sábado, 25 de março de 2006

A SUPREMACIA BOURNE (THE BOURNE SUPREMACY):
Não sou nem um pouco fã de Matt Damon. Muito pelo contrário. Ele faz parte do seleto grupo de atores que eu evito assistir os filmes. Mas como gosto muito de filmes de ação (quem disse que mulher só gosta de romance?) e todo mundo me falou tanto desse, resolvi dar o braço a torcer e assistir.
A Supremacia Bourne traz novamente o ex-agente da CIA semi-desmemoriado (semi porque agora ele lembra de muitas coisas) Jason Bourne (Matt Damon) à ativa. Após o primeiro filme (que eu não vi por causa daquela implicância que eu falei acima), ele some no mundo com sua namorada Marie (Franka Potente). Eles vão morar no meio da Tailândia, completamente anônimos. Mas como o anonimato não existe no mundo dos espiões, um matador de aluguel o encontra e faz de tudo para matá-lo. Mas quem acaba morrendo mesmo é Marie. Cheio de revolta, Bourne começa a investigar quem poderia estar por trás de sua tentativa de assassinato. Ao mesmo tempo, vai lembrando de sua primeira missão supersecreta. Enquanto isso, a CIA procura o possível responsável por ter posto uma investigação a perder. Claro que eles chegam ao nome de Bourne. Houve uma armação para incriminá-lo.
Para quem gosta de filmes de aventura e explosões, sinceramente este é um prato cheio. Toda hora tem coisa explodindo, tem carro correndo e investigação. É divertido, eu confesso. E Matt Damon não atrapalha. Convenhamos que se ele atrapalhasse em um papel onde só precisa lutar e apertar gatilhos de armas, era melhor que ele virasse operador da Bolsa de Valores. Vou dar um crédito para o rapaz. Não gosto dele, mas dá para assistí-lo em filmes de ação. Pronto. E vou ser boazinha com a nota. Nota: 7.
Melhor citação do filme: Humm... Dessa vez vou ficar devendo... Só tem explosões e perseguições aqui... *rs*
A SUPREMACIA BOURNE (The Bourne supremacy) - 2004 - Gênero: Ação - Direção: Paul Greengrass // Matt Damon, Franka Potente, Brian Cox, Julia Stiles, Joan Allen // Fonte da imagem: IMDB.

segunda-feira, 20 de março de 2006

GAROTA DA VITRINE (SHOPGIRL):
Mirabelle Buttersfield (Claire Daines) é uma jovem formada em artes, que se mudou para a cidade grande para investir em sua profissão. Mas longe da família e sem perspectivas, ela vive uma vidinha muito tediosa e depressiva. Mirabelle trabalha na Sak's, no setor de luvas. Quase ninguém pára ali para comprar. Ela vive a maior parte do tempo em silêncio. Um dia, conhece Jeremy (Jason Schwartzman), um jovem tão solitário quanto ela, em uma lavanderia. O rapaz sequer tem objetivos de vida. Os dois saem uma vez, transam e ele desaparece da vida dela (Alguém aqui já viu isso acontecer? Hein? Hein?). Na mesma época, Mirabelle conhece um homem mais velho e rico. Ray (Steve Martin) começa a lhe dar presentes, levar em lugares caros, bajular a moça... Até que Mirabelle fica apaixonada... E o que acontece? Ray diz para ela que não quer se prender em uma relação (Será que alguém aqui já ouviu isso? HEIN? HEIN????). Mirabelle aceita ficar com Ray nas suas condições, mas vive sofrendo porque o ama. Enquanto isso, Jeremy vai mudando de vida com conselhos que recebeu de Mirabelle na época em que saíram.
Tenho que ser honesta desta vez para comentar esse filme... Não dá para ser imparcial aqui. Já estive na posição de Mirabelle nos dois casos e sei o quanto ser tratada da forma que os dois a trataram dói. Tem alguma mulher por acaso que não sabe? Por isso que, durante a sessão de cinema, eu ia me remexendo na cadeira e praticamente gemia de dor por saber como ela se sentia. Então, me perdoem os que acham que este é um "filme menor", de pouca importância... Quem já passou pelo que Mirabelle passa no filme sabe muito bem que não é assim e fica solidária com ela. Eu fiquei. É uma mostra do quanto a solidão, o desespero e a depressão pode te levar a um caminho sem volta, depreciativo com você mesmo... O amor também pode ser ruim, ao contrário do que a mídia prega. Garota da Vitrine é um filme verdadeiro e emocionante. O final é conto de fadas, claro. Mas saí da sala de cinema com uma sensação estranha de soco no estômago. E que atire a primeira pedra quem nunca passou pelo que Mirabelle (e todas nós) passamos com os homens... Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Por que vc nunca me amou, Ray?" (Mirabelle Buttersfield - Clare Daines)
GAROTA DA VITRINE (Shopgirl) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: Anand Tucker // Claire Daines, Steve Martin, Jason Schwartzman // Fonte da imagem: IMDB.

