quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

JUNO (IDEM):
Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente americana de 16 anos. Longe de ser uma daquelas "cheerleaders", ela é independente, diferente e incrivelmente madura e consciente em muitos momentos. Vive sua vida e não liga para o que os outros pensam dela. Acontece que Juno está com um problema: está grávida. O pai é seu melhor amigo, Paulie Bleeker (Michael Cera, repetindo novamente o papel do nerd bonzinho). Eles tiveram apenas uma noite de sexo e não são namorados. E ao contrário do que todos podem pensar, Juno não o procurou para buscar a solução para o problema. Simplesmente cuidou de tudo sozinha. Após decidir que não iria abortar, Juno resolve doar o bebê para adoção. Escolhe os futuros pais em um anúncio de jornal e aguarda a hora de entregar a criança. Tudo sem a opinião de Paulie.

O roteiro de Diablo Cody (premiada com o Oscar) é impressionante... Emociona e faz rir na mesma intensidade. Não tem como não se apaixonar por Juno e seu universo. Ele também é muito crível. Dá para sentir a realidade dos personagens, que não sabem lidar com os sentimentos direito... E toda a confusão na mente da adolescente de 16 anos, que acredita ter encontrado os pais ideais para o seu filho.

Juno é um filme lindo e realmente uma grande surpresa. A temática é adolescente, mas para mim, é bem adulto. Não tem como não se emocionar. Preparem-se para sair do cinema chorando. Aconteceu comigo! Nota: 9.

Melhor diálogo do filme:
- Seus pais provavelmente estão se perguntando onde você está... (Vanessa Loring - Jennifer Garner)

- Não. Sabe como é... Eu já estou grávida. Qual outro tipo de confusão eu poderia me meter? (Juno MacGuff - Ellen Page)

JUNO (Idem) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Jason Reitman // Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J.K. Simmons, Olivia Thirlby // Fonte da imagem: Google Images.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

SORTE NO AMOR (JUST MY LUCK):
Ashley Albright (Lindsay Lohan) é a mulher mais sortuda de Manhattan. Do tipo que vai para a rua e a chuva pára na hora. Ou que ganha sempre nas raspadinhas da loteria. Ou seja, tem a vida (irritantemente) perfeita. Jake Hardin (Chris Pine) é totalmente o contrário... O rapaz não se dá bem com nada! É o maior azarado, na mesma proporção da sorte de Ashley... Claro que não é necessário dizer que os dois vão se conhecer e se apaixonar, né?

Bom, mas isto acontece pelo seguinte... Jake é produtor de uma banda, a McFly, mas não consegue uma gravadora para os caras. Ele persegue Damon Phillips (Faizon Love), um grande diretor musical, mas sempre se dá mal. Sua última cartada era entrar de penetra em uma grande festa da gravadora de Damon. Ela foi organizada pela empresa de Ashley. No meio da festa, ela e Jake dançam juntos e acabam se beijando. É neste momento que os papéis se invertem. Jake ganha a sorte de Ashley e vice-e-versa. E a confusão se instala...

Bom, convenhamos... Em geral, os filmes de Lindsay Lohan são bobinhos e sem grande importância... Esse não foge às regras. É bobo, bobo... Mas serve de divertimento para uma tarde chuvosa ou para aqueles momentos de ressaca depois de uma festa em que você tomou todas e não está aguentando levantar da cama. Nem para mudar o canal... Foi o meu caso... rs. Nota: 6.

Melhor citação do filme: "Você está me despedindo??? Mas você nem me paga!!!" (Jake Hardin - Chris Pine)

SORTE NO AMOR (Just my luck) - 2006 - Gênero: Comédia romântica - Direção: Donald Petrie // Lindsay Lohan, Chris Pine, Samaire Armstrong, Bree Turner, Faizon Love, Missi Pyle // Fonte da Imagem: Adoro cinema.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ (NO COUNTRY FOR OLD MEN):
Llewelyn Moss (Josh Brolin) é ex-combatente da Guerra do Vietnã, e agora vive uma vidinha tediosa no oeste do Texas. Ele passa grande parte do dia caçando, sem grandes perspectivas. Um dia, acaba na cena de um crime no meio do deserto. E a partir daí sua vida muda. Llewelyn encontra uma mala com US$10 milhões e escapa com ela dali.

