segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ESTÔMAGO (ESTOMAGO: A GASTRONOMIC STORY):
Raimundo Nonato (João Miguel) é um imigrante nordestino que chega a São Paulo como milhões de outros: para ter uma vida melhor. Poderíamos até acreditar que isto iria acontecer com ele, quando é contratado como cozinheiro de um boteco. Afinal de contas, Nonato é um cozinheiro de mão cheia e suas coxinhas atraem uma grande clientela. Mas, paralelamente a isso, o filme mostra o seu futuro: a cadeia.

Esta edição com a linha do tempo imprecisa, entrecortada, é uma das grandes responsáveis pelo bom filme que Estômago é. Lembra alguns filmes estrangeiros que conseguem contar uma boa história sem seguir o tempo corretamente. Desta forma, o enredo fica mais interessante. É o que acontece aqui. Afinal, a gente quer saber como Nonato foi parar na cadeia. E a edição vai criando mais e mais curiosidade.

Este é um dos filmes mais legais que vi esse ano. Simples, sem muito alarde e com um elenco sem grandes estrelas, Estômago conta uma história interessante. Ao primeiro olhar parece impossível, mas basta dar uma olhada nas páginas policiais dos jornais para vermos até onde vai a humanidade. Nonato não é diferente. Ele quer se dar bem e usa seu dom para isso: a cozinha. Este é um dos filmes no qual podemos ter orgulho da produção nacional. Nota: 10.

Melhor citação do filme: "Macarrão à puta vesga?" (Raimundo Nonato - João Miguel)

ESTÔMAGO (Estômago: A gastronomic story) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Marcos Jorge // João Miguel, Fabíula Nascimento, Babu Santana, Carlo Briani, Zeca Cenovicz // Imagem: Google Images.

sábado, 20 de setembro de 2008


AMISTAD (AMISTAD):
Adoro ver filmes que falam sobre a luta dos negros (sim, vou usar essa palavra e não aquelas idiotices politicamente corretas) pelo fim da escravidão e pela sua liberdade. Sempre são filmes inspiradores, que me deixam emocionada e me fazem refletir. Este não é diferente.

O longa é baseado em uma história real. Se passa em 1839, quando um grupo de futuros escravos consegue soltar suas correntes e tomar o navio Amistad, próximo ao litoral de Cuba. O massacre é grande, mas eles salvam o comandante do Navio e seu ajudante para que os guie de volta a África. Acontece que os "homens brancos" os enganam, rodam com o navio pelo mar e chegam até Conecticut, nos EUA. Lá, eles são aprisionados e começam a ser julgados pelos crimes dentro do navio.

O que no começo era um caso de homicídio se torna algo grande. Os abolicionistas entram na história para pedir a liberdade e a devolução do grupo para a África. Acontece que mais gente entra nesta história. O governo americano que, em pleno momento crucial para a Guerra de Secessão, tenta de tudo para manter o caso como assassinato. Além disso, a rainha da Espanha, Isabella II (Anna Paquim, entra na história querendo reaver o grupo de escravos que nunca lhe pertenceu.

Amistad é um filme emocionante! Ele tem duas coisas que sempre me chamam atenção em produções: a luta por um ideal e julgamentos (adoro filmes com julgamentos!). Os atores estão irretocáveis e a produção de época também. Não lembro de ter visto um defeito sequer.

Destaco também o trabalho de Spielberg. Tudo bem, ele é um dos meus diretores favoritos... Mas nem tudo que ele fez eu gosto (não mencionem A.I., por favor!). Acontece que Amistad é um filme sensível e desafiador. Até porque ainda hoje nós presenciamos episódios de preconceito. As cenas que mostram o sofrimento dentro do navio me chocaram profundamente. Elas fazem perguntar quem são os verdadeiros assassinos.

A escravidão foi (e ainda é) um dos episódios mais vergonhosos da história da humanidade. E a gente continua caprichando nisso... Nota: 9.

Melhor citação do filme: "Que tipo de lugar é esse onde o que você diz não significa o que você quer dizer? Onde as leis quase funcionam? Como vocês podem viver assim? (Joseph Cinque - Djimon Hounsou, em Mende).

AMISTAD (Idem) - 1997 - Gênero: Drama - Direção: Steven Spielberg // Morgan Freeman, Anthony Hopkins, Djimon Hounsou, Matthew McConaughey, Anna Paquim // Imagem: Google Images.

TRAINSPOTTING - SEM LIMITES (TRAINSPOTTING):
A primeira vez que vi este filme foi no cinema. Fui sem esperar algo, sem conhecer atores, diretor etc. Em resumo, fui assistir por diversão. Gostei tanto que acabei comprando o DVD e a trilha sonora!

Trainspotting - Sem limites mostra a história de um grupo de amigos desajustados na Escócia, em meados dos anos 90. Alguns deles são viciados em drogas, outros em violência, outros em exercícios físicos. Ou seja, cada um tem seus excessos. Junto a isso, coloque toda a falta de perspectiva na vida dos jovens de hoje em dia, onde ideologia e luta por ideais são praticamente inexistentes.

O "líder" deste grupo é Mark Renton (Ewan McGregor). Ele é o mais equilibrado entre eles, dentro do possível. Renton é muito inquieto e sente o peso da vida vazia. Para se livrar disto, usa heroína. Vira e mexe tenta se livrar do vício, mas acaba sempre retornando. Tanto por conta própria, quanto pela influência dos amigos.

O mundo das drogas é mostrado em Trainspotting, mas não de forma nua e crua. Na verdade, existe um certo glamour nisso tudo. É um filme muito legal, que não foca apenas nas drogas. A trilha sonora é sensacional! Além disso, destaco também as cenas das "viagens alucinógenas" do personagem Renton. Muito bom! Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Escolha a vida. Escolha um emprego. Escolha uma carreira. Escolha uma família. Escolha uma televisão enorme, escolha máquinas de lavar, carros, compact disc players e abridores de latas elétricos. Escolha boa saúde, colesterol baixo e plano dentário. Escolha reembolsos de hipoteca fixa de juros. Escolha a primeira residência. Escolha seus amigos. Escolha roupas esporte e malas combinando. Escolha um terno na compra de veículos em uma variedade de tecidos. Escolha DIY e imagine saber quem diabos você é na manhã de domingo. Escolha, sentar no sofá, assistir a paralisantes mentais e esmagadores de espíritos game shows, entupindo com a porra de junk food a sua boca. Escolha apodrecer no final de tudo isso, mijando no seu passado em uma casa miserável, nada mais do que uma vergonha para os fedelhos fodidos e egoístas que gerou para te substituir. Escolha o seu futuro. Escolha a vida ... Mas por que eu quero fazer uma coisa dessas? Eu escolhi não escolher a vida. Eu escolhi algo mais. E as razões? Não há razões. Quem precisa de razões quando se tem heroína?" (Mark "Rent boy" Renton - Ewan McGregor)

TRAINSPOTTING - SEM LIMITES (Trainspotting) - 1996 - Gênero: Drama - Direção: Danny Boyle // Ewan McGregor, Ewen Bremner, Kevin McKidd, Robert Carlyle, Kelly MacDonald, Johnny Lee Miller // Imagem: Google Images.

domingo, 14 de setembro de 2008

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (BLINDNESS):
Em uma cidade grande como outra qualquer no planeta, um homem (Yusuke Iseya) dirige seu carro em direção à sua casa. Ele para no sinal de trânsito e de repente, quando o sinal abre... ele está cego. Este é o ponto de partida para o filme Ensaio sobre a cegueira, homônimo do livro de José Saramago em que foi baseado.

O homem procura ajuda médica e o oftalmologista (Mark Ruffalo) não encontra uma explicação para a tal "cegueira branca" que ele sente. Manda-o procurar outro médico, mal sabendo que logo depois, ele e os pacientes que estão em sua sala de espera vão passar pelo mesmo problema. Em pouco tempo, a tal cegueira branca toma conta de toda a cidade. Todos são infectados, menos a mulher do médico (Juliane Moore).

Com medo da epidemia se espalhar ainda mais, o governo resolve confinar os infectados em uma espécie de hospital de quarentena. Mas com o tempo, os cegos descobrem que não estão lá para tratamento, e sim para que o problema seja varrido para baixo do tapete. O caos se instaura conforme a quantidade de pessoas vai aumentando e com a falta de assistência do governo.

Ensaio sobre a cegueira é um dos poucos filmes em que li o livro antes de vê-lo. Li um ano antes. O livro é maravilhoso! Fantástico!!! Fiquei admirada com a forma como foi escrito. Saramago não deu nome aos seus personagens, mas sabemos exatamente de quem ele está falando o tempo inteiro. Ele também não usa a pontuação tradicional, mas isto também é indiferente.

Estava, ao mesmo tempo, ansiosa e apreensiva para ver este filme. Confio no diretor Fernando Meirelles, mas Ensaio não é um livro fácil de ser filmado. Mas, como bom diretor que é, ele se cercou de bons profissionais e fez um filme à altura do livro. Eu adorei! Não me decepcionou nem um pouco e está muito parecido com o livro.

Ensaio é um filme sensacional. Igual ao livro. Mostra a degradação humana, o desespero, a natureza dos homens e tudo de ruim que, em geral, não queremos ver. Também mostra bondade e solidariedade. Coisas que fazem parte do nosso ser. Vale a pena assistir e ler também! Nota: 9.

Melhor citação do filme: "A única coisa mais assustadora que a cegueira é ser a única que pode ver." (A mulher do médico - Juliane Moore)

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (Blindness) - 2008 - Gênero: Drama - Direção: Fernando Meirelles // Juliane Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover, Gael García Bernal, Yusuke Iseya // Imagem: Google Images.
A CULPA É DO FIDEL (LA FAUTE À FIDEL):
Ana de La Mesa (Nina Kervel-Bey) é uma menina de 9 anos que está acostumada com as coisas boas da vida. Estuda em um excelente colégio de freira, mora numa casa grande com jardim, enfim, tem tudo do bom e do melhor. Mas sua vida muda quando seu tio Quino é assassinado. Estamos nos anos 70.

