domingo, 18 de maio de 2008

MARIA ANTONIETA (MARIE-ANTOINETTE):
Sempre gostei muito de estudar história. Principalmente a da Europa. Mas confesso que sei muito pouco sobre Maria Antonieta, rainha da França que foi enforcada junto com o esposo, rei Luis XVI durante a Revolução Francesa. Lembro apenas daquela frase atribuída a ela, famosa até, em que dizia que se a população não tinha pão para comer, que comesse brioches.

Este filme é baseado em duas biografias, escritas por Evelyne Lever e Antonia Fraser. O que me levou a assisti-lo foi a direção de Sofia Coppola. Ouvi muita gente falar bem e outras falando mal. Tudo porque a diretora resolveu modernizar o filme, usando músicas atuais, além da famosa cena do All Star (que em momento algum me ofendeu. Mal dá para perceber). Acredito que quem falou mal não teve a sensibilidade para entender o que Coppola queria mostrar.

Maria Antonieta (Kirsten Dunst) era uma adolescente quando saiu da Áustria para casar com o herdeiro do trono, o futuro Luis XVI (Jason Schwartzman). Ele também era muito jovem. O casamento arranjado entre seus pais era uma pressão grande demais para os dois. Tanto que ele não se consumou por muito tempo. O que fazia Maria Antonieta sofrer mais ainda, além de ter que aguentar a pressão de sua família e da família do marido. Não havia muita intimidade entre o casal. Eles não se conheciam.

Além disto, Maria Antonieta era austríaca. A vida em Versailles era completamente diferente da que estava acostumada. Todos os rituais entediantes e estranhos. O preconceito por ser de outro país. A intriga e a fofoca palaciana.

Através do filme percebemos que tanto ela quanto Luis XVI não tinham o menor preparo para serem os reis da França. Eram muito jovens, não tinham muita noção do mundo fora do palácio. Por isto, quando se tornaram os mandantes da França, tudo degringolou. Festas e gastos exorbitantes aliados a pobreza crescente da população da França levou ao fim trágico do casal. Eles haviam se tornado o alvo de todo o ódio dos franceses.

Sofia Coppola acertou no alvo direitinho. Mostrou o tédio da vida palaciana, o deslumbre da juventude, o exagero nas festas e nos gastos, a falta de rumo e despreparo nas responsabilidades do casal. Gostei do filme e das metáforas usadas por ela. Só achei alguns momentos longos demais. Mas mesmo assim é um filme interessantíssimo. Nota: 7.

Melhor diálogo do filme:
- Isto é ridículo. (Marie-Antoinette - Kirsten Dunst)

- Isto, madame, é Versailles. (Condessa de Noailles - Judy Davis)

MARIA ANTONIETA (Marie-Antoinette) - 2006 - Gênero: Drama - Direção: Sofia Coppola // Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn, Judy Davis, Jamie Dornan // Fonte da imagem: Google Images.

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