quarta-feira, 26 de outubro de 2005


OS IRMÃOS GRIMM (THE BROTHERS GRIMM):
Will e Jacob, os Irmãos Grimm, são conhecidos na Europa por expulsarem bruxas e maus espíritos. Mas na verdade, não passam de vigaristas. Quando crianças, eles viviam na pobreza extrema. Jacob sempre foi o mais sonhador dos irmãos. Vive em um mundo de fantasias e anota suas idéias e experiências em um caderninho. Will já é mais centrado e o responsável da dupla.
Um dia, eles são pegos aplicando um golpe. E para se livrar da pena de morte precisam ir até uma vilazinha para tentar descobrir porque meninas andam desaparecendo. Os irmãos chegam no local como grandes salvadores, mas em pouco tempo deixam a população descrente. Até que eles descobrem o segredo dos desaparecimentos: uma bruxa de verdade.
Uma das coisas mais interessantes do filme são as referências a contos de fadas dos próprios irmãos Grimm. Em vários momentos nos deparamos com uma delas. Não conheço a história de vida dos dois contadores de história, mas obviamente o filme é apenas uma aventura fantástica. É interessante. Mas não me empolgou tanto. Eu esperava um pouco mais. Mesmo assim é uma boa diversão. Para as crianças principalmente.
Nota: 6.
OS IRMÃOS GRIMM (The brothers Grimm) - 2005 - Gênero: Aventura - Direção: Terry Gilliam // Matt Damon, Heath Ledger, Peter Stormare, Lena Headey, Monica Belucci.

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Festival do Rio 2005
O EXPERIMENTO GOEBBELS (GOEBBELS - DAS EXPERIMENT):
Este foi o último filme que eu vi no Festival do Rio deste ano. O Experimento Goebbels é um documentário para aqueles que se interessam em história mundial e, principalmente, para aqueles que gostam do tema nazismo. O ator Keneth Branagh faz a narração. O texto lido faz parte do diário do principal agente dea propaganda nazista: Joseph Goebbels (1897-1945). O período narrado vai de 1924 até 1945. O documentário é interessante por diversos motivos. Mas principalmente porque podemos ver "o homem por trás do mito". Há momentos de adoração explícita a Hitler e ao Reich. Mas Goebbels também se revela na sua face mais humanaa com insegurança, dor, preocupação etc. O documentário tem alguns momentos monótonos, mas vale a pena como documento histórico.
Nota: 7.
O EXPERIMENTO GOEBBELS (Goebbels - Das experiment) - 2005 - Gênero: Documentário - Direção: Lutz Hachmeister // Keneth Branagh, Udo Samel.
Festival do Rio 2005
L'ENFANT (L'ENFANT):
Escolhi para ver L'enfant sem saber que era um dos filmes badalados do Festival do Rio. Eu estava fora do circuito cult nos últimos tempos. Meu ingresso se tornou precioso, pois logo as sessões foram esgotadas. Confesso que gostei muito do filme. Meu lado sensível aflorou e me peguei chorando algumas vezes. A história é mesmo comovente e merece todo o frisson. Bruno (Jérémie Renier) e Sonia (Déborah François) são um casal de adolescentes que vivem de pequenos golpes e roubos. Mais uma vida se une a deles. Sonia está grávida. Quando o bebê nasce, eles precisam arranjar uma forma para sustentar a criança. Como tudo na vida deles é difícil, Bruno tem uma idéia para arranjar dinheiro: ele decide vender a criança sem a autorização da mãe. Quando Sônia descobre, ela o expulsa de casa. Para conseguir reconquistar o amor de sua namorada, ele vai atrás do seu filho mas se mete em uma grande confusão com bandidos.
O filme mostra o crescimento e amadurecimento do jovem casal. Enquanto Sônia cresce assim que a criança nasce, Bruno, mais imaturo, precisa passar por problemas maiores para deixar de dar tanto valor a dinheiro e futilidades. É um caminho difícil o que ele percorre.
Nota: 8.
L'ENFANT (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Jean-Pierre Dardenne & Luc Dardenne // Jérèmie Renier, Deborah François.

Festival do Rio 2005
O JARDINEIRO FIEL (THE CONSTANT GARDENER):
Cada vez mais eu estou admirando o diretor brasileiro Fernando Meirelles. Depois de ter adorado Domésticas, o filme e amado Cidade de Deus, fiquei apreensiva para ver o novo trabalho dele. Ainda mais por ser o seu primeiro trabalho "mundial", digamos assim. Fui ver O Jardineiro Fiel com muita ansiedade no festival. Sempre que fico assim me decepciono. Mas não foi esse o caso. Amei! Foi o melhor filme que vi durante o Festival do Rio.
Ele narra a história do diplomata inglês Justin Quayle (Ralph Fiennes) à serviço no Quênia. Este é um homem pacífico, que não se mete em problemas referentes ao país em que está. Tudo com que ele se importa são a mulher e o seu jardim. Sua esposa, Tessa Quayle (Rachel Weisz) é o seu contrário. Ela é uma mulher idealista e que luta pelas minorias. Mas seu comportamento incomoda grandes corporações farmacêuticas e autoridades internacionais. Quando Tessa é assassinada, Justin sofre uma mudança. O amor pela mulher faz com que ele tente descobrir o que ela investigava para saber quem a matou.
O Jardineiro Fiel é um filme lindo e delicado de amor, suspense, investigação e denúncia. A fotografia é divina e o roteiro também. Me deu vontade de ler o livro que lhe deu origem, de John Le Carré. Os atores também merecem destaque. Aponto principalmente Ralph Fiennes, que vai de um tom a outro do personagem sem ficar forçado. Coisa que poucos conseguem. E Rachel Weisz está apaixonante. Claro que também deve ser creditado ao diretor o fato do filme ser tão bom. Com certeza, Fernando Meirelles não estará em nível inferior a nenhum dos diretores que estiverem a seu lado na noite do Oscar. Pena que eu não acredito que vá ganhar alguma coisa...
