domingo, 31 de dezembro de 2006

VOANDO ALTO (VIEW FROM THE TOP):
Donna Jensen (Gwyneth Paltrow) é uma moça de cidade do interior, que sempre ouviu de todo mundo que seu destino era viver e morrer por ali mesmo. Mas ao mesmo tempo, ela sonhava em conhecer o mundo. Um dia, deu de cara com livro que mudou sua vida. Era da aeromoça Sally Weston (Candice Bergen). A partir desse momento, Donna resolveu que queria ser aeromoça.
E ela consegue. Donna faz cursos, se especializa, estuda muito e consegue subir na profissão. Seu maior objetivo é trabalhar como aeromoça nos vôos internacionais. Para conseguir, no entanto, ela passa por muita inveja, concorrência e armações. Mas Donna chega lá. E nesse momento... se apaixona. Todo mundo sabe como é vida de aeromoça. Então, Donna chega ao dilema que atinge 9 entre 10 mulheres: o que é mais importante? O amor ou a carreira?
Esse filme é bem água com açúcar. Na verdade, não sou muito fã do Bruno Barreto. E acho a Gwyneth Paltrow fraca demais. Mas o ponto positivo do filme é que ele termina de forma real. Vai dizer que não?
Destaque para a participação de Mike Myers.Nota: 5.
Melhor diálogo do filme:
- Eu só estou preocupada se eu me apaixonar realmente pelo Ted. O que vai acontecer com tudo que eu lutei tanto para conseguir? (Donna Jensen - Gwyneth Paltrow)

- Ok, está bem... Não se apaixone por ele... (Randy - Joshua Malina)

- É exatamente aí que eu estou tendo problemas (Donna Jensen)

- É só ter força de vontade. Por exemplo... Você não se apaixonou por mim, né? (Randy)

- Você é gay! (Donna Jensen)

- Mas do mesmo jeito, você teve que ter força de vontade, não é? (Randy)

VOANDO ALTO (View from the top) - 2003 - Gênero: Romance - Direção: Bruno Barreto // Gwyneth Paltrow, Christina Applegate, Candice Bergen, Rob Lowe, Mike Myers, Kelly Preston, Mark Ruffalo, Joshua Malina // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 30 de dezembro de 2006

A FEITICEIRA (BEWITCHED):
O seriado A Feiticeira faz parte da minha infância. Lembro que adorava assisti-lo, junto com alguns outros que eram reexibidos na época (Os batutinhas, O Gordo e o Magro, Família Addams, Jeannie é um gênio etc). Quando soube que iam fazer uma nova versão, fiquei apreensiva. Não sou muito fã destas "repaginadas" que Hollywood cisma em dar. Mas quando soube do que se tratava o enredo, tive certeza de que minha apreensão fazia completo sentido.
Jack Wyatt (Will Ferrell) é um ator desacreditado, à beira do desemprego total. Mas como última chance recebe a proposta de refilmar o seriado clássico A Feiticeira. Mas Jack tem um plano. Ele pretende utilizar o seriado para se autopromover. O projeto terá ele como o principal, e a atriz que fará Samanta será a secundária. A idéia em si é totalmente estapafúrdia... Afinal, Samanta é a principal e seu marido o coadjvante na série. Mas para que o plano dê certo, ele precisa usar uma atriz iniciante, ainda bobinha e ingênua. E é o que acontece...
Jack conhece Isabel Bigelow (Nicole Kidman) e no mesmo instante a convida para participar das filmagens. Ela não sabe de seus planos, mas aceita. Mas o que Jack não sabe é que Isabel é uma feiticeira de verdade.
Sinceramente, quem teve a idéia desse roteiro? Dá até pena... O Will Ferrel é um bom ator, mas às vezes acho exagerado demais. Como se ele tivesse o tempo inteiro no Saturday Night Live. Já a Nicole Kidman... Só podia estar precisando de uma graninha pro aluguel! Não é possível!
O filme não faz o menor sentido... E termina numa história de amor que não tem nada a ver. Vai entender? Talvez se fizessem mesmo uma refilmagem da série dos anos 60 fosse melhor... Mas este Big Brother fake não vale nem o preço da pipoca. Ainda bem que eu vi em casa, sem pagar um tostão... Pelo menos isso... Nota: 4.
Melhor citação do filme: "Eu amo esse programa! É aquele com a gênia?" (Maria Kelly - Kristin Chenoweth)
A FEITICEIRA (Bewitched) - 2005 - Gênero: Comédia - Direção: Nora Ephron // Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine, Michael Caine, Jason Schwartzman, Steve Carell, Kristin Chenoweth // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
OS REIS DE DOGTOWN (LORDS OF DOGTOWN):
O local é Venice, Califórnia. O auge dos anos 70. A juventude do local passa seu tempo surfando e andando de skate, além de enfrentar todos os problemas dessa fase da vida. Um grupo deles, sem dinheiro e perspectivas, tem a idéia de usar piscinas vazias como pista de skate. O que no começo parece ser uma loucura, termina se transformando em uma febre na região. Logo, os rapazes começam a utilizar as manobras radicais que faziam no surf e no novo estilo de andar de skate em torneios. São conhecidos como os Z-Boys e ganham o patrocínio de uma pequena marca de roupas e acessórios para skatistas e surfistas. Mas os rapazes ganham brilho próprio e começam a subir cada vez mais, transformando-se em celebridades e enriquecendo rápido.
Para quem gosta de skate, o filme é um prato cheio. Afinal, ele tem imagens de manobras radicais e mostra as origens de algumas delas. Não sou skatista, mas achei o filme bem legal. Ainda mais baseado em uma história real. Também existe um documentário sobre os Z-boys, que foi lançado um pouco antes deste. Mas Os reis de Dogtown é muito interessante, mesmo para os não-iniciados.
Nota: 7.
Melhor diálogo do filme:
- Ela é... hum... Maluca, Jay! (Donnie - William Mapother)

- É por isso que você a ama... Certo? (Jay - Emile Hirsch).

0S REIS DE DOGTOWN (Lords of Dogtown) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Catherine Hardwicke // Emile Hirsch, Victor Rasuk, Rebecca De Mornay, John Robinson, Michael Angarano, Nikki Reed, Johnny Knoxville, Heath Ledger, William Mapother // Fonte da imagem: IMDB.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

007 - CASSINO ROYALE (CASINO ROYALE):
James Bond (Daniel Craig) acaba de se tornar um agente importante do Serviço Secreto da Inglaterra. E esta é a sua primeira aventura oficial (embora ja existam tantos filmes!!!). Ele tem como missão deter um grande banqueiro que trabalha para terroristas e ditadores, Le Chiffre (Mads Mikkelsen). Este, perdeu uma enorme quantia de dinheiro dos seus clientes, por causa de uma ação frustrada por Bond. Agora, Le Chiffre precisa recuperar o dinheiro. E para isso, conclama jogadores mundiais de pôquer, que queiram apostar uma quantia exorbitante, para tentar recuperar o que perdeu. Claro, que eu estou simplificando a história. Existe muita ação, intriga, pancadaria, golpes, ameaças de morte, corridas de carro e mentiras na trama. Mas se eu contar tudo perde a graça.
Na verdade, não tenho muita capacidade para escrever sobre o espião mais famoso do cinema. Eu nem gosto dos filmes de James Bond. Nunca consegui gostar. Já assisti a muitos filmes com grandes mentiras, mas os do OO7 chegam a ofender a inteligência! Talvez eu tenha que assistir aos do Sean Connery como o espião. Pelo menos sexy ele é... ainda hoje. Então, dá pra "comprar" esta parte. Mas o resto???? Na boa, prefiro Austin Powers. Mas até que gostei de Cassino Royale.
Achei muito legal os roteiristas terem feito uma história voltando às origens, baseado no primeiro livro (??) sobre o espião inglês. Deu uma repaginada no personagem. Ele estava precisando...
Outra coisa legal foi ter escolhido o ator Daniel Craig para o papel. Muita gente chiou, mas eu acho que ficou legal. Não acho que Craig seja um bom ator (pelo menos por enquanto ele não conseguiu me provar isso). Mas acho que seu tipo físico se encaixou perfeitamente no que os roteiristas e o diretor queriam no filme. Craig é um cara durão, forte, pronto para dar porrada... Frio na hora de executar. Até hoje, Craig foi bom nesses papéis. Então está tudo combinando. Só faço uma ressalva. Craig acabou com o charme sedutor de 007. Sinceramente, não tem nada de conquistador nele. No máximo, um corpo bonito. Mas charme? Onde?
Gostei também de Eva Green como a "bondgirl" da vez. Porque ela não é bonitona e gostosona (pelo menos não para mim). Ela é magrela, tem o rosto normal... Nem loura é. O que dá uns pontinhos para a personagem, que acaba com o pouquinho de sentimento que 007 possui. É uma "bondgirl vamp"!
O filme é bem legal na minha opinião. Mas repito: não sou fã. É o primeiro filme de James Bond que assisto até o final, sem sair da sala ofendida! Não acho que eu seja parâmetro pra julgar esse filme dentro da série. Mas como filme individual sim. Adorei! E quero ver o próximo...Nota: 8.
Melhor diálogo do filme:
- Não te incomoda? Matar todas estas pessoas? (Vesper Lynd - Eva Green):

- Bem... Eu não seria muito bom em meu trabalho se incomodasse. (James Bond - Daniel Craig)

007 - CASINO ROYALE (Casino Royale) - 2006 - Gênero: Aventura - Direção: Martin Campbell // Daniel Craig, Eva Green, Mads Mikkelsen, Judi Dench, Jeffrey Wright, Giancarlo Giannini // Fonte da imagem: IMDB.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

