domingo, 30 de dezembro de 2007

PIRATAS DO CARIBE - NO FIM DO MUNDO (PIRATES OF CARIBBEAN - AT WORLD'S END):
Esta é a última aventura do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) e sua tripulação. Pelo menos por enquanto. Piratas do Caribe - No fim do mundo foi filmado junto com a segunda parte. Deve ter sido para economizar. Mas as histórias tem muito a ver. O começo de uma é o final da outra.

Desta vez, Will Tuner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão Barbossa (Geoffrey Rush) precisam salvar Jack Sparrow do lugar onde ele foi enviado: o fim do mundo (posso contar isso porque quem viu o 3, viu o 2!). Eles fazem isso porque precisam reunir o conselho pirata para chegar a uma conclusão de como acabar com a ameaça do lorde Cuttler Beckett (Tom Hollander), chefe da Companhia das Índias Orientais, de exterminar todos os piratas. Para isso, o militar obriga o capitão Davy Jones (Bill Nighy), um pirata sobrenatural, a fazer uma aliança com ele.

O filme inteiro é uma preparação para esta batalha final. Para quem é muito fã, pode ser muito legal. Mas para mim, tem o mesmo problema do segundo. Muita falação, roteiro complexo e longo e um finala mais ou menos. Mas pelo menos neste não se abusou dos efeitos especiais, embora eles estejam presentes. Bom como curiosidade, para um fim de semana com nada para fazer. E para aqueles que já viram os outros. De resto, nada marcante. Destaco apenas a presença de Keith Richards numa ponta como o pai de Jack Sparrow. Nota: 6.

Melhor citação do filme: "Não é só viver para sempre, Jackie. O difícil é continuar vivendo com você mesmo para sempre." (Captain Teague - Keith Richards)

PIRATAS DO CARIBE - NO FIM DO MUNDO (Pirates of the Caribbean - At world's end) - 2007 - Gênero: Aventura - Direção: Gore Verbinski // Johnny Depp, Keira Knightley, Orlando Bloom, Bill Nighy, Geoffrey Rush, Keith Richards, Tom Hollander // Imagem: Adoro Cinema.
PIRATAS DO CARIBE - O BAÚ DA MORTE (PIRATES OF THE CARIBBEAN - DEAD MEN'S CHEST):
Hollywood não perdoa! Claro que depois do sucesso inesperado do primeiro filme, logo a sequência viria. Neste caso foram logo duas, filmadas simultâneamente. Piratas do Caribe - O Baú da morte traz de volta o maior pirata dos últimos tempos, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), sua tripulação e os mocinhos apaixonados Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley) em uma aventura mais complexa que a anterior.

Quando eu digo complexa, não é no sentido de dificuldades para os protagonistas. Eles realmente passam maus bocados, como sempre. Mas a complexidade está mesmo no roteiro. Ele é difícil de acompanhar. Cheio de reviravoltas, lendas e viradas, pode ser complicado para acompanhar. A verdade é que ele não tem o mesmo charme do primeiro filme. Embora a bilheteria tenha sido grande também, não quer dizer que seja tão legal como o Maldição do Pérola Negra.

Talvez o problema esteja realmente na bilheteria. O primeiro era despretensioso e livre. Era baseado em uma parte do parque da Disney. Ninguém tinha muitas expectativas. Mas com o estouro do sucesso, o segundo começou a se preocupar demais com a bilheteria e nos trouxe algo cheio de pirotecnia e... sem charme. Nem o do capitão Jack Sparrow ajudou.

Neste filme, ele está atrás do Baú da Morte, que vai ajuda-lo a se livrar da perseguição de um pirata-fantasma: Davy Jones (Bill Nighy). Acontece que ele não é o único atrás da relíquia. A coroa inglesa e outros piratas também o querem, além de Will e Elizabeth. O filme é uma perseguição a este tesouro, que tem uma explicação sobrenatural. Nota: 6.

Melhores cenas do filme: As com a tribo canibal.

PIRATAS DO CARIBE - O BAÚ DA MORTE (Pirates of the Caribbean - Dead men's chest) - 2006 - Gênero: Aventura - Direção: Gore Verbinski // Johnny Depp, Keira Knightley, Orlando Bloom, Bill Nighy // Imagem: Adoro Cinema.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA (LOVE IN TIME OF CHOLERA):
Florentino Ariza (Javier Barden) é um homem apaixonado há 53 anos, 7 meses e 11 dias pela mesma mulher: Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno). Mas eles não passaram tanto tempo assim juntos. Florentino esperou Fermina por todos estes anos, enquanto ela era casada com o dr. Juvenal Urbino (Benjamim Bratt). Isso é que é persistência!

Florentino e Fermina se conheceram ainda jovens e viveram um grande amor. Mas o pai da moça não permitiu o namoro. Fermina vai viver longe por alguns anos e quando volta, não quer mais Florentino. Enquanto ele sofre horrores, ela se casa. Florentino prometeu à moça amor eterno e que ia esperá-la. E é isto que ele faz. Mas, como diz o ditado, enquanto ele não fica com a "certa" se diverte com as "erradas". Florentino mergulha no universo feminino sem se envolver muito, pois seu amor é de Fermina.

O amor nos tempos do cólera é baseado no livro homônimo de Gabriel García Marquez. O filme é muito bem cuidado, com um elenco semidesconhecido, mas de talento. A história de amor é bonita, mas, hoje em dia, é difícil imaginar que aconteça. Será que antigamente poderia ser verdade? Não sei. Vale para quem, como eu, nunca leu o livro.Nota: 6.

Melhor citação do filme: "Depois de 53 anos, 7 meses e 11 dias e noites, meu coração estava completo finalmente. E eu descobri, para minha alegria, que é a vida e não a morte que não tem limites. (Florentino Ariza - Javier Barden)

O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA (Love in time of cholera) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Mike Newell // Javier Barden, Giovanna Mezzogiorno, Benjamin Bratt, Fernanda Montenegro // Imagem: Google Images.
TOY STORY (TOY STORY):
O xerife Woody (Tom Hanks) é um dos muitos brinquedos do menino Andy (John Morris). Este, aliás, tem vários deles e adora ficar brincando horas em seu quarto. Mas dentre todos eles, Woody é o seu preferido. Acontece que Andy fez aniversário e sua mãe resolveu lhe dar outro boneco: Buzz Lightyear (Tim Allen), um vigilante espacial. Quando vê o boneco, o menino abandona todos os outros! Buzz tem muitas funções e é todo moderno.

O que Andy e sua família não sabem é que quando eles não estão por perto, os brinquedos criam vida. E é aí que começa a confusão. Woody começa a ficar com muitos ciúmes de Buzz e quer se livrar dele. Já o vigilante espacial acredita ser um herói de verdade, dando muito trabalho à todos. Woody e Buzz se metem em muitas confusões, se perdem e correm o risco de nunca mais ver o Andy, pois sua família está de mudança.

Toy Story foi o primeiro filme que fez eu me apaixonar pelas produções da Pixar. Amo 99% dos filmes deles (ainda não vi todos, por isso não posso dizer que é 100%). Ele mostra que a animação digital chegou mesmo para ficar!

Mas Toy Story não é um filme bobinho, totalmente feito para crianças. Há algum tempo as animações não são assim. O legal da Pixar é que ela une qualidade na produção com ótimos roteiros. Por isso, vai ter sempre minha admiração! Nota: 9.

Melhor diálogo do filme:
- Neste momento, posicionado no fim da galáxia, o Imperador Zurg está construindo secretamente uma arma com a capacidade destrutiva de aniquilar um planeta inteiro! Somente eu tenho as informações que revelam o ponto fraco desta arma. E VOCÊ, meu amigo, é o responsável por atrasar meu encontro com o Comando Estelar. (Buzz Lightyear - Tim Allen)

- (pausa) VOCÊ... É... UM... BRINQUEDOOOOOO!!!! Você não é o Buzz Lightyear de verdade! Você é um boneco! (outra pausa) Você é uma coisa para as crianças brincarem! (Xerife Woody - Tom Hanks)

- Você é um triste e estranho homenzinho... Eu tenho pena de você... (Buzz)

TOY STORY (Toy story) - 1995 - Gênero: Animação - Direção: John Lasseter // Vozes: Tom Hanks, Tim Allen, John Morris // Imagem: Adoro Cinema.

sábado, 22 de dezembro de 2007

O SORRISO DE MONA LISA (MONA LISA SMILE):
Década de 1950. A professora de História da Arte Katherine Watson é convidada para dar aula no colégio Wellesley. A escola é só para mulheres. Na verdade, ela é um local onde as moças aguardam, fazendo cursinhos de várias coisas, enquanto não conseguem encontrar um bom marido.

Katherine ama arte e o que faz. Mas tem uma mentalidade muito aberta para os padrões da escola e do seu tempo. Ela incentiva as alunas a correr atrás dos seus sonhos, a aprender, a querer ser mais do que a vida lhes proporciona. E por causa disso, sofre preconceitos da direção da escola, dos pais das moças e das próprias estudantes.

O Sorriso de Mona Lisa é um filme inspirador. Seria um ótimo filme se já não tivesse sido feito um outro, voltado para o público masculino e que fez um grande sucesso no início dos anos 90: Sociedade dos Poetas Mortos. Depois desse, tudo é cópia.

Mas isto não quer dizer que este não seja um bom filme. Pelo contrário! Emociona e faz pensar. Nota: 6.