Nota: 10.
O JARDINEIRO FIEL (The constant gardener) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Fernando Meirelles // Ralph Fiennes, Rachel Weisz. Fonte da imagem: IMDB.
Festival do Rio 2005
ÁRIDO MOVIE (ARIDO MOVIE) :
Há algum tempo ouvi falar muito sobre este filme. Vi, inclusive, uma entrevista com a atriz Giulia Gam falando sobre seu trabalho nele. Resultado: fiquei supercuriosa. Aproveitei que ia passar no Festival e marquei para assistir. Foi a última sessão de um dia onde vi cinco filmes. A sala estava lotada! Bom sinal, né? Que nada!
Este foi um dos piores filmes que vi no festival. Sinceramente, gostaria do meu dinheiro de volta. Achei o roteiro pobre, fraco e muito confiuso. Não gostei sequer das piadinhas com drogas e álcool, feitas por Selton Mello, por exemplo. Em resumo: detestei mesmo!!!!
Mas o pior é que, pelo que me parece, só eu não gostei do filme ali na sala. Meus vizinhos de cadeiras morriam de rir, às gargalhadas. E eu ficava me perguntando: "Cadê a graça? Que porcaria! Quero ir embora!". Enquanto isso, todo mundo se amarrando naquela coisa sem nexo total. Eu nem vou me dar ao trabalho de falar um pouco sobre a história. Ela se divide em várias coisas. Mal dá pra saber qual é o foco principal do filme. Para finalizar: Muito ruim! Não recomendo mesmo!!! Nota: 3.
ÁRIDO MOVIE (Idem) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Lírio Ferreira // Guilherme Weber, Giulia Gam, Selton Mello, Renata Sorrah, Paulo Cesar Pereio, Matheus Nachtergaele, Mariana Lima.

Festival do Rio 2005
MISTÉRIOS DA CARNE (MYSTERIOUS SKIN):
Este foi um dos meus filmes favoritos no festival. O pior é que se eu não fosse uma pessoa que gosta de assistir a filmes com E.T.s eu nem iria assistí-lo. A sinopse falava sobre um rapaz que não lembrava de algumas partes da sua infância. Ele achava que os apagões vinham de uma experiência de abdução alienígena. Sim, isto realmente acontece no filme. Mas é apenas uma pequeníssima parte dele.
O filme tem como protagonistas dois rapazes: Brian Lackey (Brady Corbet) e Neil McCormick (Joseph Gordon-Levitt). O primeiro é o tal que tem certeza de que foi abduzido quando criança. O segundo é um daqueles adolescentes rebeldes. Ele é homossexual e arrisca sua vida com sexo inseguro com qualquer cara. A vida destes dois rapazes está ligada. Enquanto Neil vai vivendo sua vida, Brian fica intrigado com os apagões de memória e decide pesquisar o que houve.
Gostei muito do filme porque o roteiro me surpreendeu. Não imaginava de forma alguma as suas reviravoltas. Ponto muito positivo para o filme. Outra coisa que achei legal foi o clima de produção independente, de baixo orçamento. É um filme polêmico, que trata de um assunto muito delicado. Uma boa pedida! Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Naquele verão, eu conheci Wendy. Se eu não fosse bicha, provavelmente nós terminaríamos fazendo sexo adolescente inseguro, engravidando e contribuindo com as estatísticas de mais gente fodida no mundo. Mas ao invés disso, ela é minha alma gêmea". (Neil McCormick - Joseph Gordon-Levitt)
MISTÉRIOS DA CARNE (Mysterious skin) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Gregg Araki // Joseph Gordon-Levitt, Brady Corbet, Elizabeth Shue, Michelle Trachtenberg, Bill Sage, Jeffrey Licon.
Festival do Rio 2005
A NOITE FANTÁSTICA (LA NUIT FANTASTIQUE):
http://ia.imdb.com/media/imdb/01/I/66/23/81m.jpg

O dia em que vi A noite fantástica foi aquele em que eu mais assisti a filmes no Festival. Foram cinco ao todo. E quanto fui ver este, já estva cansada. Quase desistindo... Ainda mais que este era um dos poucos filmes em que não tinha ingresso comprado. Mas, como boa cinéfila, resisti ao cansaço e fui. Chegando na sala de projeção, na Cândido Mendes de Ipanema, me dou conta de que o filme é falado em francês com legendas em espanhol... Atenção pessoas! Nunca deixem de se informar sobre isso durante o festival! É muito importante! Eu comecei a aprender francês na 6a série mas, obviamente, não me lembrava e ele nem seria suficiente para ver um filme. Minha sorte foram as legendas em espanhol! Ainda bem que estou terminando o curso. Daí foi razoável de assistir!
A noite fantástica conta a história de Denis (Fernand Gravey). Ele vive distraído ou dormindo. Isto porque estuda na faculdade à noite e trabalha durante o dia. Nos últimos tempos, Denis anda sonhando sempre com a mesma mulher; uma desconhecida vestida de branco. Um dia, enquanto dormia no trabalho novamente, a mulher esbarra nele. Denis a segue e se envolve em diversas tramas. O mais interessante é que a gente não sabe exatamente no começo se o que está acontecendo na tela é sonho ou realidade. O filme é de 1942. De vez em quando é legal ver filmes antigos. Assim podemos estudar mais as técnicas do passado. Mas o problema é ter acesso a eles. Ainda bem que existem esses festivais! Nota: 7.
A NOITE FANTÁSTICA (La nuit fantastique) - 1942 - Gênero: Romance - Direção: Marcel L'Herbier // Fernand Gravey, Micheline Presle, Saturnin Fabre, Charles Granval, Bernard Blien, Marcel Levesqué, Cristiane Nère.