sábado, 18 de março de 2006

MULHERES PERFEITAS (STEPFORD WIVES):
Joanna Eberhart (Nicole Kidman) é uma mega-hiper-super-poderosa executiva de televisão, daquelas que respiram trabalho 24 horas por dia. Um dia ela tem um colapso nervoso ao ver que sua idéia para um programa não foi bem aceita e que os outros executivos a querem fora do canal. Ela, o marido e os filhos então vão morar em uma comunidadezinha do interior dos Estados Unidos chamada Stepford. A vida lada é bizarramente perfeita demais. Parece um filme dos anos 50. Joanna é a única da família que não se adapta ao local. Seu (mau) humor sarcástico não combina. Mas logo ela percebe que existe alguma coisa estranha no local. As pessoas que iam para a cidade e não se encaixavam naquele modelo de perfeição american-way-of-life-filme-dos-anos-50 de uma hora para outra se modificam, como em uma lavagem cerebral. Realmente existe um segredo escondido na cidade e Joanna está cotada para a próxima vítima. Apenas seu marido, o passivo Walter (Mathew Broderick) tem a escolha de salvá-la.
Quando esse filme foi lançado nos cinemas, eu me interessei em assistir, mas fui deixando para lá. De repente percebi que ele tinha saído de cartaz. Depois fiquei sabendo que ele é um remake de um outro. O que me disseram que é que o anterior é mais voltado para a ficção/thriller. Esse é mais comédia. Como só vi o recente, não posso opinar. Mas adoraria ver o antigo. Assim tiraria minha conclusão. Gostei da nova versão. Tem momentos absurdos e chatos, mas me diverti muito. Muitas vezes na vida já me senti deslocada no meio da multidão como Joanna. O que tem de "stepford wives" por aí ainda hoje... É divertido. Nota: 7 (Porque não vi a versão original...).
Melhor diálogo do filme:
- Primeiramente, nós estamos no campo agora. Então, nada de preto! (Walter Kresby - Mathew Broderick)

- Sem preto? Você está maluco? (Joanna Eberhart - Nicole Kidman)

- Você me ouviu. Apenas mulheres de carreira, super-poderosas, neuróticas e castradoras se vestem de preto. É isso o que você quer ser? (Walter Kresby)

- Desde que eu era criancinha. (Joanna Eberhart)
MULHERES PERFEITAS (Stepford wives) - 2004 - Gênero: Comédia - Direção: Frank Oz // Nicole Kidman, Mathew Broderick, Bette Midler, Glenn Close, Christopher Walken, Jon Lovitz // Fonte da imagem: IMDB.

quarta-feira, 15 de março de 2006

A PANTERA COR-DE-ROSA (THE PINK PANTHER):
Esta produção é mais um exemplo de que em time que está ganhando não devemos mexer, para usar uma metáfora futebolística. Aposto que o ator Peter Sellers, que imortalizou o Inspetor Clouseau no cinema deve ter dado voltas em seu túmulo depois disso... Coitado! Que falta de consideração com um comediante tão bom. Holywood deveria parar de refazer filmes.
O pior é que nem é culpa dos atores que participaram da refilmagem. Eu adoro o Steve Martin e o Kevin Kline! Já ri muito com os dois. E adoro o Jean Reno também. Então... O que aconteceu? Piadas fracas? Direção primária? Falta de roteiro? Tudo isso junto? A última alternativa é a que explica melhor...
A história (?) é a seguinte: O inspetor Clouseau (Steve Martin) precisa desvendar o mistério da morte de um técnico de futebol famoso e descobrir quem roubou o mega-diamante "Pantera cor de rosa". Mas ele está investigando só de fachada. O inspetor Chefe Dreyfus (Kevin Kline) o está usando para atrair os holofotes, enquanto ele mesmo faz uma investigação paralela. Se ele descobrir o mistério ganha um prêmio que anseia por sete anos.
O filme é muito ruim mesmo. Se vocês quiserem assistir é por conta e risco próprios. Depois não digam que eu não avisei... Nota: 3.
Diálogo indicativo do nível do filme:
- Ele foi encontrado morto em um armário do vestiário. Baleado na cabeça (Ponton - Jean Reno)

