terça-feira, 24 de janeiro de 2006

NINGUÉM PODE SABER (DARE MO SHIRANAI):
Neste começo de ano resolvi prestigiar um evento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) onde os melhores filmes de 2005 seriam exibidos. Tudo muito organizado, pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro. O filme que vi hoje era considerado o melhor de todos. Realmente, é um filme muito, muito bom. Mas eu tenho lá as minhas dúvidas sobre ser o melhor de todo o ano de 2005. Discordo com os críticos do Rio. Realmente é sensacional, mas também não é o campeão.
Mais uma vez fiquei às voltas com o cinema oriental. Ninguém pode saber é japonês. Conta a história de uma família separada pela negligência da mãe. Explico: ela abandona os quatro filhos, menores de idade, sozinhos em um apartamento, para mudar de vida. E ainda deixa a responsabilidade toda nas costas do filho mais velho, Akira (Yûya Yagira), que não deve ter mais de 12 anos. A vida desta família é toda confusa. São quatro crianças, mas três delas são invisíveis. Não estudam e nunca foram vistas por niguém. Cada um deles é filho de um pai diferente.
A história realmente é muito triste. Dá muita pena daqueles pequenos. Não sei de qual deles dá mais dó: o mais velho, que sabe que a mãe não vai mais voltar, ou os menores, que vivem a esperaça do seu retorno. As crianças acabam se adaptando a nova vida, mas a seu modo. E este vai se degradando com o passar do tempo. E como os japoneses "chutam o balde" mesmo, não pensem em happy ends fofinhos e esperançosos. Cru, real, barra pesada são alguns dos adjetivos para Ninguém pode Saber. Nota: 8.
NIGUÉM PODE SABER (DARE MO SHIRANAI) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Hirokazu Koreeda // Yûya Yagira, Ayu Kitaura, Hiei Kimura, Momoko Shimizu, Hanae Kan, You // Fonte da Imagem: IMDB

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