Melhor diálogo do filme:
- Não desrespeite nossas tradições só porque você é subversiva. (Betty Warren - Kirsten Dunst)

- Não desrespeite esta classe só porque você é casada. (Katherine Watson - Julia Roberts)

- Não me desrespeite só porque você não é. (Betty Warren)

- Venha às aulas, faça os exercícios ou eu vou te repetir. (Katherine Watson)

- Se você me repetir, haverá consequências. (Betty Warren)

- Você está me ameaçando? (Katherine Watson)

- Eu estou te ensinando. (Betty Warren)

- Esse é o MEU trabalho. (Katherine Watson)

O SORRISO DE MONA LISA (Mona Lisa smile) - 2003 - Gênero: Drama - Direção: Mike Newell // Julia Roberts, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal, Kirsten Dunst // Imagem: Adoro Cinema.
ENCANTADA (ENCHANTED):
Já imaginaram se as mocinhas de contos de fadas vivessem no mundo real? Pois não precisam mais imaginar. É isto que Encantada mostra. Nele, Giselle (Amy Adams), uma típica princesa de histórias infantis encontra seu príncipe encantado, Edward (James Marsden). Os dois decidem se casar, mas é claro que as coisas não são assim tão fáceis.

Edward é enteado da rainha Narissa (Susan Sarandon), que não quer permitir que outra pessoa reine em Andalasia. Se seu anteado casar, ela perde o trono. Obviamente que ela faz tudo para que isso não aconteça. Ela empurra Giselle para a Nova York do século XXI.

Encantada é um filme bobinho, que trata de princesas, amor verdadeiro e todas aquelas coisas que pregam os contos de fada. Mas ao mesmo tempo é engraçado e diferente. O conflito entre a realidade de Giselle e do príncipe Edward com o nosso mundo é a melhor parte. Ela parece completamente alienada, até um pouco maluca. Vive cantando e tem a ajuda dos bichos para os afazeres domésticos. E quando ela se depara com a realidade de Nova York, primeiro sofre e depois aprende. E quem a ensina é Robert (Patrick Dempsey), o único que decide ajudá-la, embora a ache doida de pedra.

O mais legal é que o filme é um deboche com os contos de fada da Disney, só que realizado pela mesma. Isso, sem poupar os maiores clichês destas historinhas. Claro que tem uma parte piegas. Mas não podia ser diferente. Afinal, no fundo, no fundo, é um filme de “Princesas Disney”. Mas vale a pena dar uma conferida. Nota: 7.

Melhor diálogo do filme: "Não cante!" (Robert - Patrick Dempsey)
ENCANTADA (Echanted) - 2007 - Gênero: Comédia romântica - Direção: Kevin Lima // Amy Adams, Patrick Dempsey, Rachel Covey, James Marsden, Susan Sarandon, Timothy Spall // Imagem: Adoro Cinema.

sábado, 15 de dezembro de 2007

OS INFILTRADOS (THE DEPARTED):
Finalmente, depois de uma longa carreira de sucessos - com filmes que marcaram a história do cinema - a Academia fez jus ao trabalho do diretor Martin Scorsese com um Oscar. Vamos esquecer a injustiça de anos e pensar que até que enfim!!!! Faz de conta que este Oscar representa todos os outros que ele mereceu ganhar.

O irônico é que Scorsese ganhou o Oscar com um filme que retrata uma das coisas que ele mais sabe e gosta de falar: a máfia, o crime organizado, a corrupção. Os infiltrados fala sobre tudo isso.

Ele mostra a história de dois jovens policiais. Billy Costigan (Leonardo Di Capprio) se infiltra na gangue de Frank Costello (Jack Nicholson), um mafioso da era moderna. Costigan precisa conquistar a confiança do chefão e passar as informações para a Polícia. O outro, seu antagonista, é Colin Sullivan (Matt Damon), investigador da Polícia que passa as informações internas para Frank, seu "padrinho".

O filme retrata o sofrimento de Costigan, vivendo de mentira e na linha da navalha. Afinal, pode ser descoberto a qualquer momento. Por outro lado, mostra as mentiras que Sullivan precisa inventar para ajudar Frank a escapar. É uma verdadeira caçada, pois Costigan precisa descobrir quem é o infiltrado na Polícia e Sullivan, o mesmo na gangue de Frank. A emoção é sem fim.

O filme é sensacional! Principalmente porque quebrou dois dos meus tabus. O primeiro é com o Jack Nicholson. Eu acho ele um grande ator, mas toda hora que olho para ele nas telas, lembro do Coringa. Isto não aconteceu neste filme. Outro tabu quebrado é sobre o Matt Damon. Não gosto dele como ator. Mas aqui ele mostra que tem um certo talento. Ok, dou meu braço à torcer. Assim como dei na trilogia Bourne. Mas filme de ação não conta. Esse é mais dramático.

Em resumo, é um filme imperdível. Mereceu o Oscar para Scorsese. Nota: 9.

Melhor citação do filme: "O único que pode fazer o que eu faço sou eu. Muitas pessoas tiveram que morrer para eu ser eu. Você quer ser eu?" (Frank Costello - Jack Nicholson)
OS INFILTRADOS (The departed) - 2006 - Gênero: Policial - Direção: Martin Scorsese // Jack Nicholson, Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Martin Sheen, Alec Baldwin, Mark Wahlberg // Imagem: Cineminha.
BEE MOVIE - A HISTÓRIA DE UMA ABELHA (BEE MOVIE):
Barry B. Benson (Jerry Seinfeld) é uma abelha jovem e recém formada na faculdade. Ele conhece pouco da vida. Quando é apresentado às suas perspectivas para o futuro - um emprego sem férias ou feriados na indústria de mel Mellex - ele surta. Afinal, Barry não sabe se é isso o que ele quer da vida.

Este é o ponto de partida da animação Bee Movie - A história de uma abelha. Barry pira e resolve ver como é a vida fora da colmeia. Ele consegue a ajuda dos ases do pólen (abelhas que recolhem esta substância das flores) para conhecer o mundo. Seu caminho acaba cruzando com o de uma humana, Vanessa (Renée Zellweger). Depois, Barry ainda descobre que os humanos consomem o mel das abelhas sem lhes dar nada em troca e resolve abrir um processo contra a humanidade. Mas isto vai longe demais e mexe com coisas que Barry nem imaginava.

Bee Movie é engraçadinho. Tem personagens bem construídos e algumas tiradas engraçadas. Afinal, ele foi escrito pelo famoso comediante americano Jerry Seinfeld. Mas é só isso: engraçadinho. O filme envereda por vários caminhos diferentes, que atrapalham um pouco. Fica muito assunto diferente a ser tratado em uma só coisa e bagunça o roteiro do filme. É legal, mas poderia ser melhor se fosse focado ou no processo abelhas X humanos ou na relação entre Barry e Vanessa. Nota: 6.

Melhor diálogo do filme:
- Você é advogado também? (Vaca - Tress MacNeille)

- Madame, eu já era um sanguessuga parasita. Tudo o que eu precisava era de uma maleta! (Mooseblood, o mosquito - Chris Rock)

BEE MOVIE - A HISTÓRIA DE UMA ABELHA (Bee movie) - 2007 - Gênero: Animação - Direção: Steve Hickner e Simon J. Smith // Vozes: Jerry Seinfeld, Renée Zellweger, Mathew Broderick, John Goodman, Patrick Warburton, Tress MacNeille, Chris Rock // Imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

SUPERBAD - É HOJE! (SUPERBAD):
Seth (Jonah Hill) e Evan (Michael Cera) são amigos de infância e neste momento estão quase se formando no Segundo Grau. Enquanto Evan conseguiu ir para uma boa universidade, Seth não teve a mesma sorte. Os dois passaram todos os anos no colégio sem ir às grandes festas e sem fazer grandes amigos. O único é Fogell (Cristopher Mintz-Plasse), um nerd bem esquisito. Para piorar as coisas, Evan é apaixonado por Becca (Martha Malcsaad) e não tem coragem de correr atrás e nem de perceber as investidas da menina. Já Seth gosta de Jules (Emma Stone), uma garota que, para ele, nunca lhe daria atenção.

A sorte os rapazes está para mudar quando Jules os convida para uma festa em sua casa. Seth, Evan e Fogell estão muito nervosos com as perspectivas que têm pela frente. Para aumentar a tensão, os três prometeram arrumar bebida. Eles vão usar a carteira falsa de Fogell – cujo nome muda para McLovin. E é a partir deste momento que toda a confusão se instala.

Superbad – É hoje é um filme bem engraçado, com roteiro e direção bem legais. Dá para se divertir assistindo a confusão que os amigos aprontam. Mas o que mais chamou minha atenção é o clima total anos 80 que o filme tem. Isto não quer dizer que o filme se passe nesta época. Mas o clima, o estilo e a temática do filme são muito parecidas com os filmes de adolescentes dos anos 80. É só pensar... Este tipo de filme daquela época sempre tinham muito sexo (ou a intenção de), nerds bem bobões, os grupos de adolescentes populares e os “losers”, paixões impossíveis pelas meninas mais bonitas da classe, confusões e aventuras etc. Em resumo, tudo que Superbad também tem.

O roteiro foi escrito por Seth Rogens (que trabalha no filme como um policial) e Evan Goldberg. Se você reparou bem, são os mesmos nomes dos protagonistas. Isto não é um acaso. Na verdade, os dois são amigos de longa data que se uniram para escrever sobre suas histórias. Talvez por isso o clima anos 80 passado para os dias atuais. Afinal de contas, os dois tiveram a infância/adolescência nesta década.

O filme é bem engraçado. Prestem atenção no ator que interpreta Fogell. Ele dá um show à parte. Além disso, o filme diverte e ainda deixa uma sensação de nostalgia para aqueles que cresceram vendo os filmes adolescentes dos anos 80. Dá vontade de pegar todas as produções do John Hughes e rever novamente. Sem parar! Nota: 8.

Melhor frase do filme: "McLovin? Que tipo de nome estúpido é este, Fogell? Você está tentando ser um cantor irlandês de R&B?" (Evan - Michael Cera)

SUPERBAD - É HOJE! (Superbad) - 2007 - Gênero: Comédia - Direção: Greg Mottola // Michael Cera, Jonah Hill, Christopher Mintz-Plasse, Martha Malcsaad, Emma Stone // Imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O PASSADO (EL PASADO):
O novo filme de Hector Babenco é um drama romântico. O que pode agradar a muita gente. Achei O Passado bom filme. Ele me causou um grande incômodo e estranheza. Se a gente parar para pensar, estes sentimentos mostram a qualidade do filme. Afinal, quantas vezes saímos do cinema sem sentir nada?

