segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

SANGUE NEGRO (THERE WILL BE BLOOD):
Novo México, 1898. Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro solitário. Conforme vai ganhando a vida com a prata e o ouro que encontra, vai montando sua pequena empresa. Um dia, durante uma escavação, Plainview e seus empregados encontram uma outra espécie de ouro: Petróleo, o ouro negro.

É a partir daí que as coisas se modificam neste épico sobre um homem, seu império e sua loucura. Depois de encontrar o petróleo, ele e o filho de 11 anos H.W. (Dillon Freasier) saem pelas cidades, comprando propriedades por preços injustos e perfurando cada vez mais postos.

Em mais uma reviravolta em sua vida, Daniel conhece Paul Sunday (Paul Dano). Ele vem de uma cidadezinha chamada Little Boston, na Califórnia. Paul vende para ele o segredo de sua família: seu pequeno sítio contém petróleo, assim como toda a cidade.
Daniel parte para lá e vai comprando tudo o que encontra. Mas neste caso, tem que enfrentar um grande obstáculo: a Igreja da 3a Revelação, comandada por Eli Sunday (Paul Dano de novo!). Daniel não é nada religioso, mas faz de tudo para obter o que quer.

Saí da sessão de cinema impactada pelo filme. Não sabendo ainda se tinha ou não gostado. Mas agora, pensando com mais calma, vejo que gostei e muito. É uma história emocionante sobre um homem solitário que termina como começou. Sozinho, apesar do dinheiro.

Daniel Day-Lewis é, como sempre, a estrela deste filme. Mas desta vez, ele encontrou alguém à altura: Paul Dano. Este, dá um show como o "falso profeta" Eli. O que mais me surpreendeu é que eu já o tinha visto em outro filme: Pequena Miss Sunshine, onde ele praticamente não fala. As cenas em que Paul e Daniel se encaram são sensacionais.

Ponto positivo também para a direção e a fotografia. O filme é visualmente perfeito. E o diretor fez uma ótima escolha. Não temos uma trilha sonora comum. Acho que só diminuiria o tempo de duração. Eu tô acostumada com filmes longos, mas muita gente se assusta.Nota: 9.

Melhor citação (e cena) do filme: "Eu sou um falso profeta! Deus é uma superstição!" (Eli Sunday - Paul Dano)

SANGUE NEGRO (There will be blood) - 2007 - Gênero: Drama - Direção: Paul Thomas Anderson // Daniel Day-Lewis, Paul Dano, Dillon Freasier, Kevin J. O'Connor, Ciarán Hinds, Barry Del Sherman, Barry Del Sherman, // Fonte da imagem: Google Images.

domingo, 20 de janeiro de 2008

O DIA EM QUE A TERRA PAROU (THE DAY THE EARTH STOOD STILL):
Já posso acrescentar mais um clássico à minha lista!!! Este filme é um daqueles que eu sempre quis ver, mas nunca encontrava em lugar algum. Até que um dia, durante uma madrugada, não é que a Globo resolve transmiti-lo? Aproveitei a chance, né?

Em um dia comum como outro qualquer a população da Terra começa a perceber uma estranha luz no céu. Ela deixa a todos intrigados, mas logo se descobre que ela vem de uma nave espacial. Ela pousa, obviamente, nos Estados Unidos. Mais precisamente em Washington. Todos se espantam com o acontecimento e uma barreira militar se forma em torno da espaçonave. Dela saem o alienígena Klaatu (Michael Rennie) e o robô Gort (Lock Martin). Klaatu vem ao planeta em paz, apenas para passar uma mensagem. Mas, como nós, seres humanos, somos extremamente "pacíficos", é recebido com desconfiança e violência. Klaatu toma um tiro e vai parar no hospital. Enquanto isso, Gort é vigiado. Ele responde a qualquer ato de violência...

Acontece que Klaatu precisa passar sua mensagem. Ele tenta reunir os líderes mundiais, mas não consegue pois todos estão brigando. Então, foge do hospital e procura alguém menos beligerante para ajudar: os cientistas.

O filme tem um enredo simples, pacifista e bastante atual. Segundo ele, os alienígenas já estariam bastante desenvolvidos a ponto de não mais guerrear entre si. Já nós, terráqueos, ainda vivemos em um estado primitivo que perturba e assusta o universo.

É um filme bem interessante. E o que mais me deixou impressionada foram os efeitos especiais. O filme é de 1951 e eu imaginava coisas como naves espaciais feitas de pratos, com linhas amarradas para dar a impressão de voar. Mas não! Para a época, eles se saíram bem... Mesmo com aqueles trajes espaciais que parecem roupas de escola de samba.