O que ele não imaginava é que a mala possui um localizador e várias pessoas estão atrás do dinheiro. Além de um grupo de traficantes mexicanos está Anton Chigurg (Javier Barden). Ele é um assassino frio, um psicopata completo, mas que mesmo assim possui uma ética: matar, se tiver feito esta promessa. E Chigurgh é muito bom no que faz. Ele passa a perseguir Llewelyn como um cão perdigueiro.

O terceiro personagem principal deste filme é o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones). Ele é um dos responsáveis pela investigação da chacina no deserto. Além disso, está na cola de Chigurg e tenta proteger Llewelyn de sua fúria.

Os irmãos Coen dirigiram aqui um ensaio sobre alguns aspectos da violência. Enquanto Llewelyn precisa lutar para sobreviver, como na época da guerra, temos os mais ardilosos bandidos atrás dele. Sua maior desvantagem é não ter uma inteligência tão avantajada, como a da maioria dos americanos médios. Josh Brolin está muito bem no papel, e teve sua chance após tantos filmes como coadjuvante do coadjuvante.

Enquanto isso, temos Anton Chigurh. As cenas em que ele aparece ou que se dá a entender que ele está próximo deixa os espectadores amedrontados em suas cadeiras. O cara é o retrato do psicopata frio e sem sentimentos. Ele não tem uma história, mas também nem precisava ser mostrada. Javier Bardem está excelente! É o grande nome do filme e merece ganhar todos os prêmios em que competir por ele.

Já o xerife Ed é uma espécie de analista dos fatos. Ele já está se aposentando e percebe que não há mais espaço para os xerifes de antigamente. A violência agora é outra, por outros motivos (ou até nenhum) e ele não consegue se encaixar neste mundo. Acho que é por isto que o nome do filme em inglês significa "Não há lugar para os velhos homens". Porque é assim que o xerife se sente. Tommy Lee Jones também merece uma salva de palmas pela interpretação do xerife que já não tem esperanças.

O filme é muito bom e merece ser visto nem que seja somente pelo personagem de Barden. Mais uma vez, os irmãos Coen mostram a que vieram. Nota: 9.

Um dos melhores diálogos do filme:
- Você não tem que fazer isso. (Carla Jean Moss - Kelly Macdonald)

- É o que todo mundo diz... (Anton Chigurh - Javier Barden)

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ (No country for old men) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Ethan & Joel Coen // Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Kelly Macdonald, Woody Harrelson // Fonte da imagem: Google images.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (IDEM):
A primeira vez que ouvi falar deste documentário foi durante uma das edições do Festival do Rio. Achei o nome legal e, mesmo sem saber do que se tratava, fiquei com vontade de assistir. Mas acabei não indo. Alguns anos depois, me deram de presente!

Soy Cuba - O Mamute siberiano é bem interessante e específico. Para quem gosta da ilha caribenha e de suas histórias é um prato cheio. E para quem se interessa por cinema como um todo também.

Ele é um documentário sobre um filme realizado no país por uma equipe de cinema da antiga União Soviética. Aquela era a época da revolução cubana, onde a população da ilha estava feliz e esperançosa. Os russos eram parceiros dos cubanos no comunismo e aproveitaram o momento para tentar propagar ainda mais esta ideologia.

O cineasta Mikhail Kalatozov desembarca com uma pequena equipe para fazer o filme Soy Cuba. Muitos cubanos acabam integrando o projeto, principalmente como atores, mas também como parte da técnica. O filme é uma exaltação ao país recém-libertado por Fidel Castro e seu exército. As imagens de Kalatazov são impressionantes. Lembram um pouco a beleza estética de Leni Riffenstahl em seus filmes realizados no período nazista. Salvo algumas limitações.