Festival do Rio 2005
IMPULSIVIDADE (THUMBSUCKER):
Justin Cobb é um adolescente na faixa dos 15 anos. Ele é igual a todos os outros: inseguro, desajeitado, rebelde. Mas tem uma coisa que o difere dos outros adolescentes. Justin tem mania de chupar seu dedo. É um escape para seus momentos de tensão. Seus pais tentam de tudo para que ele deixe essa mania. Até que um dia o seu ortodontista Dr. Perry Lyman (Keanu Reeves) resolve tentar uma terapia diferente para curá-lo. O rapaz começa a tomar uns remédios que o deixam com o comportamento alterado. Justin se torna inteligentíssimo e pedante. E com a mudança de comportamento, a vida de todas as pessoas ao seu redor também muda.
Sinceramente, eu não sei exatamente o que foi que me levou a querer assistir este filme. Não sei se foi o Keanu Reeves... Não sei se foi o Vince Vaughn... Ou se foi a premissa do rapaz que ficava chupando o dedo o tempo todo. Não me recordo mesmo. Mas sinceramente, poderia ter ido assistir a outra coisa. O filme não me acrescentou em nada. Na verdade, teve uma hora em que até cochilei. Não gostei. Sequer é um bom filme que critica o uso indiscriminado de drogas/medicamentos. Perda de tempo no festival do Rio. Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Temos que ultrapassar a idéia de que todo mundo é igual". (Justin Cobb - Lou Taylor Pucci)
IMPULSIVIDADE (Thumbsucker) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Mike Mills // Lou Taylor Pucci, Tilda Swinton, Vincent D'Onofrio, Keanu Reeves, Vince Vaughn, Benjamim Bratt, Kelly Garner.
Festival do Rio 2005
SHADOWBOXER (SHADOWBOXER):
Rose (Helen Mirren), uma assassina de aluguel, após anos de serviço sabe que está prestes a morrer de câncer. Ela tem como sócio seu enteado Mickey (Cuba Gooding Jr.). Eles também são amantes. Sabendo que sua morte é iminente, Rose decide aceitar um último trabalho. Ela e Mickey terão que invadir a casa de um gângster poderoso chamado Kingston (Stephen Dorff) e matar sua mulher Vickie (Vanessa Ferlito) à mando do próprio marido. No dia combinado, eles invadem a casa matam os seguranças, mas quando Rose aponta a arma para Vickie descobre que ela está grávida. Rose não consegue executar o serviço pela primeira vez na vida. E para piorar a situação, Vickie começa a entrar em trabalho de parto. Depois que a criança nasce, eles fogem da casa para se esconder. Mickey não concorda, mas também foge. Eles se mudam e tentam levar a vida sem causar suspeitas, mesmo com Vickie e o bebê morando com eles e tendo o risco de serem descobertos por Kingston. É um bom filme de suspense, mas nada de excepcional. Os atores são os destaques do filme. Nota: 7.
SHADOWBOXER (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Lee Daniels // Cuba Gooding Jr., Helen Mirren, Vanessa Ferlito, Stephen Dorff, Joseph Gordon-Lewitt, Macy Gray.
Festival do Rio 2005
TODAS AS CRIANÇAS INVISÍVEIS (ALL THE INVISIBLE CHILDREN):
Sem saber, não é que caí numa estréia de filme do Festival do Rio? Eu nem sonhava com isso, mas estou eu na fila, esperando para entrar e de repente várias pessoas famosas e conhecidas começaram a aparecer. E o filme nada de começar; Era para ser às 22h, mas que nada! Deve ter começado mais de 23h. O bom de ter ficado lá mofando foi ver o Reinaldo Gianechini passando para lá e para cá... Na minha frente! Já valeu o ingresso.
Mas vamos ao que interessa... Todas as crianças invisíveis é formado por sete curtas-metragens de sete diretores diferentes de várias nacionalidades. Alguns conhecidos, como Ridley Scott, John Woo, Spike Lee e a brasileira Kátia Lund. Em cada um dos filmes crianças são as protagonistas. Os curtas mostram algum tipo de realidade da infância em diversas partes do mundo. Alguns são muito legais, como o do menino que sai batucando e dançando. Ou casal de crianças brasileiras que trabalham para um ferro velho de São Paulo. Mas o mais lindo deles é o das menininhas japonesas, filmados por John Woo. Só de olhar para elas dá vontade de apertar as bochechas. Nem todo mundo vai gostar, mas os mais sensíveis, como eu, podem chegar a chorar em alguns momentos com o filme. Nota: 8.
TODAS AS CRIANÇAS INVISÍVEIS (All the invisible children) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Mehdi Sharef, Emir Kusturica, Spike Lee, Kátia Lund, Jordan Scott, Ridley Scott, Stefano Veneruso, John Woo.
Festival do Rio 2005
DA COR DO LEITE (THE COLOR OF MILK):
Mais um filme que vi na Mostra Geração, aquela voltada para o público infanto-juvenil. Na minha primeira experiência no Festival do Rio descobri que não devemos ter preconceito com nenhuma das mostras. Os filmes que vi nesta, voltada para as "crianças", foram bem interessantes.
Da cor do leite conta a história de uma menina de 11 anos chamada Selma (Julia Krohn). Ela perdeu a mãe ao nascer e foi criada pelo pai, a madrasta e a tia postiça. Selma é muito inteligente e quer dedicar sua vida à ciência. Diz que vai ganhar o Prêmio Nobel um dia. Enquanto as meninas de sua idade já começaram a se interessar pelos meninos, Selma diz que jamais vai se render ao amor. Desde que sua mãe morreu ela acredita que o amor é algo ruim, que pode matar. E as desventuras amorosas de sua quase-tia comprovam para Selma que amar não é bom negócio. Mas um amiguinho da escola se apaixona por ela...
