sábado, 26 de novembro de 2005

HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO (HARRY POTTER AND THE GOBLET OF FIRE):
Se você é um fã alucinado de Harry Potter vai entender minhas palavras. Nada causa mais ansiedade do que saber que o filme vai estrear no próximo fim de semana. Você fica louco, nervoso e quer comprar o ingresso pras primeiras sessões. Mesmo sabendo que vai enfrentar filas quilométricas para assistir e que provavelmente só vai conseguir lugar na primeira fila do cinema (o que, para mim, é horrível). E quando o filme que você vai ver é o do seu livro preferido? As coisas só pioram!!! Pois é... Este é o meu caso. Além de fã alucinada, Harry Potter e o Cálice de Fogo é meu livro favorito! Passei quase uma semana na maior ansiedade e num medo horrível! Medo de me decepcionar com a adaptação. Mas não! Amei! O filme ficou quase perfeito (e me perdoem aqueles que preferem Prisioneiro de Azkaban).
A minha sessão foi uma loucura! Fila enorme, atraso, gritaria, gente usando camiseta do filme, adolescentes histéricas... Mas eu já esperava essa loucura toda. Harry Potter é uma das coisas mais "Ame-o ou deixe-o" do mundo. Quem gosta, ama. Quem não gosta, odeia. Não existe meio termo. O único problema foi o grupo de adolescentes que sentou atrás de mim. Elas passaram a sessão inteira conversando. E não só falavam besteira, mas contavam o que ia acontecer nas cenas. Na boa: eu li o livro... Mas incomodava! Ninguém merece! Tava dando vontade de jogar o assento da cadeira nelas...
Mas vamos ao filme... Claro que o diretor não pode transpor tudo do livro. Era de se esperar. Mas eles escolheram cenas importantes. Gostei muito do filme, da visão do diretor e dos atores, que estão cada vez mais adaptados aos papéis. É engraçado ver eles crescendo na nossa frente. E dessa vez, até aqueles problemas adolescentes sobre o amor estão em pauta. Legal!
Confesso que gostaria de ter visto mais um pouco da Copa do Mundo de Quadribol. E estranhei muito o corte brusco que aconteceu durante a cena do Baile em Hogwarts. Parecia até quando a gente escutava LP e ele pulava (sim, eu sou velha assim!). Foi brusco demais ficou feio. Mas fora esse erro de montagem, amei! Chorei, gritei, ri... Meu lado fã ficou satisfeito.
Acabei nem falando do enredo do filme. Em seu quarto ano em Hogwarts, Harry (Daniel Radcliffe) começa a ter pesadelos onde vê as ações de Voldemort (Ralph Fiennes desfigurado - medo, mãe!!!). Os seguidores deste aprontam uma grande confusão na Copa do Mundo de Quadribol. Mas a ação deixa claro que "aquele que não se deve mencionar" está de volta. No colégio, Harry acaba participando de uma competição perigosíssima - o Torneio Tribuxo. Seu nome foi sorteado pelo Cálice de fogo, mesmo não tendo sido ele quem colocou o papel lá dentro. Harry vai enfrentar um desafio enorme e vai encarar a morte de perto mais uma vez. Mas agora, face a face com o inimigo real. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Não vire as costas para mim, Harry Potter! Eu quero ver seu rosto quanto te matar. Eu quero ver a luz deixando seus olhos!" (Voldemort - Ralph Fiennes)
HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO (Harry Potter and the goblet of fire) - 2005 - Gênero: Aventura - Direção: Mike Newell // Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes // Fonte da Imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