Seu pai, Fernando de La Mesa (Stefano Accorsi) passa por um drama de consciência com o evento. Ele, um espanhol que se refugiou na França, fugiu de seu país quando as coisas não estavam bem politicamente. Agora, com a morte do cunhado, resolve fazer alguma coisa. E é aí que a vida de Ana e de sua família muda radicalmente.

Os pais da menina começam a se engajar em programas sociais e chegam a viajar para a América Latina. Os dois também se envolvem com um grupo pró-Allende no Chile e na luta pela liberação do aborto. Mudam de casa e de estilo de vida de repente. E Ana, mesmo sem querer embarcar nessa, não tem outra saída.

A culpa é do Fidel tem na menina Nina Kervel-Bey seu maior trunfo. Sua cara emburrada o tempo todo demonstra o que se passa na cabeça da menina, que não quer saber de mudanças e sequer foi perguntada se queria passar por isso. De repente, ela se vê sem sequer poder assistir as aulas de catecismo. É um filme fofo, de certa maneira, mas que, ao mesmo tempo, me fez pensar. Não na questão social em si, mas no quanto os pais podem estar despreparados para cuidar dos filhos. Do quanto as decisões deles podem influenciar a vida das crianças, para o bem ou para o mal. Nota: 7.

Melhor citação do filme: "Você é um dos barbudos?" (Ana de La Mesa - Nina Kervel-Bey)

A CULPA É DO FIDEL (La faute à Fidel) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Julie Gravas // Nina Kervel-Bey, Julie Depardieu, Stefano Accorsi, Benjamin Feuillet // Imagem: Google Images.

terça-feira, 29 de julho de 2008

MUNDO CÃO (GHOST WORLD):
O ensino médio chega ao fim e Enid (Thora Birch) e Rebecca (Scarlet Johansson) não vão sentir falta alguma deste período. As duas, grandes amigas desde a infância, não agüentam mais conviver com os estereótipos da adolescência americana. Embora elas próprias façam parte de um estereótipo: o das alunas desajustadas e esquisitas.

Com o fim dos estudos, a realidade bate à porta. Enid e Rebecca vinham combinando de morar juntas depois da formatura. Rebecca consegue um emprego em uma lanchonete e logo começa a buscar apartamentos para se mudar. Mas Enid não parece estar mais tão empolgada. Os objetivos opostos acabam afastando as amigas.

Só que existe uma coisa que as duas sempre gostaram de fazer juntas: implicar com aqueles que consideram losers. É assim que Seymor (Steve Buscemi) entra na vida delas. As duas marcam um encontro às escuras com o cara e o deixam na mão. Com pena de Seymor, Enid começa uma amizade com ele. Parte de sua vida começa a mudar com isso.

Ghost World tem como origem um comic book muito famoso de Daniel Clowes. A história mostra o quanto a adolescência americana anda sem perspectivas e perdida. A falta de vontade de mudar de vida de Enid é muito significativa. Ela representa a maioria dos adolescentes americanos. É um filme bem interessante, com personagens completamente desajustados. A mais normal de todos é Rebecca, que tem um objetivo pelo menos.

Filme independente legal para quem gosta do estilo adolescentes e adultos desajustados. Nota: 7.

Melhor citação do filme: "Eu não consigo me relacionar com 99% da humanidade." (Seymour - Steve Buscemi)

MUNDO CÃO (Ghost World) - 2001 - Gênero: Drama - Direção: Terry Zwigoff // Thora Birch, Scarlet Johansson, Steve Buscemi, Brad Renfro // Imagem: Google Images.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

BATMAN - CAVALEIRO DAS TREVAS (BATMAN DARK KNIGHT):
Há algum tempo, os filmes sobre super-heróis eram tratados como produções de menor importância. Em geral, eram filmes bobos, cheios de defeitos e licenças poéticas que faziam qualquer fã querer assassinar o diretor das películas. Havia um ou outro espasmo de qualidade, como os filmes de Tim Burton sobre o Batman, por exemplo. Mas a maioria era puro lixo.

Hoje, o cenário é outro. Claro que ainda existe muito lixo que visa apenas o lucro. Mas a qualidade dos filmes de HQ e de super-heróis é incontestável! E Batman - Cavaleiro das trevas é um daqueles que pertencem a safra boa.

Assim como o primeiro filme desta nova série, o elenco e a direção são primorosos! Todos estão muito bem e merecem prêmios. Claro que o destaque do lançamento foi todo para o Coringa. Afinal, seu intérprete Heath Ledger morreu um pouco antes, por overdose de remédios. Mas dizer que o destaque para o Coringa veio disso é diminuir o trabalho de Heath. Ele está simplesmente sensacional! Seu Coringa vai entrar para o Hall dos melhores vilões do cinema, sem dúvida. Bate, inclusive o de Jack Nicholson. O Coringa de Heath não é apenas um vilão comum. Ele é uma força da natureza.

Quando o filme começa, Gothan City continua dominada pelo crime. Desta vez, os "donos da cidade" são mafiosos de diferentes etnias (russos, japoneses, italianos etc.). Todos estão focados em prendê-los. Batman (Christian Bale, definitivo!), o ainda tenente Gordon (Gary Oldman) e o promotor Harvey Dent (Aaron Ackhaert) unem-se para combatê-los.

Mas ao mesmo tempo, começa a surgir sutilmente em Gothan um mal que ninguém imagina. Na verdade, ele é negligenciado por todos, mocinhos e vilões. É o Coringa e seus planos insadecidos. Ele consegue promover uma confusão enorme! E o pior: não há uma motivação concreta para isso. Ele diz que quer apenas levar o caos e revelar a natureza das pessoas. Principalmente a da trinca de mocinhos da história.

Não vou falar muito sobre o filme, porque acredito que vai perder a graça. Mas, independente do Batman ser meu herói de infância favorito, acredito que este é um grande filme. Vai entrar para o hall dos melhores! Nota: 10.

Melhor citação do filme: "Quer saber como eu consegui essas cicatrizes? Meu pai era... alcoólatra. E um sádico. E uma noite ele ficou mais maluco do que de costume. Mamãe pegou a faca na cozinha para se defender. Ele não gostou. Nem... um... pouco. Então, comigo assistindo, ele tomou a faca dela, sorrindo enquanto a matava. Virou-se para mim e disse 'Por que tão sério?' Chegou até mim com a faca: 'por que tão sério?'. Ele colocou a lâmina na minha boca. 'Vamos colocar um sorriso nessa cara'. Por que tão sério?" (Coringa - Heath Ledger).

BATMAN - CAVALEIRO DAS TREVAS (Batman dark knight) - 2008 - Gênero: Aventura - Direção: Christopher Nolan // Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Michael Caine, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Morgan Freeman // Imagem: Google Images.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

EU SOU A LENDA (I AM LEGEND):
Estamos em 2009. Ano em que cientistas fizeram uma grande descoberta para curar o câncer. Os resultados dos testes têm sido muito positivos. É uma esperança para a população mundial se livrar da doença.

Agora, estamos em 2012. A Terra está devastada e vazia. A cura encontrada para o câncer tornou-se o catalisador do fim da humanidade como a conhecemos. A "vacina" transformou os homens em zumbis, que buscam carne humana para aplacar o apetite. Que fogem da luz e vivem na escuridão. E esperam a noite para caçar. É neste cenário desolador e assustador que Eu sou a lenda toma forma.

Claro, que o filme não é só isso. Senão não teria graça. Em toda esta solidão sobrou um homem. Robert Neville (Will Smith) é militar e pesquisador. Ele vive em busca de uma cura para a "doença zumbi". Não está tão solitário. Neville tem Sam, sua fiel pastor alemão como companheira.

Não posso resistir aos films de Will Smith. Confesso, que vejo mais por sua causa dele do que do filme em si. Mas desse aqui eu não gostei muito. Tem algumas coisas meio perdidas no meio da história. Tipo, da onde surgiu a personagem de Alice Braga?

Não sei como é o livro de onde o filme foi baseado. Mas, pra mim, não fez nenhum sentido seu aparecimento. Nota: 5.

Melhor citação do filme: "Eu posso ajudar. Eu posso te ajudar. Eu posso te salvar." (Robert Neville - Will Smith)

EU SOU A LENDA (I am legend) - 2007 - Gênero: Ficção Científica - Direção: Francis Lawrence // Will Smith, Alice Braga, Charlie Tahan // Imagem: Google Images.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

AS GAROTAS DO CALENDÁRIO (CALENDAR GIRLS):
Um grupo de mulheres de meia idade, da pequena cidade de Knapely, na Inglaterra, se reúnem todas as semanas para falar de assuntos como costura, cozinha etc. Seria um dos poucos divertimentos para as senhoras na região e, obviamente, o tédio toma conta de algumas delas.

Annie Clarke (Julie Walters) é uma delas. Mas sua vida, tão certinha e rotineira, vira do avesso quando seu marido, John (John Alderton) fica doente. Eles descobrem que o problema é leucemia. John entra em tratamento e tem todo o apoio da mulher. Acontece que o tratamento não dá jeito e ele morre. Para diminuir sua dor, Annie resolve que quer ajudar o hospital a comprar um novo sofá para a sala de visitas. O que existe lá é péssimo. Mas o dinheiro é curto. Então, sua melhor amiga, Cris (Helen Mirren) tem uma idéia. Todos os anos, o Instituto de Mulheres (local das reuniões que mencionei anteriormente) cria um calendário. As vendas são revertidas em caridade. Cris decide que este ano, o calendário deveria trazer mulheres. Todas nuas. E as escolhidas seriam elas mesmas: as senhoras de Knapely.