Soube que estão fazendo uma versão atual... Confesso que isso me preocupa. Porque o original tem o seu carisma inocente, com lição de moral... O que será da nova versão com toda a tecnologia que temos à mão? Tem diretor por aí que parece que nunca viu um computador na vida e quando resolve inserir efeitos especiais acaba com tudo! Porque é só efeito especial que ele usa. Aí é zero de história, zero de interpretação, zero de direção... Ô mania de "estragar" o que já está bom... Nota: 8.

Melhor diálogo do filme:
- Sua impaciência é compreensível. (Mr. Harley - Frank Conroy)

- Sou impaciente com estupidez. Meu povo já aprendeu a viver sem ela. (Klaatu - Michael Rennie)

O DIA EM QUE A TERRA PAROU (The day the Earth stood still) - 1951 - Gênero: Ficção Científica - Direção: Robert Wise // Michael Rennie, Patricia Neal, Hugh Marlowe, Sam Jaffe, Billy Gray, Lock Martin, Frank Conroy. // Fonte da imagem: IMDB.
HAPPY FEET - O PINGUIM (HAPPY FEET):
Ao contrário dos outros pingüins de sua espécie - os "Imperadores" - Mumble (voz de Elijah Wood) não nasceu com o dom de cantar. Ele não tem uma canção que vem do coração. E com isso, corre o risco de viver sozinho para sempre, sem amigos ou uma fêmea. Mas Mumble tem um talento inato: ele sapateia como ninguém. Só que isto não é o bastante para sua comunidade, que só o recrimina.

Um acidente o leva a conhecer outros pássaros, incluindo pinguins. Pela primeira vez, Mumble não está sozinho.

A partir daí ele também conhece uma ameaça alienígena que está acabando com os peixes da sua região. Mas os mais antigos de sua "tribo" não acreditam nisso. Eles acham que Mumble é o culpado pelo sumiço dos peixes. Ele estaria aborrecendo os antigos espíritos com sua mania de dançar. Indignado com tudo isso, expulso de sua comunidade e querendo respostas, Mumble decide correr atrás de respostas e as encontra.

Pra quem gosta de pinguins, o filme é um prato feito. Mas pra quem gosta de história, nem chegue perto. Não gostei. Achei o filme muito enrolado. Fala sobre muitas coisas e ao mesmo tempo não fala de nada. Enrola muito. E perde a graça. Mesmo com os pinguins fofinhos...Nota: 5.

Melhor citação do filme: Não consigo lembrar de nenhuma interessante.

HAPPY FEET - O PINGUIM (Happy feet) - 2006 - Gênero: Animação - Direção: George Miller // Elijah Wood, Brittany Murphy, Robin Williams, Hugh Jackman, Nicole Kidman, Hugo Weaving // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

sábado, 19 de janeiro de 2008

DURO DE MATAR 4.0 (LIVE FREE OR DIE HARD):
Há uns dois anos mais ou menos, nós vivenciamos aqui no Brasil uma volta ao passado... A moda eram os anos 80 e tudo começou a ficar retrô. Existiam festas temáticas, roupas de desenhos animados ou estilizados da época... Até artistas dos anos 80, que estavam desaparecidos da mídia, aproveitaram o ensejo para ressurgir. A moda continua até hoje, mas com menos intensidade... Mas isto aqui no Brasil! Em Hollywood, ela está com força total!

Imaginem se alguém tivesse entrado em coma naquela época, tivesse acordado e resolvesse ir ao cinema hoje em dia... Iria testemunhar a "volta dos que não foram"... É Rambo, é Rocky, Indiana Jones... E agora, John McClane (embora este seja mais dos anos 90)...

John agora se vê às voltas com a rebeldia da filha Lucy (Mary Elizabeth Winstead) e com mais um terrorista maluco. E outra vez é o homem certo, na hora errada... Vamos combinar que ele tem muito azar... O cara sempre se mete em furada sem querer. Desta vez ele precisa levar até Washington um hacker, Mathew Farrell (Justin Long), para que ele seja interrogado. No caminho, os dois são atacados mas se salvam... Neste meio tempo, um grupo de terroristas-nerds invadem computadores que comandam toda a vida dos norte-americanos... Vai desde trânsito, bancos, bolsas de valores a energia. Em resumo: o país entra em caos total. Afinal, tudo funciona por computador e este não é o momento para confiar neles.

Apenas um homem pode desvendar o crime e prender os bandidos... E este é Jonh McClane... Ele tem uma pequena ajuda de Matt, mas o trabalho pesado fica por conta dele mesmo... Alguém precisa fazer o trabalho sujo, né?