MAR ABERTO (OPEN WATER):
Esqueçam tudo o que vocês viram e ouviram falar sobre filmes assustadores. Esse negócio de gatos que pulam ao som estridente de música ou um maníaco serial killer correndo atrás de jovens bonitos é conversa fiada. Nada como um terror psicológico para me deixar apavaroda! Infelizmente eu não fui assistir Mar aberto no cimena!!! Mas acho que quem foi, deve ter tido uma experiência única.
O filme começa como se fosse mais um sobre amor. Um casal que vive estressado com o trabalho resolve tirar férias de tudo. Vão para um lugar paradisíaco para descansar e fazer aulas de mergulho. Eles pegam um barco com mais alguns casais e vão se aventurar nos confins do oceano. Acontece que um erro dos instrutores deixa os dois no meio do mar. Com eles, somente água, o equipamento e uns "delicados" tubarõeszinhos. Nem preciso dizer que é muito sinistro.
Eu vi na pequena tela de uma TV 15 polegadas e fiquei muito, muito nervosa. O filme parecia que não ia acabar. Era mar e tubarão o tempo todo. E aquela sensação horrível de impotência. O desespero se abatendo sob o casal, que chega até a discutir a relação uma hora. Eu já sou uma pessoa que tem um medo respeitoso do mar. Imagina vendo esse filme? É claustrofóbico e desesperador. É de apavorar, na minha humilde opinião. Se você se colocar na pele dos dois, é claro. Sensacional!! Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Ai, Meu Deus Alguma coisa encostou no meu pé!! (Susan - Blanchard Ryan). *medo medo medo*
MAR ABERTO (Open water) - 2003 - Gênero: Suspense - Direção: Chris Kentis // Blanchard Ryan, Daniel Travis // Fonte da Imagem: IMDB.
COM A BOLA TODA (DODGEBALL - A TRUE UNDERDOG HISTORY):
Gosto muito dos filmes do Ben Stiller. Morri de rir com Zoolander e com Quem vai ficar com Mary, por exemplo. Mas esse eu achei bem chatinho. Não sei se é por que não sabia muito sobre o jogo em que ele e o Vince Vaughn competiam. Me disseram que é Queimado, mas é um pouco diferente. Mesmo assim não achei lá esse carnaval todo. Fiquei decepcionada.
Nem vou escrever muito porque não recomendo. Nem mesmo para uma "sessão da tarde", onde não se tem o que fazer. É melhor ir ler um livro.
Com a bola toda conta a história de duas academias que competem para conquistar clientes o tempo todo. Uma delas, a de Peter La Fleur (Vince Vaughn) é pequena e pobre. Já a de White Goodman (Ben Stiller) é uma daquelas enormes, que tem franquias. Ambas entram em uma competição de Dodgeball (queimado?) para ver quem é a melhor. O time de Peter precisa vencer para manter a academia aberta. O filme mostra o campeonato e as trapaças do time de White Goodman para vencer. Nada de especial.
Nota: 3.
Melhor diálogo do filme: - Manhã ruim chefe? (Dwight - Chris Williams)

- Elas geralmente vem seguidas de uma boa noite, Dwight. (Peter La Fleur - Vince Vaughn)
COM A BOLA TODA (Dodgeball - A true underdog history) - 2004 - Gênero: Comédia - Direção: Rawson Marshall Turber // Ben Stiller, Vince Vaughn, Christine Taylor, Rip Torn, Hank Azaria, Chuck Norris, William Shatner, Chris Williams // Fonte da Imagem: IMDB.
DESTINO INSÓLITO (SWEPT AWAY):
Antes de começar a escrever este texto, gostaria de deixar bem claro que sou fã da Madonna desde que tinha sete anos de idade. Essa mulher é demais!!! Poderosa! Mas antes que alguém desista de ler neste ponto, só porque elogiei o "mito Madonna", devo esclarecer que sou uma fã esclarecida. Não sou uma radical xiita. Sei muito bem que o alcance vocal da "minha 'ídola' maior" não é lá essas coisas. E tenho completa noção que pior do que isso é sua interpretação no cinema. Pelo amor de Deus!!!! Eu amo Madonna muito mais pelo que ela representa. Mas adoooooooooooooro pular e cantar nas pistas de dança com sua música! Deixando isso claro, vamos ao que interessa.
Quando soube que Madonna e seu respectivo cônjuge iam fazer uma refilmagem fiquei atenta. Eu gosto dos filmes do Guy Ritchie. Ele tem um quê de Tarantino. Mas fiquei com meu pezinho atrás porque conheço bem os dotes teatrais da mulher dele. Tudo bem que eu gosto de Dick Tracy, Uma equipe muito especial e Evita. E morro de rir com Quem é essa garota?, embora saiba que é uma porcaria. Mas pior do que Surpresas em Shangai não existe. Então, pensei: "Acho que vou esperar pra ver se alguém me diz que é bom". Acontece que o mundo inteiro me disse que era uma porcaria. Então decidi que não ia gastar meu pouco dinheirinho no ingresso desse filme.
E não é que anos depois de ser lançado no cinema ele passou na Globo? Como não contribuí financeiramente com nada resolvi assistir. E o meu veredicto é: "PQP! Que *#$&*%#* é essa!"
As pessoas não exageram quando me disseram que era ruim. Ruim é pouco! É muito, muito ruim. Chega a ser risível. Pelo amor de Deus! Guy Ritchie está com o filme queimado, por mim... Espero que ele se redima logo!
Madonna é Amber Leighton, uma mulher rica, esnobe e insuportável que vai fazer um cruzeiro com seu marido e amigos pela Grécia. Ela vive enchendo o saco da equipe do barco e tira um dos marinheiros do sério várias vezes (Giuseppe - Adriano Giannini). Os dois quase caem na porrada! Um dia, Amber resolve que quer passear de bote. Giuseppe é o escolhido para levá-la, mesmo sem vontade. Acontece um acidente e ambos vão parar em uma ilha deserta. A partir daí, Amber sofre na mão de Giuseppe. Ele "domestica" a mulher. Depois, o filme descamba para o musical e o romance escrachado e fica mais chaaaaaaaaaaaaato ainda. Só tenho uma coisa de positiva para falar do filme: o final é maneiro!
Ainda bem que Madonna não leva sua carreira cinematográfica tão à sério... Senão seria frustração total... Putz!
Nota: 3.
Melhor diálogo do filme: Nem tem.
Pior cena do filme: O que era aquele musical?
DESTINO INSÓLITO (Swept away) - 2002 - Gênero: Romance - Direção: Guy Ritchie // Madonna, Adriano Giannini, Bruce Greenwood // Fonte da Imagem: IMDB.

