo e não contarei mais nada... Vejam o filme, quem gosta do estilo. Eu amei! As cenas que mais gostei foram a que ilustra o meu diálogo preferido do filme (essa eu não me aguentei e puxei a salva de palmas sozinha! Pode ser "licença poética", mas ficou maneiro); e a que o Pippin canta uma música muito triste nos salões de Denethor, enquanto os cavaleiros de Gondor vão em direção à morte. Essa daí eu comecei a chorar! Teve umas com o Frodo também, mas se eu contar estraga tudo pra quem não viu ou não leu a trilogia.
Agora, voltando do passado... Acho que este fechou com chave de ouro o trabalho. Tudo bem que Peter Jackson usou muitas dessas "licenças poéticas" que mencionei acima (agora que estou lendo os livros entendi algumas revoltas), mas acho que ele fez o melhor que pode. O filme é tecnicamente perfeito em quase tudo. Sem "nacionalismos extremados", achei quase todos os Oscars que o filme ganhou merecidos. Só teve um que eu não concordei: melhor edição. Ela não tinha nada de diferente. Neste caso, concordo que a edição de Cidade de Deus é trilhões de vezes melhor. Embora eu ame este filme nacional, eu acho que O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei mereceu ser consagrado. Nota: 10. Melhor diálogo do filme: "Seu tolo! Nenhum homem pode me matar. Morra agora!" (Witch King - Lawrence Makoare)"Eu não sou homem." (Eowyn - Miranda Otto) *CLAP! CLAP! CLAP!*O SENHOR DOS ANÉIS - O RETORNO DO REI (The Lord of the rings - The return of the king) - 2003 - Gênero: Aventura - Direção: Peter Jackson // Elijah Wood, Sean Astin, Billy Boyd, Dominic Monahan, Sean Bean, Orlando Bloom, Ian McKellen, John Rhys-Davies, Viggo Mortensen, Bernard Hill, Andy Serkis, Lawrence Makoare, Miranda Otto, John Noble, Sean Bean.

domingo, 15 de agosto de 2004

O MÁGICO DE OZ (THE WIZARD OF OZ):
Nossa! Falar de O Mágico de Oz é voltar à infância. Este foi um dos filmes que me marcaram na época, por ter uma temática voltada para as crianças, misturada com todas as cores, o sonho e a fantasia. Sou suspeita para falar desse filme. Suspeita porque não dá para ser imparcial. Mas vamos lá... Será que consigo me conter?
O Mágico de Oz já teve várias versões para cinema, TV, patinação no gelo etc. Até uma versão "tupiniquim", com Os Trapalhões aconteceu. Mas o musical com Judy Garland é imbatível para mim. Quando assisti pela primeira vez, eu lembro de ter chorado. Passou na Globo à noite, na época em que ainda podíamos ver muitos filmes bons na programação da emissora.
Dorothy Gale (Judy Garland) mora em uma fazenda no Kansas com seus tios, os empregados deles e o seu cachorro, o Totó. A menina é extremamente sonhadora. Vive fantasiando. A Srta. Gulch (Margaret Hamilton), uma vizinha chatíssima, vive implicando com Dorothy e seu cachorrinho. Um dia, após Totó tê-la mordido, a tal vizinha leva o bichinho para o canil. Dorothy fica muito triste e foge, tentando encontra-lo. Totó também foge do cesto da bicicleta da tal chata. Ambos, na fuga, encontram com um mágico farsante, o Professor Marvel (Frank Morgan). Ele convence Dorothy a voltar para casa. No meio do caminho da menina está um terrível furacão.
Dorothy chega em casa, não encontra ninguém e fica à mercê da tempestade. Sua casa é levada pelo furacão até um lugar colorido, cheio de criaturas mágicas e aventuras que a menina sequer poderia esperar. A casa de Dorothy cai bem em cima de uma bruxa malvada, matando-a. Sua irmã, a Bruxa do Oeste (Margaret Hamilton) quer acabar com Dorothy. Mas Glenda, a Bruxa Boa do Norte (Billie Burke), salva a menina e a deixa protegida graças ao sapato de esmeraldas da bruxa que morreu. A Bruxa do Oeste fará de tudo para recuperar o objeto.
Mas Dorothy sente falta de sua casa e quer voltar. Glenda diz que ela precisa falar com o Mágico de OZ (Frank Morgan), na Cidade das Esmeraldas. Só ele poderá levar a menina de volta. Ela e Totó partem na busca do mágico pela estrada de tijolos amarelos. No caminho, eles encontram, além de muitas aventuras, um Espantalho (Ray Bolger) que deseja um cérebro; um Homem de lata (Jack Haley) que quer um coração; e um Leão (Bert Lahr), que precisa de coragem. A amizade entre eles se forma instantaneamente e todos vão para a tal cidade em busca de seus sonhos.
O filme é um dos marcos na história do cinema sem dúvida. Referência ainda atual para algumas produções. Quando eu assisti pela primeira vez, o que mais me chamou a atenção foram as cores que surgiam na viagem de Dorothy. Sua vida no Kansas era marcada pelo preto e branco. Já o mundo de OZ, é todo colorido magicamente. A trilha é inesquecível também. Uma produção digna de vários prêmios.
A história é interessante também por ter um lado real. Eu explico. Os personagens que aparecem no sonho da Dorothy, as bruxas, o mágico, seus companheiros de viagem, são todos pessoas de seu convívio. Quem nunca sonhou na vida com conhecidos em personalidades e funções diferentes daquelas da vida real? Bom, eu já sonhei assim...
Por mais que você se sinta meio "passado" para um musical infantil, eu recomendo que assista se ainda não viu. Você pode ter contato com seu lado criança novamente. E além disso, um clássico não tem idade. Você tem que ver e ponto final.
Nota: 10.
Melhor diálogo do filme: "Você, meu amigo galvanizado... Você quer um coração. Você não sabe o quanto tem sorte de não ter um. Os corações não serão práticos enquanto não forem inquebráveis." (Mágico de Oz - Frank Morgan)
"Mesmo assim eu ainda quero um." (Homem de lata - Jack Haley)
O MÁGICO DE OZ (The Wizard of Oz) - 1939 - Gênero: Musical - Direção: Victor Fleming // Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr, Jack Haley, Billie Burke, Margaret Hamilton, Charley Grapewin, Clara Blandick.
OS SAFADOS (DIRTY ROTTEN SCOUNDRELS):
Esta é a segunda vez que assisto a este filme. Mas da primeira vez não vi tudo. Peguei o meio do filme, perdi o começo e não quis assistir ao final. Prometi que veria de uma próxima vez porque gosto muito dos atores principais: Michael Caine e Steve Martin. Aqui, os dois entraram em uma sintonia perfeita, que nos faz rir muito, tanto nos momentos de comédia de sutileza, quanto nos mais escrachados.
Os Safados é a história de dois vigaristas que vivem sua vida mansa aplicando golpes em mulheres ricas e ingênuas. Lawrence Jamieson (Michael Caine) é um europeu sofisticado, que atrai as suas vítimas com charme, elegância e educação. Já Freddie Benson (Steve Martin) é o "malandro americano", sem qualquer tipo de sofisticação.
Os dois começam a "trabalhar" na mesma cidade e acabam se atrapalhando. Lawrence quer Freddie fora de sua área de atuação. Mas este não quer ir embora enquanto não aprender algumas regras de etiqueta para lidar com as mulheres. Lawrence ensina à Freddie o que sabe e o usa em alguns dos seus golpes.
Após o treinamento, os dois brigam e decidem que quem conquistar uma milhonária primeiro ganhará o direito de ficar na cidade. A escolhida é Janet Colgate (Glenny Headly), uma moça inocente que ficou rica vencendo um concurso.
A partir daí o filme fica mais e mais engraçado. Os dois armam as maiores confusões para conquistar o coração da moça. É bem legal. Um humor refinado. Eu adorei e recomendo. Ainda mais com o "twist in the end".
Nota: 7.
Melhor diálogo do filme: "Você já teve algum pensamento que se originou acima da cintura?" (Lawrence - Michael Caine)
OS SAFADOS (Dirty Rotten Scoundrels) - 1988 - Gênero: Comédia - Direção: Frank Oz // Steve Martin, Michael Caine, Glenne Headly, Anton Rogers, Barbara Harris, Ian McDiarmid.