O SENHOR DAS ARMAS (LORD OF WAR):
Neste momento, enquanto estou aqui digitando, milhares de pessoas ao redor do mundo estão morrendo, vítimas de armas de fogo. É surreal parar para imaginar isso, mas é a mais pura verdade. E é por causa de pessoas como Yuri Orlov (Nicolas Cage), que isto acontece todos os dias.
No início dos anos 80, uma família ucraniana tenta viver o "sonho americano" em Little Odessa, através de um restaurante "meia-bomba". Os filhos, Yuri e Vitaly (Jared Leto - lindo como sempre!), vivem sem perspectivas, sonhando com um futuro melhor que não aparece. Até que um dia, Yuri, o mais velho, descobre o seu dom: vender armas e munição.
Ano após ano, ele consegue prestígio, contatos, mercado e vai vencendo seus concorrentes diretos, vendendo armas para qualquer lado de qualquer conflito. Yuri é esperto, sabe armar e sair de situações difíceis... E leva seu irmão com ele como sócio.
Claro, que nem tudo são flores na vida de Yuri. Ele passa por diversos perigos; sua família não aprova sua vida, mas também não desaprova; seu irmão vira viciado em drogas; e ele tem a Interpol, personificada no agente Jack Valentine (Ethan Hawke), na sua cola. Mas Yuri é malandro e dá seu jeito, sem disparar um tiro sequer... Ou quase. Mas existe um momento em que seu império fica abalado...
Esse filme é sensacional! Os roteiristas se basearam em contrabandistas de armas de verdade para contar a história. Mas não é para aqueles de "coração inocente", que acreditam que o mundo tem jeito. Estes vão se decepcionar. O filme é frio, real, cruel e cínico. Como o personagem de Yuri, que não vê problema algum em vender armas e trata do assunto como se vendesse alimentos, por exemplo.
Destaco a interpretação de Jared Leto. Mais uma vez ele tenta esconder sua beleza para provar seu talento, personificando de novo um viciado em drogas. Até parece que ainda precisa disso. Seu Vitaly mostra perfeitamente o conflito que existe no seu interior. A culpa de trabalhar com o irmão em um ramo nada honesto e por ajudar indiretamente na morte milhões de inocentes. É um trabalho sensível e ele está de parabéns. Outro que também está bem é Ethan Hawke que, assim como Jared, repete personagem. No caso dele, outro policial honesto.
Quanto a Nicolas Cage... O filme não ganhou 10 por causa dele. Sim, ele manda bem com sua frieza de comerciante. Um verdadeiro homem de negócios. Mas ninguém me convence que ele seja bom ator. O cara não tem expressões faciais. Nas cenas mais emocionantes, em que ele se vê sozinho, por exemplo, não vejo tristeza. Só aquela "cara de parede", sem emoção. O que, no caso do filme valia. Afinal, Yuri não tem emoções ao lidar com os negócios. Mas no caso dele, isso não é interpretação. É o natural... A vantagem do Nicolas Cage é que ele sabe escolher bons roteiros e tem sorte (será que o tio Coppola ajuda?).
Destaque também para a abertura do filme. Ela mostra a trajetória de uma bala vista por ela, da fábrica até seu uso. A trilha sonora também é bem legal!
É um filme muito bom, como há muito eu não via. É realidade nua e crua na nossa cara. Por isso, nem todos vão gostar. Se estiverem de saco cheio dos noticiários violentos, nem assistam... Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Existem mais de 550 milhões de armas de fogo circulando no mundo todo. Isso dá uma arma para cada doze pessoas. A única pergunta é: como armar as outras onze?" (Yuri Orlov - Nicolas Cage)
O SENHOR DAS ARMAS (Lord of war) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Andrew Niccol // Nicolas Cage, Jared Leto, Ian Holm, Bridget Moynahan, Ethan Hawke // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
O DIÁRIO DA PRINCESA 2 (THE PRINCESS DIARIES 2 - ROYAL ENGAGEMENT):
Depois de escolher assumir seu papel como princesa de Genovia, Mia Thermopolis (Anne Hathaway) está de volta, com seu diário, as confusões e sua avó, a rainha Clarice (Julie Andrews) que tenta prepará-la para assumir o trono em seu lugar. Neste momento, Mia acaba de fazer 21 anos e, segundo a tradição, deve virar rainha. Mas o Visconde Mabrey (John Rhys-Davies) lembra a todos de um pequeno detalhe: para se tornar rainha, Mia precisa estar casada. E como ainda é solteira, deve abdicar do trono em prol do segundo na sucessão. Este, no caso, é sobrinho do visconde: Nicholas Devereaux (Chris Pine).
Mia fica apavorada com a idéia de se casar às pressas, sem amor. Mas pode perder o trono por causa disso. A rainha Clarice pede então à corte um tempo para que sua neta encontre um pretendente. Elas ganham 30 dias para isso. A partir daí começa toda a correria e confusão. Afinal, o visconde fará de tudo para que seu sobrinho fique com o trono. Mas a história vai ficando enrolada, a partir do momento em que Mia e Nicholas deixam a raiva de lado e começam a se envolver...
Esta é a continuação de Diário da Princesa, de 2001, baseados em livros homônimos. Apesar de ser bem legal, não é tão divertido quanto o primeiro filme. É um pouco mais sério... Fala mais de amor. O primeiro também falava, mas o que chamava atenção era a transformação de Mia de nerd comum em princesa. Mas até que vale uma "Sessão da Tarde"... Nota: 5.
Melhor diálogo do filme: (Mia observa fotos de pretendentes para escolher seu noivo)
- Ah, sim!!! Com certeza eu aceito! (Mia Thermopolis - Anne Hathaway)

- Príncipe William. Ele não pode ser escolhido como pretendente porque está na fila para sua própria coroa... (Charlotte Kutaway - Kathleen Marshall)

- Oh... (Mia Thermopolis, desapontada).

- Se ele não pode ser escolhido, por que está incluído nas fotos? (Joe - Hector Elizondo)

- É que eu adooooooro olhar pra ele... (Charlotte Kutaway)

- Eu também! (Rainha Clarisse - Julie Andrews)

- A-hã! (Mia Thermopolis)

- Majestade! (Joe)

O DIÁRIO DA PRINCESA 2 (The princess diaries 2 - Royal Engagement) - 2004 - Gênero: Comédio - Direção: Garry Marshall // Anne Hathaway, Julie Andrews, Hector Elizondo, John Rhys-Davies, Heather Matarazzo, Chris Pine, Callum Blue, Kathleen Marshall // Fonte da imagem: IMDB.
SONHOS NO GELO (ICE PRINCESS):
Casey Carlyle (Michelle Trachtenberg) tem 17 anos e, como todas as meninas de sua idade, vive os problemas da adolescência e na escola. Os delas são ainda um pouco mais pesados porque ela é muito inteligente e sofre pressão de sua mãe o tempo inteiro para que ela seja alguém melhor. A menina não tem tempo de sonhar ou de viver como uma menina de sua idade.
Acontece que um belo dia, ela cai de amores pela patinação artística no gelo. Com a desculpa de pesquisar para um trabalho de física, ela começa a frequentar as competições e os treinos. Acaba caindo dentro do mundo das competições, mesmo com a contrariedade da mãe. Casey vai lutar muito para correr atrás de seus sonhos.
O filme é legalzinho, mas não tem nada de diferente de todos os outros filmes de adolescentes e pessoas lutadoras, que querem realizar seus sonhos. As cenas das competições são o ponto alto. O resto é mais do mesmo.
Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Qual o problema em querer me sentir forte, graciosa e bonita por uma vez na minha vida?" (Casey Carlyle - Michelle Trachtenberg)
SONHOS NO GELO (Ice princess) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Tim Fywell // Michelle Trachtenberg, Joan Cusack, Hayden Panettiere, Kim Cattrall // Fonte da imagem: IMDB.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

O CAMINHO DAS NUVENS (IDEM):
Cada vez mais eu ando incluindo filmes brasileiros na minha lista de filmes que assisti. Sinceramente, pode parecer ufanismo bobo, mas acho muito bom que isto esteja acontecendo. Para o bem ou para o mal estamos lá fazendo filmes, produzindo histórias, ganhando prêmios... E isto é o que importa.
Este filme nasceu de uma história real da família de Cícero Ferreira Dias. Eles cruzaram o Nordeste em direção ao Rio de Janeiro em cima de bicicletas. Parece maluco, mas é verdade. A família veio em busca de novas oportunidades, ou seja: emprego. No caminho, passam por dificuldades e alegrias.
Enquanto o filme vai passando, vamos conhecendo a personalidade dos membros da família. Mas ele é focado principalmente na mãe, no pai e no filho mais velho. O pai, Romão (Wagner Moura) é um homem extremamente duro, rude e esperançoso ao mesmo tempo. Ela, Rose (Cláudia Abreu), serve como ponto de equilíbrio da família. Já o filho mais velho, Antônio (Ravi Lacerda), não compartilha de todos os planos do pai. Quer ele mesmo correr atrás para ajudar a família e o tempo inteiro é vetado pela figura paterna. É aquela velha briga entre os machos, onde o mais velho tenta manter seu lugar e o mais novo quer ser o líder.
O filme é interessante e tem momentos de grande beleza, com as imagens do caminho percorrido pela família. Não é todo dia que a gente conhece o interior do país.O filme transmite aquele clima de conflito e redenção que boas histórias nos apresentam. É um conto interessante.
Nota: 7.
Melhor citação do filme: Não tem uma frase em si, mas toda a vez que a família, capitaneada por Cláudia Abreu, canta as músicas de Roberto Carlos merecem destaque.
O CAMINHO DAS NUVENS (Idem) - 2003 - Gênero: Drama - Direção: Vicente Amorim
// Cláudia Abreu, Wagner Moura, Ravi Lacerda, Sidney Magal // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

WOOD & STOCK: SEXO, ORÉGANO E ROCK AND ROLL (IDEM):
Os anos 70 foram uma década de muita experimentação. Época de slogans como "Faça amor não faça guerra" e "Paz e amor". A juventude daquele período viveu com bastante intensidade estes ensinamentos. E não foi diferente com Wood (Zé Vítor Castiel) & Stock (Sepé Tiaraju). Anos depois, os dois ainda vivem o estilo hippie e vivenciam uma crise nostálgica sobre aqueles valores, tão diferentes dos atuais. Por isto, guiados pelo espírito de Raulzito (Tom Zé), os dois resolvem recriar sua banda daquele período. Enquanto isso, têm que lidar com problemas como contas, crise da terceira-idade e no casamento. Overall (Júlio Andrade), filho de Wood e Ladyb Jane (Rita Lee), também vive seu momento de crise. Ele não entende o comportamento dos pais e, ao contrário deles, não quer viver o espírito hippie e sim o da modernidade.
O filme é baseado nos quadrinhos de Angeli. Tem um espírito inovador, com imagens que lembram bem o movimento hippie. Mas o roteiro não é tão empolgante. É legal para os fãs da tirinha, mas não sei se é tão divertido para os "não iniciados". Mas vale a pena dar uma olhada nessa animação para adultos, artigo raro de se ver em circuito nacional.
Nota: 6.
WOOD & STOCK: SEXO, ORÉGANO E ROCK AND ROLL (Idem) - 2006 - Gênero: Animação - Direção: Otto Guerra // Vozes: Rita Lee, Sepé Tiaraju, Zé Vítor Castiel, Júlio Andrade, Felipe Monaco, Georgia Rech, Tom Zé, Cléo de Paris, Léo Machado // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

