sábado, 30 de março de 2002

GILDA (Gilda – 1946):
Quando acabo de dizer que raramente vejo os filmes clássicos, olha só a oportunidade que apareceu! Estava folheando a revista da TVA quando descubro que eles iriam exibir "Gilda". Obviamente, deixei para lá todas as minhas obrigações com o resto do mundo. O horário de exibição não incentivava nem um pouquinho. Era madrugada e, com certeza, passaria o dia inteiro bocejando no trabalho (Foi exatamente o que aconteceu). Mas vamos logo ao que interessa: minhas impressões sobre "Gilda". Sempre que ouço falar muito de um filme, ou que tento assistir a um clássico, fico com medo. Em geral, me decepciono muito. É aquilo... A gente coloca muita expectativa.... Afinal, todo mundo falou bem. E aí... não era isso que estávamos esperando. Mas não foi isso que aconteceu quando vi Gilda. Vamos a história. É o seguinte: Johnny Farrel (Glenn Ford), um americano que gosta de jogos de azar, está vivendo na Argentina onde, embora cassinos sejam proibidos, a polícia faz vista grossa sobre o assunto. Um dia, depois de vencer uma aposta, ele é ameaçado por um assaltante. Mas neste momento surge alguém para salvá-lo: Ballin Mundson (George Macready). Este é dono de um cassino e mantém outros negócios escusos. É um homem muito sinistro. Acontece que os dois ficam amigos e Johnny vai trabalhar no Cassino como braço direito de Ballin. Tudo vai bem até aparecer outro personagem no meio desta amizade: Gilda (Rita Hayworth). Ballin chega de uma viagem casado com ela. Acontece que Johnny já conhecia a mulher do patrão anteriormente. Eles tiveram um caso anos antes. Este é o drama maior do filme. Johnny vive o dilema de ter que cuidar da mulher do patrão, escondendo tudo que ela faz para provocá-lo, fingindo que nunca a viu na vida. Enquanto Gilda aproveitando-se de sua beleza arrasadora (A mulher é realmente um show!), apronta muito com ele pois na verdade está magoada com o que aconteceu no passado. Já vi muita mulher aprontar com um cara (tanto na vida real quanto em filmes), mas sinceramente, esta Gilda dá de mil a zero em muitas delas! Mulher canalha tá ali... E o mais legal é que ela apronta com o Johnny de tal forma que o pobre coitado não pode falar nada. E ainda por cima tem que encobrir toda a "sujeira"! O interessante disso tudo é que o filme é da década de 40. Isto é: os olhares sob o comportamento feminino eram predominantemente machistas. Este filme é muito ousado para sua época, na minha humilde opinião. E Rita Hayworth nem tira a roupa (como aconteceria hoje em dia) para mostrar sua sensualidade. O máximo que acontece é a célebre cena do strip da luva. E mesmo assim, ela conseguiu deixar muita gente de boca aberta. Eu fiquei! E nem gosto de mulher! :-)
Melhor frase do filme: "Não sou muito boa com zíperes" *clap clap clap*
GILDA (Gilda) - 1946 - Gênero: Filme Noir - Direção: Charles Vidor // Rita Hayworth, Glenn Ford, George Macready, Joseph Calleia.(20/10/2001)

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