sábado, 28 de fevereiro de 2004

KATE & LEOPOLD (KATE & LEOPOLD):

Este filme me trouxe uma sensação muito engraçada... Quando eu achava que veria um filme da Meg Ryan diferente dos filmes da "Meg Ryan", eis que ele dá uma reviravolta e acaba da mesma forma que todos os filmes dela... Francamente... Mais do mesmo? Cansei disso...
O começo de Kate & Leopold é até bem interessante. Leopold (Hugh Jackman) é um aristocrata que vive pelos idos de 1870 e adora ciência. Um dia, em plena inauguração da Ponto do Brooklyn, ele percebe um homem na multidão, carregando um instrumento muito estranho para sua época. Tratava-se de Stuart (Liev Schreiber), um cientista do século XXI, que conseguiu encontrar uma forma de viajar no tempo. Ele levava consigo sua máquina fotográfica digital para comprovar a experiência. Acontece que Leopold o segue e ambos acabam vindo para o século XXI. Leopold fica perdido, obviamente. Mas Stuart promete que o levará de volta. Acontece que este sofre um acidente e fica internado num hospital. Leopold não sabe de nada. Para piorar a sua situação, Kate (Meg Ryan), a ex-namorada revoltada de Stuart, o conhece mas não acredita em toda a história. Ela o trata com indiferença por muito tempo. Kate é daquelas mulheres que não tem tempo a perder. Trabalha muito e sonha um dia ser vice-presidente da sua companhia. Não acredita em amor, romantismo e coisas do gênero. Aliás, tem uma vida amorosa desastrosa. Obviamente que entre ela e Leopold surgiria uma ligação...
Achei muito legal a relação entre os personagens, bem diferente dos filmes de romance normais. Enquanto Leopold tem uma postura mais romântica, mais "feminina" (digamos assim), Kate é "o homem da relação". Tudo muito interessante para uma feminista assumida, como eu. Até que tudo perde a graça e temos mais um "romance da Meg Ryan". Afinal, que graça tem ver mais um filme em que a mulher larga tudo por amor? Nenhuma. Quer coisa mais batida? Aqui neste filme haveria brecha para que o homem fizesse isso (até porque, como o mais romântico do casal poderia ser a opção dele). Mas não. Caímos no clichezão básico... Será q os produtores e a própria Meg tiveram medo de arriscar?
Sinceramente, me decepcionei com o final. Se não fosse tão comum, eu daria nota maior. Mas como perdeu muitos pontos no fator criatividade e originalidade, eu vou dar 6. E estou sendo muito boazinha... Além do mais o roteiro ficou cheio de buracos... Quem manda querer colocar assuntos mais complexos na história, sem ter competência para deixar tudo bem amarradinho?... Nota: 6.
Melhor citação do filme: "Talvez o amor seja a versão adulta de Papai Noel. É um mito que nos é passado desde a infância para continuarmos comprando revistas, indo a clubes, fazendo terapia, assistindo filmes com músicas da moda tocadas em cenas de amor..." (Kate McKay - Meg Ryan)
KATE & LEOPOLD (Idem) - 2001 - Gênero: Romance - Direção: James Mangold // Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber, Breckin Meyer.

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