quinta-feira, 29 de março de 2007

SCOOP - O GRANDE FURO (SCOOP):
Joe Strombel (Ian McShane) era um grande jornalista britânico. Era, porque ele está morto. Ele era conhecido no meio jornalístico como um cara obstinado, que fazia qualquer coisa por um furo de reportagem. E ele morre exatamente no momento em que estava com um grande furo em suas mãos.
No limbo, ele ainda encontra uma das vítimas da série de assassinatos que estava investigando. Ela não sabe muita coisa, mas lhe dá algumas pistas. Strombel é tão obcecado pela verdade que resolve passar a investigação à frente. Mesmo morto.
Ele aparece para uma moça, Sondra Pransky (Scarlett Johansson), aspirante à jornalista, durante um show de ilusionismo e a convence a investigar a história do serial killer da carta de tarô. Existe a desconfiança de que ele seja um aristocrata multimilionário chamado Peter Lyman (Hugh Jackman). Sondra pede ajuda ao ilusionista Sid Waterman (Woody Allen) para descobrir a trama e se tornar uma grande jornalista. Acontece que a moça se apaixona pelo suposto assassino e tudo pode acabar mal.
Bom, esse é o roteiro básico de Scoop. Dá para se divertir, mas neste filme Woody Allen perde a mão. Ultimamente ele faz um longa legal, outro ruim, outro muito bom, mais um ruim... Não anda muito constante. Depois de Match Point, esse nem deve ser levado em consideração. Até o personagem de Woody, que faz ele mesmo sempre, é tão engraçado desta vez.
É um filme para aqueles que são fãs e, por isso, não perdem um filme do diretor. Fora isso, não merece muita notoriedade. Vamos aguardar o próximo. Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Eu não preciso me exercitar. Minha ansiedade age como ginástica aeróbica." (Sid Waterman - Woody Allen)
SCOOP - O GRANDE FURO (Scoop) - 2006 - Gênero: Comédia - Direção: Woody Allen // Scarlet Johansson, Hugh Jackman, Woody Allen, Ian McShane // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

