terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO (STRANGER THAN FICTION):
Quando li sobre o que tratava este filme fiquei muito curiosa para ver. O roteiro sempre chama a minha atenção. Mais do que quem é o ator principal ou o diretor. Se a história é boa, fico motivada para ver.

Mais estranho que a ficção mostra a história de Harold Crick (Will Ferrell). Literalmente falando. Explico: Harold é um cara comum com uma vida bem medíocre. Trabalha como fiscal da Receita Federal americana, não tem hobbies e não faz nada de emocionante. Até que um dia ele acorda, começa a fazer todo o seu ritual diário e... ouve a voz de uma mulher narrando seus passos. Todos eles. A partir daí, Harold não para mais de ouvir a narração dos seus atos. Apenas ele escuta, o que o faz pensar estar maluco. Mas acaba descobrindo que estão mesmo escrevendo sua história e que o desfecho pode não ser bom para ele.

O roteiro chamou minha atenção porque eu - na minha imaginação estilo "Fantástico mundo de Bob" - achava, quando criança, que alguém escrevia a minha história, cada passo que eu dava. Como nesse filme. Passava horas pensando nisso (ok, eu não era uma criança muito normal...). Por isso que o filme logo chamou minha atenção. Ele realmente é muito legal, mas tem um momento que começa a ficar chato, cansativo, longo e piegas. Acho que o autor do roteiro não teve coragem para terminá-lo como deveria e fez com que Karen Eiffell (Emma Thompson), a autora do livro sobre a vida de Harold, que está passando por uma crise literária, terminasse a história de forma óbvia.

Quem me surpreendeu foi o Will Ferrell. O papel de Harold Crick é bem denso. Vai do cômico ao trágico em segundos. E ele, que sempre faz comédias (incluindo as mais idiotas), soube segurar e defender muito bem seu papel. Ferrell conseguiu fazer rir e chorar com o mesmo talento. Mérito dele, que deveria exercer seu lado dramático outras vezes.

O filme é bem legal e tem aquela coisa de ineditismo que anda faltando em Hollywood. Mas o final poderia ser melhor. Nota: 7.

Melhor citação do filme: "Você não entende que esta não é uma história para mim... É a minha vida! Eu quero viver! (Harold Crick - Will Ferrell)

MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO (Stranger than fiction) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Marc Forster // Will Ferrell, Maggie Gyllenhaal, Dustin Hoffmann, Emma Thompson, Queen Latifah // Imagem: Google Images.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PECADOS INTIMOS (LITTLE CHILDREN):
Este é mais um daqueles filmes onde os americanos resolvem fazer uma obesrvação da vida pacata e tediosa dos moradores dos subúrbios em seu país... Como em Beleza Americana, eles procuram retratar comportamentos e analisar atitudes "escandalosas", mas que ao meu ver não são tão absurdas assim.

Pecados íntimos mostra o começo, o meio e o fim do relacionamento entre Sarah (Kate Winslet) e Brad (Patrick Wilson). Ambos tem seus respectivos cônjuges e ambos levam vidas frustrantes. Sarah é praticamente ignorada pelo marido e vive entediada com sua vida de dona de casa. Brad está desempregado e é quem cuida do filho e da casa, enquanto sua mulher é bem sucedida em sua carreira. Óbvio que o encontro de tantas frustrações só poderia dar nisso mesmo.

Sarah e Brad vivem suas vidas encontrando-se e cuidando dos filhos, enquanto mantém as aparências de felicidade para o bairro. Enquanto isso, a região é "assombrada" pela libertação de um pedófilo, que vai morar com a mãe.

Pecados íntimos me lembra Beleza Americana demais. Afinal, eles mostram a vida escondida dos moradores de bairros de subúrbios americanos. Mas ambos não me deixaram tão chocada. Que saída Sarah e Brad teriam? Afinal, são seres humanos. O problema principal desse filme é a aquela aura de "filme cabeça" que ganhou. Aí fica parecendo que é a oitava maravilha do mundo, quando é apenas bom. Nota: 6.