O DIABO VESTE PRADA (DEVIL WEARS PRADA):
Engraçado como até mesmo filmes considerados apenas como de "entretenimento" muitas vezes retratam realidades. Já ouvi muitas pessoas falarem que se identificaram muito com a personagem de Anne Hathaway neste filme. E eu sou uma delas.
No filme ela é Andy Sachs, jornalista recém-formada que se muda para Nova York em busca do seu primeiro emprego. Ela é idealista e sonhadora e quer escrever para grandes jornais e revistas (como todos nós, coleguinhas). Acontece que ela é chamada para trabalhar em uma grande revista de moda, famosíssima e badalada. Mas Andy não entende nada do assunto. Seu trabalho é ser a segunda assistente da super-poderosa editora da revista Runway: Miranda Priestley (Meryl Streep).
O que seria um trabalho temporário, que apenas abriria portas, se torna uma grande mudança na vida de Andy. Para o bem e para o mal. A sua chefe é uma daquelas executivas perfeccionistas, que vivem para o trabalho e não admitem falhas. Andy come o pão que o diabo amassou e começa a não ter mais vida social. Afinal de contas, não há um horário fixo de trabalho. Mas ao mesmo tempo,aprende muito sobre ela mesma.
O Diabo veste Prada é baseado no livro da jornalista Lauren Weisberger. Ele seria praticamente autobiográfico. Afinal, Lauren realmente trabalhou como assistente em uma revista de modas. É muito bem feito e garante o divertimento. Dizer que Meryl Streep está maravilhosa é chover no molhado. Mas a grande diferença de seu personagem é que no livro ela consegue ser pior.
Eu adorei o filme e me identifiquei muito com a história. Já tive um emprego onde o chefão era tão carrasco quanto Miranda. No meu caso, ele era homem e não era meu chefe direto. Também não era um emprego em uma poderosíssima revista. E o chefe tinha uma outra diferença: não falava tão baixinho quanto Miranda. Quando ele entrava na empresa dava medo. Principalmente na hora em que gritava. Mas assim como Andy, eu tb aprendi muita coisa. Não tinha como eu não gostar.
Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Um milhão de garotas dariam a vida por este emprego!" (Emily - Emily Blunt)
O DIABO VESTE PRADA (The devil wears Prada) - 2006 - Gênero: Comédia - Direção: David Frankel // Meryl Streep, Anne Hathaway, Emily Blunt, Stanley Tucci, Simon Baker, Adrian Grenier, Tracie Thoms // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

EFEITO BORBOLETA (THE BUTLERFLY EFFECT):
O estudante de psicologia Evan Treborn (Ashton Kutcher) sofre de "apagões" de memória desde que era criança. Esses blackouts sempre surgiam em momentos de muita dor e sofrimento. Desta forma, Evan não conseguia se lembrar de nada. Também desde menino ele era apaixonado por Kayleigh Miller (Amy Smart), sua amiga de infância. Mas as suas vidas se separaram e se tornaram muito diferentes por conta de algumas tragédias que aconteceram nas suas vidas e nas de seus amigos.
Agora, estas memórias bloqueadas de Evan estão voltando. E é neste momento que ele descobre quem ele é de verdade. É neste momento que ele descobre que pode voltar no tempo e modificar sua vida e de seus companheiros de infância. Mas cada vez que ele volta no tempo e modifica alguma coisa acaba criando uma realidade no presente completamente diferente. E nem sempre muito boa.
Efeito Borboleta é um nome perfeito para este filme. Para quem não sabe, ele vem da "Teoria do Caos" e quer dizer que qualquer pequena atitude pode criar uma reação em cadeia e mudar o curso das coisas ("O bater de asas de uma borboleta pode mudar o clima do outro lado do mundo"). E é o que acaba acontecendo cada vez que Evan tenta mudar alguma coisa. É o famoso "brincar de Deus".
O filme é bem legal. Tem uns buracos no roteiro, mas nada que estrague tudo. Muito pelo contrário. Não fui ver no cinema porque tenho implicância com o Ashton Kutcher desde que vi Cara, cadê meu carro. Mas ele está bem em seu primeiro papel sério. É um filme que te faz pensar sobre a vida, sobre decisões e mudanças.
Efeito Borboleta tem um pouco de drama e de ficção científica. Mas para mim, o que ficou mais marcante é que ele também é um filme de amor. Porque o tempo inteiro Evan tem Kayleigh (esse nome, aliás, é lindo! Como na música!) como foco. Ele quer salva-la, ajuda-la o tempo inteiro. E o final é um dos mais legais que eu já vi na vida! (Claro que eu não vou contar, né?)
Nota: 9.
Melhor citação do filme: Existem várias citações muito legais neste filme, incluindo diálogos. Mas eu escolhi dentre todos apenas uma frase que resume bem o filme.

"Você não pode brincar de Deus, filho!" (Jason Treborn - Callum Keith Rennie)

EFEITO BORBOLETA (The butterfly effect) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Eric Bress & J. Mackye Gruber // Ashton Kutcher, Amy Smart, Elden Henson, William Lee Scott, Eric Stoltz, Callum Keith Rennie, Mellora Walters // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
DURVAL DISCOS (IDEM):
Como muitos brasileiros, houve uma época em que eu parei de assistir aos filmes nacionais. Nem era pela falta de produções. Era pela falta de qualidade mesmo. Não gostava das histórias, não dava para ouvir as falas e ainda tinha muita cena de sexo gratuita. Em resumo: não fazia a minha cabeça. Mas desde a retomada meu preconceito com filmes brasileiros foi para o espaço. Gosto da maioria dos que eu já fui assistir. Mas Durval Discos não se enquadra nesta categoria.
Não gostei de nada deste filme. Nem do elenco!!!! Algumas pessoas estavam tão exageradas na interpretação que me deram nos nervos. O filme não consegue se decidir se é drama, se é comédia, crime, nostalgia... Sinceramente foi um grande desperdício de dinheiro.
Não entendo como ele pode ter ganho prêmios no exterior. E não entendo como é que houve alguém sem juízo o suficiente para afirmar que ele é o "Alta fidelidade brasileiro". Nossa! Quem disse isso não viu o filme americano. Durval Discos é uma tremenda porcaria. Ainda bem que não fui ao cinema para assistir.
Nota: 0.
Melhor diálogo do filme: Nenhum!
DURVAL DISCOS (Idem) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Anna Muylaer // Ary França, Etty Fraser, Marisa Orth, Isabela Guasco, Letícia Sabatella // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
PECADO ORIGINAL (ORIGINAL SIN):
De tantos astros e estrelas do cinema atual em todo o mundo existem dois que eu acho extremamente sexys: Antonio Banderas e Angelina Jolie. Tudo bem, ele anda fazendo filmes bobos e deu uma envelhecida. E ela anda "salvando o mundo" e criando filhos. Mas os dois tem um olhar, uma coisa naturalmente sexy, que não precisa de maquiagem ou de fingimento. Ainda hoje. E sempre imaginei como seria juntar os dois em um filme. Pecado original é a manifestação da minha vontade.
Ela é Julia Russell, uma moça misteriosa que chega ao México para casar com Luis Vargas (Banderas), um milionário do ramo do café. Estamos mais ou menos no século XVIII.
Assim que Julia encontra com Luis ele se apaixona perdidamente. Eles se casam logo e levam uma vidinha feliz e abastada. Luis faz todas as vontades da mulher, financeiras e românticas. Acontece que um belo dia tudo se acaba. Ela foge com todo o dinheiro de Luis e ele descobre que a verdadeira Julia, com quem ele deveria se casar, está morta. Tudo não passou de um golpe contra ele.
Luis praticamente enlouquece sem o seu dinheiro e sem a mulher que ama. E começa uma busca por ela por todo o mundo.
O filme diverte, tem um clima de romance e sexo, fora as reviravoltas da história. Mas ainda bem que eu não gastei dinheiro indo ao cinema para ver. Esperava uma interação química maior entre Banderas e Jolie. Mas não vi isso acontecendo. É um filme passável. Mas não inesquecível. Uma pena...
Nota: 7.
Melhor diálogo do filme: "Você não quer uma mulher que esteja interessada em você apenas porque você tem uma conta grande em um banco." (Julia - Angelina Jolie)

"Hum... Quero". (Luis - Antonio Banderas)

"Quer... Então, nós temos algo em comum. Nenhum dos dois é de confiança." (Julia)

PECADO ORIGINAL (Original Sin) - 2001 - Gênero: Drama - Direção: Michael Cristofer // Angelina Jolie, Antonio Banderas, Thomas Jane // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

domingo, 8 de outubro de 2006

CIDADE BAIXA (LOWER CITY):
Deco (Lázaro Ramos) e Naldinho (Wagner Moura) são dois jovens que possuem um barco chamado Dany Boy e fazem transporte de carga na região Nordeste do Brasil. Tentam ganhar a vida desta forma, mas nem sempre encontram frete. Eles se conhecem desde a infância e a amizade e parceria são grandes. Um ajuda o outro sempre. Em uma dessas andanças conhecem Karinna (Alice Braga) uma jovem prostituta do Espírito Santo que deseja chegar a Salvador para ganhar a vida, conhecer um gringo rico no Carnaval e se dar bem. Ela pega carona com os dois amigos.
A partir daí a vida deles se mistura para valer. Um triângulo amoroso é criado e a impressão desde o princípio é que isto não vai acabar bem. A verdade é que os três se gostam da mesma forma. Não há uma escolha a ser feita por cada um. Os amigos começam a trabalhar na mesma casa de prostituição que Karinna, ajudando as "meninas" em momentos mais difíceis e perigosos e para dar golpes. Mas conforme o envolvimento dos três cresce, a parceria vai se desmanchando.
Cidade Baixa é um filme muito visceral. Todos os sentimentos e atitudes vão ao extremo. Foca na vida do trio, mas ao mesmo tempo mostra a vida difícil dos moradores desta região da Bahia.
As imagens muitas vezes me lembram ao livro "O Cortiço", de Aluísio Azevedo. As pessoas vivem em estado de pobreza extrema. Muitas vezes se assemelham a animais. Os intintos básicos presentes o tempo inteiro, como o sexo, a violência e a sobrevivência.
Vale a pena assistir. O trabalho do elenco e da direção é muito bom e singelo ao tratar do triângulo e seus sentimentos de dor, amor, sofrimento e desespero. Vale a pena assistir. Mas é bom lembrar que possui cenas de sexo e algumas pessoas ainda se chocam com isso.
Nota: 9.
Melhor citação do filme: Não tô me lembrando agora.
CIDADE BAIXA (LOWER CITY) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Sérgio Machado // Wagner Moura, Alice Braga, Lázaro Ramos // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