domingo, 20 de junho de 2004

FORMIGUINHAZ (ANTZ):
Taí outro filme confundido pelos mais apressadinhos como "filme infantil". Muito pelo contrário. Este mesmo é que não é um filme para crianças. Não aquelas de 5 a 9 anos, que os pais levam ao cinema nas férias porque não aguentam mais a bagunça dentro de casa. Formiguinhaz é um filme adulto, porque trata de coisas de adultos, como injustiça social, trabalho, neuroses, rotina...
Formiguinhaz conta a história de Z (Woody Allen), uma entre zilhões de formigas dentro de um formigueiro. Z trabalha como operário, mas vive insatisfeito com sua vida e as faltas de perspectivas. Ele é uma formiga completamente diferente do normal. Um dia, ele conhece uma formiga-fêmea em um bar, fica apaixonado e descobre que ela é ninguém menos que a futura rainha do formigueiro: a princesa Bala (Sharon Stone).
Por causa do que sente por ela, Z causa uma revolução no formigueiro. Ele faz de tudo para estar perto de sua amada, inclusive largar suas funções como operário e entrar no exército. Suas peripécias ficam conhecidas no formigueiro após ele ser o único a retornar vivo de uma guerra. De repente, Z se torna uma ameaça aos planos do General Mandíbula (Gene HAckman), noivo de Bala. Z acaba se tornando herói para algumas formigas, causando movimentos sociais.
Formiguinhaz é muito bom. Também, o que se esperar de um projeto onde Woody Allen coloca seu dedo (ou melhor, sua voz). Z é Woody Allen e vice-versa. Por isso, acho melhor assistir o filme em inglês, para ouvir a interpretação de Woody. Um filme bem legal, que faz pensar. Não é definitivamente um filme para crianças.
Nota: 8.
Melhor diálogo do filme: "Você não entende? Eu escolhi você porque você era a formiga mais patética do bar." (Bala - Voz de Sharon Stone)
"Sabe... Você iria participar das minhas fantasias mais eróticas, mas... (Z - Voz de Woody Allen)
FORMIGUINHAZ (Antz) - 1998 - Gênero: Comédia - Direção: Eric Darnell & Tim Johnson // Vozes de: Woody Allen, Sharon Stone, Dan Aykroyd, Anne Bancroft, Danny Glover, Gene Hackman, Jennifer Lopez, Sylvester Stallone, Christopher Walken.
SHREK (IDEM):
Vi esse filme há muito tempo atrás, quando passou no cinema. Lembro que todo mundo falava que era muito legal. E eles estavam certos. Shrek é muito engraçado. Muita gente interpreta erroneamente como "filme de criança". Sabe como é... Ele é uma animação. Mas não é só isso. Classificar assim é limitá-lo.
Shrek (Mike Myers) é um ogro que vive em uma floresta, numa terra chamada Duloc. Nesta região, vivem vários personagens de contos de fadas. Mas Shrek não gosta do convívio com eles. Aliás, o ogro não gosta de conviver com nada. Um dia, o governante de Duloc, o baixinho Lord Farquaad (John Lithgow), expulsa todos os personagens. Eles vão parar na floresta onde Shrek mora, mais precisamente em seu quintal. Irritado com a convivência forçada, Shrek vai até Farquaad reclamar. Este diz ao ogro que, se ele encontrar e resgatar a princesa Fiona (Cameron Diaz), os personagens serão mandados embora de sua terra. Shrek aceita o desafio e ganha a companhia de um "amigo muito falante", o burro (Eddie Murphy), na empreitada.
Shrek é irônico e escatológico em alguns momentos. Tem tiradas engraçadíssimas sobre os personagens de histórias infantis. Mas ao mesmo tempo em que ironiza este tipo de história, ele também é uma delas. Eu diria que ele é um conto de fadas mais parecido com a realidade. Afinal, muitos "príncipes encantados" no fundo são uns ogros; e muitas princesas também.
Nota: 8.
Melhor diálogo do filme: "Não é a toa que você não tem amigos." (Shrek - Voz de Mike Myers)
"Uau! Só um amigo de verdade seria tão cruelmente honesto." (Burro - Voz de Eddie Murphy)SHREK (Idem) - 2001 - Gênero: Comédia - Direção: Andrew Adamson & Vicky Jenson // Vozes de: Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, John Lithgow.

domingo, 23 de maio de 2004

O SENHOR DOS ANÉIS - DUAS TORRES - VERSÃO ESTENDIDA (THE LORD OF THE RINGS - TWO TOWERS - EXTENDED VERSION)
Voltando a Terra Média... Assisti a versão estendida de Duas Torres uma única vez. Devia ter ido outras vezes... A nova versão é 300 milhões de vezes melhor do que a versão normal. Não tem nem comparação! É praticamente um outro filme...
Assim como fiz anteriormente, não vou ficar aqui mencionando todas as coisas novas. Mas vou falar de uma parte específica que, quem vê apenas a versão "normal" do filme, sem ter lido o livro, acaba não tendo noção.
Quando vi O Senhor dos Anéis - As duas torres eu não gostei nada do Faramir (David Wenham), o irmão de Boromir (Sean Bean). Atenção! Mais uma vez eu digo: ainda não li o livro! O fato é que fiquei com raiva dele por ter tentado atrapalhar o caminho do Frodo (Elijah Wood) e do Sam (Sean Astin). Tive medo dele querer ficar com o UM anel. Mas a versão estendida me mostrou um novo Faramir. Ele não é um "vilão" e sim alguém atormentado. As cenas da família dele eram imprescindíveis, na minha concepção. Mas não vou julgar o Peter Jackson. Sei lá... O pobre deve ter sofrido muito para deletar isso...
Bom, a minha recomendação é a mesma: Vejam e vejam de novo! Nota: 10.
Melhor citação do filme: "A batalha do Abismo de Helm terminou. A batalha pela Terra Média está para começar." (Gandalf - Ian McKellen)
O SENHOR DOS ANÉIS - DUAS TORRES - VERSÃO ESTENDIDA (The Lord of the rings - Two towers - Extended version) - 2002 - Gênero: Aventura - Direção: Peter Jackson // Elijah Wood, Viggo Mortensen, Orlando Bloom, Sean Astin, Ian McKellen, Sean Bean, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Christopher Lee, John Rhys-Davies, Hugo Weaving, Liv Tyler, Bernard Hill, Cate Blanchett, Miranda Otto, David Wenham, Brad Dourif, Andy Serkis, Karl Urban.
O SENHOR DOS ANÉIS - A SOCIEDADE DO ANEL - VERSÃO ESTENDIDA (THE LORD OF THE RINGS - THE FELLOWSHIP OF THE RING - EXTENDED VERSION)
Se algum dia alguém me dissesse que eu ia passar mais ou menos 4 horas dentro de uma sala de cinema para ver um só filme, eu acharia que esta pessoa era completamente louca. Se ainda fosse em casa, vendo em vídeo ou DVD, com a opção de dar pausa de vez em quando...
Pois é... Mas eu fiz isso. E não foi uma única vez. Este que eu vou comentar agora eu vi duas vezes (não seguidas). Foi uma maratona, mas valeu a pena. Sou fã da trilogia cinematográfica (os livros eu estou lendo agora) e por isso, não poderia deixar de assistir.
Eu fico imaginando o diretor e os editores na sala de edição cortando as cenas dos filmes... Ainda mais em épicos grandiosos como O Senhor dos Anéis. Tanta cena legal e eles tendo que cortar! Acho que eu ia sofrer! Nunca trabalharei com edição na vida...
A versão estendida de O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel tem muito mais cenas "engraçadinhas" e "bonitinhas" do que de ação mesmo. Vemos mais sobre o Condado... A abertura é completamente diferente. Nela, vemos Bilbo (Ian Holm) fazendo anotações em seu livro, comentando sobre a vida na terra dos Hobbits. Vemos mais cenas engraçadas de Merry (Dominic Monaghan) e Pippin (Billy Boyd). E Galadriel (Cate Blanchett) dando presentes aos viajantes da irmandade quando passam pela floresta de Lórien. Mostra até a paixão contida do anão Gimli (John Rhys-Davies) por ela.
Acho que não devo ficar aqui contando todas as cenas que entraram porque não quero estragar tudo para quem não viu. Ainda tenho esperanças que as versões estendidas sairão em nosso país. Mas posso adiantar que esta versão de Sociedade teve mais momentos cômicos e que nenhuma cena inserida agora mexeu no filme a ponto de modificá-lo demais. Claro, que estou falando isso como visão de quem ainda não leu os livros (agora estou terminando de ler "Sociedade do Anel"). Quem já leu deve ter sentido algumas diferenças. Mas não vou ficar aqui falando nos livros, porque não é assunto para este blog.
Em resumo: quem tiver oportunidade não perca! E quem já viu, se possível, veja de novo! Eu recomendo demais! Nota: 9.
Melhor citação do filme: "É um estranho destino que precisamos passar por tanto medo e dúvida por uma coisa tão pequena". (Boromir - Sean Bean)
O SENHOR DOS ANÉIS - A SOCIEDADE DO ANEL - VERSÃO ESTENDIDA(The Lord of the rings - The fellowship of the ring - extended version) - 2001 - Gênero: Aventura - Direção: Peter Jackson // Elijah Wood, Viggo Mortensen, Orlando Bloom, Sean Astin, Ian McKellen, Sean Bean, Billy Boyd, Ian Holm, Cate Blanchett, Dominic Monaghan, Christopher Lee, John Rhys-Davies, Hugo Weaving, Liv Tyler.

