quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Festival do Rio 2005
CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS):
Este, com certeza, é o melhor filme brasileiro que eu assisti durante o festival. Eu já tinha lido a respeito dele e tinha muita curiosidade para assistí-lo. Gostei muitíssimo, mas infelizmente, não pude vê-lo inteiro. E aqui vai um parênteses enorme para reclamar da falta de organização do pessoal do cinema Odeon. Talvez por ser o cinema central do festival, a direção do local deve achar que paira acima do bem e do mal e literalmente sacaneia o público do evento. Todo mundo sabe que existem os "loucos" (como eu) que tem uma programação de filmes para assistir durante o dia, com horários próximos. Mas o Odeon não está nem aí para isso e sabota o próprio evento do qual faz parte. Enquanto todos os outros cinemas obedecem rigorosamente os horários para as exibições, o Odeon não segue esta premissa.
O meu ingresso para Cinema, aspirinas e urubus indicava que a sessão começava às 12h. Acontece que este foi o horário que o Odeon resolveu abrir as suas portas para que a extensa fila que aguardava, entrasse na sala. Nos outros cinemas, a esta hora já estaríamos vendo a vinhetinha do Festival. Daí, até que todo mundo sente, compre bala e piopoca são mais ou menos 15 ou 20 minutos. E eu ainda dei a "sorte" de pegar uma sessão que antes exibia um curta para votação do público. Mais 15 minutos. Cinema, aspirinas e urubus começou com mais ou menos meia hora de atraso. E eu, completamente revoltada, tive que fazer uma escolha: ou eu ficava e assistia o filme todo ou largava ele sem saber o final e ia para a minha próxima sessão. Se tudo tivesse corrido no tempo certo eu não precisaria escolher a segunda opção. O que foi uma pena porque eu estava gostando muito do filme. Desorganização e falta de respeito do Odeon!
Mas vamos falar do filme... Cinema, aspirinas e urubus mostra a amizade de dois homens em uma viagem pelo sertão brasileiro nos idos de 1942, época da Segunda Guerra Mundial. Um deles é nordestino chamado Ranulfo (João Miguel). O outro é o alemão Johann (Peter Ketnath), que aceitou vir para o Brasil por gostar de aventuras e por não querer lutar na guerra. Eles visitam cidadezinhas nordestinas vendendo aspirinas. Mas para comercializar o remédio, antes Johann exibe o anúncio, como se fosse uma sessão de cinema. O público acaba comprando as aspirinas por causa dos filmes. As cenas do sertão e da pobreza dos vilarejos são impressionantes. Infelizmente não posso falar muito porque deixei a sessão na metade. Mas espero rever o filme quando ele for exibido por aqui. Nota: 8
CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS (Idem) - 2004 - Gênero: Drama - Direção: Marcelo Gomes // Peter Ketnath, João Miguel.

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