A temática do filme é bem mais adulta do que em geral vemos em um filme brasileiro, por exemplo, para adolescentes. Um ponto positivo. É para aqueles que acreditam ou já acreditaram no amor. Afinal, o primeiro deles a gente nunca esquece. Nota: 7.
DA COR DO LEITE (The color of milk) - 2004 - Gênero: Romance - Direção: Torun Lian // Julia Krohn, Bernhard Naglestad.
Festival do Rio 2005
WHERE THE TRUTH LIES (WHERE THE TRUTH LIES):
A jovem jornalista Karen O'Connor (Alison Lohman) já ganhou diversos prêmios e é cotada para escrever uma história intrigante. É a biografia de uma dupla de apresentadores muito famosos nos anos 50: Lanny Morris (Kevin Bacon) e Vince Collins (Colin Firth). Eles se separaram no auge do sucesso e de uma forma muito estranha. Foi após um incidente que levou à morte uma camareira em um hotel em que a dupla estava hospedada. Karen precisa convencê-los a falar sobre o que ocorreu. O problema é que a jornalista era muito fã da dupla quando era criança. E se envolve emocionalmente e de forma perigosa com os ex-apresentadores.
Where the truth lies é um filme interessante, que mistura jornalismo, investigação, mistério e assassinato. Os atores Kevin Bacon e Colin Firth são o melhor do filme. Nota: 6.
WHERE THE TRUTH LIES (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Atom Egoyan // Kevin Bacon, Colin Firth, Alison Lohman, Rachel Blanchard.

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Festival do Rio 2005
HINOKIO (HINOKIO - INTERGALATIC LOVE):
Esse filme fazia parte da mostra para o público infantil do festival. Entre os adultos, somente eu e mais uns cinco. O resto era só turmas de colégio... Ah! Tinha os professores também!
Já tinha ouvido falar que Hinokio era um filme muito bonitinho. Como já tinha mesmo marcado para ver, nem me importei de estar no cinema às 9h da manhã.
Uma das coisas que aprendi neste festival é que os filmes japoneses também são muito bacanas. Eu confesso que nunca tinha dado muita atenção a eles. Sempre achei que se resumiam a películas de artes marciais. Quem viu um destes viu todos. Mas percebi que não é bem assim. E este em especial, me chamou mais a atenção. Ele é realmente voltado para o público infantil, mas nem por isso "pega leve" como os filmes norte-americanos. Hinokio mostra a perda de um dos pais, o desentendimento com a família, o fracasso amoroso, os preconceitos com pessoas diferentes ou deficientes, a distância entre pais e filhos. Pois é... Essas coisas existem de verdade no mundo das crianças japonesas.
Hinokio conta a história de um menino chamado Satoro Iwamoto (Kanata Hogo). Ele estava dentro do carro com a mãe quando aconteceu o acidente que a matou. Satoro ficou paralizado da cintura para baixo, mas com possibilidade de melhora. Mas Satoru não tem mais prazer pela vida. Ele sequer conversa ou vê o pai. Satoro o culpa pela morte da mãe, já que eles estavam brigados. O menino não quer mais ir para a escola, por causa do seu problema físico. Seu pai cria um robô que faz isso por ele. E através do equipamento, Satoro começa a fazer novos amigos que vão lhe dar lições de vida. Nota: 8.
HINOKIO (Hinokio - Intergalatic love) - 2005 - Gênero: Drama / Infantil - Direção: Takahiko Akiyama // Kanata Hogo, Mikako Tabe, Masatoshi Nakamura.
Festival do Rio 2005
COMO ARNOLD CONQUISTOU O OESTE (HOW ARNOLD WON THE WEST):
Este documentário me atraiu assim que peguei a programação do festival. Eu queria saber como foi a campanha do Arnold Scharzenegger para o governo da California. Ele tem um quê de "Michael Moore" em alguns momentos. E é cômico de observar como os "donos do mundo", cidadãos dos EUA, tomam suas decisões políticas. Acho que toda a campanha eleitoral, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, é sempre igual. Há a desmoralização do adversário, promessas, mentiras, interesses comerciais... O "governator" também praticou estas coisas durante a campanha. Como dizem por aí: Cada povo tem o governante que merece. Eu só não vou ridicularizar a escolha de Arnold como governador da California porque moro no Rio. Para bom entendedor... Nota: 7.
COMO ARNOLD CONQUISTOU O OESTE (How Arnold won the west) - 2004 - Gênero: Documentário - Direção: Alex Cooke // Arnold Schwarzenegger, George Bush, Mary Carrey, Bill Clinton.
Festival do Rio 2005
MANDERLAY (MANDERLAY):
Após todos os eventos ocorridos na cidade de Dogville, Grace Mulligan (Bryce Dallas Howard) está em viagem com seu pai (William Dafoe) e seus capangas pelo país. Eles acabam parando em uma fazenda chamada Manderlay. Lá, a escravidão ainda existe, embora tenha sido extinguida do país há muito tempo. Grace resolve ajudar os escravos a conquistar a liberdade, apesar dos protestos de seu pai e dos donos da fazenda. Acontece que os escravos ficam perdidos com a nova situação e não sabem como proceder. Grace deixa novamente a companhia de seu pai para praticar boas ações. E mais uma vez ela vai ver que o coração humano é muito ingrato e não sabe retribuir a caridade que recebe.
Antes de tudo, vamos deixar uma coisa bem clara: Manderlay definitivamente não é melhor do que Dogville, como ouvi muita gente dizendo durante o festival. Sim, o filme é interessante e eu gostei. Mas não chega nem a unha do dedinho do pé em matéria dos sentimentos que me despertou o filme anterior. Dogville é sem dúvida um dos melhores que eu já vi na vida! Manderlay é legal e ponto.