Melhor diálogo do filme:
- Ah, que legal! Então agora trair seu marido faz de você uma feminista? (Mary Ann - Mary B. McCann)

- Não, não, não. Não é a traição. É a ânsia. A ânsia por uma alternativa e a recusa em aceitar uma vida de infelicidade (Sarah Pierce - Kate Winslet)

PECADOS ÍNTIMOS (Little children) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Todd Field // Kate Winslet, Patrick Wilson, Jennifer Connelly, Mary B. McCann // Imagem: Google Images.
OS SEM FLORESTA (OVER THE HEDGE):
R.J. (voz de Bruce Willis) é um guaxinim muito esperto e guloso, que um dia cai na tentação de subir até a caverna do urso Vincent (Nick Nolte) para roubar a comida guardada para o período de hibernação. Obviamente é pego no flagra! A comida cai no abismo e, para não ser engolido, R.J. promete que vai devolver tudo até a lua cheia. Mas para isso, vai precisar de ajuda.

Tentando resolver seu problema, ele dá de cara com uma turma de animais do tipo coletor que passou o inverno dormindo e está sem comida. Para piorar a situação, quando acordaram as coisas já não eram iguais a quando foram dormir. Uma enorme cerca foi construída para guardar um luxuoso condomínio. Os animais ficaram apenas com um pedacinho da floresta e podem passar fome por não achar o que comer. É aí que R.J. aparece para eles com uma solução mágica: por que não roubar a comida dos humanos?

Os sem floresta é uma animação com bichinhos fofos e engraçadinhos. Mas, como toda animação que se preze, tem uma lição de moral. No caso, tem até mais de uma. Assim, conquista as crianças e o público adulto. É animação garantida, mas não chega a ser um filme inesquecível. É só divertido mesmo e mais nada. Nota: 6.

Melhor citação do filme: "Nós comemos para viver. Os humanos vivem para comer." (RJ - Bruce Willis)

OS SEM FLORESTA (Over the hedge) - 2006 - Gênero: Animação - Direção: Tim Johnson & Karey Kirkpatrick // Bruce Willis, Gary Shandling, Wanda Sykes, William Shatner, Nick Nolte, Thomas Haden Church, Steve Carrell // Imagem: Google Images.
RATATOUILLE (IDEM):
Remy (Patton Oswalt) tem um dom. Ele sabe combinar cheiros e sabores muito bem, levando a pratos divinos. Mas há um problema: Remy é um rato. Por isso fica difícil seguir seu dom e seu desejo de ser um grande chefe como seu mentor Gusteau (Brad Garrett). Sua família é a primeira a ir contra.

Um dia, ele acaba parando em Paris, exatamente no restaurante de Gusteau. Sem querer, acaba ajudando Linguini (Lou Romano), um jovem contratado como faxineiro. O rapaz não leva jeito para a cozinha e muito menos para a faxina. Mas com a ajuda de Remy, que o faz, literalmente, de marionete, ele vai se tornar um grande chef.

Ratatouille é um filme para ser visto depois de ter almoçado ou jantado. Do contrário, o apetite vai despertar. Ver os bastidores de uma cozinha de restaurante é bem interessante. Tudo bem que o filme é uma fantasia e que nada daquilo aconteceria na vida real. Mas ver os alimentos serem preparados sempre causa fome.

O filme em si é bem legal. Divertimento para a família. Não é o melhor de todas as animações Disney/Pixar, mas não é ruim. Nota: 7.

Melhor citação do filme: "Eu odeio ser rude, mas... nós somos franceses!" (Colette - Janeane Garofalo).

RATATOUILLE (Ratatouille) - 2007 - Gênero: Animação - Direção: Brad Bird // Patton Oswalt, Lou Romano, Janeane Garofalo, Peter O'Toole, Ian Holm, Brad Garrett // Imagem: Google Images.