sábado, 27 de março de 2004


DO JEITO QUE ELA É (PIECES OF APRIL):
Taí um filme legal! Sem compromissos com estética hollywoodiana ou qualquer outra, o filme é simples, comovente, bem feito, bem conduzido... Conquista até os mais durões e é tão legal que levou um de seus atores ao Oscar deste ano: Patricia Clarkson foi indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por seu papel neste filme.
Esta é a história de April Burns (Katie Holmes) e sua família em uma reunião do Dia de Ação de Graças. April é a filha mais velha e vivia em atrito com seus pais, por seu comportamento rebelde. Ela vive atualmente com o namorado em um pequeno apartamento em Nova York e deseja se aproximar de seus pais novamente. Quer demonstrar que mudou seu comportamento, que é uma adulta capaz. Mas seus pais são muito reticentes quanto a esta mudança. April tem certeza que se conseguir fazer um jantar de Ação de Graças de verdade seus pais lhe darão credibilidade. Porém este almoço não se realizará tão facilmente. Tanto ela, quanto seus pais à caminho de sua casa, passarão por vários problemas até a hora do almoço, que culminarão em muita lavação de roupa suja e demonstrações de afeto emocionantes.
É um filme muito "bonitinho" mesmo. Pena que passou em circuito alternativo, o que não permite que muitas pessoas o vejam. Eu vi na Maratona de Cinema Odeon-BR, por exemplo. Mesmo assim, se tiverem oportunidade assitam correndo. Não irão se arrepender! :-) Nota: 8.
Melhor citação do filme: Não me recordo de alguma boa... :-(
DO JEITO QUE ELA É (Pieces of April) - 2003 - Gênero: Drama - Direção: Peter Hedges // Katie Holmes, Derek Luke, Oliver Platt, Alison Pill, John Gallagher Jr., Patricia Clarkson, Alice Drummond, Sisqó, Sean Hayes.
ORFEU (IDEM):

Quando me falaram que este filme era uma grande porcaria, eu não acreditei. Achei que fosse ainda aquele preconceito bobo que brasileiro tem com os filmes nacionais. Eu não sofro deste mal. Fui então assistir a Orfeu. E percebi que todo mundo que falou mal estava equivocado. O filme não é ruim. Ele é MUITO, MUITO RUIM... Jesus! Ninguém merece... O que é isso?
Pra começo de conversa o que o Toni Garrido estava fazendo ali? E ainda como o papel principal... Na boa... Prefiro ele cantando... A Patrícia França, que faz a Eurídice, amor do Orfeu, estava tão apática que dava vontade de dar choques elétricos nela pra ver se pegava no tranco... Não tneho nada contra ela. Mas nesse filme, putz!!! Pra mim, a única pessoa que se destacou foi a Isabel Filardis. Seu papel é mínimo, mas ela mandou bem.
Sinceramente, nem dá vontade de escrever sobre o filme... Mas vamos lá... É a história de amor entre Orfeu e Eurídice. Ele é um compositor consagrado de sambas que se apaixona por Eurídice. Ela é uma moça do interior que acaba de chegar a cidade. No meio disso tudo tem que haver um bandido, né? Pois bem, é o Murilo Benício que interpreta o Lucinho, traficante da favela. Ele e Orfeu foram amigos de infância que seguiram caminhos opostos e se transformaram em duas lideranças paralelas no morro. Eles conviviam pacificamente. Até a chegada de Eurídice no morro. Nota: 1.
Melhor frase do filme: Fim
ORFEU (Idem) - 1999 - Gênero: Romance - Direção: Cacá Diegues // Toni Garrido, Patrícia França, Murilo Benício, Zezé Motta, Milton Gonçalves, Isabel Fillardis.