É inevitável fazer a comparação entre os dois. E enquanto eu assistia a Manderlay vários pensamentos me ocorriam. Primeiro, eu não gosto nem um pouco quando mudam os atores em personagens já existentes. Não consigo dar credibilidade para a Grace de Bryce Dallas, sabendo que ela já foi feita pela Nicole Kidman. Mas isto é uma coisa que incomoda apenas a poucas pessoas, como eu. E também não chega a ser um problema gigante porque Bryce Dallas está bem no papel.
Em segundo lugar, discordei de algumas abordagens do roteiro. Por exemplo: depois de todo sofrimento que passou na cidade de Dogville, sendo boazinha para os habitantes, eu duvido que Grace seria tão solícita para o bem. É como se nada antes tivesse acontecido. Soa falso. No mínimo, com todos os acontecimentos terríveis do filme anterior, Grace se tornaria mais desconfiada. Tem também o fator sexualidade. Após ter sido estuprada por quase toda a cidade de Dogville, eu duvido muito que Grace sentisse desejos sexuais tão rapidamente. Tudo bem que não sabemos quanto tempo se passou entre um filme e o outro. Mas uma mulher que sofre abusos fica marcada e têm que buscar ajuda psicológica. Ela simplesmente não fica tendo desejos com jovens negros tomando banho.
Em resumo, o filme é legal, mas me deixou de pé atrás. Se não fosse todos esses questionamentos, que só existiram porque Manderlay é uma continuação. Aliás, quando li que Dogville teria uma continuação me perguntei: "Para quê"? O que uns trocados não fazem, não é? Mas não deixa de ser interessante. E agora é aguardar o terceiro. Vamos ver no que vai dar essa recente mania de transformar tudo em trilogia. Nota: 7.
MANDERLAY (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Lars Von Trier // Bryce Dallas Howard, Willian Dafoe, Danny Glover, Isaach de Bankolé.
Festival do Rio 2005
CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS):
Este, com certeza, é o melhor filme brasileiro que eu assisti durante o festival. Eu já tinha lido a respeito dele e tinha muita curiosidade para assistí-lo. Gostei muitíssimo, mas infelizmente, não pude vê-lo inteiro. E aqui vai um parênteses enorme para reclamar da falta de organização do pessoal do cinema Odeon. Talvez por ser o cinema central do festival, a direção do local deve achar que paira acima do bem e do mal e literalmente sacaneia o público do evento. Todo mundo sabe que existem os "loucos" (como eu) que tem uma programação de filmes para assistir durante o dia, com horários próximos. Mas o Odeon não está nem aí para isso e sabota o próprio evento do qual faz parte. Enquanto todos os outros cinemas obedecem rigorosamente os horários para as exibições, o Odeon não segue esta premissa.
O meu ingresso para Cinema, aspirinas e urubus indicava que a sessão começava às 12h. Acontece que este foi o horário que o Odeon resolveu abrir as suas portas para que a extensa fila que aguardava, entrasse na sala. Nos outros cinemas, a esta hora já estaríamos vendo a vinhetinha do Festival. Daí, até que todo mundo sente, compre bala e piopoca são mais ou menos 15 ou 20 minutos. E eu ainda dei a "sorte" de pegar uma sessão que antes exibia um curta para votação do público. Mais 15 minutos. Cinema, aspirinas e urubus começou com mais ou menos meia hora de atraso. E eu, completamente revoltada, tive que fazer uma escolha: ou eu ficava e assistia o filme todo ou largava ele sem saber o final e ia para a minha próxima sessão. Se tudo tivesse corrido no tempo certo eu não precisaria escolher a segunda opção. O que foi uma pena porque eu estava gostando muito do filme. Desorganização e falta de respeito do Odeon!
Mas vamos falar do filme... Cinema, aspirinas e urubus mostra a amizade de dois homens em uma viagem pelo sertão brasileiro nos idos de 1942, época da Segunda Guerra Mundial. Um deles é nordestino chamado Ranulfo (João Miguel). O outro é o alemão Johann (Peter Ketnath), que aceitou vir para o Brasil por gostar de aventuras e por não querer lutar na guerra. Eles visitam cidadezinhas nordestinas vendendo aspirinas. Mas para comercializar o remédio, antes Johann exibe o anúncio, como se fosse uma sessão de cinema. O público acaba comprando as aspirinas por causa dos filmes. As cenas do sertão e da pobreza dos vilarejos são impressionantes. Infelizmente não posso falar muito porque deixei a sessão na metade. Mas espero rever o filme quando ele for exibido por aqui. Nota: 8
CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (Idem) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Marcelo Gomes // Peter Ketnath, João Miguel.
Festival do Rio 2005
RAINHAS (REINAS):
Este é um dos três melhores filmes que assisti no Festival do Rio. É uma comédia sobre o relacionamento de mães e filhos, sendo que estes são gays. Considero muito bom que filmes espanhóis que não sejam de Pedro Almodóvar ou que tenham alguma influência sua sejam exibidos. Não tenho coisa alguma contra ele, mas às vezes tenho a impressão que o cinema espanhol só é feito por Almodóvar.
Rainhas se passa na Espanha, após a decisão de que casamentos gays seriam permitidos no país. O filme tem como protagonistas cinco casais gays e seus pais. Óbvio que as mães são as principais personagens de momentos engraçados e também dos dramáticos. O filme mostra alguns dias antes dos casamentos ocorrerem e toda a confusão provocada pelas matriarcas. Não vou contar mais sobre o filme porque é mais interessante assistí-lo. É diversão garantida! Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Estou sempre livre, mesmo quando estou casada" (Nuria - Verónica Forqué).
RAINHAS (Reinas) - 2005 - Gênero: Comédia - Direção: Manuel Gómez Pereira // Marisa Paredes, Carmem Maura, Mercedes Sampietro, Verónica Forqué, Daniel Hendler, Luís Homar, Unax Ugalde.