Na verdade, para mim O Passado é uma mistura de dois três gêneros de filmes. O primeiro, claro, é o Romance. Afinal, temos a história de amor de um jovem casal, Rímini (Gael García Bernal) e Sofía (Analía Couceyro), casados há doze anos. O segundo gênero é o Drama, já que este mesmo casal está se separando e tentando retomar a vida. O terceiro gênero é o Suspense. Sim! Suspense. Enquanto Rímini tenta viver, conhecer outras pessoas e tal, Sofía quer manter a relação e age como uma psicopata algumas vezes.

Em psicologia existe um preceito que diz que para cada sádico há um masoquista. É a "relação perfeita", pois um gosta de sofrer e o outro de fazer sofrer. É um pouco isso o que acontece neste filme. Rímini conhece outras mulheres, se casa, mas Sofía está sempre lá. E o pior: ela sempre acaba estragando a vida dele de alguma maneira.

Daí vem meu incômodo com o filme. Rímini é tão passivo que assusta! E Sofía é completamente maluca. Como pode alguém deixar o outro estragar tanto sua vida e não fazer nada. Pelo contrário!!! Mantém contato e é gentil! No fundo, ele acaba tendo o que merece por não se posicionar de forma incisiva frente a Sofía, a mulher que ele deixou de amar. E ela sabe como se aproveitar disso, armando uma teia envolta do coitado, como uma aranha negra. E ele se deixa levar.

É um filme que faz pensar nos nossos relacionamentos. Será que somos mais Rímini ou mais Sofía? Temos uma Sofía na nossa vida? Qual nossa atitude perante ela? Não sou muito fã do Babenco, mas desta vez ele acertou, adaptando o romance de Alan Pauls. Nota: 7.
Melhor frase do filme: "É sempre assim comigo. Eu curo as feridas (dos homens) e os deixo prontos para as outras mulheres." (Sofía - Analía Couceyro)
O PASSADO (El pasado) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Hector Babenco // Gael García Bernal, Ana Celentano, Analía Couceyro, Paulo Autran // Imagem: Adoro Cinema.
JOGOS MORTAIS 4 (SAW 4):
E vocês achavam que eu iria parar no terceiro? Claro que não! Já que eu comecei, vou até o fim!

Jogos mortais 4 é o mais fraquinho de todos os filmes... Tem muita morte, sangue e tortura, como sempre. Mas esse capítulo da história do assassino Jigsaw (Tobin Bell) é mais cheia de histórias e explicações. Conta como John tornou-se o "justiceiro" e quem são seus atuais ajudantes. É interessante, mas se eu fosse uma pessoa que amasse filme de terror, acharia que este é explicativo demais.

Dessa vez, há várias pessoas passando pelo teste ao mesmo tempo. E todos precisam correr contra o tempo e vencer seus impulsos para continuar vivendo. Nota: 5.
Melhor frase do filme: "Salve como eu salvo" (Frase escrita na parede)
JOGOS MORTAIS 4 (Saw 4) - 2007 - Gênero: Suspense - Direção: Darren Lynn Bousman // Tobin Bell, Shawnee Smith, Lyriq Bent, Costas Mandylor, Scott Paterson, Betsy Russell, Athena Karkanis // Imagem: Adoro Cinema.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

JOGOS MORTAIS 3 (SAW 3):
Sim, eu vi a terceira parte da série Jogos mortais! Não posso ser uma mulher normal... Definitivamente, este não é um filme para mulherzinha. Algumas cenas de tortura reviraram meu estômago e eu tive que virar a cara porque não estava aguentando. Elas estão muito mais fortes nesta sequencia.
O que me assusta é que o filme é bom, para quem gosta do gênero, é claro. Não tem um minuto em que você não fique tenso. Acho que esta parte chega a ser melhor do que a segunda.
Não vou contar nada do filme, para não arriscar perder a graça. Por isso, se vc é chegado a filmes de terror cheio de sangue e tortura, não pode perder este. Nota: 7.
Piores cenas do filme: Todas em que as vítimas são torturadas. Desta vez, não aguentei ver a maioria delas.
JOGOS MORTAIS 3 (Saw 3) - 2006 - Gênero: Terror - Direção: Darren Lynn Bousman // Tobin Bell, Shawnee Smith, Bahar Soomekh, Angus Macfadyen // Imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

DE REPENTE 30 (13 GOING ON 30):
Não tem jeito. Já vi zilhões de filmes como esse, onde pessoas voltam ou se adiantam no tempo, ou mudam de lugar com alguém. Mesmo sabendo no que isso vai dar, eu acabo assistindo todas as versões diferentes. Eu gosto e ponto! Esta maldição começou com Quero ser grande, com Tom Hanks.

De repente 30 é uma história como essa. A protagonista é Jenna Rinks, que no dia do seu aniversário de 13 anos sofre na mão de más amigas e briga com o seu único amigo verdadeiro. No meio de sua raiva do mundo, ela deseja não ser uma adolescente mais (quem não desejaria?) e ter 30 anos, ser bem sucedida e ter um namorado. E em um passe de mágica isso acontece.

Jenna (agora Jennifer Garner) se torna da noite para o dia uma mulher de 30 anos. E é editora de uma grande revista. No começo, fica perdida. E esta é a melhor parte. Mas depois, entra no jogo e faz seu trabalho direito. O que deve provar que até uma criança pode comandar em uma empresa americana... rs

Jenna se frustra com sua nova vida de mulher poderosa e vai em busca de seu antigo amigo Matty (Mark Ruffalo). Ele é o único que a entende.

Não preciso dizer que é um filme bobinho; uma comédia romântica. Mas como mulherzinha que sou, adoro filmes assim, embora não confesse muitas vezes. Adoro aquelas liçõeszinhas de moral, aquela fantasia boba e despreocupada... De séria já basta a vida. Precisamos nos divertir de vez em quando. Nota: 6.

Melhor cena do filme: A com a dança do Thriller, de Michael Jackson.
DE REPENTE 30 (13 going on 30) - 2004 - Gênero: Comédia - Direção: Gary Winick // Jennifer Garner, Mark Ruffalo // Imagem: Adoro Cinema.

sábado, 20 de outubro de 2007

STARDUST - O MISTÉRIO DA ESTRELA (STARDUST):
Tristan (Charlie Cox) é um rapaz comum, que vive em uma cidadezinha inglesa chamada Muralha. Ele é apaixonado por Victória (Sienna Miller), mas não consegue conquistá-la. Sua vida muda quando uma estrela cadente cai na Terra.

Ele promete para Victoria que vai trazer a estrela até ela para provar o seu amor. O que ele não sabe é que este é o ponto de partida para uma grande aventura, que vai incluir o verdadeiro amor e a sua origem indefinida. Tristan tem que ultrapassar a muralha de sua cidade para encontrar a estrela no reino de Stormhold, um lugar mágico e cheio de mistérios.

Stardust é baseado em uma obra de Neil Gaiman. É um conto de fadas como há tempos não víamos por aí. É uma história linda de amor, aventura, coragem, força e de descoberta de si mesmo. Simplesmente lindo!

A produção usa muitos efeitos especiais, mas nem por isso o filme fica artificial demais. Eles completam o conto de fadas da maneira como o autor imaginou. Claro que não poderia deixar de destacar a participação de Robert De Niro e Michelle Pfeiffer, maravilhosos como sempre. A direção também é excelente. Saí do cinema às lágrimas! Adoro filmes assim... Nota: 9.

Melhor diálogo do filme:
- Sabe, você parece brilhar algumas vezes. Eu notei agora. Isso é... Isso é normal? (Tristan - Charlie Cox)

- Vamos ver se você descobre por você mesmo... O que as estrelas fazem? (Yvaine - Claire Danes)

- Hmm... Atraem problemas? (Tristan)

STARDUST - O MISTÉRIO DA ESTRELA (Stardust) - 2007 - Gênero: Fantasia - Direção: Matthew Vaughn // Charlie Cox, Claire Danes, Robert De Niro, Sienna Miller, Michelle Pfeiffer // Imagem: Adoro Cinema.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

JOGOS MORTAIS 2 (SAW 2):
Jigsaw (Tobin Bell) ataca novamente! Claro, né? Vocês achavam que com o sucesso que o primeiro filme teve no cinema, ia parar por aí? Obviamente que não! Aliás, a idéia do primeiro filme é sensacional! Fazia tempo que eu não via um filme de terror/suspense tão bom. Fiquei assistindo na maior tensão!

Jogos mortais 2 perde um pouco o brilho do primeiro. Mas não é tão ruim. Ainda dá para assistir e sentir a mesma tensão do anterior. Neste filme, Jigsaw - o serial killer da vez - prende em uma casa um grupo de oito pessoas com algo em comum. A casa está cheia de armadilhas e os prisioneiros precisam passar por algumas "provas", como no primeiro filme. Mas tem uma novidade. O ar que eles respiram na casa está contaminado com um gás tóxico que fará todos morrerem em 2 horas. A casa abrirá as portas em 1 hora. Aí, já viu, né? Sustos, confusões, muitas mortes e sangue aguardam os pobres infelizes.

Paralelamente a isso, Jigsaw também "brinca" com a Polícia. Mais especificamente com o detetive Eric Mathews (Donnie Wahlberg). Seu filho é um dos prisioneiros da casa. Jigsaw apresenta a brincadeira para o policial, que está desesperado e à ponto de fazer uma loucura.

Não há muito o que falar de Jogos Mortais 2. Afinal, o que importa mesmo são os sustos e o sangue, não é? É isso o que a platéia quer e consegue. A idéia continua sendo boa - pelo menos até agora. É aquela do bandido que julga a sociedade e tenta consertá-la do seu jeito. Muito parecido com a idéia de Por um fio, por exemplo.