Soy Cuba foi lançado e esquecido ao mesmo tempo. Era um período da história onde a guerra fria mais se acirrava. O filme não vingou e ficou esquecido até mesmo nos países que estiveram envolvidos no projeto. Acredito que ele não teve projeção mundial porque naquela época, os Estados Unidos dominavam o outro lado e os países capitalistas não iam desafiar o líder. Anos e anos mais tarde, Soy Cuba é redescoberto por Martins Scorsese e Francis Ford Coppola e reexibido.

O documentário não tem como objetivo mostrar as imagens e ângulos usados na realização do filme. Isto é mencionado, mas não é o que o move. Ele conta a história das gravações do filme e sobre o seu esquecimento. O mais legal é que ele entrevista pessoas que participaram ativamente das filmagens. Realmente, é um documentário muito interessante.Nota: 8.

Melhor citação do filme: Não lembro agora...

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (Idem) - 2005 - Gênero: Documentário - Direção: Vicente Ferraz // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O CAÇADOR DE PIPAS (KITE RUNNER):
Afeganistão, 1978. Os cidadãos ainda tem uma certa liberdade no país, embora a Rússia e seu Exército esteja sempre à espreita. Neste período ainda razoavelmente tranquilo vive o menino Amir (Zekeria Ebrahimi). Ele é filho único e só tem o pai vivo (Homayoun Ershadi). Sua mãe morreu em seu parto. O pai vive pegando no seu pé devido a sua passividade e submissão. O único amigo de Amir é Hassan (Ahmad Khan Mahmidzada) que é de outra etnia e filho do empregado da casa. Muitas crianças da época desconfiam da amizade dos dois e dizem que eles são amigos apenas por conveniência. Acontece que Hassan realmente é fiel à sua amizade com Amir. Este, gosta muito do amigo, mas de vez em quando oscila, com ciúmes da admiração de seu pai pelo filho do empregado.

Neste período, as crianças do Afeganistão se divertem participando de grandes concursos, onde quem vence é aquele que mais corta as pipas dos outros concorrentes. Amir e Hassan ganham um deles. Ao ir buscar a última pipa cortada por seu amigo, Hassan sofre uma grande violência pelos valentões do local. Amir assiste a tudo, não faz nada e ainda finge que nada sabe.

Mas o menino não consegue conviver com a culpa do que aconteceu com Hassan. Ele começa então a se afastar do amigo, querer que ele vá embora de casa. Até que consegue. Mas ao mesmo tempo, os russos invadem o país e Amir e o pai precisam fugir. Eles vão parar nos Estados Unidos.

Anos depois, Amir já é adulto, formado e casado. Agora, é um escritor e seu primeiro grande livro foi publicado. Neste momento recebe o telefonema de Rahim Kahn (Shaun Toub), grande amigo de seu pai e incentivador das histórias do menino quando ele apenas começava a escrever. Amir parte para o Afeganistão e dá de cara com uma realidade terrível. Seu país nada tem a ver com suas memórias de infância. Ele mal consegue reconhecer. Rahim o chamou para uma missão: recuperar o filho de Hassan de um orfanato e salvá-lo dos talibãs. A princípio, Amir recusa. Mas um grande segredo e a culpa do passado o fazem mudar de idéia.

Eu ainda não li o livro de Khaled Hosseini em que o filme é baseado (devo ser uma das poucas no mundo todo!) então não posso fazer comparações. Fiquei muito comovida em várias partes do filme mas, sinceramente, eu esperava mais. É uma história muito legal, de redenção e sobre fazer o que é certo. Mas achei o filme um pouco "frio" em comparação com o que falam do livro. Acho que vou ter que ler para ter uma opinião verdadeira. Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Agora existe uma forma de ser bom de novo." (Rahim Kahn - Shaun Toub)

O CAÇADOR DE PIPAS (Kite runner) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Marc Forster // Khalid Abdalla, Atossa Leoni, Shaun Toub, Sayed Jafar Masihullah Gharibzada, Zekeria Ebrahimi, Ahmad Khan Mahmidzada, Homayoun Ershadi // Fonte da imagem: Adoro Cinema.