sábado, 12 de novembro de 2005

CRASH: NO LIMITE (CRASH):
Este filme passou no Festival do Rio deste ano mas, infelizmente, não consegui assistir. Não cabia na minha grade de programação e eu tinha que dormir em algum horário, né? ;-)
Quando vi que ele foi logo lançado no circuito, resolvi assistir. A princípio porque tinha vários atores que eu gostava. Não sabia coisa alguma da história. Assim que é bom ir ao cinema... Sem saber de nada, sempre há a possibilidade de se surpreender! E foi o que aconteceu.
Eu já vi muito filme sobre preconceito e abuso de poder. São dois dos temas que eu mais gosto de ver na telinha, em se tratando de drama. Mas jamais vi um como esse! Porque não se trata apenas do velho clichê branco contra negro. O filme trata de todo e qualquer preconceito. Só não apareceu o contra gays. Mas tudo bem, eu perdôo. Crash é sensacional! São várias histórias que se intercruzam em dois dias em Los Angeles. Não vou contá-las, porque acho que perderia toda a graça. Não vou fazer isso com meus leitores. Eu fiquei tão tensa e saí do cinema pensando. Só quero deixar claro que os temas centrais são preconceito, violência, abuso de poder e intolerância. O filme mostra que até mesmo os mais céticos e aqueles que não se dizem preconceituosos não se conhecem de verdade. Também quero destacar o trabalho do roteirista e diretor Paul Haggis. Admiro muito os escritores que conseguem intercruzar histórias sem deixar buracos. Definitivamente, meu favorito ao Oscar de Melhor filme! (eu já vi quase todos os outros. Faltam só dois. Estou escrevendo minhas resenhas atrasada! Hj é 05/03/2006).
Nota: 9.
Melhor diálogo do filme: - Mãe, não posso falar com você agora, ok? Estou transando com uma mulher branca. *desliga tel* (Grahan - Don Cheadle)

*Ria (JenniferEsposito) sai da cama*

- Ok, onde estávamos? (Grahan)

- Eu era branca e você estava prestes a se masturbar no chuveiro. (Ria)