SR. E SRA. SMITH (MR. & MRS. SMITH):
John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) são casados há não muito tempo. Porém, já frequentam um terapeuta familiar. A vida como casal anda monótona e eles querem acabar com o tédio. Jane é uma excelente dona-de-casa e John é um marido exemplar. Mas falta emoção para a relação dar certo. John e Jane seriam um casal comum se na verdade não fossem espiões.
Eles viajam pelo mundo em missões perigosíssimas. Mas fora do trabalho, tentam levar uma vida normal - até demais. Ambos não sabem de suas reais profissões.
A vida segue desta forma até o dia que John recebe a incumbência de assassinar um outro espião que está atrapalhando seu atual missão. Jane também precisa assassinar um espião que está no seu caminho. O que ambos não sabiam é que as suas missões se cruzam: um precisa assassinar o outro.
No primeiro momento, a missão é assustadora. Mas, devido a tensão que ambos andam guardando no casamento, eles acabam pegando em armas e indo atrás de resolver seus "problemas".
Esse filme é bem interessante... Não no sentido de roteiro em si, que na verdade é igual a todos os filmes de espiões que a gente já viu na vida. Mas é interessante no sentido sensual... Ninguém pode negar que Brad Pitt e Angelina Jolie são lindos e sexys. O casal tem química. Tanta, que no fim das filmagens Brad Pitt tinha largado sua esposa, Jeniffer Aniston, para viver com Angelina. Em segundo lugar, pensem só no significado - agora sim - do roteiro. Imaginem um casal de saco cheio um do outro. E se eles tivessem a oportunidade de fazer uma catarse destas na sua vida conjugal? Garanto que muita gente aí ficaria tentada. Claro, que tudo no filme é exagero. Mas serve para pensar um pouco: não está na hora de agitar um pouco mais sua vida conjugal para melhor? (não precisa pegar em armas! mas tente dar uma reviravolta no seu casamento!). Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Finais felizes são apenas histórias que ainda não chegaram ao fim". (Jane Smith- Angelina Jolie)
SR. E SRA. SMITH (Mr. & Mrs. Smith) - 2005 - Gênero: Aventura - Direção: Doug Liman // Angelina Jolie, Brad Pitt // Fonte da imagem: IMDB.
VOLVER (IDEM):
O filme começa no dia em homenagem aos mortos na Espanha. Mulheres de uma cidadezinha no interior do país se unem para limpar os túmulos daqueles que se foram. Algumas contam histórias dos antepassados. E através destas histórias conhecemos duas irmãs: Raimunda (Penelope Cruz) e Sole (Lola Dueñas). Ambas são mulheres batalhadoras, mas com compotamentos diferentes. Raimunda, a mais impetuosa, vive em Madrid com sua filha adolescente Paula (Yohana Cobo), e o atual marido. Já Sole está separada e trabalha como cabeleireira ilegalmente dentro do seu próprio apartamento. Anos atrás, as duas perderam os pais em um terrível incêndio.
Raimunda vive um momento difícil quando sua filha mata, por legítima defesa, o padrasto que queria estupra-la. Já Sole se vê as voltas com o fantasma de sua mãe.
A trama de Volver é cheia de reviravoltas e tem todo aquele clima de filme de Almodóvar. Você já identifica que o filme é dele sem sequer ler sobre isso. Desta vez, ele retorna ao universo feminino para falar das dores e tristezas das personagens. E como é um filme de Almodóvar é recomendável que se assista, mesmo que você não goste do diretor. Eu gostei mais deste do que de Má Educação. Mas não sou tão entendida assim sobre a cinegrafia dele. Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Sinto cheiro de... peido. O peido da minha mãe." (Raimunda - Penelope Cruz) [muito singela!]
VOLVER (Volver) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Pedro Almodóvar // Penelope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohana Cobo // Fonte da imagem: IMDB.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

DAMA NA ÁGUA (LADY IN THE WATER):
Correndo o risco de ser criticada por todos os fãs de M. Night Shyamalan já deixo bem claro: não gostei desse filme. Aliás, tenho sempre falado isso nos últimos tempos no que se refere a produção dele. Será que sou eu que não sei mais ver uma obra-prima? Será Shyamalan um incompreendido? Não sei. Só sei que eu não entendo porque ainda perco meu tempo assistindo aos seus filmes. Depois de Sexto Sentido e Corpo Fechado nada mais tem me agradado. Mas o fato de eu continuar insistindo em vê-los tem um lado positivo. Quer dizer que eu não desgosto tanto assim de Shyamalan e sempre quero dar uma chance a ele.
Dama na Água foi catalogado como um conto-de-fadas. Nisto eu concordo. Pois bem... Vamos a história... Cleeveland Heep (Paul Giamatti) é o zelador de um condomínio onde vivem pessoas como todos nós, ou seja, nada normais. Ele próprio vive cheio de mistérios, escondendo o que realmente é e sua história. Um dia, ele encontra uma moça no fundo da piscina do prédio e a salva. Não só da água, mas de uma ameaça invisível que ele nem conhece. Mais tarde, ele descobre que a moça que salvou se chama Story (Bryce Dallas Howard) e que ela não é uma jovem qualquer. Ela é uma ninfa do mar (se vocês repararem bem, ela até lembra a sereia de Daryl Hannah em Splash). Story precisa voltar para casa, mas também tem que cumprir uma missão: inspirar alguém a fazer uma ação que vai mudar o mundo. Cleeveland tenta buscar mais informações sobre a história da moça e ele e os moradores do condomínio a ajudarão. Story descobre que a pessoa a quem ela tem que inspirar, aliás, está ali mesmo no condomínio.
Aqui preciso abrir um parêntesis. Achei meio antipático o próprio Shyamalan ser o cara que vai inspirar o mundo com o seu livro. Sinceramente, não é um pouco megalomaníaco? Eu achei.
A história toda é muito confusa e tem mais de um final (coisa que eu detesto). Sinceramente, não achei que valeu o ingresso. Mais uma vez me frustro com Shyamalan. Vai ver não estou preparada para ver a verdade da forma que ele vê. Pena... Mas vou continuar dando chances a ele... Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Sr. Heep, minha mãe me contou mais sobre a história antes de me jogar um travesseiro!" (Young-Soon Choi - Cindy Cheung)
A DAMA NA ÁGUA (Lady in the water) - 2006 - Gênero: Fantasia - Direção: M. Night Shyamalan // Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Jeffrey Wright, M. Night Shyamalan, Cindy Cheung // Fonte da imagem: Adorocinema.

domingo, 27 de agosto de 2006

JULIETA DOS ESPÍRITOS (GIULIETTA DEGLI SPIRITI):
Julieta (Giulietta Masina) é uma mulher simples, sem vaidade, que vive à sombra da beleza da mãe e da irmã. Ela é casada e vive em uma belíssima casa perto do mar. É praticamente uma "Amélia", inocente e supesticiosa. É o modelo antigo de esposa, intocada sexualmente pelo marido.
Um dia, Julieta conhece a excêntrica vizinha Suzy (Sandra Milo). Ela sempre teve curiosidade de falar com a moça, pois esta chama mesmo a atenção. As duas começam a tornar-se amigas... Mesmo com Julieta conhecendo sua verdadeira profissão. Suzy é uma garota de programa que atende a aristocratas. As experiências na casa da vizinha, de cunho sexual, assustam e ao mesmo tempo abrem os olhos de Julieta.
Seu casamento é frio e mentiroso. Ela descobre que seu marido a trai ouvindo ele ligar para outra mulher enquanto acha que Julieta dorme. Ela também o ouve chamar o nome "Gabriela" enquanto dorme. E vai atrás para descobrir quem é a amante.
Todas estas experiências começam a transformar a vida de Julieta de forma positiva. Ao mesmo tempo, ela começa a ver espíritos que a aconselham a mudar.
Sempre tive medo de assistir a filmes de Fellini, Godard e todos estes diretores clássicos do cinema europeu, pois achava que não era madura suficiente para apreender tudo o que a experiência cinematográfica que eles nos impõem. Mas acho que esse tempo está começando a passar. Julieta dos Espíritos é acima de tudo uma experiência sensorial. Adorei! Nota: 9.
Melhor citação do filme: Ficarei devendo outra vez...
JULIETA DOS ESPÍRITOS (Giulietta Degli Spirti) - 1965 - Gênero: Fantasia - Direção: Federico Fellini // Giulietta Masina, Sandra Milo, Mario Pisu, Valentina Cortese // Fonte da imagem: Google images.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