domingo, 21 de março de 2004

DVD

ADAPTAÇÃO (ADAPTATION):
Depois de ter ouvido falar muito sobre este filme, acabei alugando-o com grande curiosidade. Não espectativa. Eu só queria mesmo saber o porquê de tanto comentário sobre ele. E... Acabei me decepcionando... Não gostei muito... Acho que todo esse auê aconteceu por ser um filme de Spike Jonze, o responsável por Quero ser John Malkovich, este sim um filme muito legal!
Uma das coisas que acabam me influenciando sobre um filme é o seu ator principal. E esse foi um dos problemas de Adaptação para mim. Eu tenho uma "relação de amor e ódio" com o Nicolas Cage. Gosto de muitos de seus filmes. Mas detesto muitos outros. Não existe um meio termo em nossa "relação". E aqui, ele se encaixa na segunda opção. Achei os dois personagens dele, os gêmeos Charlie e Donald Kauffman, extremamente chatos. Muito desinteressantes. Dentre os personagens principais quem se destacou, na minha opinião, foi a escritora Susan Orlean (Maryl Streep) e o "coletor de flores raras" John Laroche (Chris Cooper).
Na verdade em Adaptação o que é principal mesmo é um livro: "O ladrão de Orquídeas". Ele foi escrito por Susan Orlean; é sobre a vida de John Laroche; e Charlie tem que adapta-lo para o cinema. Depois de ter feito sucesso com o roteiro de Quero ser John Malkovich, Charlie é convidado para roteirizar este livro, mas está passando por uma crise. Ele não consegue escrever uma linha sequer e sua vida está uma bagunça. Seu irmão Donald, um pouco menos culto que ele, resolve virar escritor também. E consegue um sucesso inesperado. Já Susan tenta viver sua vida chata e sem emoção. A não ser quando está em companhia de seu amante.
Bom... O filme é cheio de altos e baixos... E eu não gostei. Não sei... Não consegui mesmo achar este filme "tudo" o que me falaram. Eu achei até um pouco chato. Me deu sono... Talvez eu não tenha entendido bem... Prefiro mesmo Quero ser John Malkovich... Nota: 5.
Melhor citação do filme: "Eu deveria ter entrado. Eu sou um covarde! Eu deveria tê-la beijado. Eu deveria ir bater à porta e beija-la. Seria romântico. Seria algo que contaríamos aos nossos filhos um dia. Eu vou lá agora." (pensamento de Charlie Kaufman - Nicolas Cage antes de desistir de fazê-lo)
ADAPTAÇÃO (Adaptation) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: Spike Jonze // Nicolas Cage, Meryl Streep, Chris Cooper, Brian Cox, Maryl Streep.
DVD
CONFISSÕES DE UMA MENTE PERIGOSA (CONFESSIONS OF A DANGEROUS MIND):