Um dos pontos altos do filme é a edição e a montagem. É tão rápida que deixa qualquer um tonto e no mesmo desespero dos personagens. Ainda merece crédito, mas espero que não se torne uma série grande, pois a boa idéia vai acabar se perdendo...Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Muitas pessoas são tão ingratas por estarem vivas, mas não você... nunca mais" (John "Jigsaw" - Tobin Bell)
JOGOS MORTAIS 2 (Saw 2) - 2005 - Gênero: Suspense - Direção: Darren Lynn Bousman // Donnie Wahlberg, Tobin Bell, Shawnee Smith, Erik Knudsen // Imagem: Google Images.
A SOGRA (MONSTER-IN-LAW):
Antes de mais nada, confesso que gosto muito da Jeniffer Lopez. Tanto como atriz quanto como cantora. Claro que esta declaração tira minha credibilidade quanto alguém que pretende entender um pouco de cinema. Eu sei que JLo não é a melhor atriz do mundo e muito menos a melhor cantora que existe. Mas eu sempre me divirto com suas músicas e filmes. E isto já basta para mim.

A Sogra é mais uma comédia no currículo dela. Aqui, JLo é Charlie Honeywell, uma moça de muitos talentos e empregos. Ela conhece o médico Kevin Fields (Michael Vartan) e eles se apaixonam. Acontece que ele tem uma mãe que é uma fera! Viola Fields (Jane Fonda) era apresentadora de TV e foi demitida. Está passando por uma crise nervosa. E tudo piora quando ela descobre que seu filho quer casar com Charlie.

O que vemos em seguida é uma sequencia de planos mirabolantes de Viola para tirar Charlie do caminho do seu filhinho querido. À princípio, consegue ir minando aos poucos a relação. Mas Charlie descobre seus planos e parte para a briga. E é aí que a confusão aumenta.

A Sogra é uma comédia romântica e, por isso, agradará mais às mulheres. É engraçado e absurdo ao mesmo tempo. O legal é ver Jane Fonda atuando, mesmo que em uma comédia boba. Ela toma boa parte do filme. Outra surpresa é a atriz Wanda Sykes, que interpreta Ruby, a assistente de Viola. Ela é quase como a consciência da patroa.

É um filme engraçado e fofo em alguns momentos. Não é a melhor coisa que você já viu no mundo, mas diverte. Nota: 7.
Melhor cena do filme: Jennifer Lopez com os lábios inchados por causa de uma alergia alimentar.
A SOGRA (Monster-in-law) - 2005 - Gênero: Comédia romântica - Direção: Robert Luketic // Jennifer Lopez, Jane Fonda, Wanda Sykes, Michael Vartan // Imagem: Adoro Cinema.

domingo, 14 de outubro de 2007

APOLLO 13 - DO DESASTRE AO TRIUNFO (APOLLO 13):
Segundo o dicionário Michaelis da Língua Portuguesa, “Herói” significa:

1. Denominação dada aos descendentes de divindades e seres humanos da era pré-homérica (semideuses);
2. Homem extraordinário por sua bravura;
3. O protagonista de qualquer aventura histórica (literatura, filme), drama real ou situação de momento.

O filme Apollo 13 - Do desastre ao triunfo trata exatamente disso: um grupo de heróis, não no sentido mitológico da significação do termo. Foram pessoas extraordinárias por sua bravura e que protagonizaram um drama real.

No fim dos anos 60 e início dos 70, a corrida espacial estava à todo vapor. A Guerra Fria estava no auge e os americanos e russos competiam ferozmente na conquista do espaço. O homem já tinha pisado na Lua. Ou melhor, os americanos já haviam feito isso. Nesta época, eles já tinham ido e voltado dela mais de uma vez. Por isso, quando a missão Apollo 13 estava para decolar, o povo e a imprensa americana não deram muita trela. Mal sabiam eles...

A equipe do Apollo 13 ia deixar a terra às 13h13 do dia 11/04/1970 e chegar à Lua em 13/04/1970. É impressão minha ou tem muito número 13 nesta história? Não sou supersticiosa, mas estas coincidências me deixariam com o pé atrás. Não podia mesmo dar certo...

Os astronautas Jim Lovell (Tom Hanks), Fred Hailey (Bill Paxton) e Jack Segwitt (Kevin Bacon) não prestaram atenção nisto e embarcaram no sonho de todo e qualquer astronauta daquela época: chegar à Lua. Tudo corria muito bem e eles estavam próximos de atingir seu alvo quando uma explosão no tanque de oxigênio pôs tudo à perder. Os astronautas não iriam pôr os pés na Lua e ainda corriam o risco de não voltar para casa nunca mais.

Apollo 13 tem como um ponto positivo mostrar tanto a tensão que se passava dentro da espaçonave, quanto na central de comando da NASA na Flórida. Depois de tantas missões bem sucedidas, eles não estavam assim tão preparados para o que aconteceu. O filme é muito bem sucedido em mostrar esta tensão. Chegamos a ter a impressão que está acontecendo tudo na nossa frente, em tempo real. Assisti o DVD nervosíssima! Só relaxei quando tudo acabou.

O mérito é tanto do diretor Ron Howard quanto do elenco (dos figurantes aos atores principais). Não tem como não se envolver com a história e nem torcer pelos astronautas. Apollo 13 é quase um documentário, que mostra o que se passou na espaçonave depois do acidente; como o controle da NASA corria contra o tempo para tentar achar uma solução; e a tensão e desespero das famílias, querendo mais e mais informações sobre os astronautas.

É um filme muito bonito. Bem patriótico, como os americanos gostam. Mas nesse caso não é por exagero. O filme é bem real com os documentários e filmagens da NASA no período (vejam os extras do DVD! Para quem gosta do assunto é uma aula!). Não é como em Independence Day, por exemplo. É uma história real de heróis de verdade e de como eles marcaram a história mundial. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Houston, nós temos um problema." (Jim Lovell - Tom Hanks)
APOLLO 13 - DO DESASTRE AO TRIUNFO (Apollo 13) - 1995 - Gênero: Drama - Direção: Ron Howard // Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Ed Harris, Gary Sinise // Imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

BORAT - O SEGUNDO MELHOR REPÓRTER DO GLORIOSO PAÍS CAZAQUISTÃO VIAJA À AMÉRICA (BORAT - CULTURAL LEARNINGS OF AMERICA FOR MAKE BENEFIG GLORIOUS NATION OF KAZAKHSTAN):
Quando Borat foi lançado li várias críticas positivas. Muitos diziam que era a melhor comédia dos últimos tempos; que o filme era engraçadíssimo. Outros elogiavam a coragem do ator Sacha Baron Cohen em interpretar um personagem tão polêmico e politicamente incorreto.

Ok. Mas... Não gostei. Assisti mais de uma vez até, para ver se conseguir achar legal. Mas não dá. Não consigo achar graça em coisas escatológicas, piadas preconceituosas e coisas do gênero. Muitos amigos meus gostaram. Todos homens. Isto faz com que eu classifique este como mais um filme para homem. Em geral, mulher não consegue achar graça em escatologia.

Tudo bem. Existem situações engraçadas, como algumas entrevistas de Borat com alguns americanos. Mas, para mim, grande parte do filme é lixo. Ri muito pouco. Quase nada.

Para mim, Borat está no mesmo nível de Jackass e Cara, cadê meu carro?. Filmes que só servem para um determinado público. Mesmo eu, que tenho um estômago grande e generoso para muitos filmes lixo não consegui digerir nenhum destes três. Fazer o quê? Nota: 2.
Pior momento do filme: Quando Borat e seu produtor brigam pelados pelos corredores de um hotel.
BORAT - O SEGUNDO MELHOR REPÓRTER DO GLORIOSO PAÍS CAZAQUISTÃO VIAJA À AMÉRICA (Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan) - 2006 - Gênero: Comédia - Direção: Larry Charles // Sacha Baron Cohen, Ken Davitian // Imagem: Adoro Cinema.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

SANTIAGO (IDEM):
Quando decidi ver esse documentário, estava com o pé atrás. Não tinha muita certeza se o depoimento do ex-mordomo da família Moreira Salles era tão relevante assim. Mesmo assim fui, levada pela admiração ao cineasta João Moreira Salles e a confiança de que ele não faria um filme que não tivesse o mínimo de relevância.

O resultado foi que me surpreendi. Confesso que me emocionei muito. Ri e chorei várias vezes. E ainda me fez refletir. Em resumo, o documentário tinha mesmo relevância e as críticas positivas estavam corretas. E, como eu imaginava, João Moreira Salles sabia o que estava fazendo.

Santiago é um documentário que traz o perfil de Santiago Badariotti, o mordomo da família Moreira Salles por muitos e muitos anos. Com certeza, foi um personagem e tanto! Santiago foi um mordomo exemplar. Além disso, era culto e completamente excêntrico. À princípio, se mostra tímido e meio sem jeito diante das câmeras. Mas com o passar do tempo, fica totalmente à vontade perante elas. E é a partir daí que conhecemos a personalidade cativante e interessante de Santiago.

O documentário é extremamente sensível. Diria que é uma homenagem do cineasta ao homem que ajudou a criá-lo e aos seus irmãos. Existe no ar um misto de respeito, gratidão e nostalgia dos tempos de infância. Santiago não é um documentário como outro qualquer. Na verdade, ele é a necessidade do cineasta João Moreira Salles de entender melhor seu passado e lidar com possíveis fantasmas da infância. O filme é narrado por um dos seus irmãos, o que dá a sensação de que é a voz e a idéia de todos eles sobre o ex-mordomo. O documentário tem um quê de gratidão. Por isso é tão bonito e cativante. É um grande momento do cinema nacional. Nota: 9.
Melhor momento do filme: Quando Santiago quase confessa sua homossexualidade.
SANTIAGO (Santiago) - 2007 - Gênero: Documentário - Direção: João Moreira Salles // Santiago Badariotti // Imagem: Adoro Cinema.

sábado, 8 de setembro de 2007

PEQUENA MISS SUNSHINE (LITTLE MISS SUNSHINE):
Nos últimos tempos, o prêmio da Academia de Cinema dos Estados Unidos (o famoso Oscar) vem sendo surpreendido por filmes que não tem lá tanto potencial comercial, nem uma campanha enorme e brilhante de marketing por trás e muito menos um orçamento milionário. Mas que mesmo assim chamam atenção do público e da crítica, derrubando algumas produções “oscarizáveis” e rentáveis. São os chamados azarões.