Claro que a idéia vai trazer muita confusão para a cidade e para a vida delas e de suas famílias. Embora muita gente tenha torcido o nariz, o calendário vira um sucesso! Aliás, a história do filme é baseada em fatos reais. E no Brasil, inclusive, existe um grupo de senhoras que também o fazem. O calendário não é pornográfico. É a única coisa que eu realmente avalio como "nu artístico".

Garotas do Calendário é um filme muito delicado e singelo. Fala de coisas que não vemos normalmente e nem valorizamos: a beleza da mulher em qualquer fase da vida. Num tempo em que a vaidade, a cirurgia plástica e a juventude a qualquer preço estão tão em voga, ele nos faz pensar se tudo isso vale a pena. Afinal, cada idade tem sua beleza. Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Annie, eu tenho 55 anos. Se eu não mostrar meus peitos agora, quando é que eu vou mostrar? (Cora - Linda Bassett)

AS GAROTAS DO CALENDÁRIO (Calendar girls) - 2003 - Gênero: Drama - Direção: Nigel Cole // Helen Mirren, Julie Walters, John Alderton, Linda Bassett // Fonte da imagem: Google Images.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

AGENTE 86 (GET SMART):
Durante minha infância, além dos divertimentos normais daquela época, eu gostava muito de assistir TV. E gostava mais ainda de assistir aos "seriados enlatados americanos dos anos 60" que passavam em vários canais durante o dia. Agente 86 era um deles. Eu morria de rir com as trapalhadas do agente 86 (Don Adams) para resolver suas investigações, mas que mesmo assim, davam certo.

Agora, lançaram um filme sobre a série. Na verdade, eu diria mais que é baseado na idéia da série. Porque este aqui tem humor e trapalhadas. Mas não no estilo bobo e pastelão da época. Muito pelo contrário. Até Steve Carrell (que faz o Agente 86) está mais sério. Ele é bom de comédias, mas seu Maxwell Smart é atrapalhado e muito sério. E a agente 99 (Anne Hathaway)? Muito "mulher do Século XXI", em comparação com a série.

Por um lado, isto é legal. O filme pode assim atrair mais gente e fica até mais crível. Muito do que acontecia na série, a luta entre o Controle e o Caos, era bobo demais e difícil de acreditar. O que tornava a série uma sátira. Já no filme, o Caos é muito mais maléfico (mas com um que, muito pequeno, de bandidos estilo "Dr. Evil"). E as aventuras de Maxwell e da agente 99 muito mais violentas e cheias de aventura. O filme mostra também como Maxwell Smart se tornou agente do Controle. Coisa que antes a gente nunca ouviu falar antes.

Bom, fiz a comparação inevitável com a série. Só que antes de terminar o texto preciso afirmar que não achei o filme ruim. É divertido. Mas é diferente da série. Portanto, se alguém for assistir o filme procurando por ela vai ficar decepcionado. Os dois são legais, mas, usando o jargão popular: "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Nota: 7.

Melhor diálogo do filme:
- Tem 300 agentes do Controle fora deste prédio (Maxwell Smart - Steve Carrel)

- Não, não tem. (Siegfried - Terence Stamp)

- Você acreditaria em 20 membros da SWAT? (Maxwell Smart)

- Não. (Siegfried)

- E no Chuck Norris muito bem armado? (Maxwell Smart)

AGENTE 86 (Get Smart) - 2008 - Gênero: Comédia - Direção: Peter Segal // Steve Carell, Anne Hathaway, Dwayne Johnson, Alan Arkin, Terence Stamp, James Caan, // Fonte da imagem: Google images.

terça-feira, 24 de junho de 2008

WALL-E (WALL-E):
Em um futuro que, se bobear, não vai ser tão longínquo assim, o planeta Terra está saturado de tanto lixo e poluição. E depois de tanto destruir e degradar, a humanidade resolve deixá-lo por sete anos para que se recupere. Enquanto os seres humanos são enviados para o espaço em uma grande espaçonave - que mais parece um transatlântico - pequenos robôs chamados WALL-E ficam na Terra para fazer a limpeza. Sete séculos depois, a humanidade ainda não voltou para casa e de todos os robozinhos, apenas um sobrou. Esta é apenas a premissa do filme, que tem ação, romance e várias lições de moral, como é de costume em filmes da Pixar.

WALL-E (Ben Burtt) está sozinho na Terra e cumpre todo dia sua rotina. Ele é muito curioso e gosta de guardar para si alguns artigos humanos e de ver vídeos. Um dia, chega na Terra uma espaçonave trazendo um outro robô, de última geração. É E.V.A (Elissa Knight). A princípio, ela não é muito simpática. Qualquer ruído a faz atirar. E.V.A tem uma missão e não pode abandoná-la. WALL-E e ela se tornam amigos, mas assim que a diretriz de E.V.A é cumprida, a espaçonave volta para busca-la. WALL-E vai atrás da amiga na espaçonave dos humanos. Faz de tudo para ficar ao seu lado e acaba ajudando a despertar nos humanos uma nova consciência.

WALL-E é um filme em grande parte mudo. Ficamos sem diálogos por vários minutos. Por isso, pode ser considerado lento. Mas depois há diálogo e muita ação. Não posso ser imparcial porque a Pixar é um dos meus estúdios favoritos (mesmo pertencendo a Disney a gente ainda nota uma certa independência nas histórias). E não tem como não simpatizar com o WALL-E. O robozinho é muito fofo. É uma mistura do Johnny Five (de Short Circuit) com o E.T. (vai dizer que a voz não é parecida?). Em resumo: diversão garantida para as crianças e adultos. Para estes últimos ainda há um "puxão de orelha" básico, sobre a dependência das máquinas, falta de exercícios físicos e coisas afins... Muito legal! Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Eu não quero sobreviver. Eu quero viver." (Captain - Jeff Garlin)

WALL-E (Idem) - 2008 - Gênero: Animação - Direção: Andrew Stanton // Vozes: Ben Burtt, Elissa Knight, Jeff Garlin, Fred Willard, John Ratzenberger, Kathy Najimy, Sigourney Weaver // Fonte da imagem: Google Images.

sábado, 21 de junho de 2008

O INCRÍVEL HULK (THE INCREDIBLE HULK):
Peço que os fãs de Ang Lee me desculpem. Também gosto do trabalho dele, mas este filme do Hulk é muito melhor. Quando fui ver a versão de Lee, em 2003, saí do cinema meio decepcionada e com saudades da série. Esta, sempre foi tosca (lembram do Lou Ferrigno todo pintado de verde?). Mas era mais legal!

Anos depois da série e do filme de Ang Lee, temos O Incrível Hulk como produção do novo estúdio Marvel, com direção de Louis Leterrier e roteiro com participação de Edwar Norton, entre outros.

Li alguns artigos que falavam da importância do ator para a elaboração deste filme. Se Norton realmente esteve tão envolvido, está de parabéns! O novo Hulk é de longe o melhor. É divertimento garantido, que mistura drama, tensão, aventura e romance na medida certa. Até a música tema da série (quando David Banner ia andando na estrada sozinho no fim do capítulo) está de volta. Outro ponto positivo é que Bruce Banner (Edward Norton) volta a ter aquelas características de rapaz sofredor que busca a cura para o seu mal.

O Incrível Hulk começa no Brasil. Na apresentação (com o nome dos atores, roteiristas, diretores etc) tem a explicação de como Banner fugiu. No Brasil, ele busca uma cura para sua "doença". Está a vários dias sem se transformar no monstro verde (que só começa a ser chamado de Hulk no meio do filme). Bruce está muito bem escondido na favela da Rocinha, trabalhando como anônimo. Mas o Exército americano, mais precisamente o general Thaddeus 'Thunderbolt' Ross (William Hurt), descobre o seu paradeiro e monta uma operação para busca-lo. O general é obcessivo com o monstro verde. Quer transformá-lo em uma arma de guerra e acredita que o "corpo" de Bruce pertence ao Exército. O general também é pai da amada de Bruce, a doutora Betty Ross (Liv Tyler).

Bruce consegue fugir da operação. Ele volta para os Estados Unidos escondido, porque precisa encontrar um cientista que prometeu ajudá-lo. Eles só se comunicavam via internet, mas vão se encontrar assim que Bruce tiver todos os dados sobre os estudos realizados sobre sua "condição de infectado". Betty acredita que Bruce precisa aprender a controlar o monstro, mas ele só quer se livrar do problema.

Claro que os planos de Bruce não vão se realizar assim tão fácil. Temos muita perseguição e porrada comendo, com várias aparições de Hulk (muito mais assustador!). Para piorar a situação, o Exército ainda cria um outro monstro como Hulk, para derrotá-lo. Tudo pela ambição do major Ross e do integrante de uma força especial, Emil Blonsky (Tim Roth) - o novo monstro em pessoa.

As coisas mais legais no filme, para mim, são a parte em que aparece o Brasil e a participação de um outro herói da Marvel (Tony Stark). Sobre a primeira, é muito legal assistir ao filme e reconhecer áreas da nossa cidade. E ainda tem a Lapa! Só em filme o Bruce Banner desceria a Rocinha e cairia na Lapa! Quanto ao Tony Stark, a aparição é rápida, mas vale a pena. Também destaco o próprio Edward Norton. Confesso que fiquei com o pé atrás quando soube que ele seria o Bruce/Hulk. Mas ele arrasou!
Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Nós não perdemos ele. Eu o tinha na minha vista e alguma coisa nos acertou. Alguma coisa grande nos atacou. Ela jogou um caminhão como se fosse uma bola de beiseball." (Emil Blonsky, falando sobre Bruce - Tim Roth)

O INCRÍVEL HULK (The incredible Hulk) - 2008 - Gênero: Aventura - Direção: Louis Leterrier // Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, William Hurt, Tim Blake Nelson, Ty Burrell // Fonte da imagem: Google Images.

sábado, 14 de junho de 2008

NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR (IDEM):
Notícias de uma guerra particular é um documentário dirigido por uma pessoa que admiro muito: João Moreira Salles. Ele e a parceira, Kátia Lund, produziram um retrato sincero da sociedade carioca. Foi um material polêmico para a época em que foi lançado. Visto hoje, como eu vi pela primeira vez, já não choca tanto. Isto porque muito do que está ali a gente vê todos os dias nos jornais locais do Rio de Janeiro. Mesmo assim, Notícias de uma guerra particular não deve ser desvalorizado.