MEU ENCONTRO COM DREW BARRYMORE (MY DATE WITH DREW):
A primeira vez que fiquei sabendo desse documentário foi durante o Festival do Rio em que me aventurei a encarar uma verdadeira maratona de quatro a cinco filmes por dia. Isto foi em 2005. Com a grade na mão e outros filmes preferidos como prioridade, acabou não tendo espaço para ver este. Uma pena, porque ele realmente tinha me chamado atenção. Até porque, sou fã da Drew (digam o que quiser!).
Este ano, resolvo assistir a uma das Maratonas do Odeon e - surpresa! - lá estava o documentário na programação. Era mesmo pra eu ver este filme!
Antes de mais nada, serei cética: é um documentário muito bobo e quem não viu, no fundo não perde nada. Não é nada sério. Mas isso é só o meu lado sério. O meu lado sensível, emotivo e de fã também diz que o filme é muuuuuuuito legal. Por quê? Porque ele é simplesmente uma homenagem a uma atriz que se mostrou, no documentário, ser totalmente acessível - salvo as devidas proporções. Ela podia simplesmente ignorar o fã maluco que estava ali querendo fazer um filme bobo sobre seu fanatismo. O que me tornou mais fã dela ainda.
Bom, o documentário é exatamente isso que eu falei. Brian Herzlinger é um fã apaixonado de Drew Barrymore. Desde os tempos de E.T. Em seu projeto como cineasta tem um mês para chegar até a atriz e chamá-la para jantar. Um mês porque é o tempo que ele tem para devolver a câmera de vídeo para loja de onde comprou. Ele organiza uma agenda que deve ser cumprida para chegar ao seu objetivo. Mas acontece que é muito difícil encontrar Drew Barrymore. Brian entra em contato com assessores, esteticistas, cabeleireiros, ex-namorado, amigos etc. Tudo para encontra-la.
O legal é que indivíduos com o mínimo de sensibilidade acaba se envolvendo com a história. De repente, vc se pega torcendo para que Brian a encontre. O cara faz realmente de tudo para alcançar seu objetivo. Ele é praticamente um "Joseph Klimber" do documentário. Confesso que chorei no final! Nota: 8.
Melhor citação do filme: Vou ficar devendo...
MEU ENCONTRO COM DREW BARRYMORE (My date with Drew) - 2004 - Gênero: Documentário - Direção: Jon Gunn & Brian Herzlinger // Brian Herzlinger, Drew Barrymore, Corey Feldman // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
OBRIGADO POR FUMAR (THANK YOU FOR SMOKING):
A indústria do tabaco anda sofrendo grande perseguição nos últimos anos de organizações de todo mundo. O produto já teve seu período de glamour, onde era visto como objeto de luxo, status, juventude, aventura etc. Agora, a indústria é perseguida por departamentos de saúde, governos, cientistas, e ex-fumantes que adquiriram alguma doença pelo hábito de fumar.
Neste ambiente conturbado, de queda de vendas e proibições de propaganda de cigarros, Nick Naylor (Aaron Eckhart), um lobista do setor, é um dos melhores no que faz. Ele tem o dom da retórica e um talento para convencer pessoas que impressiona. Sua tarefa é promover o fumo em uma época onde as pessoas se preocupam com a saúde. E o pior é que ele consegue ser bem sucedido. Mas o que ele não sabe é que algumas pessoas estão em seu caminho para tentar derrubá-lo, como a imprensa e alguns parlamentares.
Na vida pessoal, Nick é separado e tem um filho, Joey (Cameron Bright), que vê muito pouco. Para aumentar a ligação entre os dois, Nick resolve levar o filho a algumas exibições de seu trabalho. No começo, ele fica feliz ao notar que seu filho o está admirando. Mas de repente se dá conta de que o menino pode ser um futuro fumante e entra em crise.
Obrigado por fumar é o filme de maior destaque (por enquanto) do diretor Jason Reitman, filho do diretor Ivan Reitman. Ele também assina o roteiro. Um trabalho primoroso para quem ainda não tem tanta experiência. O roteiro é ao mesmo tempo crítico e debochado. E os atores estão inspiradíssimos, com destaque para Aaron Eckhart e Cameron Bright. Esse filme deveria ser exibido em faculdades de Comunicação e Marketing, porque em muitos momentos os personagens dão aula de retórica e administração de crises. Sensacional! Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Nós não vendemos Tic tacs. Nós vendemos cigarros. Eles são cool, de fácil acesso e viciantes. O trabalho está quase todo feito para nós." (BR - J.K. Simmons)
OBRIGADO POR FUMAR (Thank you for smoking) - 2005 - Gênero: Comédia - Direção: Jason Reitman // Aaron Eckhart, J.K. Simmons, Cameron Bright, Maria Bello, David Koechner, William H. Macy, Katie Holmes, Rob Lowe // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

SUPER-HOMEM - O RETORNO (SUPERMAN RETURNS):
Como o prórpio nome diz, este é o retorno do Superman (Brandou Routh). Não só aos cinemas, mas ao planeta Terra. Ele esteve em viagem pelo universo, tentando encontrar suas origens, vestígios de Krypton. Anos depois volta para começar tudo de novo.
Quando retorna, Superman/Clark Kent tem que recomeçar do zero. Ele volta a trabalhar no Planeta Diário e a salvar os fracos e oprimidos. Como Clark, convive novamente com Lois Lane (Kate Bosworth) por quem sempre foi apaixonado. Ela agora é noiva, tem um filho de cinco anos e simplesmente odeia o Superman.
Enquanto isso, Lex Luthor (Kevin Spacey), arquinimigo do herói, deixa a cadeia e se casa com uma viúva rica. Ela morre e ele herda a fortuna. Lex continua megalomaníaco e resolve construir um país só pra ele, com a ajuda de cristais vindos de Krypton.
O filme é basicamente isso. Temos o Superman tentando retormar sua relação com Lois e ele lutando contra a ameaça de Lex Luthor. E a pergunta que fica é: por que o filme não decolou?
Simples de responder. Porque ele não tem um roteiro decente. Não há um motivo de verdade para Lex Luthor querer criar um país para ele. E quando o vilão não tem um motivo, o filme perde o sentido.
A coisa ficou tão estranha neste filme que mais parecia que era o Dr. Evil quem estava arrumando briga com o Superman. É uma pena, porque desperdiçou a atuação de Kevin Spacey como vilão. Fora o diretor Bryan Singer, que é indiscutívelmente talentoso, que não conseguiu transportar para Superman a força dos X-Men que dirigiu. E o ator escolhido para viver o herói, Brandon Routh, não decepciona. Ele é muito parecido com Christopher Reeeve e levou bem o papel.
Uma pena total! Muita gente ficou decepcionada. Ainda bem que eu não esperava nada mesmo... Nota: 5.
Melhor diálogo do filme:
- Mais milhões de pessoas vão morrer. (Lois Lane - Kate Bosworth)
- Bilhões! Mais uma vez, a imprensa me subestima. (Lex Luthor - Kevin Spacey)
SUPERMAN - RETURNS (Superman returns) - 2006 - Gênero: Aventura - Direção: Bryan Singer // Brandon Routh, Kate Bosworth, Kevin Spacey, James Marsden, Parker Posey, Frank Langella // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
KINSEY - VAMOS VALAR SOBRE SEXO (KINSEY):
Alfred Kinsey é sinônimo de escândalo nos Estados Unidos. Principalmente porque a menção de seu nome lembra algo em que eles ainda não sabem lidar direito: a sexualidade. Mas quem é que sabe lidar direito com isso?
Esta é a cinebiografia deste biólogo, nascido em 1894. No começo de sua carreira, Kinsey se preocupava com com a botânica. Filho de cristãos fervorosos, Kinsey cresceu encarando sexo como algo sujo e proibido. Não teve experiência alguma neste sentido. Apenas quando se casou ele conheceu o sexo. Ao descobri-lo, Kinsey resolveu estuda-lo. E para isso, convoca alguns alunos e elabora questionários sobre as práticas sexuais dos norte-americanos. E aí começa a grande polêmica.
Quando Alfred Kinsey começou este trabalho, ele queria estudar a fundo o comportamento humano. Por isso, seus questionários eram bem específicos e explícitos. Quando divulgou o resultado da pesquisa, através do livro "Sexual Behavior in the Human Male" causou escândalo. Os puritanos logo o condenaram. Foi classificado de tarado, maníaco, maluco doente etc. Mesmo assim, Kinsey continuou seus estudos sobre a sexualidade humana.
Claro que tudo isso que eu estou falando é extremamente chato e desinteressante. Mas explicar esta cinebiografia é chato mesmo. Assistir é bem melhor. Principalmente na parte das entrevistas. Muito interessante para conhecer uma personalidade norte-americana. A atuação de Liam Neeson e Laura Linney merecem atenção. Nota: 7.
Melhor diálogo do filme:
- Existe uma cura para a sífilis... Se chama abstinência! (Thurman Rice - Tim Curry)
- Penicilina também funciona! (Alfred Kinsey - Liam Neeson).
KINSEY - VAMOS FALAR SOBRE SEXO (Kinsey) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Bill Condon // Liam Neeson, Laura Linney, Chris O'Donnell, Peter Sarsgaard, Timothy Hutton, John Lithgow, Tim Curry, Oliver Platt // Fonte da imagem: IMDB.

sábado, 22 de julho de 2006

RAY (IDEM):
Este filme me foi tão recomendado que eu não poderia deixar de assistir. Gosto de música, mas confesso que sou completamente analfabeta no tema. Só conheço o que o povão conhece, o que toca nas rádios e nas TVs. Mas claro que as unânimidades eu conheço, nem que seja de apenas ouvir falar. Ray Charles é um desses que eu conheço bem pouco. A cinebiografia era então uma fonte de informações para mim. Não sei até onde isto é exagero ou não, mas as informações que me chegaram davam conta de que ela não é muito fantasiosa e está bem perto do que foi a vida deste grande músico.
O filme mostra desde a infância paupérrima até o momento de fama e dinheiro de Ray Charles, passando por crises no casamento, casos extraconjugais e problemas com drogas. Coisas normais nas vidas de qualquer músico de sucesso. Uma das coisas que eu mais gostei no filme - e que eu não conhecia, claro - foi a história de como ele ficou cego. O trauma com a morte do seu irmão mais novo foi tão grande que ele foi perdendo a visão aos poucos. Outra coisa muito interessante foi a força da mãe dele. Se a personagem foi baseada na personalidade de verdade Ray Charles foi mesmo um privilegiado e muito do que ele foi, veio da força da mãe.
Outra coisa que é inegavelmente notável neste filme é a atuação do ator Jamie Foxx no papel título. Quando me disseram que ele parecia "incorporar" o músico, achei que era exagero. Mas quando vi o filme, concordei plenamente. Jamie Foxx é a força que move o filme e nasceu para ser Ray Charles. A atuação é comovente e perfeita.
Realmente Ray é um filme que merece ser visto. Não só por aqueles que são fãs ou gostam de música. A cinebiografia deve ser vista por todos nós que devíamos conhecer um pouco mais da cultura mundial. Também acho que é um filme importante para mostrar que a força de vontade nos leva longe. Muito bom mesmo! Nota: 9.
Melhor diálogo do filme:
- Então, Ray... Nós temos que conversar sobre seu sobrenome: Robinson. Sugar Ray tem o franchise desse nome. Então eu estava pensando no seu nome do meio: Charles. Seria "Ray Charles". (Jack Lauderdale - Robert Wisdom)
- Eu não ligo como vocês me chamam, cara, contanto que o nome esteja no disco. (Ray Charles - Jamie Foxx).
RAY (Idem) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Taylor Hackford // Jamie Foxx, Kerry Washington, Regina King, Clifton Powell, Harry J. Lennix, Robert Wisdom // Fonte da imagem: IMDB.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

