sábado, 27 de janeiro de 2007


LARANJA MECÂNICA (A CLOCKWORK ORANGE):
Este é o meu filme preferido do diretor Stanley Kubrick! Nem sei se me sinto digna de escrever sobre ele! rs
Laranja Mecânica é uma fábula futurista e, embora tenha sido realizada em 1971, é tão atual que chega a assustar. Ele tem como personagem principal Alex (Malcolm MacDowell), um jovem inglês de classe média, que tem uma vida bem fútil e vazia. Ele e sua gangue se divertem roubando, estuprando, batendo em bêbados e mendigos. Eles se encontram todos os dias em um bar da moda e tomam leite aditivado com uma substância que os fazem viajar e acelerar. Alguém já viu esse tipo de coisa antes?
Mas a farra de Alex chega ao fim no dia em que ele invade um spa para roubar e comete um assassinato. Seus amigos ainda o traem. Alex vai parar na prisão e para tentar se livrar de sua sentença, aceita fazer parte de uma experiência do governo britânico sobre a violência. Ele sai da cadeia completamente outro. Não consegue mais cometer qualquer ato de violência e, com isso, começa a sofrer.
É impressionante como Kubrick conseguiu realizar um filme em 1970 tão atual para nós do século XXI. E este é um dos motivos que fazem de Laranja Mecânica o meu favorito. É um filme cheio de metáforas políticas, sobre comportamento, banalidade da violência, juventude perdida etc. Valhe a pena ver e rever sempre. Como eu faço. Nota: 10.
Melhor cena do filme: Dentre tantas cenas geniais, vou citar a do assalto e estupro ao som de "Singing in the rain".
LARANJA MECÂNICA (A clockwork orange) - 1971 - Gênero: Drama - Direção: Stanley Kubrick // Malcolm McDowell, Warren Clarke, James Marcus, // Fonte da imagem: IMDB.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

BABEL (BABEL):
"O bater de asas de uma borboleta pode influenciar o clima em todo o mundo". Quem nunca ouviu algo assim na vida? Faz parte da descrição do tal "efeito borboleta". Não o filme, mas a teoria do caos. Segundo ela, todas as nossas vidas, tudo o que realizamos tem conseqüências grandes e pode afetar a vida de outras pessoas. Esse filme me remeteu muito a teoria do caos.
Babel é composto de quatro histórias, que a princípio nada tem a ver umas com as outras. Mas conforme vamos vendo o filme, notamos que as vidas das pessoas envolvidas na história se entrelaçam. Mesmo que cada uma delas seja e esteja em partes diferentes do globo (no caso: Japão, Marrocos e México). E tudo começa a partir de uma arma vendida a uma família pobre marroquina.
Não vou me aprofundar no enredo porque senão vai perder a graça. O que posso dizer é que Alejandro González Iñárritu soube captar muito bem a alma humana. Seus personagens são solitários e humanos. E por isso, cometem erros e fazem o que acham melhor para si mesmos. Não tem maniqueísmo. Apenas vidas humanas em exibição.
Muito bom para quem gosta de refletir assim que o filme acaba... Nota: 9.
Melhor diálogo do filme:
- Minha mãe disse que o México é perigoso. (Tom - Peter Wight)

- Sim! É cheio de mexicanos. (Santiago - Gael Garcia Bernal)

BABEL (Babel) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Alejandro González Iñárritu // Brad Pitt, Cate Blanchett, Boubker Ait El Caid, Said Tarchani, Mustapha Rachidi, Adriana Barraza, Elle Fanning, Nathan Gamble, Gael García Bernal, Rinko Kikuchi, Peter Wight // Fonte da imagem: IMDB.