domingo, 16 de maio de 2004

DVD
SEX AND THE CITY - 1A TEMPORADA (SEX AND THE CITY)
Finalmente uma série legal sobre o comportamento da mulher atual! Até que enfim!! Já estava cansada de toda aquela coisa "Meg Ryan" de ser. Aliás, até mesmo a Meg anda cansada de ser ela mesma e fez um filme um pouco mais ousado, recentemente. Mas isso é outra história...
Comecei a assistir a série meio que de bobeira, na época que ainda passava na HBO e quase ninguém assistia. Virei fã de imediato. Ficava recomendando pra um monte de gente, que sequer sabia do que eu estava falando. Hoje, alguns anos depois, a série virou hype, o que é bom por um lado. Se não fosse assim, eu não seria a feliz proprietária da primeira temporada em DVD. Em breve comprarei as outras. :-)))
Sex and the city tem como personagens principais quatro mulheres diferentes. Carrie (Sarah Jessica Parker) é jornalista. Tem uma coluna em um jornal, onde escreve sobre o seu comportamento social e sexual e os de seus amigos. É a mais neurótica em se tratando de relacionamentos e homens. Já Charlotte (Kristin Davis) é a mais romântica. Trabalha com arte, sonha em casar e ter filhos. Miranda (Cynthia Nixon) é advogada e a mais cínica e irônica das quatro, quando o assunto é homens. E Samantha (Kim Catrall), relações públicas, é a mais desencanada sexualmente. Trata os homens como objetos sempre que pode.
A série trata das confusões pessoais das quatro. Amores, trabalho, dieta, sexo, bizarrices, neuroses, moda... Tudo que acontece mesmo na vida de uma mulher moderna. Isso é bem legal na série. Estes assuntos não são tratados de forma boba e sem nexo. E cada mulher pode se identificar com uma delas. As personagens são muito reais. Poderiam ser uma amiga, namorada, vizinha etc., de qualquer um. Não é uma coisa lírica e sim real. Mas ao mesmo tempo, cada uma delas se completa. Você pode se identificar mais com uma, mas com certeza já passou por alguma situação ou pensa como uma outra. Na verdade, acho que as quatro são uma só. Cada uma de nós, que temos momentos de neurose, de amor romântico, de ironia e descrédito, e de ser sensual. E essa identificação é o melhor da série. Nota: 10.
Melhor episódio da temporada: Religião e relacionamentos (o último)
SEX AND THE CITY - 1A TEMPORADA (Sex and the city) - 1998 - Gênero: Drama/ Comédia - Direção: Vários // Sarah Jessica Parker, Kim Catrall, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Chris Noth, Willie Garson.
DVD
RETRATOS DE UMA OBSESSÃO (ONE HOUR PHOTO):
Este filme me deixou surpresa de várias formas boas. Desta vez tenho que admitir que as pessoas que insistiram o tempo inteiro para que eu o visse estavam certas. Realmente o filme é ótimo! Fiquei muito surpresa com a qualidade...
A história é bem simples; sem muitas enrolações e pretensões. Temos um homem solitário, Sy (Robin Williams), que trabalha numa lojinha de revelação de fotos, dentro de um supermecado. Ele não tem amigos e leva seu trabalho muito a sério. Mas a solidão pode ser o gatilho para que as pessoas coloquem para fora seu lado mais bizarro (pelo menos é o que o cinema anda me ensinando). Sy torna-se obsessivo pela família Yorkin. Nina Yorkin (Connie Nielsen) sempre deixa seus filmes para serem revelados na loja de Sy. Ele começa a criar um vínculo estranho com a família. Tudo através das fotos que eles tiram. Sy os admira, até que descobre um segredo. E seu lado mais bizarro é liberado, como eu falei anteriormente.
O que mais me deixou admirada neste filme foi o Robin Williams. Eu gosto muito de alguns de seus trabalhos, mas tenho noção de que ele também já fez muita coisa ruim. Por isso mesmo que acredito que ele não seja levado tão a sério. Mas assistir a Retratos de uma obsessão abre seus olhos para um lado inesperado do Sr. Williams. E isso foi muito legal. Na verdade, acho que ele acabou carregando o filme nas costas.
O Sy de Robin Williams é perfeito, se me permitem afirmar. Para começo de conversa, ele é um cara bonzinho e comum que anda normalmente por aí. Daqueles caras tão normais que ninguém nota. Eu tenho a tese de que a grande parte das pessoas "com problemas" são assim. Sabe aquele cara que você julga que não mataria uma mosca? Um Zé Ninguém... Pois é... Como o Norman Bates, personagem do Anthony Perkins em Psicose, o original. Sy tem pequenas manias; pequenos rituais; obsessões estranhas e detalhes que podem ser imperceptíveis para qualquer um. Ele é solitário, não tem uma vida própria e se satisfaz com a vida que os outros levam, observando pequenos pedaços dela, nas fotos que revela. Ele elege uma família para ser "sua". Aquela que ele julga a mais perfeita. E quando vê que ela não é tão perfeita assim, ele simplesmente pira. E você vê a transformação do personagem, de bonzinho e estranho para um maluco descontrolado.
O que o Robin Williams fez quando criou o personagem foi um trabalho de mestre. Excepcional! Mesmo quem não gosta de filmes deste estilo deveria assisti-lo, somente pelo prazer de ver uma interpretação dessas... Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Se essas fotos tem algo de importante a dizer às gerações futuras, é: Eu estive aqui. Eu existi. Eu era jovem, eu era feliz e alguém se importava comigo o suficiente para tirar minha foto. (Sy Parrish - Robin Williams)
RETRATOS DE UMA OBSESSÃO (One hour photo) - 2002 - Gênero: Suspense - Direção: Mark Romanek // Robin Willians, Connie Nielsen, Michael Vartan, Dylan Smith, Eriq La Salle.

domingo, 9 de maio de 2004

DVD

O NOVATO (THE RECRUIT):
Meio sem opção do que iria assistir, peguei este filme na locadora. O que me atraiu foi os dois atores principais: Colin Farrell e Al Pacino... Adoooooooro os dois!!! Além disso, quando li do que se tratava - espionagem, treinamento da C.I.A. e todas essas coisas - me interessei mais ainda. Adoro filmes com estes temas!
Mas não vou dizer que este é o melhor filme de espionagem que já vi na vida. Na verdade, chega a ser bem previsível. Mas quer saber? Al Pacino é bom de qualquer jeito. Mesmo nos filmes mais bobos...
Em O Novato, Al é Walter Burke, um espião da C.I.A., que está em busca de "novos talentos" para a organização. Ele esbarra em James Clayton (Colin Farrell), um jovem superinteligente e rebelde (Oh!!!). Walter o convida para o treinamento e James aceita. Após semanas de sofrimento, James é convocado para uma missão interna: há um traidor entre os agentes da C.I.A. e ele precisa descobrir quem é.
Bom, acho que este enredo se encaixaria em pelo menos 89% dos filmes de espionagem, não? Para quem gosta de muita ação é um prato cheio, mesmo assim. Eu confesso que me diverti de qualquer jeito. Nesse dia, eu não estava muito afim de "filmes cabeça" mesmo...
Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Nada... é... o que parece." (Walter Burke - Al Pacino)
O NOVATO (The Recruit) - 2003 - Gênero: Aventura - Direção: Roger Donaldson // Colin Farell, Al Pacino, Bridget Moynahan.
DVD
CIDADE DOS SONHOS (MULHOLLAND DR.):

Toda a vez que assisto a um filme de David Lynch fico um pouco nervosa. Não... Não é porque ele é meu diretor favorito. Fico tensa simplesmente pelo fato de que tenho certeza que vou sair da sala do cinema com cara de boba, tentando entender o que aconteceu, sem conseguir. Mas isto não quer dizer que eu não gosto de seus filmes. Muito pelo contário. Acho David Lynch bizarro, num bom sentido. Ele tem um quê de surrealista e este sempre foi meu movimento artístico favorito.
Talvez eu tenha me expressado mal quanto a não entender o filme. Deixem que eu explique. Na verdade eu encaro os filmes de Lynch sabendo que nada ali é o que parece ser. Ao meu ver, cada um terá uma explicação e entenderá de forma diferente o que assistiu. Aliás, sempre desconfie daquela pessoa que disser para você que compreendeu completamente o que Lynch quis dizer em seu filme. Esse cara está alucinando... Se bobear, nem o próprio Lynch tem uma explicação exata. Tenho uma amiga que é fã incondicional do diretor. E ela me disse que, mesmo vendo um filme do Lynch diversas vezes, ela sempre percebe que no fundo deixou passar alguma coisa que não tinha visto antes. E acaba vendo que o que ela achava que tinha entendido antes, não era bem assim... Complicado, não? Pois é... E quem sou eu pra dizer que entendi o que ele quis dizer?
Cidade dos Sonhos começa com um acidente de carro, onde uma mulher, Rita (Laura Harring), perde a memória e vai parar numa casa vazia. Mas logo ela ganha a companhia de Betty Elms (Naomi Watts), sobrinha da dona da casa. Betty veio morar com a tia, em Hollywood, para tentar carreira de atriz. Ela tenta ajudar Rita a descobrir quem é e relembrar o que aconteceu.
Acho que vou parar de contar o enredo por aqui. É óbvio que existem outras tramas envolvidas nesta história, mas não vou mencioná-las. Na verdade, acho que todo mundo deveria ver este filme para entender do que estou falando. Não vou dizer que é meu preferido do David Lynch (ainda prefiro A Estrada Perdida), mas é um ótimo filme também. Claro que nem todo mundo vai gostar. É só para aqueles que não se importam com filmes em que nem sempre 1 + 1 = 2.
Nota: 8.
Melhor diálogo do filme: - A atitude de um homem... A atitude de um homem vai de acordo como será a vida dele. Você concorda com isso? (Cowboy - Monty Montgomery)



- Claro. (Adam Kesher - Justin Theroux)



- Você respondeu porque pensou que era o que eu queria ouvir ou você pensou no que eu disse e respondeu porque realmente acreditava que era verdade?
CIDADE DOS SONHOS (Mulholland Dr.) - 2001 - Gênero: Drama - Direção: David Lynch // Naomi Watts, Laura Harring, Ann Miller, Monty Montgomery.

quarta-feira, 28 de abril de 2004

DVD

DOCE LAR (SWEET HOME ALABAMA):
Peguei esse filme meio que no escuro. Só porque eu gosto da Reese Witherspoon. Além dela, no elenco do filme está um dos ícones de minha adolescência: o desaparecido Patrick Dempsey, eterno Ronald Miller de Namorada de Aluguel...
Mas, que perda de tempo! O filme é tão chatinho, bobinho, previsível e com final inverossímel... Pena que eu tenho como ética não contar o final dos filmes. A cena da decisão final da personagem da Reese é ridícula! A única que se salva ali é a Candice Bergen.
A história é a seguinte: Melanie Carmichael (Reese Witherspoon) é uma estilista que alcançou o estrelato a pouco tempo. O sucesso está aos seus pés... Pra completar a felicidade, Melanie está noiva de Andrew Hennings (Patrick Dempsey), o filho da prefeita da cidade de Nova York, Kate Hennings (Candice Bergen).
Mas para se casar Melanie precisa resolver um problema do seu passado. Ela veio de uma cidade do interior do Alabama e tem vergonha disso. E também há um outro problema: na juventude, Melanie casou com seu namoradinho de infância, Jake Perry (Josh Lucas). Acontece que ele não quer lhe dar o divórcio. Melanie vai até o Alabama tentar arrancar o divórcio à força.
A história é básica mesmo. Não é um dos filmes que eu recomendo... Nota: 5.
Melhor citação do filme: "O que aconteceu com o Jornalismo responsável?" (Prefeita Kate Hennings - Candice Bergen).
DOCE LAR (Sweet home Alabama) - 2002 - Gênero: Romance - Direção: Andy Tennant// Reese Witherspoon, Josh Lucas, Patrick Dempsey, Candice Bergen.
IRREVERSÍVEL (IRRÈVERSIBLE):