segunda-feira, 19 de março de 2007

CLOSER - PERTO DEMAIS (CLOSER):
Tive que assistir este filme duas vezes para poder gostar. Na primeira, no auge do hype sobre ele, confesso que detestei. Me senti enganada e até um pouco ofendida. Haviam me dito que era um filme de amor. Mas eu não vi assim. Para mim, era um filme sobre sexo e ponto final. Mas esta é uma visão rasa sobre Closer. Da mesma forma que classificá-lo como um filme de amor. Ele é bem mais amplo do que esta dicotomia.
Dei tempo ao tempo e reassisti agora. E gostei muito mais. Talvez seja o momento em que estou ou porque assisti depois de viver algumas experiências a mais. Experiências estas que me fizeram entender melhor o que se passava ali.
Closer tem apenas quatro personagens. Todos com praticamente o mesmo peso. São eles o jornalista Dan (Jude Law), a stripper Alice (Natalie Portman), o dermatologista Larry (Clive Owen) e a fotógrafa Anna (Julia Roberts). Dois casais que se misturam de várias formas e que buscam a felicidade - e a infelicidade - através do amor.
Dan é o personagem que eu mais detestei na primeira vez que vi o filme. Na verdade, esta aversão permaneceu na segunda. Ele é aquele tipo de homem que já passou pela vida de muitas de nós, pobres mulheres. Bonitão, com a fala mansa, carente, com carinha de que precisa de você... Mas não pensa duas vezes em simplesmente te descartar como se fôssemos nada. Em resumo, um egoísta, um machista... Um tremendo palhaço que não sabe o que quer...
Larry era outro que eu detestei na primeira vez que vi. Mas agora, tenho que dar o crédito ao cara. Ele entra na história de para-quedas. Por causa de uma brincadeira imbecil de Dan com Anna. Dan finge ser a fotógrafa em um chat pornográfico, começa a conversar com Larry e marca um encontro com ele em um local que sabe que Anna frequenta sempre. Acontece, que Dan acaba promovendo a união dos dois. E não se conforma com isso. Ele faz de tudo para ficar com Anna e consegue.
Larry, um grosseirão devido a sua simplicidade, perde a mulher que ama, à princípio, mas se vinga. Com requintes de crueldade, ao meu ver. Eu não acreditava no amor de Larry por Anna na primeira vez que vi o filme. Mas entendi que ele tem uma forma diferente de demonstrar o amor. E como a maioria dos homens, sexo está em primeiro lugar. Tanto que quando a está perdendo, quer saber detalhes de sua transa com Dan e liga pouco para se ela ama ou não o jornalista. Normal... Mulheres e homens tratam as duas coisas de forma diferente mesmo. O que me fez mudar de pensamento foi rever seu sofrimento para ter a mulher de volta.
Anna me irritava na primeira vez que vi o filme. Uma mulher completamente sem iniciativa, que se deixa levar por tudo. Agora, a entendi também. No fundo ela é deprimida. Talvez tenha sofrido demais na vida (tem uma hora em que ela diz que apanhava do primeiro marido). Pessoas assim tem uma "aura" estranha, apagada... E é isso que ela é no filme... Uma mulher sem alma. Se entrega para Dan e Larry para viver de culpa. O que não está longe da realidade para muitas de nós.
Alice é, de longe, a personagem mais interessante. E a minha preferida desde a primeira vez que assisti. A única que diferencia bem amor e sexo. A única que se entrega ao amor de verdade, mesmo com os perigos que corria. E a única com coragem suficiente para colocar um fim no ciclo vicioso de sua vida. Um personagem como poucos.
Hoje entendo a adoração das pessoas por este filme. Não vou dizer que é o filme da minha vida, como já ouvi muitos falarem. Mas com certeza é bom e faz refletir sobre nossos relacionamentos, sobre amor, sexo e a vida em si. Volto atrás na minha primeira avaliação. Closer é muito bom. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Eu não quero mentir. Eu não posso te dizer a verdade. Então acabou." (Alice - Natalie Portman)
CLOSER - PERTO DEMAIS (Closer) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Mike Nichols // Natalie Portman, Jude Law, Julia Roberts, Clive Owen // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
PENETRAS BONS DE BICO (WEDDING CRASHERS):
John Beckwith (Owen Wilson) e Jeremy Grey (Vince Vaughn) são advogados, sócios e amigos há muito tempo. Eles trabalham no setor de divórcios. Para aliviar a tensão que o trabalho exige, ambos costumam fazer algo diferente: são penetras de festas de casamento. E não só isso. Além de penetrar, ambos viram a atração da festa. E, como ninguém é de ferro, os dois ainda aproveitam para conhecer mulheres disponíveis. Mas apenas por uma noite. Mas, claro, um belo dia, isso vai por água abaixo. É quando John se apaixona em uma dessas festas. E pede ajuda a Jeremy para conquistar seu amor.
Na época em que este filme foi lançado li muitas críticas positivas ao filme. Todo mundo falou superbem. Eu, já fico logo desconfiada destas unânimidades. Realmente, o filme é engraçado. Mas eu não achei lá essas coisas todas. Sabe por quê? Porque o humor em que se baseia a história não é novidade para mim. Alguém aqui já ouviu falar em Steve Martin ou Chavy Chase? Ambos já faziam este tipo de humor no fim dos anos 70 e início dos 80. Isso só para citar os dois. Qual novidade que Owen Wilson e Vince Vaughn trazem para este filme que não lembre, por exemplo, Clube dos Pilantras?
Não discuto o talento de Wilson e Vaughn. Eles são muito bons realmente. Só não entendi o porquê de tanto auê... Nota: 6.
Melhor citação do filme: Não lembro de nenhuma interessante...
PENETRAS BONS DE BICO (Wedding Crashers) - 2005 - Gênero: Comédia - Direção: David Dobkin // Owen Wilson, Vince Vaughn, Christopher Walken, Rachel McAdams, Isla Fisher, Rebecca De Mornay, Will Ferrell // Fonte da imagem: Adoro Cinema.