quarta-feira, 28 de abril de 2004

DVD

DOCE LAR (SWEET HOME ALABAMA):
Peguei esse filme meio que no escuro. Só porque eu gosto da Reese Witherspoon. Além dela, no elenco do filme está um dos ícones de minha adolescência: o desaparecido Patrick Dempsey, eterno Ronald Miller de Namorada de Aluguel...
Mas, que perda de tempo! O filme é tão chatinho, bobinho, previsível e com final inverossímel... Pena que eu tenho como ética não contar o final dos filmes. A cena da decisão final da personagem da Reese é ridícula! A única que se salva ali é a Candice Bergen.
A história é a seguinte: Melanie Carmichael (Reese Witherspoon) é uma estilista que alcançou o estrelato a pouco tempo. O sucesso está aos seus pés... Pra completar a felicidade, Melanie está noiva de Andrew Hennings (Patrick Dempsey), o filho da prefeita da cidade de Nova York, Kate Hennings (Candice Bergen).
Mas para se casar Melanie precisa resolver um problema do seu passado. Ela veio de uma cidade do interior do Alabama e tem vergonha disso. E também há um outro problema: na juventude, Melanie casou com seu namoradinho de infância, Jake Perry (Josh Lucas). Acontece que ele não quer lhe dar o divórcio. Melanie vai até o Alabama tentar arrancar o divórcio à força.
A história é básica mesmo. Não é um dos filmes que eu recomendo... Nota: 5.
Melhor citação do filme: "O que aconteceu com o Jornalismo responsável?" (Prefeita Kate Hennings - Candice Bergen).
DOCE LAR (Sweet home Alabama) - 2002 - Gênero: Romance - Direção: Andy Tennant// Reese Witherspoon, Josh Lucas, Patrick Dempsey, Candice Bergen.
IRREVERSÍVEL (IRRÈVERSIBLE):

O tempo destói tudo. É exatamente isso que Irreversível nos ensina. Fiquei muito feliz com a grata surpresa que esse filme me causou. Muita gente me disse que era bom, mas como eu sempre acabo me decepcionando quando me dizem essas coisas, não fui assistir com grandes espectativas. Mas o filme me ganhou! Adorei! :-)
No começo fiquei meio perdida... A câmera não parava quieta! Ficava rodando, rodando, rodando... Sem se concentrar em ponto algum... Sequer dava para ver os personagens. Só se ouve o diálogo e vultos, num cenário escuro e estranho. Percebemos que está acontecendo algum tipo de briga. Mas não sabemos bem o porquê. Irreversível é construído do avesso: começa no fim e termina no começo. Ponto à favor para a edição e para a construção da história.
Irreversível tem como o ponto alto uma cena de estupro e pancadaria de 10 minutos (sim, isto foi comprovado com cronometragem). Alex (Monica Bellucci) vai parar no hospital depois de tanta violência. A cena é agoniante! Eu não aguentava ver. Marcus (Vincent Cassel) e Pierre (Albert Dupontel), namorado e ex-namorado, respectivamente, de Alex, resolvem fazer justiça com as próprias mãos. Agora tentem imaginar isso sendo contado do avesso... A tal confusão do início do filme acontece porque os dois estão se vingando... E todas as cenas vão remetendo ao que passou antes do presente, que é o momento da briga. Achei sensacional a idéia de construir o filme assim! Mesmo a idéia não sendo tão inédita.
Li algumas críticas onde se dizia que a violência do filme era gratuita e auto-promocional. Eu discordo. Acho que o filme é violento sim, mas esta violência era necessária para criar o clima e a ligação do espectador com os personagens. Eles são humanos, sofreram um baque terrível e reagiram. Atire a primeira pedra quem não pensaria em agir como o Marcus. Essa identificação do público com o sofrimento dos personagens é a chave para o sucesso do filme.
Irreversível começa triste e termina feliz. Mas na verdade não é isso. Ele mostra a vida de Alex antes do estupro e, isso me deixou mais deprimida ainda, sabendo o que aconteceria depois. Talvez os otimistas tenham ficado felizes com o "happy end". Mas eu não. Eu só fiquei mais triste... O tempo destruiu tudo o que era feliz nessa história.
Saí do cinema pensando sobre muitas coisas... Irreversível é um filme mais do que recomendado. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "O Tempo destrói tudo." (Philippe - Philippe Nahon)
IRREVERSÍVEL (Irrèversible) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Gaspar Noé// Monica Bellucci, Vincent Cassel, Albert Dupontel, Philippe Nahon.