O tempo destói tudo. É exatamente isso que Irreversível nos ensina. Fiquei muito feliz com a grata surpresa que esse filme me causou. Muita gente me disse que era bom, mas como eu sempre acabo me decepcionando quando me dizem essas coisas, não fui assistir com grandes espectativas. Mas o filme me ganhou! Adorei! :-)
No começo fiquei meio perdida... A câmera não parava quieta! Ficava rodando, rodando, rodando... Sem se concentrar em ponto algum... Sequer dava para ver os personagens. Só se ouve o diálogo e vultos, num cenário escuro e estranho. Percebemos que está acontecendo algum tipo de briga. Mas não sabemos bem o porquê. Irreversível é construído do avesso: começa no fim e termina no começo. Ponto à favor para a edição e para a construção da história.
Irreversível tem como o ponto alto uma cena de estupro e pancadaria de 10 minutos (sim, isto foi comprovado com cronometragem). Alex (Monica Bellucci) vai parar no hospital depois de tanta violência. A cena é agoniante! Eu não aguentava ver. Marcus (Vincent Cassel) e Pierre (Albert Dupontel), namorado e ex-namorado, respectivamente, de Alex, resolvem fazer justiça com as próprias mãos. Agora tentem imaginar isso sendo contado do avesso... A tal confusão do início do filme acontece porque os dois estão se vingando... E todas as cenas vão remetendo ao que passou antes do presente, que é o momento da briga. Achei sensacional a idéia de construir o filme assim! Mesmo a idéia não sendo tão inédita.
Li algumas críticas onde se dizia que a violência do filme era gratuita e auto-promocional. Eu discordo. Acho que o filme é violento sim, mas esta violência era necessária para criar o clima e a ligação do espectador com os personagens. Eles são humanos, sofreram um baque terrível e reagiram. Atire a primeira pedra quem não pensaria em agir como o Marcus. Essa identificação do público com o sofrimento dos personagens é a chave para o sucesso do filme.
Irreversível começa triste e termina feliz. Mas na verdade não é isso. Ele mostra a vida de Alex antes do estupro e, isso me deixou mais deprimida ainda, sabendo o que aconteceria depois. Talvez os otimistas tenham ficado felizes com o "happy end". Mas eu não. Eu só fiquei mais triste... O tempo destruiu tudo o que era feliz nessa história.
Saí do cinema pensando sobre muitas coisas... Irreversível é um filme mais do que recomendado. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "O Tempo destrói tudo." (Philippe - Philippe Nahon)
IRREVERSÍVEL (Irrèversible) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Gaspar Noé// Monica Bellucci, Vincent Cassel, Albert Dupontel, Philippe Nahon.

domingo, 4 de abril de 2004


CÁLCULO MORTAL (MURDER BY NUMBERS):
Quando este filme esteve em cartaz no circuito nacional não senti a menor vontade de assistí-lo. Mesmo sabendo que a história tinha um quê de "Festim Diabólico", do meu querido Mestre Hitchcock. Acho que este foi um agravante para não me interessar em gastar meu pouco dinheirinho no cinema. Eu não gosto de ver estas adaptações que fazem da histórias do meu mestre. Sou meio desconfiada com isso... Refilmagem então, eu nem chego perto!!! E tem outra coisa... A Sandra Bullock trabalha... Só gosto mesmo de um filme dela: Miss Simpatia. O resto... Mas, como Cálculo Mortal passou dia desses na HBO e eu não tinha nada melhor pra fazer, resolvi deixar todas as implicâncias de lado... E quando acabou o filme, agradeci a Deus muitas vezes por não ter gasto meu dinheiro indo ao cinema para vê-lo.
Não gostei. Achei fraco, previsível e chatinho. As interpretações estão no automático, e nem o Ben Chaplin (que gosto de ver atuando) me convenceu. Se eles queriam fazer uma versão teen para um dos melhores filmes do mestre Hitch, passaram a quilometros de distância. Lembra muito mal a história do filme e o final vira uma embromação boboca, digna de alguns péssimos filmes de suspense que eu ando assistindo atualmente... E tem uns melodramas tão bobocas...
Não sei se depois de ter malhado tanto o filme, alguém ainda se interessa em saber o enredo, mas... Lá vai: Richie e Justin (Ryan Gosling e Michael Pitt), dois adolescentes com nada de bom pra fazer na vida, resolvem utilizar sua inteligência para bolar um crime perfeito. Acontece que a polícia, obviamente, começa a investigar o caso e ambos ficam encurralados conforme vão aparecendo as pistas... O relacionamento entre os dois também começa a ir mal das pernas quando um deles começa a namorar e neste momento é que a amizade deles é posta à prova. Enquanto isso, Cassie (Sandra Bullock), a policial responsável pelo caso, tenta além de solucionar o mistério, esconder de todos os seus problemas passados...
Enfim... A história é essa... Assistam e tirem suas conclusões...
Nota: 5 (Tô sendo boazinha!).
Melhor citação do filme: "Você tem uma só vida e o que quer que você faça com ela e tudo que é feito contigo, você tem que encarar. Você não pode fingir que não aconteceu." (Cassie - Sandra Bullock)
CÁLCULO MORTAL (Murder by numbers) - 2002 - Gênero: Suspense - Direção: Barbet Schroeder// Sandra Bullock, Ben Chaplin, Ryan Gosling, Michael Pitt, Agnes Bruckner, Chris Penn.
DO OUTRO LADO DA CAMA (EL OTRO LADO DE LA CAMA):

Este foi outro filme que vi na Maratona de Cinema do Odeon-BR. Foi a primeira vez que participei do evento e gostei muito. Recomendo a todo cinéfilo que ainda não conferiu a dar uma passadinha lá. É uma vez por mês, sempre na primeira sexta-feira. Eu já voltei lá depois e sempre que puder estarei presente.
Este foi o "filme surpresa" escolhido pela votação do público, quando eu estive na Maratona. Do outro lado da cama é uma mistura de romance, drama, comédia e musical. Parece uma salada, né? Mas é bem legal. Toda hora o filme é interrompido por um musical coreografado. É muito engraçado no começo. As coreografias me lembravam a época em que eu, ainda criancinha, assistia ao programa do Chacrinha com meus pais. As bailarinas e os bailarinos faziam passos e gestos que lembravam as Chacretes. Mas tem uma hora que cansa tanta música e dança. Eu achei que o ritmo se perdeu. Mas mesmo assim, é um filme divertido.
Do que se trata? Bom... Sendo também um romance, trata daquelas coisas de sempre: amor, traição entre amigos e entre casais, troca de parceiros etc. A história é simples e comum. Mas divertida.
Gostei deste filme, que também passou no circuito alternativo por pouquíssimo tempo. Quem tiver oportunidade, não perca as "Chacretes" cantando em espanhol. *rs*Nota: 6.
Melhor citação do filme: Não lembro também...
DO OUTRO LADO DA CAMA (El otro lado de la cama) - 2002 - Gênero: Musical - Direção: Emilio Martínez Lázaro// Ernesto Alterio, Paz Vega, Guillermo Toledo, Natalia Verbeke, Alberto San Juan, María Esteve, Ramón Barea, Nathalie Poza.

sábado, 27 de março de 2004


DO JEITO QUE ELA É (PIECES OF APRIL):
Taí um filme legal! Sem compromissos com estética hollywoodiana ou qualquer outra, o filme é simples, comovente, bem feito, bem conduzido... Conquista até os mais durões e é tão legal que levou um de seus atores ao Oscar deste ano: Patricia Clarkson foi indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por seu papel neste filme.
Esta é a história de April Burns (Katie Holmes) e sua família em uma reunião do Dia de Ação de Graças. April é a filha mais velha e vivia em atrito com seus pais, por seu comportamento rebelde. Ela vive atualmente com o namorado em um pequeno apartamento em Nova York e deseja se aproximar de seus pais novamente. Quer demonstrar que mudou seu comportamento, que é uma adulta capaz. Mas seus pais são muito reticentes quanto a esta mudança. April tem certeza que se conseguir fazer um jantar de Ação de Graças de verdade seus pais lhe darão credibilidade. Porém este almoço não se realizará tão facilmente. Tanto ela, quanto seus pais à caminho de sua casa, passarão por vários problemas até a hora do almoço, que culminarão em muita lavação de roupa suja e demonstrações de afeto emocionantes.
É um filme muito "bonitinho" mesmo. Pena que passou em circuito alternativo, o que não permite que muitas pessoas o vejam. Eu vi na Maratona de Cinema Odeon-BR, por exemplo. Mesmo assim, se tiverem oportunidade assitam correndo. Não irão se arrepender! :-) Nota: 8.
Melhor citação do filme: Não me recordo de alguma boa... :-(
DO JEITO QUE ELA É (Pieces of April) - 2003 - Gênero: Drama - Direção: Peter Hedges // Katie Holmes, Derek Luke, Oliver Platt, Alison Pill, John Gallagher Jr., Patricia Clarkson, Alice Drummond, Sisqó, Sean Hayes.
ORFEU (IDEM):

Quando me falaram que este filme era uma grande porcaria, eu não acreditei. Achei que fosse ainda aquele preconceito bobo que brasileiro tem com os filmes nacionais. Eu não sofro deste mal. Fui então assistir a Orfeu. E percebi que todo mundo que falou mal estava equivocado. O filme não é ruim. Ele é MUITO, MUITO RUIM... Jesus! Ninguém merece... O que é isso?
Pra começo de conversa o que o Toni Garrido estava fazendo ali? E ainda como o papel principal... Na boa... Prefiro ele cantando... A Patrícia França, que faz a Eurídice, amor do Orfeu, estava tão apática que dava vontade de dar choques elétricos nela pra ver se pegava no tranco... Não tneho nada contra ela. Mas nesse filme, putz!!! Pra mim, a única pessoa que se destacou foi a Isabel Filardis. Seu papel é mínimo, mas ela mandou bem.
Sinceramente, nem dá vontade de escrever sobre o filme... Mas vamos lá... É a história de amor entre Orfeu e Eurídice. Ele é um compositor consagrado de sambas que se apaixona por Eurídice. Ela é uma moça do interior que acaba de chegar a cidade. No meio disso tudo tem que haver um bandido, né? Pois bem, é o Murilo Benício que interpreta o Lucinho, traficante da favela. Ele e Orfeu foram amigos de infância que seguiram caminhos opostos e se transformaram em duas lideranças paralelas no morro. Eles conviviam pacificamente. Até a chegada de Eurídice no morro. Nota: 1.
Melhor frase do filme: Fim
ORFEU (Idem) - 1999 - Gênero: Romance - Direção: Cacá Diegues // Toni Garrido, Patrícia França, Murilo Benício, Zezé Motta, Milton Gonçalves, Isabel Fillardis.