- Ah, merda! Qual é? Eu teria dito que você era mexicana, mas eu não acho que teria deixado ela brava o suficiente. (Grahan)
CRASH: NO LIMITE (Crash) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Paul Haggis // Matt Dillon, Sandra Bullock, Don Cheadle, Brendan Fraser, Ryan Phillipe, Jennifer Esposito // Fonte da Imagem: IMDB.
2 FILHOS DE FRANCISCO - A HISTÓRIA DE ZEZÉ DE CAMARGO & LUCIANO (IDEM):
Este filme é um exemplo de quanto o preconceito é burro. E vou usar o meu exemplo para demonstrar. Assim que ele foi lançado nas salas de cinema, eu sequer cogitei gastar meu pouco dinheirinho em um ingresso para ver a história de Zezé di Camargo & Luciano. Por quê? Porque eu detesto música sertaneja, ora! Nada me faria ir ao cinema, nem mesmo alguns amigos que foram assistir e, empolgados, me diziam que gostaram muito.
Acontece que nada é tão convincente para um capricorniano-mão-fechada como eu, do que uma promoçãozinha. Um belo dia, os cinemas Cinemark fizeram uma promoção em que um ingresso de filme nacional custava R$2. Aí estava a minha chance! Dei o braço a torcer e fui alegremente assistir a sessão sobre a vida dos sertanejos.
Digo agora, sem o menor constrangimento, que saí do cinema com os olhos vermelhos de tanto chorar. O filme é lindo e de muito bom gosto. Nem o fato de que só tinha música sertaneja na trilha sonora me deixou chateada. Muito pelo contrário. Se não fosse assim, não teria a mesma graça. Chorei sim! Chorei muito! Igual criança!
Parte do que faz o filme ser tão legal como é são os dois garotinhos que fazem o Zezé Di Camargo quando era pequeno (Dablio Moreira) e Emival (Marcos Henrique). Os dois são lindos, tem talento, convenceram com seus personagens. Metade das minhas lágrimas foi por culpa deles. A outra, foi por causa da Dira Paes, que faz a mãe, Helena. Já Ângelo Antônio, que interpreta o pai, Francisco, também merece destaque. Ele pegou bem o tom do personagem, um homem simples e sonhador, que quer mais para os seus filhos. 2 Filhos de Francisco só perde o ritmo quando as crianças crescem. Aí, achei que ficou chato e monótono.
Enfim, é mais um filme nacional da nova safra, que merece ser visto. Com direção e produção muito nem cuidadas. Eu já imaginava que não entraria para as indicações do Oscar. Mas não tem problema. Ele serviu para me dar lições: devemos estar abertos às novas possibilidades. Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Não é porque os meninos são meus filhos. É que a música é boa mesmo." (Francisco - Ângelo Antônio).
2 FILHOS DE FRANCISCO - A HISTÓRIA DE ZEZÉ DE CAMARGO E LUCIANO (Idem) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Breno Silveira // Ângelo Antônio, Dira Paes, Lima Duarte, Jackson Antunes, José Dumont, Paloma Duarte, Márcio Kierling, Dablio Moreira, Marco Henrique, Thiago Mendonça // Imagem: Adoro Cinema.
A NOIVA CADÁVER (THE CORPSE BRIDE):
Tim Burton é um diretor, digamos assim... único. Daquele tipo que olhamos a obra e já sabemos de quem é. Quando é preciso alguém para dirigir filmes sombrios, bizarros, com personagens estranhos, é a ele que Hollywood recorre. Não que isto seja um problema. Acho que filmes como Edward Mãos de Tesoura, ou até o mais recente "A Fantástica Fábrica de Chocolate" não teria o mesmo "charme" se não fosse por ele. Agora, Burton volta para o mundo da animação. Claro que A noiva cadáver é muito parecido visualmente com sua primeira incursão neste tipo de mídia: O estranho mundo de Jack. Eu não sei de qual eu gosto mais. Sou uma das admiradoras do diretor.
Mesmo com o visual dark, A noiva cadáver é uma história de amor. Entre vivos e vivos e entre mortos e vivos. Victor Van Dort (voz do "eterno muso" do diretor, Johnny Depp) é um jovem muito inseguro. Sua família vive da venda de peixes e estão muito bem financeiramente. Ele está sendo obrigado a casar com Victoria Everglot (Emily Watson), de uma família nobre, mas falida. Victor tem dúdvidas quanto ao casamento, mas quando conhece a noiva se apaixona. Acontece que ele não consegue decorar os votos. Ele vai treiná-los em uma floresta e acaba se envolvendo com uma outra mulher. Uma noiva que foi assassinada pelo seu pretendente. A noiva cadáver pensa que os votos foram para ela e o leva para o mundo dos mortos, mesmo vivo. Victor faz de tudo para retornar.
Gostei muito do enredo de A noiva cadáver porque mesmo sendo uma fantasia, há um quê de realidade. Os amores impossíveis, os amores possíveis e a crueldade dos homens. Melhor impossível. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Pode um coração se partir novamente depois de ter parado de bater?" (Barkis Bittern - Richard E. Grant) THE CORPSE BRIDE (Corpse bride) - 2005 - Gênero: Animação - Direção: Tim Burton // Johnny Depp, Helena Bonhan Carter, Emily Watson, Tracey Ullman, Paul Whitehouse, Richard E. Grant. Fonte da imagem: Adoro Cinema.