Festival do Rio 2005
EDMOND (EDMOND):
Edmond (William H. Macy) é um homem pacato que leva sua vida da mesma forma. Ele é casado e trabalha em um grande escritório. Um dia vê o anúncio de uma cartomante. Resolve ir até ela. E este é o início de toda a reviravolta em sua vida. A cigana o faz ver o vazio de sua existência. Edmond vai para casa, termina seu casamento e vai para a rua em atrás de bebidas sexo. Mas na busca por sua redenção pessoal, Edmond entra no submundo da cidade e se envolve em um crime.
Diria que Edmond é um conto sobre a vida moderna. A rotina e o tédio, tão comuns, causam um momento de surto no personagem principal. Ele apenas precisava de um empurrãozinho para por para fora suas frustrações, o que conseguiu ao visitar a cartomante. Pode-se comparar com o personagem de Michael Douglas em Um dia de Fúria. Mas neste, Edmond usa mais a filosofia, além da força bruta. Já William Forster, personagem de Michael, só usava mesmo a brutalidade. O filme é bem interessante e tem a presença de William H. Macy em praticamente todas as cenas. Eu o considero um dos grandes atores norte-americanos. Mais um da lista "Seria-bom-até-interpretando-a-lista-telefônica-em-frente-à-câmera". Nota: 8.
EDMOND (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Stuart Gordon // Willian H. Macy, Julia Stiles, Denise Richards.
Festival do Rio 2005
HERÓIS IMAGINÁRIOS (IMAGINARY HEROES):
Não é de hoje que o cinema americano produz filmes sobre a decadência da família neste país. Este com certeza não é o primeiro e não será o último a abordar o tema. Quem ainda consegue assistir a estes filmes e tirar algumas coisas boas pode gostar de Heróis Imaginários. Mas não espere surpresas monumentais durante sua exibição.
O filme começa mostrando o suicídio de Matt Travis (Kip Pardue), o nadador mais promissor dos Estados Unidos. Acontece que Matt odeia natação, mas é tão bom nisso que sua família não percebe seu ódio. Com seu suicídio, seus parentes tem suas vidas viradas de cabeça para baixo. O pai de Matt, Ben Travis (Jeff Daniels) parece ser o mais abalado com tudo. Afinal, era ele quem incentivava o filho e ao mesmo tempo não o conhecia. Enquanto isso, Ben se afastava de Tim (Emile Hirch), o filho caçula e mais "estranho" da família. Este tem apoio de sua mãe, Sandy (Sigourney Weaver). Ela entende as necessidades do filho porque ela mesma as tem. Sandy é aquele tipo de dona-de-casa que não se preocupa mais com si própria e que tem o tédio como rotina.
O filme mostra como esta família tenta se reerguer após a tragédia com o filho mais velho. "Estilo mulherzinha" total, ele não agradará a maioria dos homens, que devem dormir durante a exibição. É interessante, mas não tem nada a acrescentar. Quem viu um filme de família problemática já viu todos. Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Estes são os melhores anos de nossas vidas. Pelo menos é o que nos dizem. Pessoalmente, eu odiei o Segundo Grau. Eu odiei todos vocês e espero que todos apodreçam no inferno" (Shelly Chan [Sara Tanaka] durante seu discurso como oradora da turma de formandos do Segundo Grau).
HERÓIS IMAGINÁRIOS (Imaginary heroes) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Dan Harris // Sigourney Weaver, Emile Hirch, Jeff Daniels, Sara Tanaka, Kip Pardue.
Festival do Rio 2005
O BIGODE (LA MOUSTACHE):
Marc Thiriez (Vincent Lindon) é um publicitário bem sucedido, casado e que leva uma vida comum. Um dia ele resolve tirar o bigode que o acompanha há anos. Mas o estranho é que ninguém repara. Intrigado, Marc decide tirar satisfações com sua mulher Agnes (Emmanuelle Devos). Ela lhe diz que ele jamais teve bigode. E não apenas ela lhe diz isso: amigos e seus colegas de trabalho lhe dizem a mesma coisa. Marc fica totalmente perdido! Ou as pessoas armaram para lhe dizer isso ou ele realmente está ficando louco.
O Bigode é muito intrigante. Os espectadores ficam na mesma situação que o protagonista. Não se sabe se ele é louco ou não. O filme tem seus altos e baixos, mas é um bom divertimento. Ouvi alguns expectadores reclamando ao sair da sala de exibição. Mas são coisas daqueles que não mantém a mente aberta e gostam de ver apenas coisas bem costuradinhas, com princípio, meio e fim certinho. Gostei! Nota: 7.
O BIGODE (La moustache) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Emmanuel Carrère // Vincent Lindon, Emmanuelle Devos, Mathieu Amalric, Hippolyte Girardot, Cylia Malki.
Festival do Rio 2005
GARGANTA PROFUNDA (DEEP THROAT):
Imaginem a cena: você está no cinema Palácio, no Centro do Rio de Janeiro, uma das maiores salas da cidade que ainda se localizam na rua ao invés de um shopping. Você entra para assistir a sessão de 21h45, vindo correndo de uma sessão anterior em um outro bairro. Olha para os lados e vê que a sala está praticamente lotada! Tudo bem! É o Festival do Rio e diversas sessões esgotaram. Mas tem apenas um detalhe: o que você vai assistir agora é um clássico... do cinema erótico.
Sim, foi assim que assisti pela primeira vez a Garganta Profunda, o filme erótico mais famoso do mundo. E foi uma experiência única ver toda aquela gente reunida, que provavelmente teve a mesma idéia do que eu: vai ser maneiro! Eram casais, gente sozinha, adolescentes barulhentos e pessoas mais velhas ali sentadinhas esperando começar. Antes ainda vimos um pequeno documentário sobre a execução do filme.