Na verdade, devemos pensar com ele. Naquela época, 1999, a violência era grande. Se ela era considerada grande naquele período, imagina agora. E outra coisa deve ser analisada: como a gente consegue conviver com tudo isso e fingir que está tudo bem, que nada acontece?

Os depoimentos do filme são muito sinceros. É como se todos os entrevistados estivessem querendo falar há muito tempo, mas não tinham uma oportunidade para desabafar. Kátia Lund e João Moreira Salles deram essa chance a eles.

E temos depoimentos de todos os lados. Dos moradores, que se dividem entre amar e odiar o poder do tráfico nas comunidades. Dos traficantes, que estão ali para matar e morrer mesmo, sem pensar. Dos policiais, que são os primeiros da linha de tiro, mas sabem que nada do que estão fazendo adianta. E das autoridades policiais, que entendem exatamente o seu papel: o de proteger as elites e acuar os mais pobres.

Assistindo o documentário, me bateu uma tristeza. Tristeza pela minha cidade, pelas pessoas que sofrem no morro e até mesmo pelos policiais e traficantes. Não vejo luz no fim do túnel. E o filme confirma isso. Não sem uma grande e profunda mudança na sociedade brasileira. E quando digo grande, estou falando no sentido de colossal mesmo. Porque mudar coisas como o "jeitinho brasileiro", a corrupção intrínseca na sociedade, a desvalorização da população pobre, a falta de estudos e as opções a isso, a alta natalidade brasileira em contraposição aos preceitos religiosos da igreja católica, que ainda é contra o uso de preservativos... Ok, estas últimas coisas não estão no filme. São viagens minhas. Mas aí é que está o melhor de Notícias de uma guerra particular. Ele faz pensar. Coisa que a gente tenta evitar o tempo inteiro. Nota: 9.

Melhor citação do filme: "É uma Polícia política. Esta é uma sociedade injusta. Nós estamos aqui para proteger esta sociedade injusta." (Hélio Luz, ex-chefe da Polícia Civil do Rio)

NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR (Idem) - 1999 - Gênero: Documentário - Direção: Kátia Lund & João Moreira Salles // Nilton Cerqueira, Carlos Luis Gregório, Paulo Lins, Hélio Luz, Rodrigo Pimentel, Itamar Silva // Fonte da imagem: Google Images.
1408 (1408):
Sempre adorei um bom filme de terror e suspense. Desde meus 12 anos... Mas já vi tantos filmes deste tipo que hoje em dia, não é qualquer um que me faz ficar assustada. 1408 é um dos que não me deixou assim. Mas, ao mesmo tempo, eu gostei muito. Não deu para assustar, mas fiquei agoniada e tensa. Então, na minha concepção, isso quer dizer que o filme não é tão ruim.

1408 é baseado em um pequeno conto do mestre Stephen King. Mas, embora o autor seja excelente, muitos de seus textos não são tão bons quando passados para a película. Não é o caso aqui. Ainda mais com dois atores que admiro muito encabeçando o elenco.

O filme conta a história de Mike Enslin (Jonh Cusack), um escritor extremamente cínico e incrédulo que, após uma grande tragédia pessoal, tem como profissão visitar hotéis pelo país para desvendar os segredos fantasmagóricos de alguns quartos. Na maioria das vezes, Mike nunca encontra fantasmas, monstros ou poltergeists.

Um dia, ele recebe um cartão postal do Hotel Dolphin, em Nova York, com a frase "nunca se hospede no 1408". Obviamente, ele fica intrigado e vai pesquisar. Descobre a lenda em torno do quarto e resolve se hospedar por uma noite no local.

A princípio, Mike não consegue reserva-lo. E quando chega ao Dolphin, mesmo com reserva feita, o gerente, Gerald Olin (Samuel L. Jackson) tenta convencê-lo veementemente a não ficar com o quarto. Mas Mike é cético demais e acredita que tudo não passa de uma lenda para aumentar o número de hóspedes no hotel. Não tendo outro jeito, Olin dá a chave para Mike, que começa sua aventura. O que ele não sabe é que o quarto 1408 pode ser muito cruel com seus hóspedes. Cruel de verdade. Inclusive com os céticos. Nota: 8.

Melhor diálogo do filme:
- Lilly, você chamou a Polícia? (Mike Enslin - John Cusack)

- Chamei. Eles estão no 1408. O quarto está vazio. (Lily Enslin - Mary McCormack)

1408 (1408) - 2007 - Gênero: Terror - Direção: Mikael Håfström // John Cusack, Samuel L. Jackson, Tony Shalhoub, Mary McCormack, Jasmine Jessica Anthony // Fonte da imagem: Google Images.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

AS VIRGENS SUICIDAS (THE VIRGIN SUICIDES):
Sempre fui curiosa para assistir ao primeiro filme de Sofia Coppola como diretora (já vi o primeiro e único dela como atriz). Agora, completei o ciclo. As Virgens Suicidas é uma narrativa muito sensível sobre a vida de cinco irmãs criadas sobre a rigidez e a castração de pais super-protetores. A narração é feita por um dos meninos, agora adulto, que foi vizinho delas. Aliás, o filme inteiro mostra o fascínio de um grupo de rapazes pelas misteriosas e sofredoras meninas.

Logo no começo do filme, vimos a tentativa de uma delas de se matar. Cecilia (Hanna Hall) tem apenas 13 anos e já pensa em morrer. A família tenta levantar o moral da menina, permitindo que ela interaja com os vizinhos e pessoas de sua idade. Mas ela já "não pertence a este mundo". Não consegue se encaixar. E numa segunda tentativa, a caçula da família Lisbon consegue seu intento. O fato vira escândalo na cidadezinha onde moram.

Mas as desgraças não param por aí. Após o envolvimento de outra das irmãs, Lux (Kirsten Dunst) com um rapaz que a abandona depois da transa faz com que ela e as irmãs sejam literalmente encarceradas em casa. Elas saem da escola, não podem sair para nada. Claro que as meninas dão seu jeito. Mas vivem como prisioneiras da família que acha que as trancando, estão protegendo. A pergunta é: de quê?

Achei um filme bastante sensível, mas não tudo isso que as pessoas dizem. É bom, faz refletir. Mas tem lá seus defeitos. Por exemplo: no começo do filme não dá para perceber a rigidez da família. Cheguei a pensar que todos ali viviam muito bem e que Cecilia era a única desajustada. Do meio do filme em diante é que fui notar a infelicidade. Acho que mostrar bem a castração dos pais às meninas seria crucial. Mas realmente, não dá pra perceber. Somente a partir do episódio com Lux.

Sofia Coppola começa a mostrar neste filme suas orientações pop, tanto na música quanto na estética do filme. Depois, ela vai usar isso em outras de suas produções.
É um bom filme, mas como os outros dois dela, não achei tudo isso que me disseram. Mesmo assim, recomendo. Mas vão assistí-lo sem grandes expectativas. Nota: 7.

Melhor diálogo do filme:
- O que você está fazendo aqui, querida? Você não tem idade suficiente para saber como a vida pode ser ruim. (Dr. E.M. Horniker - Danny DeVitto)

- Obviamente, doutor, você nunca foi uma menina de 13 anos de idade. (Cecilia Lisbon - Hanna Hall).

AS VIRGENS SUICIDAS (The virgin suicides) - 1999 - Gênero: Drama - Direção: Sofia Coppola // James Woods, Kathleen Turner, Kirsten Dunst, Josh Hartnett, Danny DeVito, Hanna Hall // Fonte da imagem: Google images.

sábado, 7 de junho de 2008

SEX AND THE CITY, O FILME (SEX AND THE CITY):
Depois de muita confusão e muita discussão, finalmente saiu o filme de uma das séries mais legais que já foram feitas no mundo. Digo isso com bastante certeza, porque poucas retrataram tão bem o universo feminino. Claro que existem exageros e estereótipos. Mas no fundo, estamos todas lá... As fraquezas, os amores, as esperanças, as frustrações e até mesmo as futilidades.

Sex and The city, o filme traz de volta as quatro amigas apaixonadas por Nova York: Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Charlotte York (Kristin Davis). Cada vez mais unidas, agora elas estão também um pouco mais experientes. O filme se passa quatro anos depois do fim da série.

Cada uma delas está com a vida razoavelmente arranjada. Charlotte está casada e adotou uma linda filhinha chinesa. Samantha é relações públicas de seu namorado, Jarrod Smith (Jason Lewis) e eles estão juntos há cinco anos (um milagre, em se tratando de Samantha). Carrie finalmente namora Mr. Big (Chris Noth). Miranda está casada com Steve (David Eigenberg) e eles cuidam de seu filho de 5 anos no Brooklyn.
Mas existem algumas mudanças a caminho... Samantha está se segurando para não cair na tentação com seu novo vizinho. Miranda está em crise com seu casamento. Já Charlotte consegue engravidar. E Carrie, finalmente, está de casamento marcado com Mr Big.

Vou parar por aí para não estragar a surpresa para quem quer ver. Mas confesso que adorei o filme. Na verdade, chorei baldes durante a exibição. E já vi duas vezes. Coisa de maluco, né? Mas, para mim, o filme merece.

Já li algumas críticas negativas sobre Sex and the city, o filme. É natural. Este é um filme para mulheres. Claro que os homens podem ver, mas somente os sensíveis terão capacidade de compreender e gostar. Afinal de contas, somos retratadas ali. E nem todo homem consegue ou pode entender as mulheres. Mas, eu os entendo. Assim como eu não consigo aturar bobagens como Gladiador e 300, eles também não precisam gostar das aventuras de Carrie e suas amigas. Mas depois não reclamem que não nos compreendem... ;-)

Recomendo para as mulheres! Amei e chorei horrores! Fiquei com vontade de uma parte 2.Nota: 10.