Pequena Miss Sunshine é um desses filmes. Totalmente despretensioso e independente, cativa qualquer um que assiste. Muitos produtores de Hollywood, acostumados com a fama e os prêmios, devem ficar atordoados quando uma produção tão simples toma de assalto o grande prêmio da indústria nos Estados Unidos.

O que eles não sabem é que a fórmula é simples. Tão simples quanto a história de Pequena Miss Sunshine. É a mistura de um bom roteiro, uma direção que não interfere demais e bons atores. Neste último caso, a química entre o elenco precisa ser forte. Os atores devem estar dispostos a dar o melhor de si. É o que acontece neste caso.

Pequena Miss Sunshine mostra a história de Olive Hoover (Abigail Breslin, uma gracinha!) e sua família. Sua mãe, Sheryl (Tony Collete), é o centro de tudo. Ela trabalha fora e cuida de cada um dos membros da família com muita atenção. O pai, Richard (Greg Kinnear), tenta vencer na vida vendendo um programa de auto-ajuda para que as pessoas aprendam os “9 passos para ser um vencedor”. O problema é que ele consegue vender a idéia para ninguém. O avô, Edwin (Alan Arkin), é viciado em heroína, foi expulso do asilo e se dá muito bem com a neta. Dwayne (Paul Dano) é o irmão mais velho. O adolescente fez voto de silêncio, quer entrar para a Aeronáutica e parece estar se lixando para o resto da família. E ainda há o tio Frank (Steve Carrel em um papel sério!). Estudioso de Proust, ele foi demitido de sua universidade depois de surtar, quando perdeu o namorado para um outro professor que concorre diretamente com ele. Depois disso, Frank tenta se matar, mas não consegue.

Olive sonha com concursos de beleza. Ela é convidada para participar do Pequena Miss Sunshine e, obviamente, agarra com todas as forças a possibilidade. A família decide, então, apoiar a menina. Todos vão para a Califórnia, mesmo à contragosto, para realizar o sonho de Olive. Eles usam uma velha Kombi amarela para chegar a Redondo Beach a tempo do concurso.

Pequena Miss Sunshine não trata de concursos infantis de beleza. Na verdade, ele é mais amplo. Trata da relação entre essas pessoas, de naturezas e desejos diferentes. Pessoas que não se entendem, que põem seu amor à prova. Pessoas que, no fundo, não queriam estar ali juntas, pois não gostam das atitudes umas das outras. Ou seja, uma família como outra qualquer.

Esta família comum é tão desestruturada e está tão em frangalhos quanto a própria Kombi que utiliza para chegar ao concurso. A comparação é perfeita. A Kombi quebra, emperra as marchas e precisa ser empurrada por todos os membros da família para que ande. A família Hoover também é assim. Está “quebrada” e precisa de um empurrãozinho de todos para seguir em frente.

Ao meu ver, existem três pontos cruciais para esta família: o sonho de Olive, a Kombi amarela e a jornada até Redondo Beach. Estes três pontos requerem um movimento da família em prol da união. Coisa que não existe. Durante a jornada, eles começam a se conhecer, a conviver e a perceber quem são e os seus papéis. Começam a ser uma família de verdade. E é disto que o filme trata.

Ah! Prestem atenção na parte sobre o concurso em si. É bizarro e assustador!

Pequena Miss Sunshine é emocionante, fofo e nos faz pensar. É uma ótima pedida.Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Mãe, a miss Califórnia toma sorvete!"
PEQUENA MISS SUNSHINE (Little miss Sunshine) - 2005 - Gênero: Comédia - Direção: Jonathan Dayton e Valerie Faris // Abigail Breslin, Greg Kinnear, Paul Dano, Alan Arkin, Toni Collette, Steve Carell // Imagem: Adoro Cinema.
O VIRGEM DE 40 ANOS (THE 40-YEAR-OLD VIRGIN):
Andy Stitzer (Steve Carrel) é um homem solitário e tímido que trabalha em uma loja de produtos eletrônicos. Sua rotina diária não é lá da mais animadoras, mas Andy vai vivendo sem reclamar. Um dia, um grupo de colegas de trabalho decidem chamá-lo para uma partida de poker. Entre uma conversa e outra, um segredo de Andy é descoberto: ele é virgem.
Este é o começo desta comédia bem engraçada e que me fez analisar o universo masculino. Para as mulheres, a virgindade é um tema comum e não tão chocante. Mas para um homem, ser virgem torna-se um problema gigantesco. Tanto que a vida de Andy torna-se um inferno. A história se espalha e todo mundo quer dar um jeito de "resolver o problema". E aí aparecem todas as formas mais esdrúxulas de conselhos que se pode imaginar. Em muitos momentos senti uma certa pena de Andy que, completamente sem noção, tem que seguir orientações absurdas de um grupo de homens tão perdidos e desorientados quanto ele. O que tem até uma certa ironia.
O virgem de 40 anos é mais um filme com a chancela do diretor Judd Appatow, que nos últimos tempos vêm lançando comédias divertidas e que também fazem pensar. Elas falam, principalmente de amizade - na maioria dos casos, entre homens. E para isso, ele se cerca de um grupo de amigos que estão sempre presentes nos seus filmes. É quase o que George Clooney fez com a série Onze homens e um segredo. Mas, a comparação para por aí. Judd Appatow está mais para Kevin Smith (Procura-se Amy), só que ainda não se perdeu em suas produções como este.
A única coisa que acho ruim em O virgem de 40 anos é sua duração. No começo é engraçado, tem umas tiradas maneiras... Mas o meio é looooooongo demais e o filme dá uma caída. O final é óbvio, mas não é ruim. Enfim, no fundo dá para se divertir. Nota: 7.
Melhor citação do filme: "Sabe de uma coisa? Eu respeito as mulheres... Eu amo as mulheres! Eu respeito tanto que me mantenho distante delas." (Andy Stitzer - Steve Carell)
O VIRGEM DE 40 ANOS (The 40-year-old virgin) - 2005 - Gênero: Comédia - Direção: Judd Apatow // Steve Carell, Catherine Keener, Paul Rudd, Seth Rogers, Elizabeth Bank, Romany Malco // Imagem: Adoro Cinema.
ÔNIBUS 174 (BUS 174):
Em 12 de junho de 2000, o Rio de Janeiro - na verdade, o Brasil inteiro - parou. Não para comemorar o Dia dos Namorados, como de praxe. Foi para assistir pela TV o drama de um grupo de pessoas que estava dentro de um ônibus no Jardim Botânico e foi sequestrado por um assaltante visivelmente alterado por uso de drogas. Como carioca, lembro deste dia e do horror e indignação causados por mais de 4 horas de negociações, desesperos e ameaças que levaram ao desfecho trágico do sequestro do ônibus da linha 174.
Na época, o sequestrador Sandro Nascimento era visto por toda sociedade como o próprio anti-cristo e muitos eram à favor do que aconteceu com ele no fim das contas. O cineasta José Padilha se interessou pela história e decidiu ir mais fundo no que leva uma pessoa a fazer o que Sandro Nascimento fez naquela tarde. Este é o pano de fundo para um dos documentários mais realistas já feito no Brasil.
Ônibus 174 mostra os diferentes pontos e visões da tragédia, que no fundo era anunciada. Para isso, temos depoimentos de alguns reféns, de policiais que estiveram presentes na operação, de psicólogos, jornalistas, consultores, assistentes sociais etc. Não há legendas com os nomes e funções destas pessoas, o que torna o documentário quase que uma análise informal de pessoas leigas sobre o tema.
Enquanto confronta a decisão tática da Polícia para resolver o caso do sequestro do ônibus, o documentário também mostra quem era Sandro Nascimento. Conta seu passado e aponta sua falta de futuro. Pessoas que conviveram com ele analisam sua personalidade e como se tornou o sequestrador do ônibus 174.
Esta parte também faz um paralelo com a vida dos meninos de rua da cidade. Alguns, chegaram a conviver com ele. Esta análise é extremamente crua e impressionante. São pessoas que não tem perspectiva alguma de vida, a não ser lutar um dia de cada vez pela sua sobrevivência. Independente de que jeito seja. Uma das entrevistadas ainda faz a profecia de que a violência não tem a tendência de melhorar e sim, de ficar pior. E não é o que vemos hoje, anos depois do filme ser lançado?
Fui ver Ônibus 174 movida pela onda do outro filme de Padilha: Tropa de Elite. A semente de um está no outro, pois ambos analisam a nossa sociedade injusta e, por isso mesmo, violenta. Terminei de ver o documentário me sentindo mal. Ele mexeu com meus sentimentos, me fez pensar e até entender pessoas como Sandro Nascimento. Para quem não tem nada e só recebe violência da sociedade, não há como responder de outra forma. É justificável, mas não perdoável. O documentário faz pensar que a violência vem de nós mesmos. E que naquele caso do sequestro do ônibus 174, todos temos nossa parcela de culpa. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "Ele vai matar geral" (frase escrita no parabrisas do ônibus sequestrado por uma refém à mando do sequestrador Sandro)
ÔNIBUS 174 (Bus 174) - 2002 - Gênero: Documentário - Direção: José Padilha // Elenco real // Imagem: Adoro Cinema.
TROPA DE ELITE (ELITE SQUAD):
Antes de começar a escrever sobre o filme, vou colocar às coisas de forma clara: sim, eu assisti a versão pirata de Tropa de Elite. Eu não comprei, mas uma versão copiada veio parar em minhas mãos. A primeira vez que assisti fiquei tão impactada que mal consegui dormir direito. Era um filme cruel, assustador, duro e incrivelmente real. Era impressionante como um diretor finalmente colocou às claras o que acontece nos bastidores do crime. Só que desta vez era através da visão da Polícia, uma coisa diferente. Sensacional!
Com o fim da hipocrisia (afinal, ninguém admite ter visto a versão pirata, embora ela tenha batido recordes de vendagem), podemos falar sobre a versão oficial - a que foi lançada no cinema. Sim, porque também fui no cinema ver Tropa de Elite. Um filme sensacional como esse merecia ser visto em tela grande. Paguei meu ingresso e vi (com carteirinha de estudante válida!). E... não tive o mesmo encanto...
Quer dizer, o filme continua sensacional. Mas as (pequenas) mudanças que foram feitas para se diferenciar da versão pirata acabou tirando-o do lado "nu e cru" para jogá-lo do outro lado do muro. Tropa de elite ficou um pouco mais clean.
Poucas pessoas compartilham da minha opinião. Mas quem viu muitas vezes a versão pirata (a ponto de quase decorar todas as falas) e vê a versão oficial se choca com sutilezas. Por exemplo: a narração do capitão Nascimento (Wagner Moura). A versão pirata me parece mais real do que a oficial. Limparam demais algumas falas. A crueza foi embora, quem sabe para que as senhorinhas mais sensíveis pudessem ver na sala de suas casas. A edição e a montagem também colaboram nesta limpeza padrão Hollywood (por que tiraram os capítulos?). E o filme que era extremamente sensacional ficou só sensacional.
Ok, sensacional também é um bom adjetivo para Tropa de Elite. E eu realmente acredito nisso. É um dos melhores filmes feitos no Brasil até agora. Sou fã de carteirinha. Dou a maior nota possível. Mas, no meu íntimo, penso que a versão pirata era melhor... Que pena que vazou... Nota: 10.
Melhor diálogo do filme:
- Você é estudante? Bota a cara aqui... Aqui! Bota a cara aí! Tá vendo isso aqui? Tá vendo esse buraco aqui? Quem matou esse cara aqui? Quem matou esse cara aqui? (capitão Nascimento - Wagner Moura)