O FANTASMA DA ÓPERA (THE PHANTON OF THE OPERA):
Christine (Emmy Rossum) é uma jovem e talentosa cantora lírica. Ela trabalha na Ópera Popular, na França, mas é uma ilustre desconhecida. Mas seu talento é percebido por alguém, o espírito da casa - o fantasma da ópera (Gerard Butler). Ela tem uma ligação de aluna e professor com o "espírito" e começa a brilhar no palco. Um dia, se apaixona pelo belo nobre Raoul (Patrick Wilson). Mas quando decide viver esse amor, encontra um obstáculo: o seu tutor musical. Cheio de ciúmes, ele faz tudo para separar o casal. As loucuras do fantasma coloca o teatro abaixo para ficar com sua amada.
Esta é a premissa desta história, que não é desconhecida para todos nós. O Fantasma da Ópera é um musical que está há anos e anos em cartaz na Inglaterra. E eu, como amante de cultura em geral, sempre fui louca para assistir. Até houve uma versão brasileira, mas eu não fui porque era em São Paulo e era caro. Daí, resolvi assistir o filme... E detestei...
Fiquei frustrada... Como assim eu não gostei de uma unânimidade dessas? Mas acho que determinados musicais não deveriam ser passados para a tela grande. Achei o filme extremamente longo, chatíssimo, tedioso e em nehum momento me convenceu. Por quê? Sinceramente eu não sei... O que me deixa mais frustrada ainda... Porque eu nem sei exatamente o que me deixou tão decepcionada. Só sei que se o musical for chato desse jeito, melhor mesmo nem gastar um centavinho com isso. Mas eu acho que não deve ser. Porque senão não estaria em cartaz a décadas. Não recomendo nem para o meu pior inimigo. Só a trilha sonora presta. Nota: 3.
Melhor citação do filme: Não posso escolher um diálogo ou uma frase. Não gostei do filme, mas não posso negar que a trilha sonora tem músicas lindas.
O FANTASMA DA OPERA (The phanton of the opera) - 2004 - Gênero: Musical - Direção: Joel Schumacher // Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Miranda Richardson, Minnie Driver // Fonte da imagem: IMDB.

sábado, 1 de julho de 2006

QUEM VAI FICAR COM MARY (THERE'S SOMETHING ABOUT MARY):
Aos 16 anos Ted Stroehmann (Ben Stiller) conheceu a moça mais bonita que viu em toda a sua vida: Mary Jensen (Cameron Diaz). Eles estudavam na mesma escola, mas como Ted fazia o estilo "loser" nunca achou que ela olharia para ele. Mas seu sonho se realiza. Ted tem a oportunidade de levar Mary ao baile de formatura. Tudo parece perfeito... Mas a ida de Ted à casa de Mary é um desastre. Um acidente com seu zíper põe tudo a perder... Anos depois - para ser mais exata 13 anos - ele continua remoendo esta história. Até que resolve contratar um detetive particular, Pat Healy (Matt Dillon), para encontrar Mary. Ele a encontra, mas também se apaixona pela moça e mente para Ted. Este, desconfia e segue o detetive. E aí começa uma confusão enorme, com os dois "lutando" pelo amor da Mary. Nem sempre de uma forma "limpa".
Quem vai ficar com Mary é sem dúvida um dos filmes mais engraçados que eu já vi. Não posso dizer que gostei de todos os filmes dos irmãos Farrelly, mas esse é o meu preferido com certeza. O humor negro é um ponto forte. A cena do zíper e das brigas entre Ted, Pat e o cachorrinho são as melhores. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Você está na terapia, pensando que estragou tudo com uma garota linda, mas prender seu pinto no zipper se tornou a melhor coisa que já aconteceu com vc." (Dom - Chris Elliott)
QUEM VAI FICAR COM MARY (There's something about Mary) - 1998 - Gênero: Comédia - Direção: Bobby & Peter Farrelly // Cameron Diaz, Ben Stiller, Matt Dillon, Lee Evans // Fonte da imagem: IMDB.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

POSEIDON (POSEIDON):
Na noite de ano novo, os passageiros e a tripulação do transatlântico Poseidon se preparam para comemorar. Todos com seus problemas, confusões, dramas e blá blá blá que não interessa... Mas o que eles não sabem é que ainda não enfrentaram o pior... No meio da festa, o comando do navio percebe que uma onda gigante vem em direção ao barco. Como eles se dão conta do perigo muito tarde, não conseguem "manobrar" (eu não sei termos náuticos!!!) a tempo. Resultado: a mega-onda quebra no navio e faz com que ele vire de cabeça para baixo (SENSACIONAL!!!). Muitos passageiros morrem, claro, e os que sobrevivem ficam presos no salão de baile à espera de socorro de algum navio próximo. Mas um grupo, liderado pelo jogador/mau-caráter Dylan Johns (Josh Lucas) resolve não pagar pra ver e tenta atingir o casco do navio para se salvar antes que ele afunde de vez.
Vocês repararam que eu não falei das histórias pessoais dos personagens? E sabe por que isso? Porque elas não importam, claro!!! O filme até menciona um ou outro problema mas não se aprofunda! Tem momentos-clichê, claro... Mas se passa tão rapidamente que nem dá pra perceber... E convenhamos que o que importa ali não é a vida de uma pessoa ou de um casal em crise e sim o acidente e como o ser humano luta para salvar sua vida em momentos como esse (Mesmo com os exageros do filme).
Agora eu preciso fazer a comparação inevitável com Titanic... Antes de mais nada, esclareço duas coisas: 1- ODEIO Titanic!!!!!!!!! (a não ser a partir da hora em que o navio bate no iceberg em diante); 2- Nunca vi o original de Poseidon. Sei que vou apanhar na rua mas vou dizer: prefiro Poseidon a Titanic. Sim, é verdade. Claro que os efeitos especiais do segundo são muuuuuuuito melhores... Nem vou questionar... Mas em matéria de roteiro! Enquanto o Titanic me dava nervoso com aquela historinha-de-amor-clichê-chatíssima-água-com-açúcar-que-não-me-convenceu, após a sessão de Poseidon saí da sala de cinema parecendo que tinha corrido uma maratona! Uma tensão só! E isso é que é maneiro! E daí que é um filme-pipoca? Pra mim, o que importa em um filme é a sensação que ele te causa. E o Titanic só me deu vontade de sair do cinema no meio da sessão...
O que faz Poseidon ser melhor do que o Titanic é não focar em pieguices... Não perder tempo com liçõeszinhas de amor que a gente acredita quando tem 15 anos. Os roteiristas simplesmente pulverizaram os dramas pessoais e foram ao que interessa num filme desse tipo: a ação! Nota: 7.
Melhor cena do filme: A "tsunami" batendo no navio...
Melhor citação do filme: "Nós não estamos muito certos do que houve aqui, mas nosso palpite é que fomos atingidos por uma onda gigante. Elas são raras, são imprevisíveis e são mortais. Agora, as boas notícias. No momento em que este navio foi atingido, o sinal do localizador GPS de emergência foi lançado. Então, nós estamos no máximo a algumas horas do salvamento. Atenção, façam um favor a vocês mesmos. Sigam as instruções dos meus comandados e fiquem calmos. Este salão é uma bolha gigante de ar que está segurando este navio. Assim que os compartimentos forem fechados, nós estaremos a salvo de vazamento de gás, fogo e de afundar. Nós estaremos salvos." (Captain Michael Bradford - Andre Braugher) POSEIDON (Poseidon) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Wolfgang Petersen // Kurt Russell, Josh Lucas, Richard Dreyfuss, Jacinda Barrett, Emmy Rossum, Mike Vogel, Andre Braugher// Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

DOM (DOM):
Este filme é uma homenagem ao livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis. Uma tentantiva de modernizar a história. Bento (Marcos Palmeira) é um engenheiro que mora no Rio de Janeiro. Um dia vai visitar um amigo em São Paulo, Miguel (Bruno Garcia), e dá de cara com o seu passado. Ele acaba revendo Ana (Maria Fernanda Cândido), uma paixão de sua infância. Ele a chamava de Capitu, por causa do livro de Machado. Quando os dois se reencontram o amor explode de verdade e mais maduro. Mas Bento sempre foi cismado que seu futuro amoroso seria parecido com o do personagem do livro. E começa a ter ciúmes doentio de Ana com seu amigo Miguel. Como no livro. Ele chega a acreditar que o filho do casal não é dele. Bento vai minando a relação com o passar do tempo sem conseguuir se segurar. E Ana/Capitu sofre nas mãos do marido.
Mais um filme brasileiro que eu vi na TV Globo recentemente... E mais um daqueles que eu agradeço por não ter visto no cinema. Tem filmes que só merecem ser vistos na TV. Até que diverte, mas não é lá essas coisas... Nota: 5.
DOM (Idem) - 2003 - Gênero: Drama - Direção: Moacyr Góes // Marcos Palmeira, Maria Fernanda Cândido, Bruno Garcia // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
DEUS É BRASILEIRO (IDEM):
Tenho que confessar um preconceito que eu tenho. Não é com os filmes brasileiros em si. Já passei dessa fase. Hoje em dia existem produções brasileiras muito legais. Mas eu tenho preconceito com filmes que a Globo já tinha feito séries ou casos especiais antes. Em resumo, tive preconceito com esse quando passou no cinema. Já tinha visto na Globo... O que mais o filme me acrescentaria? Eu acho que nada. Na verdade eu ia era perder... dinheiro.
Mas resolvi ver quando passou na TV e eu não pagaria nada. Advinha onde passou? Globo!!!! "Isn't ir ironic?", já diria Alanis Morissette. E como eu previa, nada me acrescentou mesmo.
O enredo é o seguinte: um dia Deus (Antônio Fagundes) está cansado dos erros e problemas da humanidade. Então ele resolve que vai tirar férias. Mas para poder descansar de verdade, precisa encontrar um substituto. Ele descobre um no interior do Brasil, mas não sabe como chegar até ele. Para encontrar seu escolhido Ele consegue a ajuda de Taoca (Wagner Moura) e Madá (Paloma Duarte). Os três fazem uma viagem pelo interior do país e descobrem a diversidade cultural do brasileiro. Costumo ser boazinha nas críticas... Mas este filme é bem fraquinho mesmo... Nota: 5.
DEUS É BRASILEIRO (Idem) - 2003 - Gênero: Comédia - Direção: Cacá Diegues // Antônio Fagundes, Wagner Moura, Paloma Duarte // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
RECÉM-CASADOS (JUST MARRIED):
Esta é mais uma daquelas comediazinhas românticas que eu gosto de assistir de vez em quando. Conta a história de um casal, Tom (Ashton Kutcher) e Sarah (Brittany Murphy), que se conhece, se apaixona e se casa, como milhares por aí. Ele é radialista. Ela é filha de milionários. Resolvem se casar num impulso, sem se conhecer muito. O casal parte em lua-de-mel para a Europa. E lá, seu casamento e seu amor é posto à prova. Todo o tipo de confusão acontece. Eles são, inclusive, expulsos do hotel onde se hospedariam. E entre todos estes problemas, obviamente as discussões começam. Mas tudo fica pior quando um ex-namorado inconformado de Sarah surge no mesmo local onde o casal está passando a lua-de-mel.
As confusões em que Tom e Sarah se metem fazem rir realmente. Não é o melhor filme do mundo, com certeza, mas é divertido. É legal para aqueles momentos em que vc não quer levar a vida tão à sério. Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Eu preciso saber de tudo... Onde, quando, o quanto o pênis dele era pequeno..." (Tom - Ashton Kutcher)
RECÉM-CASADOS (Just married) - 2003 - Gênero: Comédia - Direção: Shawn Levy // Ashton Kutcher, Brittany Murphy // Fonte da imagem: IMDB.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