domingo, 21 de março de 2004

DVD

ADAPTAÇÃO (ADAPTATION):
Depois de ter ouvido falar muito sobre este filme, acabei alugando-o com grande curiosidade. Não espectativa. Eu só queria mesmo saber o porquê de tanto comentário sobre ele. E... Acabei me decepcionando... Não gostei muito... Acho que todo esse auê aconteceu por ser um filme de Spike Jonze, o responsável por Quero ser John Malkovich, este sim um filme muito legal!
Uma das coisas que acabam me influenciando sobre um filme é o seu ator principal. E esse foi um dos problemas de Adaptação para mim. Eu tenho uma "relação de amor e ódio" com o Nicolas Cage. Gosto de muitos de seus filmes. Mas detesto muitos outros. Não existe um meio termo em nossa "relação". E aqui, ele se encaixa na segunda opção. Achei os dois personagens dele, os gêmeos Charlie e Donald Kauffman, extremamente chatos. Muito desinteressantes. Dentre os personagens principais quem se destacou, na minha opinião, foi a escritora Susan Orlean (Maryl Streep) e o "coletor de flores raras" John Laroche (Chris Cooper).
Na verdade em Adaptação o que é principal mesmo é um livro: "O ladrão de Orquídeas". Ele foi escrito por Susan Orlean; é sobre a vida de John Laroche; e Charlie tem que adapta-lo para o cinema. Depois de ter feito sucesso com o roteiro de Quero ser John Malkovich, Charlie é convidado para roteirizar este livro, mas está passando por uma crise. Ele não consegue escrever uma linha sequer e sua vida está uma bagunça. Seu irmão Donald, um pouco menos culto que ele, resolve virar escritor também. E consegue um sucesso inesperado. Já Susan tenta viver sua vida chata e sem emoção. A não ser quando está em companhia de seu amante.
Bom... O filme é cheio de altos e baixos... E eu não gostei. Não sei... Não consegui mesmo achar este filme "tudo" o que me falaram. Eu achei até um pouco chato. Me deu sono... Talvez eu não tenha entendido bem... Prefiro mesmo Quero ser John Malkovich... Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Eu deveria ter entrado. Eu sou um covarde! Eu deveria tê-la beijado. Eu deveria ir bater à porta e beija-la. Seria romântico. Seria algo que contaríamos aos nossos filhos um dia. Eu vou lá agora." (pensamento de Charlie Kaufman - Nicolas Cage antes de desistir de fazê-lo)
ADAPTAÇÃO (Adaptation) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Spike Jonze // Nicolas Cage, Meryl Streep, Chris Cooper, Brian Cox, Maryl Streep.
DVD
CONFISSÕES DE UMA MENTE PERIGOSA (CONFESSIONS OF A DANGEROUS MIND):

O que vocês pensam quando vêem o George Clooney (Ok, meninas! Controlem-se! *rs*)? Bom, a primeira palavra que me vem a cabeça quando eu penso no George Clooney é cool. Vai dizer que ele não tem um superestilo cool? Ele tem um charme, um jeito de "não tô nem aí", um sorriso cafajeste... Um estilo "me divirto muito com tudo". Tudo bem, cada um deve ter uma definição do que seja cool. Mas para mim a personificação desta palavra é o George Clooney.
Talvez por pensar isto, acabei achando Confissões de uma mente perigosa tão cool quanto o seu diretor. Sim! George Clooney é o diretor deste filme. Sua primeira vez na direção. E acho que ele foi muito bem. O filme é divertido, ágil, com um roteiro inteligente e interessante, e atores afinados, que pareciam estar se divertindo muito. Em resumo: é um filme sem pretensões e surpreendente.
Confissões de uma mente perigosa teve seu roteiro baseado no livro de Chuck Barris, um executivo de televisão responsável por programas como "The Dating Game" e "The Gong Show". Ah! E não me digam que vocês não conhecem estes programas, porque o nosso querido "tio" Silvio Santos adaptou muitos dos programas de Chuck para o SBT. Mas, voltando ao que interessa, no livro - que ele diz ser uma autobiografia - Chuck Barris (aqui interpretado por Sam Rockwell) diz que trabalhava na TV ao mesmo tempo que trabalhava também para a CIA como assassino. Se é verdade, a gente não sabe. Mas se ele inventou tudo isso, o cara tem uma imaginação colossal. Sam Rockwell fez jus ao seu personagem. Está muitíssimo bem no papel. Outros destaques são: Drew Barrymore (Eu adoro ela!), como Penny, a eterna namorada de Chuck; Julia Roberts, como Patricia, uma sedutora agente da CIA; Rutger Hauer, uma agente fanático por fotografia; e o próprio Clooney, que faz o agenciador de Chuck. Destaque também para Matt Damon e Brad Pitt numa ponta muito engraçada, onde eles não falam coisa alguma. Mais uma vez os amigos de Clooney presentes em seus filmes só pela amizade mesmo.
Em resumo, eu adorei este filme. Não esperava muito, mas achei tudo muito legal. Interessante da montagem até os créditos finais. Por isso recomendo a todos que o assistam assim que puderem. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Tive uma idéia pra um novo game-show recententemente. Vai se chamar "The Old Game". Terá três participantes idosos no palco, com armas carregadas nas mãos. Eles farão uma retrospectiva de suas vidas. Verão quem eles foram, o que conquistaram, o quanto eles se aproximaram de realizar seus sonhos... O vencedor será aquele que não estourar seus miolos. Vai ganhar uma geladeira." (Chuck Barris - Sam Rockwell)
CONFISSõES DE UMA MENTE PERIGOSA (Confessions of a dangerous mind) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: George Clooney // Sam Rockwell, Drew Barrymore, George Clooney, Dick Clark, Julia Roberts, Rutger Hauer, Brad Pitt, Matt Damon, Chuck Barris.

domingo, 7 de março de 2004


MATRIX REVOLUTIONS (THE MATRIX REVOLUTIONS):
Os fãs da "trilogia" Matrix que me desculpem, mas fico feliz que chegamos ao final disso tudo (será?). Sinceramente... Nunca vi tamanho engodo em toda a minha vida! Não gostei, não gostei e não gostei! Me sinto até ofendida por tamanha enganação! Não adianta tentar argumentar comigo porque jamais acreditarei que Matrix foi concebido como trilogia. Nem tentem! Eu acho que o primeiro filme é quase perfeito. Revolucionou os efeitos especiais, além de ter uma boa base teórica no roteiro. Agora, querer me convencer que as duas outras partes são tão boas (e relevantes) quanto é perda de tempo. Eu não sei qual das duas é pior. Em Matrix Revolutions pelo menos eu não levei à sério e fiquei me divertindo no cinema, prestando atenção em coisas como erros de continuidade, por exemplo. Não aconteceu sequer as tão esperadas novas inovações nos efeitos especiais e o que vemos são as outras partes da trilogia fazendo o mesmo que todos os filmes de ação andam fazendo por aí ultimamente: repetir todos os efeitos do primeiro Matrix. Tsc tsc tsc...
A única coisa que me levou ao cinema para ver este filme - além do fato de que já vi as duas primeiras partes, então deveria ver a última - foi o Agente Smith (Hugo Weaving). EU ADOOOOOORO O AGENTE SMITH!!!!!!! É a única coisa boa do filme! Neste ele é o causador de todos os males! O grande vilão! Logo ele que tinha um papel coadjuvante no primeiro filme. O cara é tão "do mal" que consegue fazer o impossível: unir as máquinas e os homens. Mas até o tão esperado confronto final entre ele e Neo (Keanu Reeves) foi muito, muito fraco na minha opinião. Quase de fazer dormir... Que desperdício! :-/
Mas claro que teve algumas coisas boas. Por exemplo: a luta dos homens com as sentinelas mecânicas em defesa de Zion. Isso foi legal. Longo demais, mas legal. Ah! E a Niobe (Jada Pinkett Smith) pilotando uma das naves humanas. Melhor do que muito homem. Girlpower total! O resto pode jogar fora. Até o Morpheos (Laurence Fishburne), que eu achava "o cara", está apagadíssimo...
Que desperdício... Ninguém merece! Também o que se pode esperar de um filme que tem como slogan "Tudo que tem um começo tem um fim"? Putz!
Ai, ai... Chega! Daqui a pouco vou acabar apanhando de um fã mais afoito. Ainda bem que eu ainda não inseri coments no blog, senão ia me ferrar... Mas não se desesperem meus queridos fãs... Ainda não vi Animatrix... Quem sabe, né? Sempre há a esperança de que eu goste. Afinal, já não espero nada mesmo dessa série de um filme só.
Que vergonha irmãos Wachowsky... Tirar dinheiro das pessoas assim... Ai, ai, ai! >:-/
Nota: 5 (Só por causa do Agente Smith!).
Melhor citação do filme: "Por que Mr. Anderson? Por que você faz isso? Por que se levantar? Por que continuar lutando? Você acredita que está lutando por alguma coisa? Por mais do que sua sobrevivência? Você pode me dizer pelo que é? Você por acaso sabe? É pela liberdade? Ou a verdade? Talvez a paz? Sim? Não? Poderia ser por amor? Ilusões, Mr. Anderson! (Agent Smith - Hugo Weaving)
MATRIX REVOLUTIONS (The Matrix revolutions) - 2003 - Gênero: Ficção científica - Direção: Andy & Larry Wachowski // Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Laurence Fishburne, Hugo Weaving, Monica Belucci, Jada Pinket-Smith.
DVD
ÚLTIMO TANGO EM PARIS (LAST TANGO IN PARIS):

Há algum tempo estou tentando assistir aos filmes clássicos, consagrados, além dos mais recentes e comerciais que eu vejo na maioria das vezes. Tudo bem... A locadora aqui perto de casa não ajuda muito... E a TV? Nem a paga colabora muito... Mas de vez em quando aparece uma oportunidade.
Agora por exemplo, assisti Último tango em Paris. Não sei bem se é tão clássico assim, mas pelo menos uma de suas cenas o é - a tal da cena da manteiga.
Maria Schneider interpreta Jeanne, uma parisiense à procura de um lugar para morar com seu futuro marido. Em visita a um apartamentos, ela conhece Paul, interpretado por Marlon Brando - já sem a forma atlética de tempos anteriores. Os dois desconhecidos acabam se deixando levar pela atração sexual. Começam um caso, onde nenhum dos dois trocam muita informação sobre si mesmos. Como se fosse uma espécie de mundo paralelo para ambos. Nem seus nomes eles contam um para o outro. Mas em suas "vidas reais", Jeanne está em meio aos seus preparativos para o casamento, enquanto seu noivo, cineasta, faz um documentário sobre isso. Já Paul sofre com a recente morte de sua mulher. Tudo vai bem, com os dois dividem seus pensamentos, alegrias e tristezas na cama. Mas a "perfeição" da relação chega ao fim quando Jeanne se apaixona por Paul e começa a perguntar e cobrar demais. Isto para os padrões de Paul e do combinado.
Último tango em Paris é um bom filme, mas não achei fenomenal. Não sei o porquê, mas não gosto muito do estilo do Bernardo Bertolucci. Tudo bem... Só vi 3 de seus filmes até hoje: Beleza Americana, O Pequeno Buda e este. Não gostei muito deles... Achei interessante, mas nada que me causasse alguma sensação incontrolável. Ainda não vi O Último Imperador. Todo mundo diz que é muito bom, mas eu tenho medo de me decepcionar novamente. Por isso, acabo adiando. Na verdade, eu acho que Último tango o melhor dos três. Mas fiquei um pouco decepcionada. Esperava mais. Nota: 7.
Melhor frase do filme: "Por que você odeia as mulheres?" (Jeanne - Maria Schneider)
ÚLTIMO TANGO EM PARIS (Last tango in Paris) - 1972 - Gênero: Drama - Direção: Bernardo Bertollucci // Marlon Brando, Maria Schneider.