Mas vamos ao que se trata Garganta Profunda: Linda, uma moça liberada e com a vida sexual bastante agitada, se sente frustrada com suas experiências porque nunca consegue atingir o climax. Sua amiga Helen (Dolly Sharp) lhe aconselha a procurar um médico. O psicólogo Dr. Young (Harry Reems) descobre o porquê da frustração: Linda tem uma pequena anomalia na garganta. Seu clitóris se localiza ali e para que ela atinja o orgasmo deve praticar uma técnica conhecida como "garganta profunda".
Toda hora na platéia estouravam gargalhadas. O filme tem algumas tiradas engraçadinhas além do sexo explícito. Eu me diverti muito. Tenho certeza de que foi tão bom para mim quanto para o resto da platéia. ;-) Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Como você ficaria se as suas bolas fossem penduradas nas suas orelhas?" (Linda - Linda Lovelace)
GARGANTA PROFUNDA (Deep throat) - 1972 - Gênero: Erótico - Direção: Gerard Dammiano // Linda Lovelace, Dolly Sharp, Harry Reems.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Festival do Rio 2005
OLIVER TWIST (OLIVER TWIST):
Sempre quis ler o conto de Charles Dickens que dá título ao filme, mas jamais tive a oportunidade. Decidi então assistir a versão do diretor Roman Polanski. O filme era um dos mais badalados para o festival.
Acontece que fiquei um pouco decepcionada. Os figurinos e a ambientação de época são muito bem feitos. Mas achei que o personagem principal, que deveria ser o próprio Oliver Twist (Barney Clark), ficou de coadjuvante da história. O personagem principal do filme, em minha opinião é o vilão Fagin (Ben Kingsley). Até os outros vilões e as crianças que participam da gang de batedores de carteira estão melhores do que o menino que faz o Oliver. Ele ficou muito apagadinho. Não sei se o problema foi com o roteiro, que privilegiou os vilões, ou se foi uma questão de talento mesmo. Ben Kingsley dá show.
O órfão Oliver Twist foge da fábrica de onde trabalhava e vai caminhando até Londres. Lá, conhece um grupo de meninos que praticam pequenos golpes para sobreviver. Eles são chefiados por Fagin. Oliver começa a ser treinado para roubar. Mas é pego na primeira vez que sai à rua. Para sorte de Oliver, o homem que foi roubado simpatiza com ele e quer criá-lo. Mas Fagin não concorda com isso e ainda quer que Oliver roube de seu novo "pai". Nota: 7.
OLIVER TWIST (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Roman Polanski // Ben Kingsley, Jamie Foreman, Barney Clark, Harry Eden, Leanne Rowe, Edward Hardwicke, Ian McNeice.
Festival do Rio 2005
4X NÓS DO MORRO (4X NÓS DO MORRO):
O documentário mostra basicamente a preparação dos integrantes do projeto "Nós do Morro", no Morro do Vidigal, Rio de Janeiro, para um evento do seu núcleo de cinema com o mesmo nome que dá título a ele. Os diretores percorreram a favela, mostrando a divulgação do evento e a sua apresentação em alguns cineclubes da cidade. Alguns alunos falam da experiência de trabalhar com o projeto. Algumas imagens de aulas e exercícios de teatro são exibidas também. O documentário poderia ter sido melhor elaborado. Ficou muito focado em um pequeno universo e poderia ter sido melhor explorado. Eu esperava mais. Nota: 6.
4X NÓS DO MORRO (Idem) - 2005 - Gênero: Documentário - Direção: coletiva// Elenco: integrantes do projeto Nós do Morro.
Festival do Rio 2005
CASSHERN (CASSHERN):
No final do Sec. XXI a humanidade está a beira da extinção após mais uma grande guerra, que utilizou armas nucleares e bacteriológicas. Neste momento, os grandes rivais são os Europeus e os Asiáticos. O geneticista Dr. Azuma estuda uma forma de restaurar os corpos dos mutilados com a guerra e tenta salvar a vida de sua própria mulher. O governo não acredita em suas pesquisas e não lhe dá incentivos financeiros para continuar a pesquisa. Isto, ele consegue através de uma sinistra organização militar. Enquanto isso, o cientista sofre com a doença terminal de sua mulher e com a teimosia de seu filho Tetsuya, que insiste em ir à guerra. Um acidente no laboratório de Azuma transforma seus experimentos em uma raça de mutantes que pretende tomar o poder. Neste mesmo momento, o corpo de Tetsuya, que morreu na guerra, também sofre a mutação. Ele renasce como um guerreiro poderoso com corpo de aço, que vai lutar contra os mutantes.
Casshern é baseado em um animé japonês de 1973 com o mesmo nome. Foi um dos filmes mais legais que vi durante o festival. A ambientação das cenas é perfeita. Lembra um pouco a cenografia do recente Capitão Sky. Eu que não dava muita atenção aos filmes japoneses começo a pensar duas vezes sobre isso. Adorei! Muito melhor que alguns filmes de super-heróis que temos por aí. Acho que alguns diretores têm que estudar muito com os japoneses. Pena que provavelmente não veremos nos cinemas brasileiros e nem em DVD. Foi uma oportunidade única. Nota: 8.
CASSHERN (Idem) - 2004 - Gênero: Ficção - Direção: Kiriya Kazuaki // Iseya Yusuke, Aso Kumiko, Karasawa Toshiaki.
Festival do Rio 2005
ALÉM DO AZUL (THE WILD BLUE YONDER):
Este é definitivamente um dos filmes mais loucos que já vi na vida. Aliás, uma correção. Este é um dos documentários mais loucos que já vi na vida. Nunca tinha assistido a algum trabalho do diretor Werner Herzog. Quando comentei que tinha visto este, algumas pessoas comentaram que ele é conhecido por "viajar" em seus filmes.