- Foi fatal? (Inspetor Jacques Clouseau - Steve Martin)

- Sim. (Ponton)

- O quanto fatal? (Inspetor Jacques Clouseau)

- Hummm... Completamente. (Ponton)

- Eu quero falar com ele! (Inspector Jacques Clouseau)
A PANTERA COR-DE-ROSA (The Pink panther) - 2006 - Gênero: Comédia - Direção: Shawn Levy // Steve Martin, Kevin Kline, Jean Reno, Emily Mortmer, Beyoncé Knowles // Fonte da imagem: IMDB.

sábado, 11 de março de 2006

UMA SAÍDA DE MESTRE (THE ITALIAN JOB):
Um time de ladrões munidos de inteligência e tecnologia executam um roubo enorme em Veneza, Itália. Coisa para fazer qualquer um deles se aposentar. Mas Steve (Edward Norton) trai a confiança dos amigos e fica com tudo para ele. No momento do roubo, aliás, ainda executa o líder e o cara mais velho da quadrilha John Bridger (Donald Sutherland). Obviamente que todo mundo vai querer vingança, não é? O grupo que foi enrolado, liderado por Charlie Croker (Mark Wahlberg) monta um plano mirabolante para recuperar a grana. Para isso, ainda conseguem a ajuda da filha de John, Stella Bridger (Charlize Theron), perita em cofres. Ela tem um emprego legal no ramo, mas entra no assalto por vingança.
Esse é o enredo do filme. O resto é imagens de ação, correria, tiroteio e esquemas de uso de tecnologia. Uma saída de mestre é refilmagem de um longa-metragem de 1969 com o ator Michael Caine. O original eu não vi, mas o atual tem um quê de Onze homens e um segredo. Desde a configuração do plano de recuperação da grana até mesmo a ação - uma seleção de mentiras, que só acontecem mesmo nos filmes.
É um bom divertimento pra quem não tem nada pra fazer. Mas assim que o letreiro sobe no final, não acrescenta nada na vida de ninguém... Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Eu? Sou ladrão desde que tinha dente de leite." (Charlie Croker - Mark Wahlberg)
UMA SAÍDA DE MESTRE (The Italian Job) - 2003 - Gênero: Ação - Direção: F. Gary Gray // Mark Wahlberg, Charlize Theron, Donald Sutherland, Jason Stathan, Seth Green, Mos Def, Edward Norton // Fonte da Imagem: IMDB.
CIDADÃO KANE (CITIZEN KANE):
Infelizmente começarei o texto sobre Cidadão Kane em uma frase lugar-comum: este é um dos maiores dos clássicos do cinema mundial. Isto, se não for o maior. Não há muito mais o que dizer desta obra-prima. Quando assistimos a filmes assim, inovadores para sua época, devemos repensar o que consideramos clássicos nas produções recentes. Hoje em dia, os computadores e o dinheiro do lobby fazem qualquer filminho meia-bomba ser um estrondo. Mas o mérito de verdade são de diretores como Orson Welles e aqui vou citar meu mestre, Hitchcock, que inovaram a sétima arte. Filmar não é só escalar atores bonitinhos e encher de efeitos especiais. Não é a toa que os diretores que citei acima são considerados gênios. O cinema mundial carece desses gênios...
Cidadão Kane começa no fim. O multimilionário Foster Kane, dono de um mega império do setor de comunicação, morre sozinho em sua super-ultra-hiper-mega-caríssima mansão. Antes de morrer, porém, ele pronuncia uma palavra: Rosebud (traduzindo para o português literal, seria botão de rosa). Todos ficam curiosos para entender porque o moribundo disse esta palavra antes de morrer. Um grupo de jornalistas resolve então fazer uma retrospectiva do multimilionário, entrevistando pessoas que conviveram com ele, amigos, mulheres etc., para tentar descobrir o mistério. O filme é todo feito em flashbacks sobre a vida de Foster Kane. Mas o mistério parece insolúvel.
Sempre quis assistir a Cidadão Kane, pois ele é mais um da lista de filmes que cada um que se considera cinéfilo é obrigado a ver para receber este título. Agora estou mais feliz por ter sido apresentada ao Sr. Kane. Ainda bem que ainda existem sessões em salas culturais - como a do Odeon BR, onde assisti - que podem nos salvar, pobres cinéfilos. Recomento com toda a honra. Realmente é uma exigência para o curriculum. Nota: 10.
Melhor citação do filme: "Não, eu não acho. O senhor Kane foi um homem que teve tudo o que quis e então perdeu. Talvez 'rosebud' fosse algo que ele não pode ter, ou alguma coisa que ele perdeu. De qualquer forma, isso não explicaria nada... Eu não acho que uma palavra pode explicar a vida de um homem. Não. Eu acho que 'rosebud' é apenas uma peça de um quebra-cabeça... uma peça perdida." (Jerry Thompson - William Alland)CIDADÃO KANE (Citizen Kane) - 1941 - Gênero: Drama - Direção: Orson Welles // Orson Welles, Joseph Cotten, Dorothy Comingore, Agnes Moorehead, William Alland // Fonte da Imagem: IMDB.