Melhor citação do filme: "Os 20 são para se divertir. Os 30, para aprender lições. Aos 40, pagamos os drinques." (Carrie Bradshaw - Sarah Jessica Parker)

SEX AND THE CITY, O FILME (Sex and the city) - 2008 - Gênero: Drama - Direção: Michael Patrick King // Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Chris Noth, Jennifer Hudson, David Eigenberg, Evan Handler, Willie Garson, Mario Cantone, Jason Lewis // Fonte da imagem: Google Images.

sábado, 31 de maio de 2008

SUPER SIZE ME - A DIETA DO PALHAÇO (SUPER SIZE ME):
Estava afim de ver esse documentário há muitos anos, mas nunca tinha parado para procurar. Encontrei na minha locadora e resolvi assistir. Foi bom para mim. Ando voltando a comer muito no McDonald's.

O documentário foi realizado por Morgan Spurlock. Ele resolveu comprovar que a causa do aumento da obesidade entre os americanos vem da cultura do fast food. E usa como alvo principal o McDonald's. Morgan decide que vai passar um mês inteirinho só fazendo refeições na rede de fast food. Todas as refeições. Incluindo o café da manhã. E por incrível que pareça, esta prática não é tão incomum nos EUA na época.

O documentário mostra toda a trajetória de Morgan durante o desafio. Antes de começar, no entanto, ele faz uma bateria de exames médicos para verificar como anda sua saúde. Morgan busca várias especialidades, para que eles avaliem de forma correta. Quando começa com a dieta, ele tem uma saúde de ferro. Mas quando termina...
É assustador... Nota: 10.

Melhor diálogo do filme: (Morgan Spurlock tenta mostrar que a imagem da indústria de fast food na mente das crianças é poderosa. Ele mostra imagens de Ronald McDonald e as crianças reconhecem de primeira)

- De quem é essa foto? (Morgan Spurlock)

- Eu não sei... George W. Bush? (criança)

[Morgan mostra para a câmera que a imagem é de Jesus]

SUPER SIZE ME (Super size me) - 2004- Gênero: Documentário - Direção: Morgan Spurlock // Morgan Spurlock // Fonte da imagem: Google images.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL (INDIANA JONES AND THE KINGDOM OF THE CRYSTAL SKULL):
"Depois de um longo e tenebroso inverno", eis que surge de volta às telas um dos grandes heróis do cinema mundial: Indiana Jones (Harrison Ford). Este filme era um dos mais esperados do ano para mim. Sou fã do arqueólogo desde criancinha. Na verdade, cheguei a sonhar em abraçar sua profissão antes de me entregar ao jornalismo. Se eu tivesse me tornado uma arqueóloga, grande parte da culpa seria dele, do Spielberg e de George Lucas.

Mas vamos ao que interessa... Indiana Jones e o reino da caveira de cristal se passa muito tempo depois de A última cruzada. Para ser mais precisa, 20 anos depois. Logo nas primeiras cenas, vemos Indy em meio a uma confusão. Ele foi sequestrado pelos russos junto com um amigo, Mac (Ray Winstone). Eles são levados até um galpão do Exército americano, muito bem escondido no deserto e secretíssimo. Indy não sabe onde está, mas nós, fãs de Arquivo X e coisas do gênero, sabemos que é a Área 51. Os russos, liderados por Irina Spalko (Cate Blanchett, ótima como sempre), querem encontrar um artefato e precisam da ajuda de Indy, que trabalhou na escavação. Dr. Jones acaba tendo que ajudar os russos (embora tente recuperar o artefato). Por causa disso, o FBI fica no pé dele. Não, não eram Mulder e Scully (embora eu achasse muitas vezes que eles apareceriam ali). Estamos na época da perseguição macarthista aos comunistas e nosso herói acaba no olho do furacão.

Neste meio tempo, Indy é procurado por um jovem, Mutt Willians (Shia LaBeouf). Ele diz que sua mãe e um antigo colega de Indy, professor 'Ox' (John Hurt), foram sequestrados. Ox estaria atrás da lenda das caveiras de cristal e da cidade de Eldorado, na América do Sul. Perseguido, Indy parte para lá, tentando salvar seu velho amigo e a mãe de Mutt. Ele não sabe, mas ela é Marion Ravenwood (Karen Allen), a única mulher que realmente mexeu com seus sentimentos. Aquela do primeiro filme da série...

Não vou contar mais detalhes. Já falei demais até. O resto fica com vcs. Assistam e digam o que acharam. Eu adorei! Achei que a aventura ia se perder depois desse vácuo. Mas a magia continua lá. Tem momentos óbvios. Mas o espírito que conquistou toda uma geração nos anos 80 permanece.

Vocês repararam que eu não mencionei a "velhice" de Harrison Ford? Pois é... É que ela não me incomodou nem um pouco. Na verdade, nas primeiras cenas foi um impacto. Mas depois, entrei no clima e me esbaldei com a nova aventura de Indy. Que venham outras! E rápido!!!! Nota: 8

Melhor cena do filme: No final, quando Mutt vai colocar o chapéu de Indy... rs

Melhor citação do filme: "Sabe, para um velho, até que você não luta mal. Você tem tipo, 80?" (Mutt Williams - Shia LaBeouf)

INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL (Indiana Jones and the kingdom of the crystal skull) - 2008 - Gênero: Aventura - Direção: Steven Spielberg // Harrison Ford, Cate Blanchett, Karen Allen, Shia LaBeouf, Ray Winstone, John Hurt // Fonte da imagem: Google Images.

domingo, 25 de maio de 2008

O PROFISSIONAL (LEON):
Mathilda (Natalie Portman) é uma menina de 12 anos que já leva uma vida muito dura. Sua família é disfuncional. Ela apanha muito dos pais. Briga direto com a irmã mais velha. Seu único amigo é o irmãozinho de 4 anos. Ela fugiu da escola e vive fumando escondido dos pais. Até que ela conhece Leon (Jean Reno), um homem misterioso e calado.

Acontece que o pai de Mathilda negocia drogas e resolveu roubar do seu fornecedor. Este é o violento e insano policial Stansfield (Gary Oldman - lembrando o Drácula). Claro que ele não ia deixar barato. Stansfield e sua gangue invadem o prédio atrás da droga e matam toda a família. A única que escapa é Matilda, que estava fora de casa. Ela pede abrigo à Leon e este a acolhe. E a partir daí começa uma amizade estranha. Não se sabe muito bem até onde é só amizade ou se o laço é mais profundo. Quando Matilda descobre que Leon é matador profissional, pede para que ele mate os assassinos do seu irmão (o resto da família, ela diz não ligar). Ele não aceita de primeira, mas acaba envolvido.

Revi este filme hoje. Nem me lembrava muito bem dele. Mas é um dos melhores filmes que vi durante os anos 90. Era da safra menos comercial. Luc Besson acertou em cheio na direção e na escolha dos atores. O filme, aliás, marca a estréia de Natalie Portman, ainda menininha, no cinema. Já começou bem. Um belíssimo trabalho. Só achei o vilão de Gary Oldman caricato. Mas tá valendo. Nota: 9.

Melhor diálogo do filme:
- A vida é sempre dura assim ou é só quando você é criança? (Mathilda - Natalie Portman)

- É sempre assim. (Leon - Jean Reno)

O PROFISSIONAL (Leon) - 1994 - Gênero: Drama - Direção: Luc Besson // Jean Reno, Natalie Portman, Gary Oldman // Fonte da imagem: Adoro cinema.

domingo, 18 de maio de 2008

MARIA ANTONIETA (MARIE-ANTOINETTE):
Sempre gostei muito de estudar história. Principalmente a da Europa. Mas confesso que sei muito pouco sobre Maria Antonieta, rainha da França que foi enforcada junto com o esposo, rei Luis XVI durante a Revolução Francesa. Lembro apenas daquela frase atribuída a ela, famosa até, em que dizia que se a população não tinha pão para comer, que comesse brioches.

Este filme é baseado em duas biografias, escritas por Evelyne Lever e Antonia Fraser. O que me levou a assisti-lo foi a direção de Sofia Coppola. Ouvi muita gente falar bem e outras falando mal. Tudo porque a diretora resolveu modernizar o filme, usando músicas atuais, além da famosa cena do All Star (que em momento algum me ofendeu. Mal dá para perceber). Acredito que quem falou mal não teve a sensibilidade para entender o que Coppola queria mostrar.

Maria Antonieta (Kirsten Dunst) era uma adolescente quando saiu da Áustria para casar com o herdeiro do trono, o futuro Luis XVI (Jason Schwartzman). Ele também era muito jovem. O casamento arranjado entre seus pais era uma pressão grande demais para os dois. Tanto que ele não se consumou por muito tempo. O que fazia Maria Antonieta sofrer mais ainda, além de ter que aguentar a pressão de sua família e da família do marido. Não havia muita intimidade entre o casal. Eles não se conheciam.

Além disto, Maria Antonieta era austríaca. A vida em Versailles era completamente diferente da que estava acostumada. Todos os rituais entediantes e estranhos. O preconceito por ser de outro país. A intriga e a fofoca palaciana.

Através do filme percebemos que tanto ela quanto Luis XVI não tinham o menor preparo para serem os reis da França. Eram muito jovens, não tinham muita noção do mundo fora do palácio. Por isto, quando se tornaram os mandantes da França, tudo degringolou. Festas e gastos exorbitantes aliados a pobreza crescente da população da França levou ao fim trágico do casal. Eles haviam se tornado o alvo de todo o ódio dos franceses.