Embora algumas pessoas que assistiram ao filme do meu lado não tenham gostado, eu achei bem interessante. É uma "viagem legal". Mas nos momentos em que o filme mostra o cotidiano de astronautas é um pouco cansativo. As seqüências são longas e com certeza alguém menos paciente e muito cansado pode até acabar dormindo. Mas para isso há a trilha com músicas africanas nestes momentos. Acho difícil alguém conseguir dormir.
O documentário é apresentado por um alienígena vindo de Andrômeda (Brad Dourif). Ele explica como alguns de seus conterrâneos foram parar na Terra. O alien trabalha na NASA e esteve presente nos estudos secretos da Área 51 e da queda de um OVNI em Roswell. Os homens, com medo de terem infectado o planeta com alguma bactéria alienígena ao abrir a espaçoave, resolvem mandar uma equipe de astronautas para o espaço, em busca de um novo planeta habitável. A missão passa por diversos problemas. O documentário foi filmado em algumas partes da NASA e alguns cientistas aparecem descrevendo teorias espaciais que fariam qualquer nerd de plantão babar em êxtase.
O documentário não agradará a todo mundo, com certeza. Eu gostei porque gosto de filmes que me fazem viajar. Mas não recomendo para qualquer um. Nota: 6.
ALÉM DO AZUL (The wild blue yonder) - 2005 - Gênero: Ficção/ Documentário - Direção: Werner Herzog // Brad Dourif.
Festival do Rio 2005

LAST DAYS (LAST DAYS):
Blake (Michael Pitt) é um astro do rock 'n' roll com problemas. Ele está cada vez mais buscando o isolamento, por não agüentar a fama. Blake está passando uns dias em sua casa de campo com alguns amigos, mas quer mesmo se desligar de todos mesmo. São os últimos momentos de vida de um rockstar.
Last Days foi o segundo filme que vi durante o festival e, honestamente, destestei. Na verdade, acredito que este foi o pior filme que eu vi durante todo o evento. Não gostei nem um pouquinho. Podem me chamar de careta, dizer que eu não entendo de arte ou seja lá o que queiram dizer! O fato é que não gostei mesmo. O filme é longo demais, chato demais... Irritante demais! Eu juro que queria sair da sala nos primeiros 10 minutos. Quando acabou, fiquei com a sensação de que ou eu sou burra e não entendi ou aquilo tudo era uma porcaria mesmo. Que me desculpem os fãs de Gus Van Sant mas fala sério! Que porcaria!
O filme é uma interpretação do diretor sobre os últimos momentos de Kurt Cobain, na verdade. Mas aqueles longos minutos onde víamos Kurt/Blake cavando, ou nadando, trocando de roupa ou fazendo comida são tão terríveis quanto ir ao dentista para fazer tratamento de canal. Eu, como fã do Nirvana e do Kurt, me senti até ofendida... MUITO, MUITO RUIM! Não recomendo nem pro meu maior inimigo...
Nota: Zero!!
Melhor (??) citação do filme: Não existe...
LAST DAYS (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Gus Van Sant // Michael Pitt, Asia Argento, Lukas Haas.
Festival do Rio 2005

FINAIS FELIZES (HAPPY ENDINGS):
Pela primeira vez fui ao Festival do Rio. É vergonhoso para uma cinéfila como eu, mas é verdade. Desta vez "tirei todo o atraso". Vi 26 filmes em uma semana!!!
Finais Felizes foi o primeiro deles. Eu gostei desse começo. O filme não tem nada demais; não há novidade. São várias histórias entrelaçadas, do tipo em que os personagens tem vínculos de amizade ou familiares. As histórias estão interligadas de alguma forma. Já vimos muitos filmes assim, não é? A única diferença nesse é a existência de um "narrador", na forma de legendas, que conta detalhes sobre o caráter dos personagens, suas manias, suas atitudes e até coisas que não aparecerão no filme. Acho que foi uma solução legal para uma forma de contar histórias que já está até batida. Outra coisa que me chamou a atenção foi o filme começar com um atropelamento. É incomum isso em uma primeira cena.
Ainda no seu início, o filme mostra dois adolescentes que acabam de se tornar irmãos após os casamentos de seus pais. Eles têm uma tarde de amor e acabam "grávidos". Cerca de 20 anos depois, Mamie (Lisa Kudrow) trabalha em uma clínica de abortos e esconde um segredo: ela não teve coragem de tirar a criança. Um dia, Mamie recebe a visita de um quase-cineasta, Nicky (Jesse Bradford), que lhe faz uma proposta: ele lhe dirá onde seu filho está se ela permitir que seu reencontro vire um documentário.
Charlie (Steve Coogan), o meio irmão de Mamie, se descobriu gay após o incidente da adolescência e vive com um namorado: Gil (David Sutcliffe). Eles são amigos de um casal de lésbicas, Diane e Pam (Sarah Clarke e Laura Dern), que tem um filho. Charlie cisma que a criança é de Gil.
Charlie tem um restaurante onde trabalha Otis (Jason Ritter). Ele conhece Jude (Maggie Gyllenhaal) uma noite e a convida para ser cantora de sua banda. Otis é gay, mas tem um caso com ela. Jude resolve terminar tudo com ele porque quer investir em seu pai, Frank (Tom Arnold), um empresário dono de um grande shopping. A partir deste emaranhado de coisas o filme vai se desenrolando. Ele é bem leve e dá pra se divertir num sábado a tarde quando não se tem o que fazer.
Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Por que você acha que ele é baterista? Assim ele pode olhar pras nossas bundas a noite toda". (Miles - Johnny Galecki)
FINAIS FELIZES (Happy endings) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Don Roos // Lisa Kudrow, Steve Coogan, Jesse Bradford, Bobby Cannavale, Maggie Gyllenhaal, Jason Ritter, Tom Arnold, Sarah Clarke, Laura Dern, Johnny Galecki, David Sutcliffe.