sábado, 28 de fevereiro de 2004

DVD

SPIDER - DESAFIE A SUA MENTE (SPIDER):
Ralph Fiennes é um ator que ainda não consegui ter uma opinião formada... Em alguns de seus filmes eu adoro sua interpretação. E tem outros em que odeio... Não há um meio termo ou uma maioria de votos. No fundo eu acho que ele tem sim muito talento. Mas de vez em quando dá umas escorregadas em suas escolhas de papéis.
Não é o caso de Spider - Desafie sua mente. Ralph está excelente no papel do perturbado Dennis Clegg.
O filme é uma viagem dentro da mente de Dennis. Este, desde o início do filme, demonstra ter problemas psicológicos. As cenas intercalam o presente do personagem aos trinta e pouco anos, junto a lembranças de sua infância, onde vamos entendendo de onde surgiu sua personalidade tão estranha.
Quando menino, Dennis já era considerado estranho. Vivia grudado à sua mãe, a qual o apelidou de Spider. A Sra. Clegg (Miranda Richardson) é uma mãe carinhosa e atenciosa. Enquanto sua relação com a mãe é a mais positiva possível, não podemos dizer o mesmo com relação ao seu pai. Bill Clegg (Gabriel Byrne) não se entendem de forma alguma. O que trará muitos problemas para a família.
Acho que falar mais sobre o enredo do filme seria estragar a surpresa que ele é. A mesma que eu tive ao chegar ao final. Não vou dizer que só no final é que entendi tudo. Eu já desconfiava dos acontecimentos e dos culpados no meio do filme. Mas não darei detalhes. Não vou estragar as coisas para todos.
O que posso dizer é que gostei muito do filme porque lida com um dos temas que eu mais gosto num filme: as histórias psicológicas. Para muitos o filme vai parecer longo. Eu não diria isso. Diria que ele está no tamanho e ritmo corretos. Ponto para a direção e para os roteiristas que conseguiram mostrar passo a passo a mente perturbada de um homem comum e de onde sirgiram todos os seus fantasmas. Muito bom mesmo.
E como eu falei acima do Ralph Fiennes, vou terminar com ele também. Este filme entrou para a categoria dos filmes dele que eu adorei sua interpretação. Pelo visto, nunca vou achar um meio termo... Então vou fazer o seguinte: considero Ralph um ator de grande talento... :-) Nota: 8.
Melhor cena do filme: A cena da descoberta do culpado de um assassinato (não posso contar mais!!!!)
SPIDER - DESAFIE SUA MENTE (Spider) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: David Cronenberg // Ralph Fiennes, Miranda Richardson, Gabriel Byrne, Lynn Redgrave, John Neville.
KATE & LEOPOLD (KATE & LEOPOLD):

Este filme me trouxe uma sensação muito engraçada... Quando eu achava que veria um filme da Meg Ryan diferente dos filmes da "Meg Ryan", eis que ele dá uma reviravolta e acaba da mesma forma que todos os filmes dela... Francamente... Mais do mesmo? Cansei disso...
O começo de Kate & Leopold é até bem interessante. Leopold (Hugh Jackman) é um aristocrata que vive pelos idos de 1870 e adora ciência. Um dia, em plena inauguração da Ponto do Brooklyn, ele percebe um homem na multidão, carregando um instrumento muito estranho para sua época. Tratava-se de Stuart (Liev Schreiber), um cientista do século XXI, que conseguiu encontrar uma forma de viajar no tempo. Ele levava consigo sua máquina fotográfica digital para comprovar a experiência. Acontece que Leopold o segue e ambos acabam vindo para o século XXI. Leopold fica perdido, obviamente. Mas Stuart promete que o levará de volta. Acontece que este sofre um acidente e fica internado num hospital. Leopold não sabe de nada. Para piorar a sua situação, Kate (Meg Ryan), a ex-namorada revoltada de Stuart, o conhece mas não acredita em toda a história. Ela o trata com indiferença por muito tempo. Kate é daquelas mulheres que não tem tempo a perder. Trabalha muito e sonha um dia ser vice-presidente da sua companhia. Não acredita em amor, romantismo e coisas do gênero. Aliás, tem uma vida amorosa desastrosa. Obviamente que entre ela e Leopold surgiria uma ligação...
Achei muito legal a relação entre os personagens, bem diferente dos filmes de romance normais. Enquanto Leopold tem uma postura mais romântica, mais "feminina" (digamos assim), Kate é "o homem da relação". Tudo muito interessante para uma feminista assumida, como eu. Até que tudo perde a graça e temos mais um "romance da Meg Ryan". Afinal, que graça tem ver mais um filme em que a mulher larga tudo por amor? Nenhuma. Quer coisa mais batida? Aqui neste filme haveria brecha para que o homem fizesse isso (até porque, como o mais romântico do casal poderia ser a opção dele). Mas não. Caímos no clichezão básico... Será q os produtores e a própria Meg tiveram medo de arriscar?
Sinceramente, me decepcionei com o final. Se não fosse tão comum, eu daria nota maior. Mas como perdeu muitos pontos no fator criatividade e originalidade, eu vou dar 6. E estou sendo muito boazinha... Além do mais o roteiro ficou cheio de buracos... Quem manda querer colocar assuntos mais complexos na história, sem ter competência para deixar tudo bem amarradinho?... Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Talvez o amor seja a versão adulta de Papai Noel. É um mito que nos é passado desde a infância para continuarmos comprando revistas, indo a clubes, fazendo terapia, assistindo filmes com músicas da moda tocadas em cenas de amor..." (Kate McKay - Meg Ryan)
KATE & LEOPOLD (Idem) - 2001 - Gênero: Romance - Direção: James Mangold // Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber, Breckin Meyer.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004


CONTOS PROIBIDOS DO MARQUÊS DE SADE (QUILLS):
1790. O jovem Abade du Coulmier (Joaquim Phoenix) dirige um asilo para doentes mentais. O Abade é um homem de muita fé. Mas mesmo assim ele vive em grande dúvida, pois sente muito mais do que apenas amizade por uma das moças que trabalha no asilo. Seu nome é Madeline (Kate Winslet). Embora seja pobre e de pouca cultura, ela é muito curiosa e gosta muito de livros. Tanto que está aprendendo a ler com o Abade. Mas o que Madeline mais gosta de ler são os escritos de um dos pacientes do asilo: o Marquês de Sade (Geoffrey Rush). Ela não é a única. Com suas histórias picantes, o Marquês conquista fãs tanto dentre os pacientes quanto no meio dos mais ricos. Mesmo sabendo do teor de suas histórias, o Abade deixa o Marquês livre para escrever. É uma espécie de tratamento. Acontece que as histórias do Marquês encarcerado estão chegando às cidades e muitos as culpam por alguns acontecimentos estranhos. Por isso, o doutor Royer-Collard (Michael Caine), conhecido por seus métodos, digamos, "bastante persuasivos", é mandado para o asilo afim de curar o Marquês. A partir do momento em que o doutor pisa no lugar as coisas começam a piorar para todos. O Abade tem que lutar contra sua boa índole para respeitar as ordens do doutor. Madeline tenta ajudar seu amigo Marquês e este último tenta de todas as formas voltar a fazer aquilo que ele mais ama na vida: escrever.
Eu sempre quis ver este filme, porém nunca tive oportunidade. Até que ela chegou via HBO. Se eu soubesse que ia gostar tanto teria ido ao cinema para vê-lo. Contos proibidos do Marquês de Sade é um filme apaixonante. A gente vê a paixão na história e também no elenco. Aliás, este é um capítulo à parte. Os atores definitivamente foram escolhidos a dedo. Poucas vezes vi um elenco tão afiado. Destaco Joaquim Phoenix, em seu melhor papel até hoje. Os cenários e o figurino também estão perfeitos. Achei a direção bem normal. Até um pouco destoante de todo o arrebatamento do filme. Mas nada que prejudique.
Esse filme é recomendadíssimo por mim. Embora eu não tenha simpatizado muito com a personalidade do Marquês, eu gostei muito mesmo do drama dos personagens. Por isso aconselho a quem não viu que o faça correndo! Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Você não pode ser um escritor de verdade sem um toque de loucura, não é verdade?" (Madeleine - Kate Winslet)
CONTOS PROIBIDOS DO MARQUÊS DE SADE (Quills) - 2000 - Gênero: Drama - Direção: Philip Kaufman // Geoffrey Rush, Kate Winslet, Joaquim Phoenix, Michael Caine.
RING 0 (RINGU 0 - BÂSUDEI):
Consegui chegar ao fim da trilogia! Pensei que nunca conseguiria! Mas consegui! Merecia um prêmio...
Ringu 0 é muito ruim tb. Mas até que eu achei a última parte a mais legal das três. Na verdade, ela seria a parte 1, se formos pensar em ordem cronológica. Neste filme nós vemos a juventude da estranha garota Sadako (Yukie Nakama) - que tem um superestilo Carrie, a estranha. O filme tenta mostrar como foi que Sadako se transformou na "menina-monstro". E quem diria? Foi tudo por amor... Acho que essa idéia deve ter vindo com o diretor, que não é o mesmo das duas primeiras partes. Pois bem... É mais legalzinho; mais explicativo e dá pra se assistir. Mas - ó meu grande dilema - continuou sem responder minhas dúvidas. Será que é implicância minha? Eu acho que não. Mas todo filme de terror tem que ter uma explicação em alguma parte para todos os acontecimentos trágicos. Senão não tem porque existir este filme. Neste a explicação se perde do que foi dito no primeiro filme. Fica confuso explicar. Só vendo.
Eu s? gostaria de saber quem foi que filmou a maldita fita de vídeo. Por que fez isso? Para quê? Com ordem de quem? Só algumas das perguntinhas básicas que pairam na minha mente e que não tiveram uma solução. Afinal, todo mundo conhece a história do Jason e de Cristal Lake. Todo mundo sabe a história de Freddy Krugger e da Rua Elm. Todo mundo sabe sobre Mike Myers em Halloween. Por que diabos não pode haver uma explicação plausível para Sadako?
Por favor, não me venham com "mas a graça do filme é essa. Esse mistério sem explicação" pois pra mim não há graça alguma nisso...
Se eu tivesse que recomendar um dos 3 filmes seria esse. É bem mais elucidativo. Mas de qualquer forma, eu não gostei. Então não recomendo. Nota: 4.
Melhor cita??o do filme: Fim (Como se escreve isso em japonês?)
RING 0 (Ringu 0 - Bâsudei) - 2000 - Gênero: Terror - Direção: Norio Tsuruta // Yukie Nakama, Takeshi Wakamatsu, Yoshiko Tanaka.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004