- Eu não vi... (estudante)

- Você não viu? Você viu! Você viu! Quem matou? Pode falar! Pode falar! Fala! Fala! Fala! Quem matou? (capitão Nascimento)

- Foi um de vocês... (estudante)

- Um de vocês o caralho! Um de vocês é o caralho! Quem matou esse cara aqui foi você! Seu viado! É você que financia essa merda aqui... Seu maconheiro, seu merda! A gente vem aqui pra disfazer a merda que você faz... É você que financia esta merda... Seu viado! (capitão Nascimento).

Observação: Foi difícil escolher desta vez! Esse filme é cheio de citações maneiras e que viraram bordões nacionais.

TROPA DE ELITE (FILME (Elite Squad) - 2007 - Gênero: Crime - Direção: José Padilha // Wagner Moura, Caio Junqueira, André Ramiro, Maria Ribeiro, Fernanda Machado, Fernanda de Freitas, Paulo Vilela, Milhem Cortaz, Fábio Lago, Fernanda de Freitas, André Felipe // Imagem: Google Images.
OS SIMPSONS - O FILME (THE SIMPSONS MOVIE):
Depois de décadas de sucesso na TV, Matt Groening resolveu acatar os pedidos dos fãs e lança o primeiro filme de Os Simpsons. Confesso que já fui mais fã do seriado. Ultimamente, não ando vendo muito. Mas o filme eu não podia perder, né?
A história é a seguinte: Springfield está há muito tempo poluindo o lago principal da cidade. Lisa (Yeardley Smith) é a primeira a entrar na luta para salvá-lo. Os cidadãos decidem então, fazer um mutirão para despoluí-lo.
Enquanto isso, o vovô Simpson (Dan Castellaneta) tem uma revelação durante um culto na igreja. Ele fala coisas desconexas, mas Marge (Julie Kavner) fica intrigada. Mas o resto da família não está nem aí. Lisa está apaixonada, Bart (Nancy Cartwright) procura uma figura paterna e Homer (Dan Castellaneta)... Bem... O Homer é o Homer. Mas desta vez ele tem um brinquedo: um porco de estimação. E é aí que começa a confusão.
Homer é o responsável burla a proibição de sujar o lago. E por causa dele, Springfield passa por maus bocados. O órgão ambiental do governo (EPA) resolve trancar a todos em um domo de vidro, para evitar que a poluição se espalhe. Precisa contar que vai haver confusão?
O filme é um grande episódio de Os Simpsons... Quer dizer, o riso e o deboche é garantido. O que eu achei mais legal foi a decisão de manter o filme como a série original: em 2D, como os trailers mesmo se orgulhavam de afirmar. Em 3D ia ficar sem graça. Muito bom para os fãs e para os não fãs. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Eu não acredito que estamos pagando para assistir algo que temos na TV de graça! Se alguém me perguntasse, eu diria que todo mundo aqui neste cinema é um grande idiota. Especialmente você!" (Homer Simpson - Dan Castellaneta, apontando para nós, o público)
OS SIMPSONS - O FILME (The Simpsons movie) - 2007 - Gênero: Animação - Direção: David Silverman // Dan Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright, Yeardley Smith, Hank Azaria // Imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 24 de julho de 2007

HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX (HARRY POTTER AND THE ORDER OF THE PHOENIX):
Escrever sobre Harry Potter sempre é um desafio para mim. Como sou fã, é difícil julgar sem a parcialidade. Mas para aqueles que já torceram o nariz só porque disse que sou fã, digo que o livro em que este filme foi baseado, o quinto da série, é o de que menos gosto. Tem partes bem legais, mas tem outras muito lentas e arrastadas até para um livro. Em resumo: é muita embromação para aumentar o número de páginas de uma publicação.
Depois da demonstração clara de que Voldemort (Ralph Fiennes) está de volta, Harry volta para a casa dos seus tios "trouxas" para as férias. Ele ainda sofre pelos acontecimentos anteriores e ainda tem que aturar o primo Duda (Harry Melling) com toda a implicância. Acontece que os dois acabam sendo atacados por dementadores de Azkabahn. Para salvar a pele e a de seu primo, Harry usa magia fora da escola. E por isso, é expulso (menores de 16 anos não podem fazer feitiços). Harry é levado para a casa de seu padrinho, Sirius Black (Gary Oldman). Lá, descobre que todos os seus amigos e os adultos andam se reunindo para discutir e encontrar novas formas de enfrentar Voldemort e os comensais da morte.
Depois de um julgamento que, por muito pouco não foi injusto, Harry vola para a escola. Mas o ano será difícil. Em primeiro lugar, o ministro da Magia, Cornelius Fudge (Robert Hardy) nega que Voldemort está de volta. Todos estão contra Harry e Dumbeldore, desde alunos até a imprensa. Além disso, ainda há mais um problema: Dolores Umbridge (Imelda Staunton, exatamente do jeito que imaginei lendo o livro). Ela é funcionária do ministério e é a nova professora de Defesa contra as artes das trevas. Acontece que ela está lá apenas para ser os "olhos do ministério" e tomar o poder no colégio. Embora pareça inofensiva, com suas roupas sempre rosa e a risadinha boba, Dolores é uma carrasca! Além disso, ela não ensina a prática de defesa para os alunos. Desta forma, Harry e seus amigos, prevendo perigos com a volta de Voldemort, começam a treinar por si mesmos. Eles montam a Armada Dumbledore e são perseguidos por Dolores.
O filme tem muitas tramas e mistério. É muita coisa para eu contar aqui. Mas adianto que ficou bem melhor na tela do que no livro, devido a agilidade. Este filme é bem sombrio. E é nele que é mencionada a tal profecia sobre Harry e Voldemort. Mas isso é coisa para vocês verem.
Gostei muito! Claro! Nota: 8.
Melhor diálogo do filme:
- Quem liga? Quer dizer, é excitante, não é? Quebrar as regras? (Hermione Granger - Emma Watson)

- Quem é você e o que fez com Hermione Granger? (Ron Weasley - Rupert Grint)

HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX (Harry Potter and the Order of the Phoenix) - 2007 - Gênero: Aventura - Direção: David Yates // Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Harry Melling, Gary Oldman, Robert Hardy // Imagem: Adoro Cinema.