O que vocês pensam quando vêem o George Clooney (Ok, meninas! Controlem-se! *rs*)? Bom, a primeira palavra que me vem a cabeça quando eu penso no George Clooney é cool. Vai dizer que ele não tem um superestilo cool? Ele tem um charme, um jeito de "não tô nem aí", um sorriso cafajeste... Um estilo "me divirto muito com tudo". Tudo bem, cada um deve ter uma definição do que seja cool. Mas para mim a personificação desta palavra é o George Clooney.
Talvez por pensar isto, acabei achando Confissões de uma mente perigosa tão cool quanto o seu diretor. Sim! George Clooney é o diretor deste filme. Sua primeira vez na direção. E acho que ele foi muito bem. O filme é divertido, ágil, com um roteiro inteligente e interessante, e atores afinados, que pareciam estar se divertindo muito. Em resumo: é um filme sem pretensões e surpreendente.
Confissões de uma mente perigosa teve seu roteiro baseado no livro de Chuck Barris, um executivo de televisão responsável por programas como "The Dating Game" e "The Gong Show". Ah! E não me digam que vocês não conhecem estes programas, porque o nosso querido "tio" Silvio Santos adaptou muitos dos programas de Chuck para o SBT. Mas, voltando ao que interessa, no livro - que ele diz ser uma autobiografia - Chuck Barris (aqui interpretado por Sam Rockwell) diz que trabalhava na TV ao mesmo tempo que trabalhava também para a CIA como assassino. Se é verdade, a gente não sabe. Mas se ele inventou tudo isso, o cara tem uma imaginação colossal. Sam Rockwell fez jus ao seu personagem. Está muitíssimo bem no papel. Outros destaques são: Drew Barrymore (Eu adoro ela!), como Penny, a eterna namorada de Chuck; Julia Roberts, como Patricia, uma sedutora agente da CIA; Rutger Hauer, uma agente fanático por fotografia; e o próprio Clooney, que faz o agenciador de Chuck. Destaque também para Matt Damon e Brad Pitt numa ponta muito engraçada, onde eles não falam coisa alguma. Mais uma vez os amigos de Clooney presentes em seus filmes só pela amizade mesmo.
Em resumo, eu adorei este filme. Não esperava muito, mas achei tudo muito legal. Interessante da montagem até os créditos finais. Por isso recomendo a todos que o assistam assim que puderem. Nota: 8.
Melhor citação do filme: "Tive uma idéia pra um novo game-show recententemente. Vai se chamar "The Old Game". Terá três participantes idosos no palco, com armas carregadas nas mãos. Eles farão uma retrospectiva de suas vidas. Verão quem eles foram, o que conquistaram, o quanto eles se aproximaram de realizar seus sonhos... O vencedor será aquele que não estourar seus miolos. Vai ganhar uma geladeira." (Chuck Barris - Sam Rockwell)
CONFISSõES DE UMA MENTE PERIGOSA (Confessions of a dangerous mind) - 2002 - Gênero: Drama - Direção: George Clooney // Sam Rockwell, Drew Barrymore, George Clooney, Dick Clark, Julia Roberts, Rutger Hauer, Brad Pitt, Matt Damon, Chuck Barris.

domingo, 7 de março de 2004


MATRIX REVOLUTIONS (THE MATRIX REVOLUTIONS):
Os fãs da "trilogia" Matrix que me desculpem, mas fico feliz que chegamos ao final disso tudo (será?). Sinceramente... Nunca vi tamanho engodo em toda a minha vida! Não gostei, não gostei e não gostei! Me sinto até ofendida por tamanha enganação! Não adianta tentar argumentar comigo porque jamais acreditarei que Matrix foi concebido como trilogia. Nem tentem! Eu acho que o primeiro filme é quase perfeito. Revolucionou os efeitos especiais, além de ter uma boa base teórica no roteiro. Agora, querer me convencer que as duas outras partes são tão boas (e relevantes) quanto é perda de tempo. Eu não sei qual das duas é pior. Em Matrix Revolutions pelo menos eu não levei à sério e fiquei me divertindo no cinema, prestando atenção em coisas como erros de continuidade, por exemplo. Não aconteceu sequer as tão esperadas novas inovações nos efeitos especiais e o que vemos são as outras partes da trilogia fazendo o mesmo que todos os filmes de ação andam fazendo por aí ultimamente: repetir todos os efeitos do primeiro Matrix. Tsc tsc tsc...
A única coisa que me levou ao cinema para ver este filme - além do fato de que já vi as duas primeiras partes, então deveria ver a última - foi o Agente Smith (Hugo Weaving). EU ADOOOOOORO O AGENTE SMITH!!!!!!! É a única coisa boa do filme! Neste ele é o causador de todos os males! O grande vilão! Logo ele que tinha um papel coadjuvante no primeiro filme. O cara é tão "do mal" que consegue fazer o impossível: unir as máquinas e os homens. Mas até o tão esperado confronto final entre ele e Neo (Keanu Reeves) foi muito, muito fraco na minha opinião. Quase de fazer dormir... Que desperdício! :-/
Mas claro que teve algumas coisas boas. Por exemplo: a luta dos homens com as sentinelas mecânicas em defesa de Zion. Isso foi legal. Longo demais, mas legal. Ah! E a Niobe (Jada Pinkett Smith) pilotando uma das naves humanas. Melhor do que muito homem. Girlpower total! O resto pode jogar fora. Até o Morpheos (Laurence Fishburne), que eu achava "o cara", está apagadíssimo...
Que desperdício... Ninguém merece! Também o que se pode esperar de um filme que tem como slogan "Tudo que tem um começo tem um fim"? Putz!
Ai, ai... Chega! Daqui a pouco vou acabar apanhando de um fã mais afoito. Ainda bem que eu ainda não inseri coments no blog, senão ia me ferrar... Mas não se desesperem meus queridos fãs... Ainda não vi Animatrix... Quem sabe, né? Sempre há a esperança de que eu goste. Afinal, já não espero nada mesmo dessa série de um filme só.
Que vergonha irmãos Wachowsky... Tirar dinheiro das pessoas assim... Ai, ai, ai! >:-/
Nota: 5 (Só por causa do Agente Smith!).
Melhor citação do filme: "Por que Mr. Anderson? Por que você faz isso? Por que se levantar? Por que continuar lutando? Você acredita que está lutando por alguma coisa? Por mais do que sua sobrevivência? Você pode me dizer pelo que é? Você por acaso sabe? É pela liberdade? Ou a verdade? Talvez a paz? Sim? Não? Poderia ser por amor? Ilusões, Mr. Anderson! (Agent Smith - Hugo Weaving)
MATRIX REVOLUTIONS (The Matrix revolutions) - 2003 - Gênero: Ficção científica - Direção: Andy & Larry Wachowski // Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Laurence Fishburne, Hugo Weaving, Monica Belucci, Jada Pinket-Smith.
DVD
ÚLTIMO TANGO EM PARIS (LAST TANGO IN PARIS):