Sofia Coppola acertou no alvo direitinho. Mostrou o tédio da vida palaciana, o deslumbre da juventude, o exagero nas festas e nos gastos, a falta de rumo e despreparo nas responsabilidades do casal. Gostei do filme e das metáforas usadas por ela. Só achei alguns momentos longos demais. Mas mesmo assim é um filme interessantíssimo. Nota: 7.

Melhor diálogo do filme:
- Isto é ridículo. (Marie-Antoinette - Kirsten Dunst)

- Isto, madame, é Versailles. (Condessa de Noailles - Judy Davis)

MARIA ANTONIETA (Marie-Antoinette) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Sofia Coppola // Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn, Judy Davis, Jamie Dornan // Fonte da imagem: Google Images.

sábado, 17 de maio de 2008

HOMEM DE FERRO (IRON MAN):
Confesso que não tinha muito interesse em ver este filme. Li em vários lugares que ele estava em primeiro lugar no ranking dos mais assistidos. Mas, mesmo assim, minha opinião permanecia a mesma. Nunca fui muito fã do herói, então deixei pra lá. Mas o que uma boa companhia (quer dizer, ótima!) não faz! Fui convencida a assistir... rs

Além do mais o filme tem o Robert Downey Jr, de quem sou fã desde as comédias dos anos 80, passando por Chaplin etc. O filme é todo dele. Robert domina a cena totalmente como Tony Stark, multimilionário armamentista.

Tony é um playboy no sentido mais amplo da palavra. Li inclusive uma entrevista de Robert Downey Jr. em que ele dizia ter aceitado o papel porque ele se parecia com Tony Stark. Pensando bem, parece mesmo... Até na ressureição.

Mas vamos a história... Tony é o maior fabricante de armas que existe. E ele as inventa sem pensar no que causam. Um belo dia, acontece a ironia do destino. Ele sofre uma emboscada durante visita ao Afeganistão. E é ferido quase que mortalmente por suas próprias armas.

Stark vira refém de terroristas por alguns meses. O grupo quer que ele construa um dos seus mísseis de grande poder de fogo. Ao invés disto, constrói uma armadura de ferro para tirar a ele e ao seu novo amigo Yinsen (Shaun Toub) da prisão. Este, o salvou da morte construindo um artefato para manter seu coração ativo.

Voltando à civilização, bate o drama de consciência no empresário. Ele não deseja mais produzir armas. Mas os sócios da empresa, mais precisamente seu mentor Obadiah Stane (Jeff Bridges), acredita que ele está passando por uma fase. Ninguém o leva a sério. Então, Stark começa a montar uma nova armadura de ferro sozinho, sem que ninguém saiba. Mas o que ele também não sabe é que em breve, ela pode tornar-se um grande risco se cair nas mãos erradas.

Homem de ferro é diversão garantida! Muito melhor do que o Speed Racer, que eu comentei em post anterior. Vale o ingresso. E eu fico feliz de ver o Robert Downey Jr. em ação outra vez! Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Meu velho tinha uma filosofia. Paz siginifica ter uma arma maior do que a do outro cara." (Tony Stark - Robert Downey Jr.)

HOMEM DE FERRO (Iron man) - 2008 - Gênero: Ação - Direção: Jon Favreau // Robert Downey Jr., Terrence Howard, Jeff Bridges, Gwyneth Paltrow, Shaun Toub, Faran Tahir, Leslie Bibb // Fonte da imagem: Google Images.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

SPEED RACER (IDEM):
Há anos ouço falar da adaptação deste desenho animado japonês, que fez muito sucesso nas décadas de 70 e 80 (mas ainda hoje aparece, vez ou outra, em canais à cabo por aí). Depois de tanto tempo, finalmente ele está aí. E com o privilégio de ter os irmãos Wachowski (trilogia Matrix) como diretores. Um projeto e tanto.

Não sei como funcionou para todo mundo que foi ao cinema, mas para mim foi muito alarde para pouca coisa. Eu sempre me interesso mais pelas histórias dos filmes do que pelo visual, direção e etc. O roteiro de Speed Racer é bem fraquinho. Tudo bem, todo mundo deve estar se perguntando: "Pô, mas você vai ver Speed Racer no cinema e quer um roteiro cabeça?". Claro que não! Mas esperava uma coisa maior, ainda mais com os irmãos "Matrix" no projeto. Achei o roteiro raso demais. E insuficiente. Tem moral da história que não se sustenta. Fala de uma possível compra de resultados de corridas de carros.

Em matéria de efeitos especiais, o filme arrasa! Última geração. Parece uma mistura de videogame com desenho animado. Muito bom! Mas confesso que as imagens eram tão rápidas às vezes que eu acabava me perdendo. Fora a polêmica do carro da Petrobras (que patrocinou parte do filme) e que eu sequer vi na tela.

Quanto aos atores, tinha alguns que estavam muito bem e outros mais ou menos. No primeiro caso, destaco Susan Sarandon (mãe Racer), John Goodman (Pops Racer) e Christina Ricci (Trixie), que mais parecia um desenho japonês de verdade. Agora o Speed Racer de Emile Hirsh era sério demais. Faltou carisma. Não gostei muito. E nem do corredor X, vivido por Mathew Fox. Fora os vilões caricatos, no estilo Dick Tracy, mas mal feito.

Sinceramente... Esses irmãos Wachowski só me decepcionam... Assim não vou mais dar crédito para eles... Já basta a decepção com as duas últimas partes de Matrix. Nota: 6.

Melhor citação do filme: Nenhuma muito interessante...

SPEED RACER (Speed Racer) - 2008 - Gênero: Ação - Direção: Andy & Larry Wachowski // Emile Hirsh, Christina Ricci, John Goodman, Susan Sarandon, Matthew Fox, Roger Allam, Taejo Togokhan // Fonte da imagem: Google Images.

sábado, 3 de maio de 2008

HOLLYWOODLAND - BASTIDORES DA FAMA (HOLLYWOODLAND):
Coincidência ou não, ando vendo filmes sobre Hollywood nos anos 30. Antes deste, vi Dália Negra. A temática é bem parecida: investigação policial sobre a morte de alguém. Em ambos os casos eram atores. Mas este aqui é sobre um ator que deu certo (razoavelmente): George Reeves, o primeiro superman dos seriados de TV.
O filme começa com a morte de George (Ben Affleck). A Polícia acredita que ele se suicidou, mas sua mãe, Helen (Lois Smith) não acredita na versão. Para ela, o filho foi assassinado. Helen contrata, então, os serviços de um detetive particular para resolver o caso.

Louis Simo (Adrien Brody) vê uma grande oportunidade nas mãos e começa a utilizar artimanhas para levar o caso à grande mídia e a uma conclusão verdadeira. Ele parte do princípio o tempo todo de que George foi assassinado. Os principais suspeitos são a noiva do ator Leonore Lemmon (Robin Tunney), Toni Mannix (Diane Lane), amante dele, e Eddie Mannix (Bob Hoskins), marido de Toni e grande empresário de Hollywood.

O filme é muito interesssante. A gente sempre pensa nos anos 40 e 50 como "décadas de ouro" de Hollywood. Mas o filme mostra que a vida também era dura, apesar de glamourosa. George Reeves ficou marcado pelo personagem e ninguém o levava à sério como ator. O que pode o ter levado mesmo suicídio.

Fiquei surpresa com Ben Affleck que, para mim, nunca foi bom ator. Mas fez um trabalho honesto. É um filme bem legal. Nota: 7.

Melhor citação do filme: "Dia triste, hein, rapazes? Sabe o que é mais triste? Chamar o caso de suicídio quando na verdade é assassinato. Por que os policiais fariam isso? (Louis Simo - Adrien Brody)

HOLLYWOODLAND - BASTIDORES DA FAMA (Hollywoodland) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Allen Coulter // Adrien Brody, Diane Lane, Ben Affleck, Bob Hoskins, Robin Tunney, Lois Smith // Fonte da imagem: Google Images.

sábado, 19 de abril de 2008

LETRA & MÚSICA (MUSIC AND LYRICS):
Este é mais um filme da minha série com a Drew Barrymore. Acabei de assistir aqui na TV à cabo. Sabadão à noite, nada pra fazer... Então fui colocar um pouquinho de lágrimas na minha vida. Lágrimas sim. Porque o filme me fez chorar. E não foi só TPM. É que ele é bem bonitinho mesmo. Bem "mulherzinha".

Alex Fletcher (Hugh Grant) fez sucesso nos anos 80 com uma banda chamada PoP. Mas como muitas delas, acabou e ele ficou para trás. Hoje, sobrevive do passado. Não compõe nem grava mais. Vive fazendo shows estilo "festa Ploc" para se manter.

Um dia, ele recebe uma proposta irrecusável. Cora Corman (Haley Bennett), a nova sensação dos adolescentes - uma mistura de Britney Spears, Christina Aguilera e Shakira - resolve contratá-lo para escrever sua nova música. O contrato não é garantido. Primeiro ela tem que ouvir a música e aprová-la.

Alex não escreve há anos e está sem inspiração totalmente. Da última vez que tentou foi um fracasso. Está inseguro, mas precisa do emprego. Daí, numa dessas coincidências que só acontecem em novelas e filmes, ele encontra alguém com talento para escrever: Sophie Fisher (Drew Barrymore).

A princípio, a moça não aceita. Ela tem experiência como escritora, mas jamais compôs algo. Mas Sophie tem talento nato e Alex a convence. Enquanto eles fazem a letra e a música, vão se conhecendo e... o resto é óbvio.

Letra é música é um filme bem bonitinho mesmo. Principalmente porque a gente vai vendo a letra e a música sendo construídas ao mesmo tempo que a relação entre Alex e Sophie. Como todo filme para "mulherzinha" é bobinho. Mas diverte e até faz pensar (pelo menos a mim fez)... Vale a pena. Nota: 7.

Melhor cena: O clip que abre o filme, da música "Pop goes my heart". Mais anos 80 impossível! Muito bom!