domingo, 5 de março de 2006

O ESPANTA TUBARÕES (SHARK TALE):
Sempre que posso vou ao cinema ver alguma animação. Sou fã deste tipo de filme, que ultimamente anda em expansão. Mas este, eu acabei vendo via Telecine mesmo. Conta a história de dois personagens muito diferentes: Oscar (Will Smith) e Lenny (Jack Black). O primeiro é um peixe comum, que odeioa ser um "Zé Ninguém". O outro é um tubarão vegetariano. Embora participe de uma família de tubarões respeitáveis - mafiosos mesmo - Lenny não consegue comer peixes e é ridicularizado por seus irmãos. O destino une esses dois após um acidente onde os irmãos de Lenny morrem. A notícia de que Oscar matou dois tubarões corre e ele vira uma celebridade. Era tudo o que o peixe]inho queria. Agora, é só fama, dinheiro e mulheres. E Lenny o ajuda a manter o mito. Acontece que os mafiosos tubarões querem vingança.
É um filme legal, que quer passar a lição de que você pode ser importante, mesmo não sendo ninguém famoso. Mas não é lá um roteiro muito empolgante. Na verdade, o que eu mais gostei mesmo foi das participações de Robert De Niro e Martin Scorcese. Dá pra se divertir, sim. Mas depois que termina, você já esqueceu. Nota: 6.
Melhor citação do filme: "No fundo, eu sou muito superficial." (Lola - Angelina Jolie)
O ESPANTA TUBARÕES (Shark tale) - 2004 - Gênero: Animação - Direção: Bibo Bergeron e Vicky Jenson // Vozes: Will Smith, Jack Black, Robert De Niro, Renée Zellweger, Angelina Jolie, Martin Scorcese // Fonte da Imagem: IMDB.
TAXI (TAXI):
Um grupo de belas mulheres disfarçadas andam assaltando bancos em Nova York. Elas nunca são pegas, principalmente por causa da habilidade no volante. O policial "sem noção" Andy Washburn (Jimmy Fallon) cruza o caminho das beldades e consegue descobrir alguns segredos da quadrilha. Acontece que ele é visto como idiota (o que realmente é verdade) na delegacia e ninguém o leva a sério na maioria das vezes. Para piorar sua situação, Andy perdeu sua carteira de motorista porque é um péssimo motorista. Em uma de suas caçadas às bandidas, ele pega carona com a taxista Belle Williams. Ela é uma conhecida velocista na cidade. Seu sonho é ser piloto. Enquanto não o realiza, Belle ajuda Andy em suas investigações.
Este é o enredo básico do filme. E pra ser sincera, não percam tempo assistindo a essa porcaria. É pura baboseira. A badalada "primeira vez cinematográfica" de Gisele Bündchen, como a ladra Vanessa, é facilmente esquecida durante a exibição dos letreiros no final. E convenhamos: a moça tem que estudar muito ainda pra ser atriz. Se é que ela vai conseguir... Jimmy Fallon, se vai continuar assim, deveria voltar correndo pro Saturday Night Live. Queen Latifah sempre é engraçada. Mas nem ela salva o filme. Ele é uma grande bobagem. Por isso, não façam como eu. Não percam seu tempo na frente da televisão. É melhor ir passear com o cachorro ou uma consulta no dentista... Nota: 4.
Melhor citação do filme: "Cada herói tem uma fraqueza. Superman tem a Kriptonita. Indiana Jones tem as cobras. Whitney Houston tem Bobby Brown". (Andy Washburn - Jimmy Fallon)
TAXI (Match Point) - 2004 - Gênero: Comédia - Direção: Tim Story // Jimmy Fallon, Queen Latifah, Gisele Bundchen, Jennifer Esposito // Fonte da Imagem: Adoro Cinema.