RING 2 (RINGÚ 2):
Quando eu achava que as coisas não tinham como piorar na trilogia de terror japonesa Ring eis que começo a assistir o filme 2. Este consegue ser pior, mais confuso e mais nada a ver do que o primeiro. Quero ver como os americanos vão se safar dessa.
Pra começo de conversa, a menina-monstro Sadako (Rie Inou) nem é tão importante assim no filme. E o que já não tinha pé nem cabeça conseguiu ser piorado.
Neste filme, o filhinho da repórter que investigou a fita suspeita no primeiro filme, Yoichi (Rikiya Otaka), é a criança-monstro. O garotinho acaba ganhando os poderes de Sadako, de uma forma quase inexplicável. A repórte morre e quem cuida de Yoichi a partir daí é a namorada do pai dele. Ambos tem que descobrir uma solução para se livrar do poder de Sadako sobre o menino.
Muito, muito, muito ruim. Nada se salva aqui. Será que eu estou vendo os filmes que todo mundo me recomendou mesmo? Não é possível! É muito ruim... Nota: 1.
Melhor citação do filme: Continuo não entendendo japonês! *rs*
RING (Ringú) - 1999 - Gênero: Terror - Direção: Hideo Nakata // Miki Nakatani, Hitomi Sato, Kyôko Fukada, Rie Inou, Rikiya Otaka.
RING (RINGU):
Antes de mais nada, apenas para relembrar, eu detesto O Chamado, aquele filme idiota sobre um vídeo que não pode ser assistido ou a pessoa morre em 7 dias.
Depois que gritei para os quatro cantos do planeta que odiava esse filme, que não tinha achado a menor graça - embora tenha sido uma das poucas pessoas a achar isso - amigos mais perseverantes e pacientes me convenceram a assitir a trilogia japonesa que deu origem ao filme americano. O filme que comentarei agora é só a primeira parte. Assisti aos 3 de uma vez... E já adianto que detestei todos de qualquer forma...
Sinceramente eu não sei da onde as pessoas tiram tanto "medo" da história da garotinha (nesse filme, ela chama-se Sadako) que "habita" a fita de vídeo. O filme americano chupou 90% das idéias da primeira parte japonesa. Por isso, para mim, não houve muita diferença no fato de não gostar mesmo. O filme japonês pelo menos é um pouco mais "engraçadinho". Parece um episódio de algum seriado estilo Jaspion.
Por mais que seja um cult para os aficcionados, achei Ring muito ruim. Continuo não achando graça. Continuo sem entender da onde as pessoas tiraram medo de cenas "asssutadoras". Aliás, cadê essas cenas? Continuo não entendendo a história. O roteiro é cheio de furos e perguntas não respondidas. Ok. Esse é só o primeiro filme e em tese, as dúvidas seriam sanadas nos seguintes. Mas posso adiantar que não sanaram-se coisa alguma...
Sinceramente... Que perda de tempo. Como eu já não esperava nada mesmo, pensei que fosse gostar um pouquinho do filme. Mas que nada! Odiei tanto quanto a versão americana. Mas tem outro ponto positivo para a versão japonesa: eles não são tão pretenciosos na produção quanto os americanos. O filme tem um clima trash que combina com a história realmente. Mas dizer que é muito bom, aí também é demais...
Detestei. Não recomendo. Nota: 3 (filme igual, nota igual).
Melhor citação do filme: Não entendo japon?s! *rs*
RING (Ringu) - 1998 - Gênero: Terror - Direção: Hideo Nakata // Nanako Matsushima, Miki Nakatani, Hiroyuki Sanada.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004


OS GAROTOS DA MINHA VIDA (RIDING IN CARS WITH BOYS):
Acho que muita gente vai discordar da minha opinião sobre esse filme. Mas e daí?
Eu adorei! Passei a maior parte do tempo chorando enquanto eu o assistia. E olha que eu nem estava no meu período de T.P.M. (*rs*)!!!
É um filme muito delicado, muito bonito e bem feito. Não tem todos aqueles exageros de Hollywood e o tema é muito "batido": gravidez na adolescência. Mesmo assim eu amei. E olha que, em geral, eu não gosto de filmes clichês. Não sei se foi a história que me cativou, ou se foi a presença da Drew Barrymore (que eu simpatizo muito, desde E.T), ou se foi uma mistura de tudo...
Os garotos da minha vida é a biografia de Beverly Donofrio. Desde muito cedo, ela começou a se sentir atraída por rapazes. Mas eles não eram tudo em sua vida. Beverly era muito estudiosa e adorava ler. Sonhava em estudar na Universidade de NY e se tornar escritora. Mas a vida pode não ser exatamente do jeitinho que a gente sonha...
Aos 15 anos, Beverly se apaixona por um rapaz da escola. Um daqueles garotões com nada na cabeça. Beverly, resolve escrever um poema para ele e começa a lê-lo na frente dele e de seus amigos "tão descerebrados qto", no meio de uma festa. Acontece que o cara a humilha perante todos. Beverly fica arrasada. Um outro rapaz que estava na festa e a vê chorando resolve tirar satisfação com o "talzinho". Ray (Steve Zahn) acaba batendo no cara e foge da festa acompanhado de Beverly. Esta acha a atitude de Ray tão "bonitinha" que... Bom... Uma coisa leva à outra, vocês sabem... ;-)
Mas acontece que Beverly, meses depois, descobre que está grávida. E ela nem é assim tão apaixonada por Ray. E o pior: seu sonho de fazer faculdade e ser escritora é adiado. E este é apenas o começo dos problemas dela...
Achei o filme muito legal mesmo. Tem um jeitinho despretencioso de tratar o assunto da gravidez adolescente. Sem lições de moral ou coisas do gênero. É bem realista. Mostra as ligações familiares na vida de Beverly, seu crescimento como mãe e como mulher.
Eu gostei. Mas não vai mesmo agradar à todo mundo. Mesmo assim, recomendo. Nota: 8.
Melhor cena do filme: Beverly (Crew Barrymore) ensaiando com sua amiga Fay (Brittany Murphy) como contar aos pais sobre sua gravidez.
Melhor citação do filme: "Eu tenho 22 anos - isto é quase 30! - e eu ainda não consigo aceitar que esta é a minha vida. Eu só queria ser burra. Daí eu não iria saber de nada e poderia ser feliz e parar de ter esperanças. E até parece que você está interessado em saber da minha vida entediante." (Beverly - Drew Barrymore)
OS GAROTOS DA MINHA VIDA (Riding in cars with boys) - 2001 - Gênero: Drama - Direção: Penny Marshall // Drew Barrymore, Steve Zahn, Adam Garcia, Brittany Murphy, James Woods, Lorraine Bracco.
O CONDE DE MONTE CRISTO (THE COUNT OF MONTE CRISTO):

Versão mais recente do clássico livro homônimo de Alexander Dumas, O Conde de Monte Cristo é um filme muito legal. Ainda não tive o prazer de ler o livro, infelizmente. Mas achei muito bem feita esta versão cinematográfica. Obviamente nem deve se comparar ao livro. Aliás, qual o filme - tendo um livro como base - fica melhor do que o próprio livro? Eu ainda não vi isto acontecer.
O Conde de Monte Cristo é um drama de amor e vingança. Conta a história de Edmond Dantes (James Caviezel), um homem muito humilde e mesmo assim invejado. Ele está crescendo profissionalmente e ainda tem o amor de uma bela mulher: Mercedès Iguanada (Dagmara Dominczyk). Até que um dia ele é traido por um grupo de pessoas. E entre eles está seu melhor amigo, Fernand Mondego (Guy Pearce).
Edmond vai parar na prisão de Chateau D'If (uma das piores da época) por anos e anos, enquanto sua família e a sua noiva acreditam que ele está morto. Durante o cumprimento de sua pena, a revolta e a vontade de se vingar vão aumentando dentro de Edmond. Até que um dia um milagre lhe acontece. Um dos presos vai parar em sua cela, depois de escavar por baixo da prisão. Trata-se do Abade Faria (Richard Harris). Juntos ambos vão construindo o túnel para escapar. O abade conta a Edmond sobre um tesouro escondido numa ilha, que somente ele sabe onde fica. Quando estão para fugir, o abade morre. Edmondo, após algumas aventuras, acha o tesouro e pode enfim financiar sua vingança. Ele se infiltra no meio daqueles que o traíram, usando o título de Conde de MonteCristo.
Vi uma versão mais antiga, acho que do ano de 1955, muito antes de ver esta versão. Também tinha gostado muito dela. Mas a versão atual me pareceu um pouco mais completa. Não posso falar muito bem, pois como disse, ainda não li o livro.
Gostei muito da construção dos cenários e do figurino desta versão. As paisagens escolhidas também foram excelentes. A direção está bem também. Mas o destaque é mesmo James Caviezel, como o conde e a história em si, que é muito interessante.
Muito bom! Recomendo! :-) Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Vc não acha que eu facilitaria as coisas, acha?" (Edmond Dantes/ Conde de Monte Cristo - James Caviezel)
Melhor cena do filme: A mesma onde a citação acima ocorre... :-)
O CONDE DE MONTE CRISTO (The Count of Monte Cristo) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Kevin Reynolds // James Caviezel, Guy Pearce, Richard Harris, Dagmara Dominczyk.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2004