Há algum tempo estou tentando assistir aos filmes clássicos, consagrados, além dos mais recentes e comerciais que eu vejo na maioria das vezes. Tudo bem... A locadora aqui perto de casa não ajuda muito... E a TV? Nem a paga colabora muito... Mas de vez em quando aparece uma oportunidade.
Agora por exemplo, assisti Último tango em Paris. Não sei bem se é tão clássico assim, mas pelo menos uma de suas cenas o é - a tal da cena da manteiga.
Maria Schneider interpreta Jeanne, uma parisiense à procura de um lugar para morar com seu futuro marido. Em visita a um apartamentos, ela conhece Paul, interpretado por Marlon Brando - já sem a forma atlética de tempos anteriores. Os dois desconhecidos acabam se deixando levar pela atração sexual. Começam um caso, onde nenhum dos dois trocam muita informação sobre si mesmos. Como se fosse uma espécie de mundo paralelo para ambos. Nem seus nomes eles contam um para o outro. Mas em suas "vidas reais", Jeanne está em meio aos seus preparativos para o casamento, enquanto seu noivo, cineasta, faz um documentário sobre isso. Já Paul sofre com a recente morte de sua mulher. Tudo vai bem, com os dois dividem seus pensamentos, alegrias e tristezas na cama. Mas a "perfeição" da relação chega ao fim quando Jeanne se apaixona por Paul e começa a perguntar e cobrar demais. Isto para os padrões de Paul e do combinado.
Último tango em Paris é um bom filme, mas não achei fenomenal. Não sei o porquê, mas não gosto muito do estilo do Bernardo Bertolucci. Tudo bem... Só vi 3 de seus filmes até hoje: Beleza Americana, O Pequeno Buda e este. Não gostei muito deles... Achei interessante, mas nada que me causasse alguma sensação incontrolável. Ainda não vi O Último Imperador. Todo mundo diz que é muito bom, mas eu tenho medo de me decepcionar novamente. Por isso, acabo adiando. Na verdade, eu acho que Último tango o melhor dos três. Mas fiquei um pouco decepcionada. Esperava mais. Nota: 7.
Melhor frase do filme: "Por que você odeia as mulheres?" (Jeanne - Maria Schneider)
ÚLTIMO TANGO EM PARIS (Last tango in Paris) - 1972 - Gênero: Drama - Direção: Bernardo Bertollucci // Marlon Brando, Maria Schneider.