Esta é a parte da ironia do filme, ao meu ver... Não adianta a mais alta tecnologia... Na hora de salvar o mundo no filme, somente a força bruta dá conta. É uma metáfora sobre o herói dos filmes das décadas passadas. Durão e sem muito saco para conversar. Os caras partem logo pra cima. E a idéia se assemelha muito ao último filme de Rocky Balboa (embora este tenha reconhecido seu envelhecimento). É como se os antigos heróis estivessem de volta para buscar seu lugar. O que para mim é bem legal! Sempre fui fã deles, incluindo de John McClane, o “pai” de Jack Bauer... Agora faltam Rambo (que eu nunca gostei) e Indy... Ei! Será que Danny Glover e Mel Gibson fariam uma nova Máquina Mortífera? ;-) Nota: 8.

Melhor diálogo do filme:
- Você derrubou um helicóptero com um carro! (Matt Farrell - Justin Long)

- Eu estava sem munição. (John McClane - Bruce Willis)

DURO DE MATAR 4.0 (Live free or die hard) - 2007 - Gênero: Aventura - Direção: Len Wiseman // Bruce Willis, Justin Long, Mary Elizabeth Winstead, Timothy Olyphant, Maggie Q, Cliff Curtis // Fonte da imagem: Adoro Cinema.
BOA NOITE E BOA SORTE (GOOD NIGHT, AND GOOD LUCK):
Edward R. Murrow (David Strathairn) é um jornalista de grande prestígio, não apenas na sua emissora de TV, a CBS, como em toda a imprensa norte-americana nos anos 40/50. Ele vivenciou o famoso período de "caça às bruxas" nos Estados Unidos, onde o senador McCarhty perseguia e acusava qualquer um de comunismo. Naquela época, já pensando em não se comprometer, a mídia norte-americana não entrava em confronto com o senador. Algumas pessoas do ramo até colaboravam com ele. Mas Ed Murrow e sua equipe, penalizados com o caso de um soldado da Aeronáutica que foi expulso por desconfiança contra seu pai e sua irmã, acusados de comunismo, resolvem se levantar contra esta ditadura.

Eles começaram a realizar uma série de reportagens confrontando o senador McCarhty e seus métodos. E sofreram as conseqüências. Perderam patrocínio, tomaram "chamada" do chefão, tiveram a equipe reduzida... Mas não desistiram de fazer aquilo que todos nós jornalistas aprendemos na faculdade, mas muitas vezes deixamos para lá: um jornalismo sério, corajoso e responsável.

Achei o filme sensacional! De todas as formas! O roteiro e a direção estão excelentes. Pontos para George Clooney que inclusive atua, mas não é o ator principal. A decisão de filmar em preto-e-branco, com muitos closes e fumaça de cigarro caracterizam bem a época. Pelo menos o que eu já vi em filmes antigos. Deixa um clima meio noir, embora não seja um filme de gangsters.

Outro ponto positivo foram as entradas musicais. Achei bem legal... É um respiro depois da tensão. Como se fosse aquelas chamadas para os comerciais, só que dentro do filme. E as músicas (cantadas ao vivo, com uma cantora e a banda) tem ligação com o que estava acontecendo no momento do filme. Prestem atenção nas letras.

Este é um filme que deveria ser obrigatório nas faculdades de Jornalismo e de História em todo o mundo! Em resumo: é muito bom! Fez me lembrar porque eu escolhi estudar Jornalismo. Pena que não vivenciei aquela época... ;-) Nota: 9.

Melhor citação do filme: "Ninguém que se familiarize com a história deste país pode negar que comitês no Congresso são úteis. É necessário investigar antes de legislar. Mas a linha entre investigação e perseguição é tênue, e o senador júnior de Wisconsin já a ultrapassou várias vezes. Suas ações principais têm sido confundir a mente do público com ameaças internas e externas do Comunismo. Não devemos confundir dissidência com deslealdade. Nós sempre devemos lembrar que acusação não é prova, e que convicção depende de evidências devido ao processo de lei. Nós não vamos andar com medo uns dos outros. Nós não vamos ser guiados pelo medo para uma era de ignorância. Se nós procurarmos fundo na nossa história e doutrina, vamos nos lembrar que não descendemos de homens medrosos. Nem de homens que se atreveram a escrever, falar, se associar e defender causas que foram impopulares para o momento. Esta não é a hora para que os homens que aprovam e os que se opõem aos métodos do senador McCarthy se manterem em silêncio. Nós podemos negar nosso patrimônio ou nossa história, mas não podemos escapar da responsabilidade do resultado. Não existe forma para que um cidadão da república abdique de suas responsabilidades. Como nação, nós temos que mergulhar fundo na nossa herança em uma época delicada. Nós nos proclamamos, e realmente somos, os "defensores da liberdade" onde quer que ela ainda exista no mundo. Mas não podemos defender a liberdade fora do país se desertamos dela em casa (...) Boa noite e boa sorte." (Edward R. Murrow - David Strathairn)

BOA NOITE E BOA SORTE (Good night, and good luck) - 2005 - Gênero: Drama - Direção: George Clooney // David Strathairn, George Clooney, Jeff Daniels, Patricia Clarkson, Robert Downey Jr., Frank Langella // Fonte da imagem: Adoro Cinema.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

MULHERES SEXO VERDADES MENTIRAS (IDEM):
Confesso que fui assistir a este filme cercada de curiosidade... Vi a campanha de marketing dele no You tube e nos trailers de cinema e fiquei curiosíssima. Afinal, poucos filmes se interessam em tratar o sexo pela visão feminina. A maioria só está interessada na interpretação masculina, que é muito diferente. Fica a sensação de que apenas o homem gosta de sexo e a mulher é indiferente. Mas é claro que isso não é assim!