DOCE NOVEMBRO (SWEET NOVEMBER):
Nelson Moss (Keanu Reeves) é o famoso workaholic em pessoa. O cara vive para seu trabalho 24h. Ele trabalha no setor de criação de uma agência de publicidade e ganha "rios" de dinheiro. Em geral, não tem tempo para nada e nem para ninguém. Amigos? Só os do trabalho mesmo. Até que ele encontra Sara.
Ao contrário de Nelson, Sara gosta de curtir cada momento da vida. Eles se conhecem em uma prova para renovar a carteira de habilitação. Sara logo percebe que ele precisa de ajuda. Daí resolve fazer-lhe uma proposta: que eles dividam o apartamento dela por um mês. E durante este tempo, Nelson deverá relaxar. A princípio ele a acha maluca. Mas acaba cedendo aos encantos da moça. o que ele não sabe é que, embora Sara goste de ajudar as pessoas, ela guarda segredos e não quer ser ajudada.
Fiquei surpresa com o filme. Em geral, os filmes de amor - principalmente os água-com-açúcar - não andam fazendo minha cabeça. Não andam me convencendo muito. O mais estranho é que os filmes deste tipo, com finais infelizes são os que eu ando apreciando.
Mesmo com a interpretação à la "Mr. Anderson", Keanu Reeves está bem. Acho que foi até importante ser assim. Afinal, Nelson é uma pessoa fria, calculista, sem sentimentos, que só pensa em dinheiro, no início do filme. Depois tudo muda. Charlize Theron (que eu sempre confundo com a Ashley Judd) também está desempenhando bem o seu papel. O que mais gostei no filme foi a cena final. Confesso que chorei.
Com certeza não é um filme que vai agradar a todos mas eu gostei. Nota: 6.
Melhor diálogo do filme: "Por que um mês?" (Nelson Moss - Keanu Reeves)

"Porque é longo o suficiente para significar alguma coisa e curto o suficiente para evitar problemas." (Sara - Charlize Theron)
DOCE NOVEMBRO (Sweet november) - 2001 - Gênero: Romance - Direção: Pat O'Connor// Keanu Reeves, Charlize Theron, Jason Isaacs, Greg Germann.
DVD
UM GRANDE GAROTO (ABOUT A BOY):

Convenhamos... Hugh Grant pode ser um conhecido ator inglês, mas isto não é garantia de talento. Na verdade, não gosto muito dele. Parece interpretar a mesma coisa sempre... Não vejo graça. Mas tem gente que gosta. As únicas vezes em que vi Hugh fazendo algo diferente do normal em sua carreira foi em Diário de Bridget Jones e neste filme. Dá para engoli-lo...
Um grande garoto foi baseado no livro de Nick Hornby, autor atualmente badalado no meio pop-alternativo. Além deste, Hornby também escreveu o livro "Alta Fidelidade", que deu origem ao filme com John Cusack.
Em Um grande garoto temos dois protagonistas: Will (Hugh Grant) e Marcus (Nicholas Hoult). Will está na casa dos 30 anos, solteiro e não tem um emprego fixo, embora seja rico. Sua fortuna veio de uma famosa canção de natal que seu pai escreveu, e que até hoje rende lucros. Will vive sozinho, assiste muita TV e não quer se comprometer com ninguém. Quando ele percebe que seus amigos estão se casando e tendo filhos, ele resolve freqüentar encontros de mães solteiras. Num destes encontros, ele conhece Christine (Sharon Small), amiga de Fiona (Toni Collette). Esta é mãe de Marcus. Enquanto Will ainda se comporta como uma criança, Marcus, de apenas 12 anos, tem que ser o adulto da família. Sua mãe vive tendo crises de depressão e ele tenta conviver com isso. A história desenvolve-se conforme a amizade de Will e Marcus. Enquanto um cresce, o outro aprende a ser mais relaxado. Um vai ensinando o outro a viver.
Gostei, mas não acho o roteiro tão original. Alguns filmes já foram feitos com adultos com mentalidade de criança e crianças com mentalidade de adulto. O mais recente é Grande menina, pequena mulher.
Pelo menos o Hugh Grant está diferente no papel de Will. Já é uma coisa boa.
Os extras do DVd são legais também. Principalmente os clips musicais. Nota: 6.
Melhor diálogo do filme: "Você vai acabar sozinho e sem filhos!" (Christine - Sharon Small)

"Vamos torcer pra isso!" (Will - Hugh Grant)
UM GRANDE GAROTO (About a boy) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Chris & Paul Weitz// Hugh Grant, Toni Collette, Nicholas Hoult, Rachel Weisz, Sharon Small.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2004

DVD

ESTRADA PARA A PERDIÇÃO (ROAD TO PERDITION):
Chicago, Época da Depressão. Michael Sullivan (Tom Hanks) é um homem respeitável, casado e com dois filhos, a quem ele é muito dedicado. Trabalha para John Rooney (Paul Newman), um homem que sabe ser agradável com os que estão ao seu lado, e perigoso para aqueles que não estão. Michael e sua família freqüenta as festas na casa do Sr. Rooney e este os trata como parentes de verdade. Tudo vai bem, até que Michael Jr. (Tyler Hoechlin), um menino muito curioso, resolve pesquisar mais sobre a profissão do pai. Ele se esconde no carro e o acompanha num serviço noturno. É aí que descobre que seu pai é um assassino profissional. E o problema não pára por aí: a família Rooney descobre que Michael Jr. sabe de tudo.
Enquanto tenta "digerir" o que descobriu sobre seu pai, este tenta se desculpar perante a família Rooney. Os ânimos se acalmam por um tempo, até que a família Sullivan é assassinada, por ordens de John Rooney. Michael e Michael Jr. são os únicos que conseguem sobreviver à chacina. Eles fogem, tentando ao mesmo tempo se esconder e se vingar.
Gostei muito deste filme, que nasceu de uma HQ com o mesmo nome. O clima de "filme noir", o drama estilo Poderoso Chefão... Fora os temas em questão: amor de pai e filho; lealdade... Tudo muito bem dirigido e com boas atuações. Tom Hanks está cada vez melhor, digam o que disserem dele. Estou admirada com a versatilidade deste ator, que começou fazendo comédias "bobas" (eu gosto de muitas delas) e hoje em dia tem no curriculum ótimos filmes de gêneros diferentes, como Philadelfia, Forrest Gump, Náufrago, e Prenda-me se for capaz. Outro que, mesmo ao lado de gente tão experiente, acabou não se intimidando foi o garoto Tyler Hoechlin, que faz o filho mais velho de Tom Hanks, Michael Jr. O garoto tem futuro.
Enfim, é um bom filme para aqueles que gostam do estilo. Todos os elementos do gênero noir estão ali presentes. Talvez alguns não vão gostar pois não é daqueles gêneros de fácil aceitação. Mas para quem é fã, é um bom filme. Fiquei curiosa para ler a HQ.
Fico feliz que Hollywood resgate de vez em quando alguns gêneros "esquecidos", como o que aconteceu com os musicais, nos últimos anos. É muito bom ver que o que é bom, retorna. :-) Nota: 7.
Melhor cita??o do filme: "Eu percebi então que o único medo do meu pai era que o seu filho seguisse pelo mesmo caminho. E esta foi a última vez que eu segurei uma arma." (Michael Sullivan, Jr - Tyler Hoechlin)
ESTRADA PARA A PERDIÇÃO (Road to perdition) - 2002 - G?nero: Drama - Dire??o: Sam Mendes // Tom Hanks, Tyler Hoechlin, Paul Newman, Jude Law.
A MÁQUINA DO TEMPO (THE TIME MACHINE):

O que você faria se tivesse uma máquina do tempo em suas mãos? Muita gente já imaginou isto. Muitos filmes foram feitos sobre o assunto. Muita coisa já foi escrita. A Máquina do Tempo é baseado no livro homônimo de H. G. Wells. Esta não é a primeira versão do livro para o cinema. Mas a grande diferença aqui é a direção, que ficou à cargo do bisneto do autor.
Em entrevista sobre o filme, o diretor Simon Wells, disse que a pressão foi grande. E que tem certeza de que o trabalho ficou muito bom, já que ele está intimanmente ligado à história. Simon cresceu ouvindo a história que seu parente ilustre escreveu.
Infelizmente, terei que discordar de Simon. Eu nunca li a história escrita por seu bisavô, o que faria sem problema algum. Gosto muito de histórias de ficção. Mas não fiquei muito satisfeita com esta versão cinematográfica.
A história começa bem: Alexander Hartdegen (Guy Pearce) é um cientista "desligado", que estuda o comportamento do tempo e é muito interessado pela vida moderna. Apaixonado por Emma (Sienna Guillory), decide pedir sua mão em casamento. Mas uma tragédia acontece e Emma morre. Inconformado, Alexander mergulha mais ainda em seus estudos e inventa uma máquina do tempo. Com ela, Alexander quer salvar a vida de sua amada.
Até aí tudo bem. Diria até que o filme é bem legal quando mostra a dor de Alexander e seu amor pela namorada. Mas em um acidente em uma de suas viagens, Alexander vai parar à 800.000 anos no futuro, numa época muito estranha, com tribos humanas se degladiando: O povo que vive na superfície e os que vivem embaixo da terra. E é exatamente nesta parte que eu acho que o filme degringola. Esta parte se torna muito chata. Longa demais... E os atores não estão bem. Nem Jeromy Irons, que considero um ator muito bom, consegue escapar. Aliás, o que anda acontecendo com ele, hein?
Talvez o problema seja do conto. Eu não sei bem. Mas do meio em diante o filme se torna tão chato que não me espantaria se a maioria das pessoas desistissem de vê-lo.
Sinceramente, não recomendo. Acho que nem os fãs de ficção, como eu, irão gostar. Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Nós todos temos nossas máquinas do tempo. Algumas nos levam ao passado. Elas são chamadas de memórias. Algumas nos levam ao futuro. Elas são chamadas sonhos." (Über-Morlock - Jeremy Iron)
A MÁQUINA DO TEMPO (THE TIME MACHINE) - 2002 - Gênero: Ficção - Direção: Simon Welles // Guy Pearce, Mark Addy, Phyllida Law, Sienna Guillory, Max Baker, Samantha Mumba.