domingo, 24 de junho de 2007

SHREK TERCEIRO (SHREK THE THIRD):
O rei Harold (John Cleese), pai de Fiona (Cameron Diaz), morre repentinamente. Com isto Shrek (Mike Myers) e sua mulher são os próximos na linha de sucessão ao trono. O ogro jamais pensou em ser rei. Mas antes de morrer, o rei diz que existe uma outra pessoa na linha de sucessão: Artur (Justin Timberlake), primo de Fiona. Juntamente com o Burro (Eddie Murphy) e o Gato de Botas (Antonio Banderas), Shrek vai em busca do rapaz, que estuda em uma High School e é um verdadeiro looser.
Mas Shrek tem outros desafios... Fiona está grávida e ele está morrendo de medo de encarar o "problema" de frente. Além disso, quando sai em busca do novo rei, Tão, tão distante é invadida pelo Príncipe Encantado (Rupert Everett) e outros vilões de histórias infantis. Eles querem o seu "e viveram felizes para sempre".
Não tem jeito. Mesmo quem não gosta de animação não consegue deixar de gostar e Shrek. O impressionante é que a qualidade não cai. Nem nos desenhos, direção ou roteiro. E só por manter as coisas assim, a equipe responsável já merece uma salva de palmas. A pergunta que fica agora é: quando vai ser lançado o próximo filme? Nota: 8.
Melhor cena do filme (uma das melhores): Cena onde a mãe de Fiona, a rainha Lilian (Julie Andrews), arrebenta a cela com a cabeça e, tonta, sai cantando uma música de "A noviça Rebelde".
SHREK TERCEIRO (Shrek the Third) - 2007 - Gênero: Animação - Direção: Chris Miller // Mike Myers, Cameron Diaz, Eddie Murphy, Antonio Banderas, Ruppert Everett, Justin Timberlake, Julie Andrews // Imagem: Adoro Cinema.
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA - O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA (THE CHRONICLES OF NARNIA - THE LION, THE WITCH AND THE WARDROBE):
Lúcia (Georgie Henley), Susana (Anna Popplewell), Edmundo (Skandar Keynes) e Pedro (William Moseley) são quatro irmãos que vivem na Inglaterra, em plena 2ª Guerra Mundial. Sua mãe decide tirá-los da cidade para que nada aconteça com eles durante as batalhas. Os irmãos são levados para uma propriedade rural de um professor misterioso. Para vencer o marasmo e a solidão costumam brincar de esconde-esconde.
Em uma de suas brincadeiras, Lúcia, a mais nova, descobre um guarda-roupa mágico, que leva quem o atravessa ao mundo mágico de Nárnia. Seus irmãos não acreditam ser verdade. Até que eles próprios vão parar em Nárnia.
Este novo mundo é habitado por seres estranhos, como centauros, faunos e gigantes. Lá os animais falam como os humanos. Nárna já foi um lugar pacífico, mas hoje vive sob a ditadura e maldição da Feiticeira Branca, Jadis (Tilda Swinton). Graças a ela, Nárnia não tem mais Natal e está sempre sob um pesado inverno.
Acontece que Jadis quer capturar e matar os quatro irmãos. É que existe uma lenda que diz que quatro humanos seriam capaz de pôr um fim no seu reinado maléfico. Sob a orientação do leão Aslam (voz de Liam Neeson), uma espécie de governante do lado rebelde de Nárnia, as crianças decidem ajudar na luta para libertar este mundo do domínio de Jadis.
As Crônicas de Nárnia: O leão, a feiticeira e o guarda-roupas é um filme bem legal. Gosto muito do estilo de aventura que ele apresenta. Mesmo sendo infanto-juvenil. A direção é excelente, os atores estão bem... Mas tem uma coisinha... Depois que a trilogia Senhor dos Anéis foi lançada, todos os filmes neste estilo parecem iguais. É como o Matrix para filmes de aventura com violência. Todo o resto parecia cópia. Mesmo assim, recomendo Nárnia (o livro também deve ser legal). Mas eu não teria mesmo ido ao cinema para vê-lo. Vi na TV à cabo. Nota: 7.
Melhor frase do filme: "Por Narnia! Por Aslan!" (Peter Pevensie - William Moseley).
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA (The chronicles of Narnia: the lion, the witch and the wardrobe) - 2005 - Gênero: Aventura - Direção: Andrew Adamson // Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley, Anna Popplewell, Tilda Swinton, James McAvoy, Liam Neeson // Imagem: Adoro Cinema.

domingo, 17 de junho de 2007

QUANDO UM ESTRANHO CHAMA (WHEN A STRANGER CALLS):
Este filme é uma versão de outro homônimo, de 1979. Não vi a versão original, mas acabei vendo esta. Infelizmente...
Não se trata só de maus atores ou direção ruim. Disso, nem vou falar. Se trata de uma história muito, muito fraquinha... Não dá pra ter medo. Não sei se o tema é batido, ou eu que ando vendo filmes demais. Eu só olhava para ele e pensava: "caramba, esse filme parece a série 'Panico'". Ninguém merece! E ainda por cima é um enredo incompleto. Não dá pra entender a motivação do assassino.
A história segue a estudante Jill Johnson (Camilla Belle). Ela está brigada com o namorado e a melhor amiga, que a traíram. E ainda por cima está de castigo por gastar muito com o telefone celular. O pai a obriga a ficar de babá para uma família que... advinhem? Mora em um lugar esquisito, no meio do mato, em uma casa esquisita e sem acessos fáceis. Familiar?
Acontece que ela começa a receber umas ligações do nada. Ela atende e começa seu martírio. Um maluco a ameaça e às crianças. Pelo menos, ela liga pra polícia. Nota: 3.
Melhor frase do filme: "Hello, Sidney..." (Ah, não!!!!! Essa frase é de outro filme! rs)
QUANDO UM ESTRANHO CHAMA (When a stranger calls) - 2006 - Gênero: Terror - Direção: Simon West // Camilla Belle, Tommy Flanagan, Katie Cassidy // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
NÃO POR ACASO (NOT BY CHANCE):
Ênio (Leonardo Medeiros) é um engenheiro de tráfico em São Paulo. Leva uma vida extremamente tediosa. Sua ex-mulher, Mônica, reaparece e diz que a filha deles, Bia (Rita Batata), quer conhecê-lo. Ênio vai adiando o encontro o quanto pode, por acreditar que não há lugar para a menina na sua vida. Já Pedro (Rodrigo Santoro) é um construtor de mesas de sinuca, como seu pai tinha sido, e um excelente jogador. Ele namora Teresa (Branca Messina) e leva uma vida paradona e programada como a de Ênio. Um acidente, no entanto, vai mudar a vida de ambos.
Não por acaso é um filme sobre mobilidade e estagnação; rotina e mudanças. É sobre vidas que seguem o mesmo ritmo, parado, como se não estivessem sendo vividas, até que uma fatalidade as movimente. Muitos vão dizer que ele tem um ritmo lento. Mas o ritmo é perfeito para demonstrar a ação na vida de Pedro e Ênio.
O que mais me chamou atenção, no entanto, foram algumas imagens e efeitos de cena. Destaco aquela em que Ênio fala sobre o funcionamento do tráfico das grandes cidades, onde aparecem imagens de avenidas e ruas de São Paulo com seu trânsito. Outra são as imagens do planejamento das jogadas de sinuca de Pedro. Alguns personagens foram subaproveitados, como Lúcia (Letícia Sabatella). Mas os principais fizeram muito bem o seu papel. A estréia do diretor Philippe Barcinski em longas-metragem mostra que podemos esperar muitos sucessos dele. Quem duvidar, deve assistir seu curta-metragem Palíndromo. Nota: 8.
NÃO POR ACASO (Not by chance) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Philippe Barcinski // Rodrigo Santoro, Leonardo Medeiros, Branca Messina, Rita Batata, Cássia Kiss, Letícia Sabatella, Graziella Moretto // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

HOMEM-ARANHA 3 (SPIDER-MAN 3):
Peter Parker (Tobey Maguire) está em uma situação completamente diferente no terceiro filme da série. Enquanto que, no segundo, ele tentava se adaptar à vida de super-herói, ao mesmo tempo que tentava viver a sua própria, neste as coisas são diferentes. Peter está totalmente adaptado aos dois papéis. Ele estuda, trabalha, namora Mary Jane (Kirsten Dunst) e está a ponto de pedi-la em casamento. Enquanto isso, o Homem-aranha se torna cada vez mais famoso e querido. E este é o problema. Quando a fama e o ego começam a crescer, sabemos bem onde isso pode parar.
Neste filme o Homem-aranha enfrenta mais de um vilão. Um deles é o antigo amigo Harry (James Franco), que assume a posição do pai como Duende Verde. Depois, temos Flint Marko (Thomas Haden Church), o homem de areia, verdadeiro assassino de seu tio. E por último, o maior inimigo: ele mesmo. Também tem o fotógrafo Eddie Brock (Topher Grace), que, a princípio, é concorrente do fotógrafo Peter Parker.
Não vou contar detalhes do filme aqui porque são muitos e vai estragar a surpresa para quem ainda não viu. Eu, como fã do personagem em quadrinhos e da série de filmes, digo que amei! Mas isso é opinião de fã. Não conta muito para uma crítica séria e imparcial. Mas é muito legal! Dá para se divertir. Nota: 9.
Melhor citação do filme: "De onde vem esses caras?" (Peter Parker - Tobey Maguire - depois de lutar pela primeira vez com o "homem de areia")
HOMEM-ARANHA 3 (Spider-man 3) - 2007 - Gênero: Aventura - Direção: Sam Raimi // Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Bryce Dallas Howard, Rosemary Harris, J.K. Simmons // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

domingo, 6 de maio de 2007

ÁGUA NEGRA (DARK WATER):
Dahlia Williams (Jennifer Connelly) está se separando do marido e está em busca de um apartamento para viver com a filha Cecilia (Ariel Gade). As duas tem pouco dinheiro e vão morar longe. Isto provoca conflito com o ex-marido, Kyle (Dougray Scott), que quer a posse da filha de qualquer jeito. Ele informa a Justiça que Dahlia tem problemas emocionais e que não pode cuidar da menina. Enquanto a batalha judicial acontece, ela e a filha vão morar em um edifício muito esquisito, onde nada funciona direito e um eterno vazamento de água perturba os moradores. No quarto de Cecilia pinga sem parar uma água escura. Enquanto vive o stress da perda do marido, da sua infância infeliz e do encanamento que nunca pára de vazar, Dahlia ainda tem que lidar com outro problema: Natasha (Perla Haney-Jardine) a "amiga imaginária" de Cecília.
Água Negra é um filme de terror baseado em um outro japonês (Honogurai mizu no soko kara) e tem como diretor o brasileiro Walter Salles. O que vou dizer agora me dói muito, porque eu gosto dos filmes do "Waltinho". Mas tudo o que saiu na imprensa sobre Água Negra é verdade. Infelizmente o filme não empolga e muito mal presta-se ao que ele deveria servir: assustar. Não sei se o problema é o tema da história japonesa que, sinceramente, anda batido demais... Não sei se o problema foi a pouca utilização dos grandes atores do elenco. Pode ter sido também a falta de desenvolvimento do roteiro. Ou mesmo um problema do Waltinho, completamente fora do seu âmbito, dirigindo meio no automático. O negócio não engrena.
Mas, justiça seja feita, Jennifer Connelly salva parte do filme. Ela está muito bem como a mulher atormentada pelas imagens do passado e pelos fantasmas, frágil e depressiva. Ela e Ariel Gade, a Cecilia, estão bem. São as únicas que dão uma força a mais para o filme. O resto, realmente não empolga e não assusta. Nota: 6.
Melhor citação do filme: Não lembro de nenhuma agora.
ÁGUA NEGRA (Dark water) - 2005 - Gênero: Terror - Direção: Walter Salles // Jennifer Connelly, Ariel Gade, John C. Reilly, Tim Roth, Dougray Scott, Pete Postlethwaite, Camryn Manheim, Perla Haney-Jardine // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 5 de maio de 2007