Mulheres sexo verdades mentiras é parte filme e parte documentário. Quer dizer, algumas mulheres que aparecem dando opinião são atrizes e outras, não. Por isso, não se sabe ao certo o que é ou não a opinião verdadeira ou coisa que vem do roteiro. Mas ele também tem um documentário dentro de um filme.

Explico: Depois de um casamento de 20 anos, Laura (Júlia Lemmertz) decide fazer um documentários sobre a opinião, as expectativas e o que sente a mulher em relação ao sexo. Em suas pesquisas, ela trata de tudo: a prática sexual, fantasias, prazer, masturbação etc. Enquanto isso, ela mesma vive uma mudança neste aspecto. Depois de anos em um casamento morno, ela se descobriu sexualmente nas mãos de um misterioso homem que a faz se sentir mulher de verdade novamente.

O filme é bem legal, com depoimentos bem engraçados e outros até mesmo trágicos. É bem produzido e dinâmico. Mas uma coisa me chamou atenção. Enquanto fala abertamente sobre sexo, as cenas mais quentes entre Laura e seu amante são muito fraquinhas. Não estou dizendo que precisava ter sexo explícito ali. Mas senti que o ousar ficou apenas nas palavras das mulheres.

De qualquer forma é um ótimo filme, principalmente para quem é mulher e para quem quer entendê-las. Nota: 8.

Melhor citação do filme: "Eu tenho as minhas fantasias, mas tenho fantasias com mulheres... Que que foi gente? Será que eu sou sapata?" (entrevistada do documentário)

MULHERES SEXO VERDADES MENTIRAS (Idem) - 2008 - Gênero: Comédia Romântica - Direção: Euclydes Marinho // Julia Lemmertz, Fernando Alves Pinto, Malu Galli, Branca Messina, Fernando Eiras // Imagem: Adoro Cinema Brasileiro.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

MEU NOME NÃO É JOHNNY (IDEM):
Comecei bem o ano! Amei Meu nome não é Johnny!!!! Só o trailer já me chamou atenção. Mas o filme inteiro é muito bom, dos atores à trilha sonora; da direção ao roteiro. Para mim, já é meu filme preferido do ano.

Ele é baseado em fatos reais e no livro de mesmo nome de Guilherme Fiúza. Conta a história de João Guilherme Estrella, um rapaz de classe média alta que não queria muita coisa na vida. Isto quer dizer: trabalho e estudo. Johnny só queria se divertir com os amigos, namorar e usar drogas. E este último ponto foi sua perdição.

Essa vida louca de consumo de drogas o levou ao tráfico. Como conhecia a nata da sociedade carioca, logo, logo estava vendendo quilos e quilos de droga. Mas não guardava o dinheiro ou investia. Gastava tudo com mais excessos. Um dia, Johnny é convidado a participar de um esquema de venda para a Europa. E é aí que a "casa cai".

O roteiro desse filme é muito legal. Ele vai te levando no turbilhão da vida de João Guilherme, na inconsequência e falta de planejamento de seus atos. O começo é bem divertido. Mas de repente, como deve ter acontecido na vida de Johnny, o telespectador é jogado na realidade depois da festa: o julgamento e a condenação dos atos de João Guilherme.

Alguns críticos estão falando mal do filme, pois ele faria uma certa apologia ao consumo de drogas. Bobagem sem tamanho! O filme mostra a realidade nua e crua de uma vida sem rumo, que teve que encontrar seu caminho da melhor maneira possível. Um exemplo para outros "João Estrellas" da vida. Excelente!Nota: 10.

Melhor diálogo do filme:
- Você fala como se esse negócio fosse igual a vender pulseirinha de crochê no centro acadêmico. Isso é cocaína! (Julinho - Ângelo Paes Leme)

- Fala mais alto um pouquinho... (João Estrella - Selton Mello)

MEU NOME NÃO É JOHNNY (Idem) - 2008 - Gênero: Drama - Direção: Mauro Lima // Selton Mello, Cleo Pires, Rafaella Mandelli, Cássia Kiss, Júlia Lemmertz, Angelo Paes Leme // Imagem: Meu cinema brasileiro.