domingo, 2 de janeiro de 2005


DONNIE DARKO (IDEM):
Em primeiro lugar, devo deixar de lado o que aprendi nas aulas de jornalismo neste momento. Não vou ser imparcial com este filme, simplesmente porque eu o adoro! É um dos meus preferidos e não conseguiria deixar de tecer vários elogios a ele. Mas quer saber? Falar ou fazer críticas a um filme já é mostrar imparcialidade!

Mas vamos ao meu querido Donnie Darko. Sou assinante da Revista Set há pelo menos uns seis anos. Um dia, li uma resenha sobre este filme. O jornalista (infelizmente eu não lembro o nome) falou tão bem na sua crítica que acabou me deixando curiosa. Isto e a foto do filme que ilustrava a matéria. Ela mostrava um cinema, com uma garota dormindo, um garoto e um coelho gigante muito, muito bizarro. Neste dia pensei: "Ok, quero ver esse filme!"

Anos mais tarde, dei de cara com o DVD na minha locadora. E posso dizer que valeu cada centavo que paguei. Donnie Darko é um filme único. Ele é filosófico, viajante, surreal e dark. Também é cheio de interpretações diferentes. Acho que cada um que assistir o verá de uma forma diferente. Ao meu entender, não dá para explicá-lo de uma forma única e definitiva. Cada um vai interpretá-lo de um jeito. E tem mais uma coisinha: ele não é para qualquer pessoa. Muita gente vai detestar. Não é um filme raso, cujas explicações são estilo 1+1=2. Você tem que pensar. Nem todo mundo gosta de fazer isso, ainda mais com um filme. E pelo que vejo, para gostar dele, você tem que ser um pouco estranho, como o personagem central.

Donnie Darko (Jake Gyllenhaal) é um adolescente que vive em uma família estilo "american way of life". Mas ele não se encaixa no estereótipo dessas pessoas. Donnie tem problemas emocionais, comportamento agressivo, é solitário e fala o que pensa. Faz análise e toma remédios. Todos o acham estranho. Um dia, em um ataque de sonambulismo, Donnie dorme fora de casa e se salva de um acidente bizarro. Uma turbina de avião cai em cima de sua casa, mais precisamente, no seu quarto. Donnie se salva porque começou a receber mensagens de um amigo surreal: um coelho gigante.

O coelho, chamado Frank (James Duval), lhe diz que o mundo irá acabar em 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos. Além disso, Frank o convence a praticar atos de vandalismo e fala sobre viagens no tempo. Donnie fica influenciado pelo seu "amigo imaginário" e começa a atender seus chamados durante a noite. Nesse meio tempo, ele conhece e se apaixona por uma menina nova na escola, Gretchen (Jena Malone). Donnie vai tentando entender o que está acontecendo em sua vida e estuda sobre as tais viagens no tempo.

O filme também faz sutis críticas ao estilo de vida dos americanos. Tem os adolescentes apáticos, os professores que querem transformá-los em "seres pensantes", um "pastor eletrônico" e seus seguidores e as famílias destes jovens, sempre ausentes e sem conexão com eles.

Não vou comentar aqui como o filme acaba ou as minhas teorias sobre ele (Sim! Eu tenho teorias!). Como disse anteriormente, não dá para ter apenas uma interpretação. Mas antes de terminar meu texto, quero destacar alguns pontos. Em primeiro lugar, a trilha sonora! Simplesmente maravilhosa (Será que encontro o cd por aí?)! Em segundo lugar, o diretor e roteirista do filme, Richard Kelly. Ele tem a minha idade e poucos filmes no curriculum, mas tem meu aval simplesmente por Donnie Darko. Com certeza prestarei atenção nesse cara. E por último, Jake Gyllenhaal, que eu venho acompanhando há algum tempo. Está entrando para minha lista de preferidos. Não por causa de sua aparência física, mas sim pelas escolhas que tem feito. Isto me lembra outro ator que adoro e que também não tem medo de interpretar tipos bizarros: Johnny Depp. Espero que ele continue assim. Nota: 10.
Melhor citação do filme: "Acho que algumas pessoas nasceram destinadas às tragédias." (Gretchen - Jena Malone)
DONNIE DARKO (Donnie Darko) - 2001 - Gênero: Ficção - Direção: Richard Kelly // Jake Gyllenhaal, Drew Barrymore, Maggie Gyllenhaal, Patrick Swayze, Jena Malone, James Duval.

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