Melhor diálogo do filme (em homenagem a algumas amigas minhas - piada interna):
- Dormindo com um palhaço na minha cama [cantando]... "Palhaço" não está certo... (Alex Fletcher - Hugh Grant)

- É nuvem! Por que você colocaria um "palhaço" na sua cama? (Sophie Fisher - Drew Barrymore)

- Não seria a primeira vez... (Alex)

LETRA & MÚSICA (Music and lyrics) - 2007 - Gênero: Romance - Direção: Marc Lawrence // Drew Barrymore, Hugh Grant, Campbell Scott, Haley Bennett, Kristen Johnston // Fonte da imagem: Google Images.
DÁLIA NEGRA (THE BLACK DHALIA):
Quando vi o trailer deste filme me deu muita vontade de assistir. Mas acabei não conseguindo ver no cinema; por isso me rendi ao DVD. O que eu achava interessante era o clima de filme noir. Aqueles personagens estilosos, louras fatais, morenas vamp, assassinatos etc. Atores conhecidos... Fora o diretor: Brian De Palma! Que curriculum!

Pena que é muito barulho por nada... Não consegui gostar do filme.

Provavelmente eu devo ter que assistir de novo. Porque a maior parte do tempo eu não entendi o filme. Não entendi as ligações dos personagens, por exemplo. Não entendi porque se focou tanto na amizade dos policiais e depois porque ela foi deixada de lado. Não entendi porque a morte da "Dália Negra" foi tão tocante para Lee (Aaron Eackheart)... E o filme é looooongo. Não de duração. Mas por que a história parece não ter fim mesmo.

Em resumo: não entendi. De repente é melhor ler o livro. Nota: 6.

Melhor citação do filme: "Eu acho que você prefere transar comigo do que me matar. Mas você não tem coragem de fazer qualquer um dos dois." (Madeleine Linscott - Hilary Swank)

DÁLIA NEGRA (The black Dhalia) - 2006- Gênero: Suspense - Direção: Brian De Palma // Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Aaron Eckhart, Hilary Swank, Mia Kirshner // Fonte da imagem: Google Images.
VÔO UNITED 93 (UNITED 93):
Pouco tempo depois de ter visto As Torres Gêmas, lá vou eu de novo enveredar por mais um filme sobre aquele 11 de setembro que ninguém esquece. Até tinha mencionado este quando escrevi sobre o de Oliver Stone. Não resisti e coloquei em prática o desejo de ver Vôo United 93.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que amei... E minhas expectativas de que ele era muito melhor do que As torres gêmeas se confirmaram. Como disse antes, a história dos policiais presos nos escombros do World Trade Center merece destaque. Mas não com aquela patriotada estilo Independence Day. O assunto ali é sério!

E foi com essa seriedade que o diretor Paul Greengrass (que também roteirizou o filme) trata os acontecimentos daquele dia fatídico. E é com respeito que ele tratou os personagens envolvidos, não fazendo julgamento nem dos sequestradores do avião. É um filme simples, "limpo" e objetivo.

Não preciso dizer que você fica tenso o tempo inteiro quando assiste Vôo United 93. É como se você estivesse dentro do avião, vivendo cada minuto. Por mais que eu soubesse no que ia dar a história, mesmo assim eu torcia por uma mudança (Ok, é que eu vejo filmes de ação demais!). Paul Greengrass transformou o filme praticamente em um documentário. Mostra a preparação dos terroristas, a decolagem do United 93, a tensão à bordo e nas torres de controle, principalmente para tentar "arrumar a bagunça" e advinhar quais vôos foram seqüestrados. Não sei até onde há veracidade nisto, mas Greengrass mostrou inclusive a inoperância dos militares, que praticamente deixaram tudo nas mãos dos terroristas.

O que eu mais achei legal é que o filme trata todos os passageiros do vôo United 93 como iguais. Não há quem se destaque mais do que o outro. Todos ali são heróis de verdade. E foram mesmo! Todos estavam assustados. Todos queriam fazer algo. As cenas deles ligando para os parentes são de fazer chorar.

Achei Vôo United 93 inspirador. Mostrou a coragem de pessoas comuns, que não se deixaram levar simplesmente pelos acontecimentos e fizeram sua parte. Pessoas que acreditaram que sobreviveriam se lutassem. E que, sem notar, devem ter salvo milhares de vidas sacrificando as suas. Afinal, não se sabe direito onde o avião seria jogado. Destaco também o documentário, no DVD, com alguns familiares dos passageiros. É triste, assustador e emocionante.

Portanto, se quiserem assistir a um bom filme sobre o 11 de setembro de 2001, aí está ele. Nota: 9.

Melhor citação do filme: (Legendas no final)
"Das quatro aeronaves seqüestradas naquele dia, a United 93 foi a única que não alcançou seu alvo. Ela caiu perto de Shaksville, na Pennsylvania, às 10h03. Ninguém sobreviveu. O Comando Militar não foi notificado que o United 93 fora seqüestrado até quatro minutos depois de sua queda. Os caças mais próximos do local estavam distantes 100 milhas. Às 10h18, o Presidente autorizou os militares a abater a aeronave seqüestrada. Com medo de um acidente, os comandantes militares escolheram não passar a ordem aos pilotos no ar. A partir de 12h06 cada linha aérea civil em toda América foi forçada a pousar. Em uma mobilização militar sem precedentes, O espaço aéreo dos Estados Unidos foi fechado até segunda ordem. Dedicado à memória de todos aqueles que perderam sua vidas em 11 de setembro de 2001".

VÔO UNITED 93 (United 93) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Paul Greengrass // J.J. Johnson, Gary Commock, Polly Adams, Opal Alladin, Starla Benford, Trish Gates // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 12 de abril de 2008

AS TORRES GÊMEAS (WORLD TRADE CENTER):
Eu me lembro exatamente onde estava em 11 de setembro de 2001 e quais as sensações que tive naquele dia. Mesmo aqui no Brasil, muito distante de Nova York, a comoção era enorme e o sentimento de pavor, insegurança, incredulidade e perplexidade era notório em toda parte. Foi chocante testemunhar, ainda que apenas pela TV e internet, os atentados terroristas às torres gêmeas do World Trade Center e ao Pentágono. Na minha cabeça era o início da Terceira Guerra Mundial.

Bom, anos depois, temos muitas guerras pelo mundo (tanto em prol do que aconteceu nos EUA como por outros motivos - tipo, petróleo...), mas a terceira guerra (graças a Deus!) não aconteceu (ainda!). Muita coisa se falou e se mostrou sobre os motivos dos ataques terroristas. Nenhuma, para mim, justifica a guerra.

Depois da dor, os americanos começam a fazer filmes sobre uma das maiores tragédias humanas do mundo. As torres gêmeas traz a visão de Oliver Stone sobre o que aconteceu. O filme trata muito mais dos bastidores do socorro às pessoas que estavam nas torres gêmeas do que do próprio ataque terrorista em si. Os personagens principais são Will Jimeno (Michael Peña) e John McLoughlin (Nicholas Cage), dois policiais da Divisão Portuária de Nova York, que estavam subindo com sua equipe em uma das torres para salvar pessoas, mas acabaram se tornando vítimas do atentado. A história deles é real. Os dois foram os únicos sobreviventes da equipe. Todos morreram quando as torres vieram a baixo. McLoughlin e Jimeno ficaram soterrados vivos, mas foram resgatados.

Os eventos do filme não são o que de fato ocorreu. São baseados na história. O foco de Oliver Stone é a coragem das equipes de salvamento, verdadeiros heróis anônimos, e, principalmente, o sofrimento dos dois soterrados.

E daí vem a minha crítica. O atentado foi só um pano de fundo. O filme não necessariamente precisaria ser feito com o atentado às torres gêmeas como a tragédia em que ele se baseia. Pra mim, isso só aconteceu para chamar as pessoas para o cinema, devido a comoção que traz até hoje essa história. Sinceramente, o filme tem um "quê" de Titanic e de Pearl Harbour (ambos que eu detesto), ou seja, histórias de amor durante uma tragédia. Na boa, tô fora disso! Acho que atrapalha e confunde o foco do filme. Ainda bem que vi na TV à cabo.

Não estou dizendo que o filme é de todo ruim. Ele é interessante. Te deixa nervoso e triste. Mas não deixa chocado como Natural Born Killers, também de Stone. Na verdade, As torres gêmeas é uma patriotada só. Principalmente no final. E eu acho que um diretor como Oliver Stone, não precisa seguir o modelo dos outros para fazer sucesso com um filme...

Na minha humilde opinião, Oliver Stone já deixou de ser polêmico há tempos. Mas o marketing em cima disso é tremendo ainda. A mim, ele não tem chocado há tempos. Sobre a tragédia dos ataques daquele dia eu vou é ver Vôo United 93. Deve ser bem melhor! Nota: 7.

Melhor citação do filme: "Nós estávamos preparados para tudo. Menos para isso. Não para algo deste tamanho. (John McLoughlin - Nicholas Cage)

AS TORRES GÊMEAS (World trade center) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Oliver Stone // Nicholas Cage, Maria Bello, Michael Peña, Maggie Gyllenhaal // Fonte da imagem: Google Images.

domingo, 23 de março de 2008

DUPLEX (DUPLEX):
Eu tenho uma mania. Sempre que passa um filme da Drew Barrymore eu assisto. Eu simpatizo com ela e, por isso, não deixo de ver. Acho que isto vem desde E.T.

Este aqui assisti num sábado à noite em que preferi ficar em casa. Duplex mostra um jovem casal empreendedor de Nova York em busca da casa dos seus sonhos. Ele, Alex Rose (Ben Stiller) é escritor e está escrevendo seu mais novo romance. Ela, Nancy Kendricks (Drew Barrymore) trabalha em uma empresa jornalística. Um dia, encontram a casa que tanto queriam. É o tal duplex em questão. Eles compram a casa e levam junto uma inquilina. Uma senhora bem velhinha, chamada Sra. Connelly (Eileen Essel).