XANADU (IDEM):
Quando eu era criança, uma música que eu não sabia de onde vinha povoava as rádios que meus pais escutavam. Na época, eu não entendia inglês e ainda não era "versada" em cinema. Não sabia que "Xanadu" era de um filme. Essa música, alías, deve ter feito parte da infância de muita gente, principalmente das meninas que faziam balé ou jazz naquela época.
Então eu cresci e descobri que Xanadu era um filme. E que era um musical. E que com o tempo virou cult. Claro que eu, como boa apreciadora de filmes em geral, queria ver. A Globo me proporcionou essa "alegria" nesta semana.
Vamos combinar... O filme é uma das maiores porcarias que eu já vi na vida. E é por isso que é cult. Não dá pra ser levado a sério. Olhando no site IMDB, descobri que ele ainda ganhou prêmios: vários Razzie Awards (merecidíssimos!) e um outro chamado "Young Artist Awards". Esse daí não deve ser muito sério. Mas o que mais me entristece é ver Gene Kelly, um dos meus ídolos do cinema, dançarino maravilhoso, em momento tô-aposentado-e-preciso-pagar-minhas-contas. É de doer...
A "história" do filme é a seguinte: um rapaz - Sonny Malone (Michael Beck) - é um daqueles artistas incompreendidos. Ele está no limiar entre "fazer sua arte" e se deixar levar pelo "sistema" e pagar suas contas. O rapaz está completamente sem inspiração. Até que um dia ele conhece duas pessoas que vão mudar seu destino: Danny McGuire (Gene Kelly), um músico aposentado que sucumbiu ao "sistema", e a misteriosa Kira (Olívia Newton-John). Da união dos três nasce o projeto de Xanadu, uma espécie de mega casa de shows onde os sonhos se realizam. Bem anos 80 mesmo... rs
Bom, vou ser sincera: o filme é ruim mesmo. E não é porque é musical. Eu amo musicais, mas esse aqui é uma piada. Mas a aura de cult faz valer a pena para aqueles que tem estômago mais forte. Já posso riscar mais um filme cult da minha lista dos que quero ver (antes tinha visto Garganta Profunda). Agora só faltam Barbarella e The Rocky Horror Picture Show (aquela vez na Loud! não conta. Estava sem som). Aí sim vou ganhar o prêmio de "estômago de ouro". rs Nota: 3 (com louvor)
Melhor citação do filme: "Xanadu! Now we are here in Xanadu" (Kira - Olívia Newton-John - cantando)
XANADU (Idem) - 1980 - Gênero: Musical - Direção: Robert Greenwald // Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck // Fonte da imagem: Google Images.

terça-feira, 1 de maio de 2007

O SEGREDO (THE SECRET):
Quando fui ver este filme, não estava em uma fase boa. Sabe quando tudo dá errado, você está cheio de problemas? Pois é... Era assim que eu estava. Precisava relaxar um pouco, resolvi ir no cinema e vi o anúncio de O Segredo no jornal. Já tinha ouvido falar dele, que existiam este documentário e um livro, lançado no Brasil recentemente. Na sinopse dizia que o tema era o uso do pensamento positivo na vida. E isto era tudo o que eu precisava no momento.
Mesmo assim, entrei no cinema desconfiada. Sabe como é... Um documentário feito em cima do que um livro de auto-ajuda diz... Eu, como uma atual estudante de marketing, logo pensei: "no fundo isso aí vai ser a maior enrolação. Só pra vender o livro". E tem esse lado mesmo. Mas tem um outro também. E no final, eu saí do cinema achando a vida linda e que tudo que eu quero vai dar certo! Impressionante...
A verdade é que o documentário é praticamente uma palestra onde diversas pessoas, entre autores, filósofos, pregadores, metafísicos etc, explicam a fonte do tal Segredo (que eu não contarei aqui, né?). Tudo isso muito bem amarrado, com exemplos (alguns, nem tão críveis assim). E aí eu e meu ceticismo nos quebramos. Se entrei achando que era uma jogada de marketing, saí de lá mais esperançosa. O que se fala no filme é tão fácil de acreditar que, mesmo o mais incrédulo, deve sair da sessão com uma dúvidazinha na mente... Vale a pena para quem ainda tem esperanças por uma vida melhor. Nota: 9.
O SEGREDO (The secret) - 2006 - Gênero: Auto-ajuda - Direção: Drew Heriot // John Assaraf, Bob Doyle, Morris E. Goodman // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 28 de abril de 2007

PLANO DE VÔO (FLIGHTPLAN):
Sábado a noite, nada para fazer, resolvi assistir a Plano de vôo na HBO. Já tinha ouvido falar da história e estava achando até que me contaram o final - o que eu odeio. Mas fui lá e encarei. Afinal, tem a Jodie Foster, que eu adoro!
Jodie interpreta Kyle Pratt, uma engenheira de turbinas de aeronaves, que está de mudança de Berlim para Nova York. Ela acabou de perder o marido e tudo que possui agora é a filha Julia (Marlene Lawston). Durante sua viagem de avião, enquanto dormia, a menina desaparece. Ela a procura, mas não encontra de forma alguma. E o que é pior: ninguém no avião - passageiros ou tripulação - jamais viu a garotinha. Kyle enfrenta uma luta desesperada em busca da menina, enfrentando a desaprovação de todos, que a acham maluca.
Este seria o tipo de filme de suspense que te deixa tenso. A dúvida fica no ar... Tem um momento em que você realmente fica em dúvida se a menina sumiu ou se Kyle está mesmo perturbada por causa da morte do marido. Mas o filme tem alguns problemas. Eu, por exemplo, descobri algumas coisas antes do filme as revelar. Por essa e por outras, que a tensão da história ficou só na promessa.
Outra coisa que me chamou atenção foi a história ter um quê de Quarto do Pânico. Será que Jodie vai ficar presa a este filme para sempre? Tomara que não. Em Quarto eu fiquei bastante tensa. Nesse, nem tanto. Mas vale a pena dar uma olhada em momentos onde nada se tem para fazer, como neste em que eu estava: sábado a noite, doente, nada pra fazer... Só esqueci da pipoca. Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Você viu minha filha?" (Kyle Pratt - Jodie Foster)
PLANO DE VÔO (Flightplan) - 2005 - Gênero: Suspense - Direção: Robert Schwentke // Jodie Foster, Peter Sarsgaard, Sean Bean, Kate Beahan, Erika Christensen, Marlene Lawston // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

BATISMO DE SANGUE (IDEM):
Depois da nova retomada do cinema nacional, já vi muitos dos nossos filmes. Alguns muito bons, outros regulares e muitos bem ruinzinhos. O que é natural em qualquer indústria cinematográfica mundial (se é que a gente pode chamar a produção brasileira de indústria... Acho que ainda tá longe disso...). Escrevi isto na introdução para falar de Batismo de sangue apenas para dizer que gostei muito deste. Está na lista de um dos melhores brasileiros que já assisti. Saí do cinema angustiada, triste e agradecida de ter nascido depois da época da tortura e da ditadura política. Tudo bem que no Brasil, tortura ainda hoje é comum (alguém discorda?). Mas aquele período de nossa história é muito duro. Uma mancha que vamos conviver para sempre.
Bom, mas vamos ao filme. Batismo de Sangue se passa nos anos 60. Um grupo de frades se une a oposição na luta pelo fim da ditadura no Brasil. Muitas pessoas eram contra esta mistura de política com religião, mas eles quiseram buscar um país mais justo e melhor. O grupo entra com força total na luta pela liberdade no Brasil. Seu engajamento leva-os a participar de ações da oposição e entrar em contato com os grandes líderes do movimento.
Acontece que a Polícia (ou seja, o DOPS) já estavam de olho no trabalho dos frades para os "comunistas". Eles sabiam do envolvimento dos religiosos com Carlos Marighella (Marku Ribas). O DOPS prende os frades e os tortura para que eles traiam o seu líder. Depois de muito apanhar e sofrer na mão do delegado Fleyry (Cássio Gabus Mendes), Fernando e Ivo (Léo Quintão e Odilon Esteves) não resistem. Eles acabam participando da emboscada onde Marighella é assassinado. Além deles, os frades Betto (Daniel de Oliveira) e Tito (Caio Blat) vão para uma prisão e ficam lá por muito tempo. Claro que a tortura continua.
Em 1973, eles finalmente são libertados. Mas é óbvio que seguir a vida depois de tanto sofrimento e tortura não vai ser a mesma coisa. Tito é o que mais sofre. Sua depressão e as lembranças o perseguem até a França, onde vai viver exilado em um convento.
As cenas de tortura do filme me deixaram muito chocada. Ouvi muitas pessoas dizendo que elas eram desnecessárias e que a violência mostrada ali era só pra "vender" o filme. Pode até ser. Mas eu penso de outra forma. Acredito que a violência mostrada traz grande parte da força para o filme. Porque assim, o espectador pode ter a noção do quanto era sofrido passar por tortura. Mesmo assim, somente quem passou vai ter a dimensão do sofrimento. Mas "aliviar" a tortura em cenas de filme não vai fazer ninguém pensar.
Muito bom! Saí desnorteada da sala do cinema! Nota: 10.
BATISMO DE SANGUE (Idem) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Helvecio Ratton // Caio Blat, Daniel de Oliveira, Léo Quintão, Odilon Esteves, Ângelo Antônio, Cássio Gabus Mendes, Marku Ribas, Marcelia Cartaxo, Murilo Grossi // Fonte da imagem: Adoro Cinema.