domingo, 14 de janeiro de 2007

UMA NOITE NO MUSEU (NIGHT AT THE MUSEUM):
Larry Daley (Ben Stiller) é um daqueles sonhadores que tem muitas idéias para mudar de vida, mas que nunca consegue realmente mudá-la. Por isso, vive mudando de emprego e de residência. Ele é divorciado e tem um filho de 10 anos, Nick (Jake Cherry). E tantas mudanças e desempregos deixa o menino muito decepcionado com o pai. Para mudar isso, Larry decide procurar um emprego de verdade. E ele é admitido como guarda noturno do Museu de História Natural de Nova York.
O que a princípio parece um emprego simples e calmo se mostra outra coisa quando Larry encara seu primeiro dia. Tudo que está em exposição ganha vida depois que o museu fecha. Desde o tiranossauro rex até a estátua de cera de Átila, o huno. O que dá vida as peças é uma placa de ouro egípcia do faraó Ahkmenrah (Rami Malek). Tudo se transforma em uma grande bagunça e Larry é quem tem que tentar organizar quando tudo ganha vida. Acontece que existe um plano para roubar a placa. Larry é o responsável e tem que encontrá-la.
Ok. Vamos ser sinceros... O filme é bobo... Muito bobo. É aquele tipo de filme bem sessão da tarde mesmo. Filme-pipoca-família. Mas eu gostei! É verdade, confesso! Mas o motivo é um só... Quando eu era criança e visitava os museus na época da escola, eu sempre imaginava o que acontecia quando eles estavam fechados. Eu acreditava que eles ganhavam vida. Como no filme... Então é só por isso q eu gostei! Nota: 8.
Melhor citação do filme: Humm... Nenhuma que valha a pena...
UMA NOITE NO MUSEU (Night at the museum) - 2006 - Gênero: Comédia - Direção: Shawn Levy // Ben Stiller, Carla Gugino, Dick Van Dyke, Mickey Rooney, Bill Cobbs, Jake Cherry, Robin Williams, Owen Wilson, Kim Raver, Rami Malek // Fonte da imagem: IMDB.
DIAMANTE DE SANGUE (BLOOD DIAMOND):
O continente africano é vítima de muitas guerras e de exploração pelo homem branco há muito tempo. Parece que ultimamente Hollywood anda olhando para aquela região do mundo, finalmente. E este filme é um dos que pertencem a safra de filmes preocupados com a situação no continente.
Diamante de sangue tem como base Serra Leoa. Em 1999, o país passava por uma guerra civil devastadora, onde milhões tentavam se refugiar e quem ficava sofria diversas conseqüências: a morte, o trabalho escravo em minas de diamante ou, se fosse jovem, se juntar à milícia anti-governista.
Dentro deste caos, temos a família de Solomon Vandy (Djimon Hounsou, maravilhoso!). Ele é um pescador que sonha um futuro melhor para seu filho mais velho Dia (Kagiso Kuypers). Mas este sonho parece ir por água baixo quando sua vila é invadida por milicianos. A família de Solomon consegue fugir, mas ele é levado para trabalhar nas minas. A sua sorte parece mudar quando ele encontra um enorme diamante rosa e o esconde. Mas todos querem a pedra para si. No caminho de Solomon vão aparecer, além da milícia, claro, Danny Archer (Leonardo DiCaprio), ex-combatente em Angola e, embora branco, nascido no Zimbábue. Ele agora é traficante de diamantes e quer a pedra rosa de qualquer jeito, para deixar o continente africano. Além de Danny, também tem a jornalista idealista Maddy Bowen (Jenniffer Connely), que está na África para fazer uma matéria sobre os "diamantes de sangue": pedras que são compradas por grandes corporações internacionais mesmo que todos saibam as formas cruéis que elas são encontradas e para que elas servem (trocar por armas para a guerrilha).
No meio de toda essa confusão está Solomon, que só quer encontrar sua família. Danny e Maddy o ajudam. Mas ambos querem algo em troca: ele, o diamante; ela, a história. Ambos aceitam ajudar Solomon a tirar a família do abrigo de refugiados e seu filho Dia, das mãos da milícia.
Este é um filme de aventura em tom politicamente correto. Fala da exploração da população africana, da cobiça humana, de corrupção e todos os males possíveis que a guerra causa. Mas ao mesmo tempo, mostra que existem pessoas como Solomon que só quer viver em paz com a família, ou Maddy, que, embora cética, no fundo deseja fazer a diferença. Para contrabalançar, Danny, que só pensa em si mesmo... Mas começa a derreter seu coração frio com a convivência com Solomon. Mesmo disfarçando e com vários interesses em jogo.
Diamantes de sangue é um filme muito interessante para aqueles que se interessam com os problemas do continente africano. Ali existe ficção, claro, mas também tem muito de realidade. E também é interessante como alerta a nossa indiferença capitalista para o que ocorre com o resto do mundo, pois o que importa é termos nossas mercadorias. É de fazer pensar... Nota: 8.
Melhor diálogo do filme:
- Que tal irmos para o seu apartamento para ver o que tem no mini-bar? (Danny Archer - Leonardo DiCaprio)

- Eu sou jornalista. Já bebi tudo. (Maddy Bowen - Jennifer Connely)

DIAMANTE DE SANGUE (Blood diamond) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Edward Zwick // Leonardo DiCaprio, Djimon Hounsou, Jennifer Connelly, Arnold Vosloo, Kagiso Kuypers // Fonte da imagem: Adorocinema.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

O ILUSIONISTA (THE ILUSIONIST):
Viena, fim do século XIX e início do XX. Um garoto conhece uma garota de uma classe superior a sua. Enquanto ele é filho de um marceneiro, ela é de família nobre, uma duquesa. Os dois ficam muito amigos e acabam se apaixonando. Mas as regras da sociedade impedem qualquer contato de ambos. Ameaçado pela realeza, ele foge de casa para que sua família não sofra as conseqüências.
No mesmo período em que conhece a menina-duquesa, ele se interessa por magia e ilusionismo. Começa aprendendo com um senhor misterioso na beira de uma estrada. Quando foge de casa, aperfeiçoa a técnica e transforma-se no grande Eisenheim (Edward Norton), um ilusionista capaz de chocar qualquer platéia. E depois de muitos anos, volta para casa.
Sem se identificar como antigo filho da terra, Einsenheim se apresenta em teatros de Viena e seu sucesso é tremendo. Tanto, que sua fama chega à realeza. Um dia, o príncipe herdeiro Leopold (Rufus Sewell) e a corte vão conferir sua apresentação. E é neste momento que ele descobre que sua antiga amada Sophie (Jessica Biel) está comprometida com o futuro rei. Ela não o reconhece, à princípio. Mas quando isto acontece, o amor retorna e ambos precisam lutar de todas as formas por ele.
Os atores estão muito bem. O que dizer de Paul Giamatti e Edward Norton que ainda não foi dito? Mas todos estão realmente bem. Outra coisa que eu achei legal foi a opção da direção de fotografia de fazê-lo mais escuro, quase sem cores, meio amarelado... Dá a sensação que estamos vendo um filme do começo do século, quando o cinema estava engatinhando.
O filme é daqueles que tem uma reviravolta na história. E eu adoro filme assim. Mas confesso que não percebi nada da primeira vez que vi. Só na segunda. Recomendo! Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Tudo o que você ver aqui terá sido uma ilusão." (Eisenheim - Edward Norton)
O ILUSIONISTA (The Ilusionist) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Neil Burger // Edward Norton, Paul Giamatti, Jessica Biel, Rufus Sewell, Eddie Marsan // Fonte da imagem: IMDB.