Acontece que o que parecia muito bom para ser verdade se transforma no inferno na Terra. O que era óbvio, aliás... A Sra. Connelly é uma velhinha chata, grudenta, reclamona, insistente e irritante. E o casal percebe que embarcou em uma tremenda furada. Alex não consegue escrever de tanto que a velha perturba. E Nancy chega a perder o emprego por causa dela. Os dois chegam a tal limite de insanidade, por causa de tanta demanda da sra. Connelly, que até planejam seu assassinato.

Duplex é um filme mais ou menos. Daqueles divertidinhos e esquecíveis logo em seguida. É humor negro, mas bastante previsível. Inclusive o final "surpresa". Nota: 6.

Melhor citação do filme: Nenhuma que valha a pena...

DUPLEX (Idem) - 2003 - Gênero: Comédia - Direção: Danny DeVito // Drew Barrymore, Ben Stiller, Eileen Essell, Robert Wisdom // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

JUNO (IDEM):
Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente americana de 16 anos. Longe de ser uma daquelas "cheerleaders", ela é independente, diferente e incrivelmente madura e consciente em muitos momentos. Vive sua vida e não liga para o que os outros pensam dela. Acontece que Juno está com um problema: está grávida. O pai é seu melhor amigo, Paulie Bleeker (Michael Cera, repetindo novamente o papel do nerd bonzinho). Eles tiveram apenas uma noite de sexo e não são namorados. E ao contrário do que todos podem pensar, Juno não o procurou para buscar a solução para o problema. Simplesmente cuidou de tudo sozinha. Após decidir que não iria abortar, Juno resolve doar o bebê para adoção. Escolhe os futuros pais em um anúncio de jornal e aguarda a hora de entregar a criança. Tudo sem a opinião de Paulie.

O roteiro de Diablo Cody (premiada com o Oscar) é impressionante... Emociona e faz rir na mesma intensidade. Não tem como não se apaixonar por Juno e seu universo. Ele também é muito crível. Dá para sentir a realidade dos personagens, que não sabem lidar com os sentimentos direito... E toda a confusão na mente da adolescente de 16 anos, que acredita ter encontrado os pais ideais para o seu filho.

Juno é um filme lindo e realmente uma grande surpresa. A temática é adolescente, mas para mim, é bem adulto. Não tem como não se emocionar. Preparem-se para sair do cinema chorando. Aconteceu comigo! Nota: 9.

Melhor diálogo do filme:
- Seus pais provavelmente estão se perguntando onde você está... (Vanessa Loring - Jennifer Garner)

- Não. Sabe como é... Eu já estou grávida. Qual outro tipo de confusão eu poderia me meter? (Juno MacGuff - Ellen Page)

JUNO (Idem) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Jason Reitman // Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J.K. Simmons, Olivia Thirlby // Fonte da imagem: Google Images.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

SORTE NO AMOR (JUST MY LUCK):
Ashley Albright (Lindsay Lohan) é a mulher mais sortuda de Manhattan. Do tipo que vai para a rua e a chuva pára na hora. Ou que ganha sempre nas raspadinhas da loteria. Ou seja, tem a vida (irritantemente) perfeita. Jake Hardin (Chris Pine) é totalmente o contrário... O rapaz não se dá bem com nada! É o maior azarado, na mesma proporção da sorte de Ashley... Claro que não é necessário dizer que os dois vão se conhecer e se apaixonar, né?

Bom, mas isto acontece pelo seguinte... Jake é produtor de uma banda, a McFly, mas não consegue uma gravadora para os caras. Ele persegue Damon Phillips (Faizon Love), um grande diretor musical, mas sempre se dá mal. Sua última cartada era entrar de penetra em uma grande festa da gravadora de Damon. Ela foi organizada pela empresa de Ashley. No meio da festa, ela e Jake dançam juntos e acabam se beijando. É neste momento que os papéis se invertem. Jake ganha a sorte de Ashley e vice-e-versa. E a confusão se instala...

Bom, convenhamos... Em geral, os filmes de Lindsay Lohan são bobinhos e sem grande importância... Esse não foge às regras. É bobo, bobo... Mas serve de divertimento para uma tarde chuvosa ou para aqueles momentos de ressaca depois de uma festa em que você tomou todas e não está aguentando levantar da cama. Nem para mudar o canal... Foi o meu caso... rs. Nota: 6.

Melhor citação do filme: "Você está me despedindo??? Mas você nem me paga!!!" (Jake Hardin - Chris Pine)

SORTE NO AMOR (Just my luck) - 2006 - Gênero: Comédia romântica - Direção: Donald Petrie // Lindsay Lohan, Chris Pine, Samaire Armstrong, Bree Turner, Faizon Love, Missi Pyle // Fonte da Imagem: Adoro cinema.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ (NO COUNTRY FOR OLD MEN):
Llewelyn Moss (Josh Brolin) é ex-combatente da Guerra do Vietnã, e agora vive uma vidinha tediosa no oeste do Texas. Ele passa grande parte do dia caçando, sem grandes perspectivas. Um dia, acaba na cena de um crime no meio do deserto. E a partir daí sua vida muda. Llewelyn encontra uma mala com US$10 milhões e escapa com ela dali.

O que ele não imaginava é que a mala possui um localizador e várias pessoas estão atrás do dinheiro. Além de um grupo de traficantes mexicanos está Anton Chigurg (Javier Barden). Ele é um assassino frio, um psicopata completo, mas que mesmo assim possui uma ética: matar, se tiver feito esta promessa. E Chigurgh é muito bom no que faz. Ele passa a perseguir Llewelyn como um cão perdigueiro.

O terceiro personagem principal deste filme é o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones). Ele é um dos responsáveis pela investigação da chacina no deserto. Além disso, está na cola de Chigurg e tenta proteger Llewelyn de sua fúria.

Os irmãos Coen dirigiram aqui um ensaio sobre alguns aspectos da violência. Enquanto Llewelyn precisa lutar para sobreviver, como na época da guerra, temos os mais ardilosos bandidos atrás dele. Sua maior desvantagem é não ter uma inteligência tão avantajada, como a da maioria dos americanos médios. Josh Brolin está muito bem no papel, e teve sua chance após tantos filmes como coadjuvante do coadjuvante.

Enquanto isso, temos Anton Chigurh. As cenas em que ele aparece ou que se dá a entender que ele está próximo deixa os espectadores amedrontados em suas cadeiras. O cara é o retrato do psicopata frio e sem sentimentos. Ele não tem uma história, mas também nem precisava ser mostrada. Javier Bardem está excelente! É o grande nome do filme e merece ganhar todos os prêmios em que competir por ele.

Já o xerife Ed é uma espécie de analista dos fatos. Ele já está se aposentando e percebe que não há mais espaço para os xerifes de antigamente. A violência agora é outra, por outros motivos (ou até nenhum) e ele não consegue se encaixar neste mundo. Acho que é por isto que o nome do filme em inglês significa "Não há lugar para os velhos homens". Porque é assim que o xerife se sente. Tommy Lee Jones também merece uma salva de palmas pela interpretação do xerife que já não tem esperanças.

O filme é muito bom e merece ser visto nem que seja somente pelo personagem de Barden. Mais uma vez, os irmãos Coen mostram a que vieram. Nota: 9.

Um dos melhores diálogos do filme:
- Você não tem que fazer isso. (Carla Jean Moss - Kelly Macdonald)

- É o que todo mundo diz... (Anton Chigurh - Javier Barden)

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ (No country for old men) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Ethan & Joel Coen // Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Kelly Macdonald, Woody Harrelson // Fonte da imagem: Google images.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (IDEM):
A primeira vez que ouvi falar deste documentário foi durante uma das edições do Festival do Rio. Achei o nome legal e, mesmo sem saber do que se tratava, fiquei com vontade de assistir. Mas acabei não indo. Alguns anos depois, me deram de presente!

Soy Cuba - O Mamute siberiano é bem interessante e específico. Para quem gosta da ilha caribenha e de suas histórias é um prato cheio. E para quem se interessa por cinema como um todo também.

Ele é um documentário sobre um filme realizado no país por uma equipe de cinema da antiga União Soviética. Aquela era a época da revolução cubana, onde a população da ilha estava feliz e esperançosa. Os russos eram parceiros dos cubanos no comunismo e aproveitaram o momento para tentar propagar ainda mais esta ideologia.

O cineasta Mikhail Kalatozov desembarca com uma pequena equipe para fazer o filme Soy Cuba. Muitos cubanos acabam integrando o projeto, principalmente como atores, mas também como parte da técnica. O filme é uma exaltação ao país recém-libertado por Fidel Castro e seu exército. As imagens de Kalatazov são impressionantes. Lembram um pouco a beleza estética de Leni Riffenstahl em seus filmes realizados no período nazista. Salvo algumas limitações.

Soy Cuba foi lançado e esquecido ao mesmo tempo. Era um período da história onde a guerra fria mais se acirrava. O filme não vingou e ficou esquecido até mesmo nos países que estiveram envolvidos no projeto. Acredito que ele não teve projeção mundial porque naquela época, os Estados Unidos dominavam o outro lado e os países capitalistas não iam desafiar o líder. Anos e anos mais tarde, Soy Cuba é redescoberto por Martins Scorsese e Francis Ford Coppola e reexibido.

O documentário não tem como objetivo mostrar as imagens e ângulos usados na realização do filme. Isto é mencionado, mas não é o que o move. Ele conta a história das gravações do filme e sobre o seu esquecimento. O mais legal é que ele entrevista pessoas que participaram ativamente das filmagens. Realmente, é um documentário muito interessante.Nota: 8.

Melhor citação do filme: Não lembro agora...

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (Idem) - 2005 - Gênero: Documentário - Direção: Vicente Ferraz // Fonte da imagem: Adoro Cinema.