A PROFECIA (THE OMEM):
O dia 06 do mês 06 deste ano (2006) foi alvo de uma gande campanha de marketing em cima do remake de A Profecia. Os trailers de cinema realmente eram assustadores. Principalmente o do menino no balanço. Mas tanto marketing não me empolgou tanto.
Não é que o filme seja ruim. Ficou interessante. Mas é muito parecido com o original. E eu não vejo razão em pegar um um filme e copiar ele praticamente todo. Qual é a graça? Só para mudar os atores? Nessas situações, sinceramente, prefiro o original.
O elenco não é culpado disso. Gostei da interpretação de todos. O Damien (Seamus Davey-Fitzpatrick), por exemplo, é de dar medo! Mas como disse acima, não vejo sentido em copiar algo que já existe dessa forma.
A Profecia conta a história de um casal de americanos e seu filho. Robert e Katherine Thorn (Liev Schreiber e Julia Stiles) estão "grávidos". Mas ela perde o bebê. Acontece uma troca e Katherine fica com o bebê de outra. Robert é um grande diplomata e vive mudando de endereço e de país. Enquanto isso, seu filho Damien vai crescendo. Mas ele não é um menino como outro qualquer. Quem percebe isso primeiro é Katherine, que chega a beirar a loucura. Eventos muito estranhos cercam a vida do menino. E surge a desconfiança de que ele possa ser o filho do demônio. Dá para se assustar... Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Não deixe ele me matar!" (Katherine Thorn - Julia Stiles)
A PROFECIA (The Omen) - 2006 - Gênero: Terror - Direção: John Moore // Liev Schreiber, Julia Stiles, Seamus Davey-Fitzpatrick, David Thewlis // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

segunda-feira, 5 de junho de 2006

X-MEN 3: O CONFRONTO FINAL (X-MEN: THE LAST STAND):
Sou fã dos filmes dos X-Men. Mas confesso que não estava com muita expectativa quanto a esse. Afinal de contas, mudou o diretor (saiu Bryan Singer e entrou Brett Ratner) e eu sou avessa a mudanças na "essência da produção". Mas saí da sala do cinema extasiada... E com uma pergunta na cabeça: Como é que uma trilogia conseguiu manter a qualidade igualmente em todas as partes? Este será um dos grandes mistérios da humanidade... Quem achava que o sucesso de X-Men vinha do diretor errou. Será que é a força da história? Será que é o respeito como o roteiro vem sendo tratado? Tem a ver com o elenco? Sinceramente, não tenho a resposta. E eu acho que ninguém tem.
Na terceira parte (e teoricamente última) os mutantes passam por uma guerra. Em primeiro lugar, uma grande corporação descobre uma forma de "cura" para o gene mutante. E estes, passam a poder fazer uma escolha: permanecer ou não com seus "poderes". Ao mesmo tempo, a tal "cura" causa uma grande revolta em boa parte dos mutantes do mundo. E Magneto (Ian McKellen) lidera o grupo. Do outro lado estão os X-Men, que preferem manter a diplomacia. Além disso, eles descobrem que alguém que achavam que tinha morrido está viva: Jean Grey (Famke Jenssen). O problema é que ela volta diferente. Vira a Fênix Negra, uma criatura com poderes mentais incontroláveis e instáveis. Na verdade, ela é uma ameaça.
Diversão garantida com gosto de quero mais! Nota: 9.
Melhor citação do filme: Sinceramente não consegui prestar atenção. Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo!
X-MEN 3: O CONFRONTO FINAL (X-Men: The last stand) - 2006 - Gênero: Aventura - Direção: Brett Ratner // Halle Berry, Hugh Jackman, Famke Janssen, Ian McKellen, Patrick Stewart // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

CONTATOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU (CLOSE ENCOUNTERS OF THE THIRD KIND):
O ano é 1977. Militares de várias partes do mundo estão descobrindo evidências de visitantes espaciais. No entanto, tudo é mantido em segredo. A equipe do cientista Claude Lacombe (François Trufaut) está percorrendo os locais onde as evidências aparecem. Mas nos Estados Unidos, o contato entre os seres humanos e dos extraterrestres é mais rumoroso. Muitas pessoas viram as luzes e as naves espaciais em uma cidadezinha no meio do deserto. E não só isso. Depois da experiência eles vêem sempre a imagem de uma montanha. Roy Neary (Richard Dreyfuss) é um deles. E fica tão alucinado pelas visões que deixa o emprego e praticamente abandona a família. Roy fica obcecado pela visão. Até que ele e um grupo de pessoas que passaram pela experiência vão atrás da montanha. Quando a encontram, os militares não os deixam se aproximar. A partir daí eles descobrem que existe algo no ar.
Contatos imediatos de terceiro grau é um clássico, digam o que quiserem. É precursor de E.T. e de todos esses filmes de extraterrestres que a gente vê hoje. É Spielberg em sua melhor fase! O que mais posso falar? Nota: 8.
Melhor diálogo do filme:
- Einstein estava certo. (cientista)

- Einstein provavelmente foi um deles! (Líder da Equipe - Merrill Connally)

CONTATOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU (Close encounters of the third kind) - 1977 - Gênero: Drama - Direção: Steven Spielberg // Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr, Merrill Connally // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 27 de maio de 2006

ENTRANDO NUMA FRIA MAIOR AINDA (MEET THE FOCKERS):
Após a autorização para se tornar um enfermeiro de verdade, Greg Focker (Ben Stiller) resolve que é hora de casar com sua namorada Pam (Teri Polo). Para isso, é necessário que as famílias se conheçam. Esta é a vez dos Byrnes conhecer os Fockers.
Bernie e Roz Focker (Dustin Hoffman e Barbra Streisand) são um casal diferente. Em geral não se estressam, falam o que querem... São quase hippies. Totalmente ao contrário de Jack e Dina Byrnes (Robert De Niro e Blythe Danner), rigorosos e sérios. A princípio, Greg sente vergonha dos seus pais. Mas as famílias vão aprendendo a conviver com as diferenças. Todos menos Jack, que como sempre quer que sua filha não se case com Greg. Mais uma vez ele arma para cima do bem intencionado rapaz.
Entrando numa fria maior ainda é divertido. Mas não chega aos pés da primeira parte. Se o filme não existisse nem faria falta. Nem Ben Stiller está tão bem como costuma ser. Mas devo dar o crédito a Dustin Hoffman e a Barbra Streisand. Eles são os verdadeiros responsáveis pelos momentos engraçados do filme. O resto... Nota: 6.
Melhor citação do filme: Humm... Nenhuma muito importante...
ENTRANDO NUMA FRIA MAIOR AINDA (Meet the Fockers) - 2004 - Gênero: Comédia - Direção: Jay Roach // Ben Stiller, Robert De Niro, Dustin Hoffman, Barbra Streisand, Blythe Danner, Teri Polo // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 20 de maio de 2006

BRIDGET JONES: NO LIMITE DA RAZÃO (BRIDGET JONES: THE EDGE OF REASON):
Bridget Jones (Renée Zellweger) está de volta. E desta vez ela não está solteira. No fim do primeiro filme ela está namorando o advogado Mark Darcy (Colin Firth) e é neste momento que a encontramos na segunda parte. Acabou-se os momentos de tristeza, de depressão, de solidão... Acabaram-se os stress e a ansiedade... Quer dizer... Na verdade não. Mas agora eles acontecem de forma diferente. Se antes Bridget sofria por estar sozinha, agora ela sofre para tentar manter o relacionamento. Pode parecer bobagem, mas ela vai aprender que estar sozinha tem lá os seus problemas, mas estar acompanhada também não é esse paraíso todo.
No segundo filme, Bridget tem que lidar com paranóias e com uma mulher linda e perfeita que parece querer tomar seu namorado. Coisas que nós mulheres entendemos muito bem. E quando a crise bate o que ela faz? Simples: enche a cara, chama os amigos e se dedica mais ao trabalho.
O que eu acho engraçado sobre esse filme é que, como o primeiro, ele é melhor do que o livro. Este é um caso muito raro. Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Amigos... Eles passam anos tentando encontrar um namorado para você, mas no momento que você consegue um, eles imediatamente dizem para você abandona-lo." (Bridget Jones - Renée Zellweger)
BRIDGET JONES: NO LIMITE DA RAZÃO (Bridget Jones: The edge of reason) - 2004 - Gênero: Comédia - Direção: Beeban Kidron // Renée Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
O CÓDIGO DA VINCI (THE DA VINCI CODE):
Acho que este foi o filme mais esperado do ano. Pelo menos, foi o que mais deu manchetes. Também, uma adaptação de um dos livros mais vendidos no mundo nos últimos tempos só podia dar nisso. Depois que O Código Da Vinci foi exibido, porém, a crítica sentou o pau... Eu, como sou do contra, não sei porque isso. Achei o filme bem parecido com o livro, aliás. O elenco é talentoso, por exemplo. Claro que houve uma mudança aqui e outra ali na história, mas achei que algumas até a melhoraram. A única crítica que faço é que o filme foi muito rápido em determinados momentos críticos e lento demais em outros não tão importantes. O resto achei bem legal.
Eu acho que muita gente não gostou também porque colocou muita expectativa em cima da adaptação. E sabe como é... Tudo na vida que você coloca muita expectativa acaba te decepcionando. Eu, por exemplo. Não esperava muito do filme. Por quê? Porque não achei o livro isso tudo que todo mundo dizia. E por que me decepcionei? Porque como todo mundo dizia que o livro era maravilhoso, coloquei muita expectativa nele. Sinceramente, sem falsa modéstia, achei os mistérios do livro bem fáceis de ser solucionados (lendo, eu resolvia antes de Sophie e Robert). E o final era bem óbvio! Além do mais, a história principal, que em tese é a coisa mais chocante do livro e que causou tanta polêmica com os católicos pelo mundo, para mim não é novidade. A tese já era conhecida há muito tempo. Aliás, quem já tinha visto A última tentação de Cristo, por exemplo, sabe do que eu tô falando.
Eu não vou contar a história aqui porque é contra os meus princípios revelar os mistérios e os finais nas minhas críticas. Alguém pode pensar: "Como assim? O mundo inteiro já leu esse livro!", mas eu sei que não é bem assim. Até sair a trilogia do Senhor dos Anéis eu não tinha lido. E eu não sabia do final de King Kong! Então, esse negócio de unânimidade é furada. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Você acredita em Deus? Seu Deus não perdoa assassinos... Ele os condena!" (Sophie Neveau - Audrey Tautou)
O CÓDIGO DA VINCI (The Da Vinci code) - 2006 - Gênero: Aventura - Direção: Ron Howard // Tom Hanks, Audrey Tautou, Jean Reno, Ian McKellen, Paul Bettany, Alfred Molina // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 18 de maio de 2006