domingo, 4 de abril de 2004


CÁLCULO MORTAL (MURDER BY NUMBERS):
Quando este filme esteve em cartaz no circuito nacional não senti a menor vontade de assistí-lo. Mesmo sabendo que a história tinha um quê de "Festim Diabólico", do meu querido Mestre Hitchcock. Acho que este foi um agravante para não me interessar em gastar meu pouco dinheirinho no cinema. Eu não gosto de ver estas adaptações que fazem da histórias do meu mestre. Sou meio desconfiada com isso... Refilmagem então, eu nem chego perto!!! E tem outra coisa... A Sandra Bullock trabalha... Só gosto mesmo de um filme dela: Miss Simpatia. O resto... Mas, como Cálculo Mortal passou dia desses na HBO e eu não tinha nada melhor pra fazer, resolvi deixar todas as implicâncias de lado... E quando acabou o filme, agradeci a Deus muitas vezes por não ter gasto meu dinheiro indo ao cinema para vê-lo.
Não gostei. Achei fraco, previsível e chatinho. As interpretações estão no automático, e nem o Ben Chaplin (que gosto de ver atuando) me convenceu. Se eles queriam fazer uma versão teen para um dos melhores filmes do mestre Hitch, passaram a quilometros de distância. Lembra muito mal a história do filme e o final vira uma embromação boboca, digna de alguns péssimos filmes de suspense que eu ando assistindo atualmente... E tem uns melodramas tão bobocas...
Não sei se depois de ter malhado tanto o filme, alguém ainda se interessa em saber o enredo, mas... Lá vai: Richie e Justin (Ryan Gosling e Michael Pitt), dois adolescentes com nada de bom pra fazer na vida, resolvem utilizar sua inteligência para bolar um crime perfeito. Acontece que a polícia, obviamente, começa a investigar o caso e ambos ficam encurralados conforme vão aparecendo as pistas... O relacionamento entre os dois também começa a ir mal das pernas quando um deles começa a namorar e neste momento é que a amizade deles é posta à prova. Enquanto isso, Cassie (Sandra Bullock), a policial responsável pelo caso, tenta além de solucionar o mistério, esconder de todos os seus problemas passados...
Enfim... A história é essa... Assistam e tirem suas conclusões...
Nota: 5 (Tô sendo boazinha!).
Melhor citação do filme: "Você tem uma só vida e o que quer que você faça com ela e tudo que é feito contigo, você tem que encarar. Você não pode fingir que não aconteceu." (Cassie - Sandra Bullock)
CÁLCULO MORTAL (Murder by numbers) - 2002 - Gênero: Suspense - Direção: Barbet Schroeder// Sandra Bullock, Ben Chaplin, Ryan Gosling, Michael Pitt, Agnes Bruckner, Chris Penn.
DO OUTRO LADO DA CAMA (EL OTRO LADO DE LA CAMA):

Este foi outro filme que vi na Maratona de Cinema do Odeon-BR. Foi a primeira vez que participei do evento e gostei muito. Recomendo a todo cinéfilo que ainda não conferiu a dar uma passadinha lá. É uma vez por mês, sempre na primeira sexta-feira. Eu já voltei lá depois e sempre que puder estarei presente.
Este foi o "filme surpresa" escolhido pela votação do público, quando eu estive na Maratona. Do outro lado da cama é uma mistura de romance, drama, comédia e musical. Parece uma salada, né? Mas é bem legal. Toda hora o filme é interrompido por um musical coreografado. É muito engraçado no começo. As coreografias me lembravam a época em que eu, ainda criancinha, assistia ao programa do Chacrinha com meus pais. As bailarinas e os bailarinos faziam passos e gestos que lembravam as Chacretes. Mas tem uma hora que cansa tanta música e dança. Eu achei que o ritmo se perdeu. Mas mesmo assim, é um filme divertido.
Do que se trata? Bom... Sendo também um romance, trata daquelas coisas de sempre: amor, traição entre amigos e entre casais, troca de parceiros etc. A história é simples e comum. Mas divertida.
Gostei deste filme, que também passou no circuito alternativo por pouquíssimo tempo. Quem tiver oportunidade, não perca as "Chacretes" cantando em espanhol. *rs*Nota: 6.
Melhor citação do filme: Não lembro também...
DO OUTRO LADO DA CAMA (El otro lado de la cama) - 2002 - Gênero: Musical - Direção: Emilio Martínez Lázaro// Ernesto Alterio, Paz Vega, Guillermo Toledo, Natalia Verbeke, Alberto San Juan, María Esteve, Ramón Barea, Nathalie Poza.