O TERNO DE 2 BILHÕES DE DÓLARES (THE TUXEDO):
Jimmy Tong (Jackie Chan) é um taxista que dirige muito, muito rápido. Um dia, ele é contratado para dirigir para Clark Devlin (Jason Isaacs), um agente secreto estilo James Bond. Devlin é muito conceituado em sua profissão e está no meio de uma grande investigação. Por causa disso, sofre um atentado e quase morre. Jimmy acaba assumindo seu lugar. Ele conta com a ajuda da agente novata Del Blaine (Jennifer Love Hewitt) para resolve o caso que seu chefe investigava e para tentar descobrir quem queria matá-lo. E para isso, também usa as habilidades de um terno superespecial do seu patrão. Com um toque de botão ele pode destruir tudo!
O que eu posso dizer sobre esse filme? Humm... O roteiro dele é fraco. Ah! E ao contrário dos outros filmes do Jackie Chan, ele tem efeitos especiais. Nem ele faria tudo aquilo sem dublê. Sim, a história é boba, os atores, fracos e o vilão sem um motivo muito bom... Mas, cara! É um filme do Jackie Chan!!!! E eu sou fã dele! Mais parcial impossível! Se você não for fã, aconselho não perder o seu tempo. Até porque não é um dos melhores dele... (Obs: os elogios são de uma fã, mas a nota é de uma crítica... rs) Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Jimmy, eu odeio dizer isso, mas nunca siga um conselho de mulheres sobre mulheres." (Clark Devlin - Jason Isaacs)
O TERNO DE 2 BILHÕES DE DÓLARES (The tuxedo) - 2002 - Gênero: Aventura - Direção: Kevin Donovan // Jackie Chan, Jennifer Love Hewitt, Jason Isaacs, Debi Mazar // Fonte da imagem: IMDB.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

WIMBLEDON - O JOGO DO AMOR (WIMBLEDON):
Sim, eu confesso! De vez em quando eu gosto de assistir a um filme romântico. É quando meu lado "mulherzinha" aflora e eu fico suspirando por coisas desse tipo... Coisas da TPM... (rs) Outra coisa que me fez ver este filme é a Kirsten Dunst. Gosto dela!
Wimbledon conta uma história de amor que acontece durante este famoso torneio de tênis. O inglês Peter Colt (Paul Betanny) era um tenista que prometia ser um grande campeão. Acontece que a promessa nunca se concretizou. Ele decide que irá se aposentar e que o torneio de Wimbledon será sua última competição oficial. Durante os treinos, ele conhece a tenista americana Lizzie Bradbury (Kirsten Dunst). Esta também uma promessa, mas ao contrário dele, uma competidora nata. Daquelas que brigam por cada ponto e tem uma determinação assustadora. Os dois começam um romancezinho durante os treinos. Mas o pai de Lizzie, Dennis (Sam Neill), é completamente contra a relação. Ele quer sua filha focada no jogo e acredita que Peter seria uma distração. Mas sabe como é, né? Quando os pais proíbem... aí que a coisa engata!
O filme é bonitinho... Não é tão chato como a maioria dos filmes de amor em geral são. Aqui temos uma relação legal. Os dois não são grudentos e chatinhos. E Lizzie ainda ajuda a levantar a auto-estima de Peter. Ele vai ganhando as partidas e se tornando o grande azarão do torneio. Enquanto ela... Bom, não vou comentar... Porque achei esta parte um pouco machista. Lá vou eu e o meu feminismo paranóico, muitos devem pensar... Mas assistam pensando nisso... Vocês vão me entender! Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Acerta essa e eu vou pra cama com você! ... Que pena! O exercício te faria bem..." (Lizzie Bradbury - Kirsten Dunst)
WIMBLEDON - O JOGO DO AMOR (Wimbledon) - 2004 - Gênero: Romance - Direção: Richard Loncraine // Kirsten Dunst, Paul Betanny, Sam Neil // Fonte da imagem: IMDB.
OS THUNDERBIRDS (THUNDERBIRDS):
Este filme é baseado em um seriado dos anos 60 que virou cult. Era feita com marionetes ao invés de atores de carne e osso. Eu nunca assisti, até porque não sou tão velha assim... Mas existe em DVD até onde sei. E a idéia me parece interessante. Como sou uma pessoa muito curiosa, decidi assistir o filme mesmo... Eu não aprendo!
Os Thunderbirds é mais um exemplo de que não se deve mexer em time que tá ganhando. Não sou contra remakes... Acho que alguns até melhoram os originais (me perdoem os saudosistas, mas quem falar mal do King Kong de Peter Jackson vai apanhar!)... Mas mesmo não tendo assistido a série tenho certeza que qualquer coisa é melhor do que isso aqui!
O filme é uma aventura para adolescentes muito ruim e cheia de clichês. Jeff Tracy (Bill Paxton) é um ex-astronauta que pega sua grana, compra uma ilha, monta equipamentos fantásticos e resolve criar com seus filhos mais velhos um grupo de heróis para salvar a humanidade dos vilões e outros males. O filho mais novo de Jeff, Allan (Brady Corbet) não se conforma de ter que estudar e não poder participar das aventuras... E ele se estressa muito com sua família por tentar. Acontece que existe um vilão, claro! Eles sempre existem... Neste caso é "The Hook" (Ben Kingsley - Gente!! Esse homem fez Gandhi!!!). Ele descobre o esconderijo secreto dos "Thunderbirds", o invade e deixa os adultos sem saber o que fazer. E quando os adultos estão perdidos, quem vem para salvá-los e provar o quanto estavam errados de os achar incapazes??? Quem? Quem? Quem? Acertou quem disse as crianças! Especificamente Allan... Mais clichê impossível!! Nem os efeitos especiais salvam esta porcaria...
Mais um capítulo da saga "Filmes ruins que eu cismo em assistir"! Por favor não façam como eu! Vão fazer outra coisa de suas vidas, mas não vejam esse filme! Nota: 2.
Melhor citação do filme: "Quem vai salvar os salvadores?" (The Hood - Ben Kingsley)
OS THUNDERBIRDS (Thunderbirds) - 2004 - Gênero: Aventura - Direção: Jonathan Frakes // Bill Paxton, Brady Corbet, Sophia Myles, Ben Kingsley // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

segunda-feira, 8 de maio de 2006

A QUEDA! - AS ÚLTIMAS HORAS DE HITLER (DER UNTERGANG):
Existem alguns tipos de temas em filmes que me fazem querer assisti-lo. Independente de quem são os atores ou quem são os diretores. Um deles é o racismo. O outro é tratado neste filme: o nazismo. Não que eu seja racista ou neonazista. Muito pelo contrário! Me envergonho da humanidade, em pleno século XXI, ainda viver em preconceito racial. E o Nazismo é uma parte da nossa História Mundial que me dá vergonha. Infelizmente, os dois assuntos continuam muito em moda no mundo "moderno". Mas neste post tratarei apenas de Nazismo, tema deste filme.
Ouvi falar de A Queda! pelas revistas de cinema que leio e pelo Oscar. E daí veio a curiosidade. Quando finalmente tive oportunidade de assistí-lo não me decepcionei. Principalmente por causa da interpretação de Bruno Ganz, um ator desconhecido para mim até então. Ele simplesmente incorpora Adolf Hitler. E em alguns momentos, quando sua insanidade transparecia, até me fez sentir pena do "Fuhrer". Sim, é verdade.
A Queda! começa de forma diferente dos outros filmes sobre nazismo. Como o subtítulo em português mesmo diz, ele se apega aos últimos momentos de vida de Hitler. Além disso, a história é contada pela visão de sua jovem secretária Traudl Junge (Alexandra Maria Lara) - uma personagem que realmente existiu - que ao contrário de outras jovens de sua idade decide não fugir da Alemanha e se candidata ao emprego. Embora não tenha convicções nazistas (pelo menos é o que o filme tenta demonstrar, mas não sabemos se é verdade) ela acaba envolvida naquela loucura coletiva (sim, esta é a explicação para mim) que foi o nazismo. Traudl se vê envolvida emocionalmente com Hitler e não deixa seu bunker até a morte do patrão.
Como falei anteriormente, Bruno Ganz é a alma do filme. Ele dá medo e pena; mostra lucidez e loucura... Chega a agoniar em alguns momentos. O momento em que se apresenta o filme é de completa insanidade, com as tropas da Rússia e os Aliados chegando cada vez mais perto para tomar Berlim e a Alemanha. Mas Hitler continua acreditando que vai vencer. E Bruno passa isso com uma veracidade pouco vista no cinema de hoje.
Para aqueles que, como eu, se interessam em ver filmes sobre este período A Queda! é fundamental. Deveria ser exibido nos colégios nas aulas de História em que se mencionar o Nazismo. Realmente merece todo o clamor que recebeu da crítica. Nota: 10 (Bruno Ganz, sensacional!).
Melhor citação do filme: "A guerra está perdida... Mas se você pensa que eu vou deixar Berlin por causa disso, você está errado. Eu prefiro dar um tiro na minha cabeça." (Adolf Hitler - Bruno Ganz)
A QUEDA! - AS ÚLTIMAS HORAS DE HITLER (Der Untergang) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Oliver Hirschbiegel // Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara // Fonte da imagem: Adoro Cinema.